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BBE 3 – Sirius Black


 


 


 


Quinta feira à noite, Hogwarts, Sala Precisa.


 


Marlene abaixou-se e colocou as mãos na quina da parede fria, observando com cautela o corredor vazio, iluminado somente por uma tocha. Ouvia os passos de Filch pelo corredor, mas não conseguia descobrir de onde vinham. Que má hora para sentir fome durante a noite, bem na ronda do Filch!


 


Lene então ouviu um miado e arrepiou-se, virando-se de costas.


 


Madame Nor-ra.


 


Descalça e de pijama, correu pelo corredor que estivera observando. Se a gata de Filch estava ali, ele não poderia estar longe.


 


Logo viu uma estátua em frente a uma parede vazia e sentou-se encurralada. De frente para a parede, tudo que podia pensar era em arrumar um lugar para se esconder. De tanto pensar, achou que estava ficando louca quando uma porta de madeira se materializou em sua frente. Mas no desespero, não pensou muito e entrou, sem nem mesmo olhar onde.


 


Conseguia, no escuro, ouvir a gata e Filch resmungando pelo corredor, tentando conter a própria respiração ofegante para não atrair a atenção do zelador.


 


Quando parou de ouvir o barulho, relaxou, suspirando aliviada. E então, só então, com a mente fora de alerta, percebeu que estivera apertando algo que estava acoplado a parede na qual se encostava, algo macio e duro, morninho, que apertada por causa do nervoso que estivera sentindo.


 


Marlene então ouviu uma risada baixa, contida, e quase canina. Sobressaltou-se novamente ao ver uma varinha iluminada se erguer e mostrar para ela que não estava sozinha ali.


 


-Oh meu Merlin – Exclamou. Exclamação sem motivo é claro, já que estava dentro de um armário, de madrugada, vestindo apenas o pijama, com nada mais nada menos que Sirius Black e uma loira-propaganda-da-blondor qualquer.


 


E ainda por cima apertara a bunda dele.


 


Que era, ham, grande, ela devia dizer. E redondinha. E bem macia, apesar da rigidez natural.


 


Black riu baixinho de novo, olhando os olhos arregalados da morena que estava atrás de si, ainda segurando com a mão a cintura da loira a sua frente.


 


-Desculpa! Desculpa, eu tava fugindo do Filch, precisava me esconder e essa porta se materializou na minha frente e eu não pude pensar em outra coisa, então entrei e não vi vocês e...


 


 O silêncio se instalou ali, Marlene ofegante e nervosa, a loira quieta e Sirius olhando para a morena com aquele mesmo olhar malicioso e ligeiramente cínico.


 


Marlene então abriu a porta e saiu rapidamente, fechando a porta à suas costas e apoiando as costas na mesma, arfando no corredor vazio, deslizando sentada até o chão.


 


Então fitou a própria mão levemente, fechando-a e abrindo-a, lembrando-se da tenra rigidez que apertara a segundos atrás, levada pela sua aflição.


 


Levantou-se e voltou ao quarto, apertando o travesseiro quando chegou lá, desejando sentir aquela exata sensação novamente e, adormecendo com o desejo palpitando em seus dedos.


 


Sonhou com medidas, pesos e cálculos, como se, nos sonhos, estivesse procurando a densidade exata daquela bunda.


 


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