Capítulo 7



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No capítulo anterior... 


- O senhor está BRINCANDO! - exclamou em voz alta Fred Weasley.


- Não estou brincando, Sr. Weasley. - disse Dumbledore. - Talvez alguns de vocês não saibam o que é esse torneio. Irei explicar, o Torneio Tribruxo é uma competição entre as três maiores escolas de magia da Europa: Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts, Instituto Durmstrang de Magia e Bruxaria e Academia Beauxbatons de Magia e Bruxaria. O torneio surgiu há 700 anos para ser uma amigável competição entre as três escolas de magia. Cada torneio ocorre em uma das escolas, a cada 100 anos. Porém a taxa de mortalidade se tornou tão alta que o torneio foi interrompido.


- Taxa de mortalidade?! - exclamou Hermione, assustada.


- Será realizado este ano aqui em Hogwarts, porém, somente os alunos que forem maiores de 17 anos poderão participar do torneio.


 


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Capítulo 7


 


Frustração e ultraje rapidamente se fizeram presentes por todo o salão. Alunos de todas as Casas, de todos os anos faziam exclamações de protesto direcionadas aos professores.


Ficaram dessa forma por poucos minutos, até Dumbledore exclamar “Silêncio”.


— Esse limite foi imposto por mim, pelos diretores das outras escolas, e pelas Alas do Ministérios da Magia responsáveis pela confecção do Torneio.  Como de costume, cada escola terá um aluno para representá-la nas tarefas do torneio Tribruxo. Contudo — o diretor fez uma breve pausa, criando certo suspense entre os estudantes, que foi intensificado pela forte tempestade que se pronunciava ao lado de fora do Castelo. — nós decidimos deixar os alunos escolherem três alunos de qualquer uma das escolas para ajudá-los a resolver os desafios a eles impostos.


Isso fez os estudantes se agitarem nos bancos, mas todos mantiveram-se calados, até o momento em que um estrondoso trovão soou, e um raio atingiu o teto encantado, anulando o feitiço que jazia no mesmo.


A chuva gelada molhava a todos, e os professores, desnorteados, perderam a ação. Então, em um súbito, o teto já se encontrava lá novamente, e um estranho e curvo homem de cabelos meio grisalhos saía caminhando das sombras do extremo canto do Salão ao lado da mesa principal.


Murmúrios agitados corriam por entre as mesas dos estudantes e dos professores.


— Não é possível. É ele. É o Olho-Tonto Moody! — exclamou Rony ao lado de William.


— Alastor Moody? — perguntou Hermione.


— O ex-auror? — Dino Thomas ergueu as sobrancelhas.


William confirmou.


— Auror? — perguntou Simas Finnigan, que ouvia a conversa em frente a Dino.


— Captores de bruxos das Trevas. — explicou Harry — Azkaban está quase cheia graças ao Moody, ao meu pai, ao Padrinho, e ao tio Remo.


— Alastor sempre nos ensinava algumas coisas quando papai o chamava para almoçar em nossa casa. E é por isso que Harry sabe tantas azarações. — riu-se Hailey.


— Mas o que ele faz aqui? — perguntou Gina.


— É uma boa pergunta, cunhadinha — William piscou divertido para a ruiva, fazendo-a corar levemente com o apelido.


Os amigos tornaram sua atenção para a mesa dos professores, onde Olho-Tonto cochichava algo para Dumbledore, que acenava repetidamente com a cabeça.


— Bom, alunos, dêem as boas-vindas ao novo professor de Defesa Contra as Artes das Trevas, professor Alastor Moody.


Os irmãos Potter se entreolharam com sorrisos jubilosos.


— Pelo menos uma notícia útil. — disse Hailey aumentando o sorriso.


Os outros Potter apenas riram levemente.


— Agora, monitores, guiem os primeiranistas até seus respectivos salões Comunais. Estão todos dispensados. Tenham uma boa noite. — sorriu Dumbledore.


Em questão de minutos, o Salão se esvaziou.


Harry tomou a mão de Gina na sua e, acompanhado pelos amigos, o casal se dirigiu a um retrato ao lado das escadas, onde, na pintura, um homem tentava montar um hipogrifo sem muito sucesso.


William se postou em frente ao retrato e murmurou algo inaudível para o homem, que apenas encarou o jovem Potter e acenou. Então, repentinamente, o retrato se afastou, criando uma abertura na parede, grande o suficiente para apenas uma pessoa passar.


— Anda logo, Will. — disse Hailey. — Eu não quero ser pega. — a garota de um leve empurrão no irmão, que, revirando os olhos para a impaciência da irmã, adentrou o buraco do retrato, sendo seguido pelos irmãos Potter, Rony e Hermione.


— Não sei por que se importa tanto. — disse o irmão. — Papai ficaria orgulhoso se recebesse uma carta dizendo que os três filhos deles estavam andando pelas passagens do castelo. E além disso, não estamos fazendo nada de errado, apenas pegando um caminho mais curto para o Salão Comunal.


— William está certo. — interveio Harry. — E outra: quem nos disse como recuperar o Mapa do Maroto do escritório do Filch foi o papai, e ele teve um motivo para isso. — riu-se


— E que motivo seria esse, senhor Potter? — questionou Gina arqueando as sobrancelhas.


— Ele quer que nós continuemos o legado dele, senhora Potter. — sorriu maroto, fazendo a ruiva ficar rubra.


Rony bufou.


— Que ótimo, vou ter que aturar gracinhas sórdidas do meu melhor amigo e da minha irmã.


— Deixe eles em paz, Ronald. — pediu Hermione, sua voz com um misto de irritação e tédio.


William revirou os olhos para os dói amigos, sacou sua varinha murmurando “Lumos”, e seguiu andando, iluminando o corredor. Apesar de estar cursando seu segundo ano, o garoto herdara de sua mãe o gosto pelos estudos e a facilidade de compreensão nos mesmos, porém, como um bom Potter, adorava se meter em encrencas e seguir os irmãos e amigos em suas aventuras noturnas.


Rony e Hermione continuavam a discutir enquanto o resto do grupo prosseguia pelo corredor. Após conseguirem uma certa distância dos dois, Harry se pronunciou.


— Aposto cinqüenta galeões que quando acabarmos Hogwarts os dois estarão namorando.


— Apostado — disse Hailey.


— Estou com a Hailey. — disse William — Esses aí não ficam juntos nem se eles fossem as últimas pessoas no mundo bruxo e fossem pagos para dar continuidade à nossa raça.


— Não. — disse Gina. — Eu concordo com o Harry. E pelo o que o Sirius fala, seus pais também eram assim, não é?


— É, mas o papai sempre gostou da mamãe.


— Nem sempre, Lilly. — disse Harry. — Papai me disse que no começo a mamãe era apenas um desafio, mas que no decorrer dos anos ele acabou se apaixonando por ela.


— Lilly? — perguntou Gina.


— É. Meu nome é Hailey Lilian Potter. E como em Hailey não tem nenhum apelido legal, fica o da minha mãe, mesmo.


— Chegamos. — disse William, enquanto abria mais uma porta, que desembocava no corredor do sétimo andar, onde ficava o retrato da mulher Gorda.


O grupo parou em frente ao retrato, sem saber a senha. Cada um deles fazia uma tentativa, falando nomes de coisas trouxas ou bruxas, até que ouviram um voz alta e clara dizendo ao retrato:


— Acônito Lapelo — disse Hermione chegando por trás de todos, fazendo-os se sobressaltarem de susto.


— Podem entrar — disse o retrato, se afastando.


— Que susto, Mione! — sorriu Gina.


— Isso é por vocês terem me abandonado junto àquele... Estúpido, grosseiro e insensível que é o seu irmão, Gina. — disse a garota com uma expressão não muito agradável.


— Sinto mui- — começou William.


— Quer saber? Esqueçam. Eu vou pra cama. Boa Noite. — interrompeu a garota e, sem dar chances para os amigos responderem, virou-se e marchou em direção ao dormitório feminino.


O grupo se entreolhou e deu de ombros, indo se acomodar nas poltronas próximas à lareira.


Momentos depois, a porta do retrato se abriu de novo, e os monitores entraram, trazendo consigo os primeiranistas e os demais alunos da Casa, incluindo um Rony raivoso, que passou direto pelo grupo rumo às escadas do dormitório masculino. Neville Longbotton, um garoto alto, rechonchudo e não muito inteligente aproximou-se dos Potter e de Gina e sentou-se ao lado de William no sofá.


— O que houve com o Rony? — perguntou.


— Pelo visto, ele e a Hermione brigaram. — esclareceu Gina.


— De novo? — o garoto arqueou as sobrancelhas.


— Nós apostamos que até eles terminarem Hogwarts, eles estarão juntos. Hailey e William estão dizendo que não há a menor possibilidade. — disse Gina. — Quer entrar na aposta?


— Quanto? — perguntou o garoto.


— Cinquenta galeões.


— Estou dentro — sorriu Longbotton. — E concordo com a Lilly e o Will. Eles não tem jeito.


— Veremos, meu amigo. — Harry sorriu.


O resto da noite passou entre risos e brincadeiras, e, mais tarde, todos se despediram e foram dormir.


 


 


Na manhã seguinte, Harry acordou com sua coruja, Edwiges, bicando a janela de seu dormitório.


A ave trazia consigo uma carta, que minutos depois Harry soube ser de sua mãe.


O garoto sentou-se na cama ainda de pijamas e foi ler a carta, acariciando as penas da coruja.


 


“Queridos Harry, William e Hailey,


Estou lhes mandando esta carta para dar-lhes uma grande notícia.


Sirius Black, padrinho de Harry e William está noivo. Sim, noivo. De Marlene McKinnon. A madrinha de vocês três.


E não. Isso não é uma brincadeira. Sirius e Lene casar-se-ão na metade do ano.


Eu já mandei uma carta ao Dumbledore pedindo permissão para vocês, Neville os Weasley e Hermione saírem do Castelo para virem ao casamento. E mandarei outra novamente para confirmar a data.


Conversamos mais sobre isso no Natal.


E crianças, por favor, comportem-se. Esperem pelo menos até a segunda semana para que eu possa receber uma carta de detenção. Por Favor.


Ah, e Alice está aqui pedindo que avisem Neville que ele esqueceu o Trevo. De novo.


Com amor,


Lílian Evans Potter.”


 


Harry encarou a carta com descrença, desatando a rir.


— É, padrinho, — murmurou para si mesmo. — Parece que a madrinha enfim conseguiu te por na coleira.


Após um ataque de risos, Harry se dirigiu ao banheiro, tomou seu banho e se vestiu, descendo para o salão Comunal com a carta de sua mãe no bolso para esperar por sua ruiva no pé da escada com um buquê de begônias conjurada em sua mão.


Segundos depois, a garota desceu as escadas já vestida com sua saia, sua blusa e a gravata da Grifinória, com o sobretudo pendurado em seu braço.


Quando a garota chegou no último degrau da escada, Harry pegou a mão de namorada e depositou um beijo na mesma, curvando-se ao dizer “Bom dia, meu amor”, e lhe entregar o buquê, que a garota, corada, levou correndo para seu dormitório, e desceu novamente para se encontrar com Harry. Então, sem esperar por ninguém, o casal saiu de mãos dadas para o salão Principal, ganhando a atenção de muitas pessoas que passavam. Os alunos apontavam para o casal e cochichavam uns com os outros, como se fosse a coisa mais estranha do mundo ver Harry Potter namorando Ginevra Weasley. E talvez fosse. Mas nenhum deles ligava.


Ainda juntos, os dois atravessaram o Portal do Salão Principal.


Sentaram-se na mesa da Grifinória, onde William já se encontrava conversando com um de seus colegas de dormitório.


Harry ajudou Gina a se sentar e jogou-se ao lado dela, já enchendo seu prato com ovos mexidos e bacon.


— Bom dia, Will. — disse Gina.


— Bom dia, Ginny. — sorriu o moreno.


— Ah, William, mamãe mandou uma carta — disse Harry entregando o pedaço de pergaminho para o irmão, que o examinou por alguns segundos e desatou a rir.


— Por Merlim! — exclamou alegremente. — Finalmente!


— O que houve com ele? — perguntou Hailey sentando-se ao lado de William.


— A madrinha e mau padrinho vão se casar. — anunciou Harry.


Hailey e Gina se engasgaram.


— O quê? — perguntaram juntas.


— É isso mesmo. — disse William. — Sirius Black foi acorrentado por Marlene McKinnon.


— Quando isso aconteceu? — perguntou Hermione postando-se ao lado de Gina.


— Não faço ideia. Mas o casamento vai ser no meio do ano, e Dumbledore já nos liberou para irmos. Ah, e Neville, — Harry virou-se para o garoto, que estava sentado ao lado de William — sua mãe pediu para avisar que você esqueceu o Trevo de novo.


— Droga. — praguejou Neville. — Eu sabia que estava faltando alguma coisa. Obrigado pelo aviso, Harry.


Harry acenou amigavelmente, e viu a professora McGonagall se aproximar, distribuindo os horários dos alunos.


— Bom dia, Potters, Weasley, Granger, e Longbotton. Aqui estão seus horários. — disse, dando um pergaminho com o cronograma das aulas para cada um.


— Obrigado, professora McGonagall. — disseram em uníssono.


— Potter — a mulher se virou para Harry. — Pode entregar o do Weasley, por favor?


— Claro, tia Minnie. — sorriu o garoto recebendo o pergaminho sob o olhar de divertimento da professora, que se manteve calada.


Rony chegou pouco depois, recebendo um olhar furioso de Hermione.


— Aqui está seu horário, Rony. — disse Harry entregando o pergaminho para o cunhado.


— Obrigado, Harry. — disse o garoto examinando o cronograma. — Droga! — praguejou. — Os dois primeiros tempos de História da Magia. Isso é tortura!


— Olhe pelo lado bom, cara. — sorriu Harry. — Teremos mais dois tempos para dormir.


Isso arrancou uma careta de Gina e Hermione, e risos dos demais.


— Você não está realmente pretendendo dormir, está, meu amor? — perguntou Gina.


Harry a encarou cuidadosamente.


— Não, meu amor. Imagina. — sorriu constrangido.


— Harry Tiago Potter. — disse Gina. – Nem pense que você vai continuar com suas gracinhas em sala de aula enquanto estiver me namorando. Hermione vai monitorar você para mim quando eu não estiver junto, não é, Mione?


A garota mais velha sorriu diabolicamente e acenou.


— Como quiser, amiga. — disse, olhando de Harry para Gina.


Harry engoliu em seco, e se levantou ao soar do sinal que indicava que os alunos deveriam ir para suas salas de aulas.


Hailey, que gargalhava ao ver a cena de seu irmão mais velho e sua amiga, levantou-se e deu um beijo da bochecha de cada irmão.


— Gente, estou indo para a aula. — disse. — E se comporte, hein, Harry Potter.  — gargalhou e se virou para ir embora. — Meredith, espera! — gritou correndo para alcançar uma garota de cabelos negros e olhos violeta de sua idade.


Nas aulas de História da Magia, Harry se sentou ao lado de Hermione, que o obrigou a prestar atenção na aula, ao invés de ficar passando bilhetinhos, jogando jogos bobos, conversando ou dormindo como as demais pessoas na sala.


Logo após saírem da sala do professor Binns, parte dos Grifinórios quartanistas se dirigiu junta para a sala de Adivinhação, e outra parte para a aula de Estudo dos Trouxas.


A manhã passou de forma monótona para todos, e Harry, após sair de sua última aula matinal, pegou uma das passagens secretas que tinham ali perto e seguiu até a sala deAritmância, onde os terceiranistas mais avançados da Grifinória e da Lufa-Lufa acabavam de ser dispensados pela professora Vector.


Harry esperou na porta por sua namorada, dando um aceno de cabeça e um sorriso orgulhoso e provocativo ao irmão, quando o mesmo passou por ele carregando alguns livros de uma garota que andava ao seu lado.


Gina saiu da sala logo em seguida, e Harry tomou a mão dela na sua, pegando a mochila da garota e jogando-a em suas costas, sob os protestos da ruiva.


Caminharam lentamente, lado a lado. Os corredores estavam vazios e silenciosos, até que, no caminho para o salão principal, Harry e Gina viram seu rumo impedido por uma grande aglomeração de alunos, que observava algo pela janela.


— O que é isso? — perguntou o moreno.


— Veja você mesmo, Harry. — disse Simas Finnigan, um dos colegas de quarto do garoto.


Harry, segurando firme a mão da namorada, deu um passo à frente e congelou, admirado com o que via.


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