thirteen



Quinta feira à noite, Hogwarts, salão comunal da Grifinória.


 


-Sai daí, Black. Essa poltrona aí é minha – Marlene disse vendo Sirius esparramado em sua poltrona no salão comunal, de madrugada. Somente a lareira iluminava o local, e ela podia ver que ele estava fitando o fogo, quase dormindo.


 


-Sua? Quem te deu ela, Dumbledor? – O moreno perguntou, cínico, e ela gargalhou.


 


-Tem o meu nome nela – Marlene fez um floreio com a varinha e seu nome apareceu lá, bordado no encosto da poltrona. Ele floreou a própria varinha e fez seu nome ser bordado lá também, por algum erro este saindo entrelaçado ao dela.


 


-Você ainda não fez o que eu pedi em troca do meu silêncio – Ele disse observando-a sentar-se no sofá ao lado da poltrona.


 


-Você realmente quer que eu pegue na sua bunda? E por quê? – Indagou sorrindo marotamente. Ele se inclinou e tocou a bochecha dela com o dedo.


 


-Esse sorriso é meu, morena. Não pode imitar - Ela arqueou uma sobrancelha.


 


-E o que vai fazer, hein? – Desafiou-o, colocando o livro que tinha nas mãos de lado.


 


-Tem que me pagar – Sirius levantou-se da poltrona e ajoelhou-se no chão, próximo a ela – Com beijos.


 


Marlene revirou os olhos quando Sirius piscou para ela.


 


-Vai sonhando. Você ainda não me respondeu. Por que quer que eu pegue na sua bunda? – Perguntou genuinamente curiosa.


 


-Porque você... – Sirius se ergueu até ficar com a cabeça na altura da dela, fitando-lhe o rosto. Delicada e inocente, tudo que ele achou que não ia gostar.


 


“Mas eu gosto” decidiu, enrolando os dedos nos cachos do cabelo castanho. “Muito”.


 


-Porque a sua mão... eu não sei – Ele passou a mão pelo próprio cabelo. – Eu só sei que gostei quando fez e quero de novo, ou espalho pra todo mundo que você me dopou pra abusar de mim – Marlene riu, a risada enchendo os ouvidos dele.


 


O que era aquilo? Era como se correntes elétricas estivessem eletrizando seus nervos, todos de uma vez só.


 


Ela colocou o cabelo para trás da orelha, gesto que prendeu a atenção dele.


 


-Ok – A morena levantou-se do sofá – Deite-se de bruços e eu faço.


 


Black deitou-se de bruços no sofá, surpreendendo-se com sua ligeira ansiedade. Sentiu o toque suave da mão pequena em suas nádegas, rindo ao sentir a pele se arrepiando.


 


-O que houve? – Ela perguntou, espalmando a mão ali. Ele apoiou-se nos braços e olhou para ela.


 


-Nada não, continua – Disse e voltou a relaxar.


 


Marlene não quis se limitar à bunda dele, levando sua mão para as costas do rapaz, que se arrepiou inteiro. Ela foi até o pescoço dele, ajoelhada ao lado do sofá, delineando com suavidade os músculos das costas dele. Geralmente gostava de garotos mais magrinhos, mas não podia reclamar.


 


-Está bom aí? – Perguntou e ele gemeu em resposta, fazendo-a rir. E quando ela ia voltando a mão para as nádegas dele, Sirius virou-se de barriga para cima e segurou o pulso dela.


 


Sirius puxou-a para cima de seu corpo com as mãos, erguendo-a com facilidade e deitando-a sobre si.


 


-O que está fazendo? – Marlene perguntou assustada, sorrindo ao ver que seu cabelo batia no rosto dele, tentando afastá-lo e sendo impedida por ele.


 


-Eu nunca quis garotas como você – O rapaz disse segurando as mãos dela. – Você cheira a sentimento e compromisso – Fez uma careta, mas Marlene não sorriu. Permaneceu escutando-o, os olhos ligeiramente apertados.


 


 -Mas tem... – Sirius deu-se conta do que fazia e fechou os olhos, fazendo que não com a cabeça. Abriu seu maior sorriso e levou uma mão até a nuca dela, erguendo o tronco para alcançá-la. – Você ainda tem que me pagar por ter usado o meu sorriso – Beijou-a lentamente, voltando a deitar-se em seguida, com ela por cima.


 


Marlene correspondeu ao beijo passando as mãos pelo rosto dele, deliciando-se com o sabor de hortelã dos lábios cheios do rapaz. Não entendia nada do que ele estava fazendo, mas gostava de estar com ele.


 


Sirius inverteu as posições dos dois no sofá e ficou beijando-a. Não tentou passar a mão nela nem uma vez. Pela primeira vez em anos, o beijo era o suficiente para aplacá-lo.


 


“Eu tenho que sair dessa” Sirius pensou, segurando-a pela nuca. “Antes que isso não saia mais de mim”.


 


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