Sirius/Remo - Hate that I love





- Bom dia, Remus! - Sirius entrava em seu quarto da Mansão Black com uma bandeja de café da manhã nas mãos.

- Bom dia, Sirius. Mas o que é isso? Não precisava!

- Claro que precisava! Olhe pra você! Está todo quebrado! Se eu não puder cuidar nem do meu melhor amigo, vou cuidar de quem? - Sorriu gentilmente.

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- Bom dia, Remus! - Sirius entrava em seu quarto da Mansão Black com uma bandeja de café da manhã nas mãos.




- Bom dia, Sirius. Mas o que é isso? Não precisava!




- Claro que precisava! Olhe pra você! Está todo quebrado! Se eu não puder cuidar nem do meu melhor amigo, vou cuidar de quem? - Sorriu gentilmente.






Lupin colocava a mão na cabeça, contraindo o rosto. Doía. Não se lembrava com detalhes da última noite, mas sabia que era período de lua cheia. Tentou se sentar na cama. Sirius deixou a bandeja em cima de uma mesinha e o ajudou. Colocou, devagar, a bandeja no colo do amigo.




- O que houve, Sirius?


- Você se transformou em lobisomem em uma ruazinha isolada aqui perto. Eu não posso te dizer o que aconteceu, porque quando cheguei, te encontrei completamente ferido. Me transformei em cachorro e te arrastei até aqui. Então eu cuidei de seus ferimentos e agora estamos aqui.






- Está ficando difícil, Almofadinhas. Eu não sei me controlar sem... você.


- Ora, Remus, não diga isso. Você é o homem mais forte que conheço. Não digo fisicamente, mas, vamos lá, amigo, você sabe o que tem dentro do seu coração.




- Eu sei o que tem dentro de mim até que a lua chega e tira todas as minhas esperanças. Eu era um lobisomem melhor quando estávamos estudando em Hogwarts, Sirius. Eu tinha você.


- Eu ainda estou aqui.




- Mas por quanto tempo? Logo não estarei mais aqui debaixo deste teto e você continuará sua vida. Você pode ser um cachorro quando bem entender, eu não tenho escolha.


- Você pode ficar aqui. Não temos mais o que temer. Harry destruiu Voldemort e nós acabamos com seus seguidores. Agora podemos viver em paz.




- Eu nunca tenho paz, Sirius. Olhe pra mim... Nem sei o que me feriu desse jeito.


- Talvez você mesmo tenha feito isso. Não me importa... Eu te encontrei e não ia te deixar.




Os olhos de Lupin brilharam. Amava Sirius. Amava com toda intensidade. Eram amigos desde que pudesse se lembrar. 




That's how much I love You


That's how much I need You


And I can't stand You


Must everything You do make me wanna smile


Can I not like It for a while? No


But you won't let me.




Isso é o quanto te amo


Isso é o quanto preciso de você.


E eu não te suporto,


Quase tudo que você faz, me faz querer sorrir


Posso não gostar disso por um instante? Não.


Mas você não me deixa.




- Eu não sei o que faria sem você, Sirius. Obrigado por não me deixar.


- Eu nunca te deixaria caído na rua daquele jeito, Remus!


- Não só ontem, mas sempre. Obrigado. - Remus tomava um gole de café. 


- Estarei sempre aqui! Vou descer, se precisar é só gritar, está bem?


- Claro.




Lupin permaneceu olhando o antigo quarto de Black. Via fotos dos dois junto de Tiago. Algumas fotos receberam recortes. "Pettigrew", concluiu. Sorria com os objetos de Sirius e suspirava com saudade da época escolar. Remus sempre admirou Sirius. Na verdade, Remus sonhava em escutar do amigo uma confidência. Não qualquer uma. Remus sonhava com o dia em que Sirius admitisse sua homossexualidade. Lupin desconfiava de Sirius há muito. Acompanhou sua história, suas sucessivas rejeições à garotas lindas. Negou o amor de Narcisa, que acabou por casar-se com Lucius. Tinha até a teoria de que, por ter rejeitado Bellatrix, a garota tornou-se amargurada e, por isso, juntou-se ao Lord das Trevas. O fato era que Lupin sabia do segredo de Sirius. "Aquela mão suspensa no ar ao andar nunca me enganou. Por que ele não confia em mim?". Sem perceber, Remus acabou falando alto:


- Por que ele não confia em mim? 


- Ele quem, Aluado? - Sirius entrava repentinamente.


- Como?


- Ele quem? Ouvi você dizer "ele não confia em mim".


- Ah! Ahn... estava divagando. Esqueça.


- Escondendo coisas de mim, ahn?


- Olha quem fala...


- Hein?


- Ora, Sirius. Não me faça dizer.


- Dizer o que? - Sirius sentou-se na cama, olhando o amigo. Lupin ficava constrangido com a situação.


- Vamos, nós dois sabemos!


- Diga logo, Remus! Não sou eu que estou remoendo isso dentro de mim. Você é quem está se incomodando. Diga logo de uma vez... Tenha coragem!


- Você... é... - Calou-se.


- Vamos, Remus! 


- Eu não consigo. Não era pra ser assim. Era pra você me contar... Era pra você confiar em mim, Sirius!


- E não confio? Sinceramente, Lupin! Todos esses anos estive ao seu lado, me transformando num cachorro gigante para poder te tirar da loucura. Todos esses anos te protegi como pude e sempre protegerei. Isso não é confiança? Não! Você está certo... Não fiz nada disso por confiança, fiz por amor!






Sirius curvou-se e beijou a testa de Remus. Olhou-o nos olhos. Lupin sentiu um arrepio percorrer-lhe todo o corpo.


- Eu sempre confiei em você, Aluado. Você é meu melhor amigo. Sim, eu sou homossexual, mas não queria contar pra você, porque tive medo. Medo de perder você. Não pense que vou te atacar, amigo. Tenho apenas muita admiração por você e somos como irmão. Jamais pensaria de outra forma.


- Que bobagem! Você demorou tantos anos pra me contar isso por que pensou que eu seria infantil dessa forma? Francamente...


- Me desculpe.


Mas as palavras chicoteavam Lupin. Admiração? Amigo? IRMÃO? Por que Sirius não entendia que o único motivo pelo qual Remus se importava com sua sexualidade era exatamente o fato de manter uma paixão por ele? Lupin era tão hétero quanto Sirius, só não podia admitir. Adiantaria de que? Jamais teria Sirius em seus braços. O homem deixara bem claro. Eram apenas irmãos.


Estavam em silêncio, olhando um para o outro. Ambos fechados em seus próprios pensamentos. Lupin não se sentia desconfortável. Sirius muito menos.




- Sabe... dizem que você sabe que ama uma pessoa quando consegue ficar em silêncio junto dela. - Lupin arriscava.


- Com certeza. Quando o silêncio não mais incomoda...


- Eu te amo, Sirius.


- Eu também, Remus. - Sirius oferecia sua mão ao amigo, que levantava a outra com dificuldade para que pudessem se cumprimentar.


- Sirius... Você não está entendendo, não é?


Uma onda de surpresa parecia tomar o rosto de Sirius. Não esperava por uma declaração tão descarada do amigo. Não pôde conter um riso de alegria.




- Pensei que você nunca fosse dizer isso - Sirius abaixava o rosto, beijando os lábios de Remus.




You upset me, boy, then you kiss my lips


All of a sudden I forget that I was upset


Can't remember what You did




Você me chateia, depois me beija.


De repente eu esqueço que estava chateado


Não lembro o que você fez.




*


Uma semana se passou. Lupin estava curado e os dois pareciam mais felizes que nunca. Sem segredos, se amavam e curtiam a companhia um do outro. Eram mais que amigos ou irmãos, eram almas gêmeas. Brigavam muito também. Sirius e Remus eram muito homens para qualquer coisa. Não entravam em acordo nunca e acabavam discutindo. Era como viver no inferno. Sim, porque o inferno é cheio de tentações e, consequentemente, prazeres e paixões. Mas não deixava de ser o inferno. Não conseguiam ser românticos enquanto parceiros, mas se desmanchavam em elogios quanto à amizade que os unia. 




But I hate it
You know exactly what to do
So that I can't stay mad at you
For too long, that's wrong
But, I hate it
You know exactly how to touch
So that I don't wanna fuss and fight no more
So I despise that I adore you


E eu odeio isso
Você sabe exatamente o que fazer
Para que eu não fique brava 
Por muito tempo, isso é errado.
Mas, eu odeio isso
Você sabe exatamente como me tocar 
Para que eu não queira mais discutir nem brigar 
Então eu detesto te adorar



Liam o Profeta Diário naquela manhã. Uma manchete os entristeceu rapidamente.




"Nova seita de bruxos assassinos formada. Ministério busca reforços para combater o que parece ser a maior organização de bruxos de todos os tempos"


Cornélio Fudge prestou depoimento quanto ao grupo de bruxos assassinos. O Ministro diz que Potter pode descansar. Os bruxos não aparentam ser discípulos de Voldemort. Fudge diz que Hermione também pode relaxar, pois os bruxos não estão à procura de "sangues-ruins". Essa nova seita caça bruxos homossexuais.


Num mundo completamente renovado, existe ainda aqueles que agem de má fé no mundo bruxo. As famílias das primeiras vítimas estão desoladas. Além de perder os familiares, enfrentam o preconceito de vários bruxos.


O Profeta Diário pede licença para pedir que os bruxos não levem adiante este pensamento. Caso contrário, estaremos prestes a viver uma nova era de terror. Lembrem-se: Não há glória alguma em seguir os passos de pessoas como Voldemort e os Comensais.




- Parece que não podemos viver felizes mesmo, hã? 


- E agora? - Lupin suspirava.


- Agora fingimos que somos apenas amigos.










- Como? Me diz como, porque eu não sei como negar mais. Eu demorei muito tempo esperando. Demorei muito tempo TE esperando.


- Você tem a mim, Remus. Só precisamos esperar a poeira baixar.


- Quem pode saber o que somos? Estamos aqui sozinhos.


- Remus... você sabe que não podemos fazer isso. Você sabe como são esses bruxos. Vou comunicar os outros, precisamos combatê-los.


- Sirius, deixe que o Ministério cuide disso!


- Remus! Nós precisamos! - Sirius batia na mesa, decidido.


- Eu não posso deixar você fazer isso.


Sirius transformou-se em cachorro, pulando em Remus. Seus olhos vermelhos pareciam advertí-lo para não o atrapalhar. Sirius rosnava.


- Se é assim... - Remus aquietava-se, enquanto Sirius voltava ao normal, ainda em cima de Lupin.


- Eu te amo. E é por isso que tenho que ir. - Acariciou o cabelo do amigo, beijando-lhe a boca. Remus correspondeu, puxando o cabelo de Sirius. Acariciavam o rosto um do outro. Sirius levantou-se em direção à coruja.




And I hate how much I love you boy
I can't stand how much I need you
And I hate how much I love you boy
But I just can't let you go
And I hate that I love you so..

And you completely know the power that you have
The only one that makes me laugh
Sad and it's not fair how you take advantage of the fact that I
Love you beyond the reason why
And it just ain't right

And I hate how much I love you boy
I can't stand how much I need you
And I hate how much I love you boy
But I just can't let you go
and I hate that I love you so



E garoto eu odeio o quanto eu te amo,.
Não suporto o quanto eu preciso de você
E garoto eu odeio o quanto eu te amo,.
Mas eu simplesmente não posso te deixar
E eu odeio te amar tanto assim

E você sabe completamente o poder que tem
O único que me faz rir
Triste e não é justo o modo como você se aproveita do fato
De que eu te amo além da razão
E isso não é certo

E garoto eu odeio o quanto eu te amo,
Não suporto o quanto eu preciso de você
E garoto eu odeio o quanto eu te amo,
Mas eu simplesmente não posso te deixar
E eu odeio te amar tanto assi
m





- Sirius! Sirius! - Remus pulava da cadeira, correndo para alcançar Sirius, que escrevia um bilhete.


- Remus, nada vai mudar minha opinião, você já devia saber.


- Nem mesmo isso?


Lupin deitou Sirius no sofá, subindo em cima do homem. Tirou o cabelo de seu rosto e encostou os lábios nos dele. Suas barbas arranhavam ambos os rostos e eles gostavam. Sirius pareceu fraquejar por um instante, deixando Lupin guiar a situação. Sua língua movimentava-se na boca de Sirius com nada mais que amor. Sirius deixou-se envolver nas carícias do parceiro, contribuindo com sua língua. Um selinho terminou o beijo e Lupin o olhava.


- Por que você me enfraquece? - Sirius parecia não conseguir abrir os olhos.


One of these days maybe your magic won't affect me
And your kiss won't make me weak
But no one in this world knows me the way you know me
So you'll probably always have a spell on me

That's how much I love you
That's how much I need you
That's how much I love you
That's how much I need you


Um dia desses talvez sua mágica não me afete mais
E seu beijo não me enfraquecerá
Mas ninguém nesse mundo me conhece como você
Então você provavelmente terá sempre um feitiço sobre mim

Isso é o quanto eu te amo
Isso é o quanto eu preciso de você
Isso é o quanto eu te amo
Isso é o quanto eu preciso de você


- Eu não vim tentar te impedir. Eu só quis que você soubesse que vou te apoiar nessa luta, como em todas as outras. Acho que finalmente entendi que ODEIO te amar, mas te amo. E amar é apoiar. Finalmente estamos completamente juntos nessa. - Seus lábios tocaram ligeiramente os lábios de Sirius.


Black sorriu, jogando Lupin no chão e subindo em cima dele.



- Sabia que você entenderia. Então te direi os planos: primeiro vou te amar aqui mesmo até que nossos corpos não mais aguentem. Depois mandarei a carta à Harry e os outros e, se vierem nos matar, bem... uma hora vamos morrer, não? Creio que não sejamos tão atraentes com a idade de Dumbledore, por exemplo. 



Os dois riram e se beijaram, apaixonados.



And I hate that I love you so
And I hate how much I love you boy
I can't stand how much I need you
And I hate how much I love you boy
But I just can't let you go
And I hate that I love you so..
And..
I hate that I love you so.. so.

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