Capítulo I



Can we pretend that airplanes in the night sky are like shooting stars? I could really use a wish right now.


 


Acordei com o barulho silencioso de cada uma. Roupas, sapatos, fechos de mala, secadores, maquiagens e varinhas. O suficiente pra me fazer desistir do sonho esquisito que eu estava tendo.

- Bom dia – tentei.

Recebi alguns sorrisos fracos de volta. Aquilo era sufocante. Literalmente sufocante.


Levantei e calmamente me dirigi ao banheiro. Olhando no espelho, uma tristeza me invadiu. Limpei algumas lágrimas que caíram, ajustei meu cabelo num rabo de cavalo e sai de lá. Peguei minha roupa mais confortável e conferi minha mochila que já havia sido feita no dia anterior. Pra quê mala? Eu voltaria àquele inferno logo antes que eu pudesse perceber.


Desci para o café da manhã. Devorei com certa pressa, não sei bem o porquê. Voltei para o quarto e escovei os dentes. Coloquei minha mochila e me despedi de lá. Também não sei bem o porquê. Não havia mais ninguém no quarto.


Desci mais uma vez. Meia hora, ou mais, depois as pessoas já estavam por lá também, esperando pra entrar no trem. Procurei a primeira cabine vazia pra que eu pudesse entrar, não encontrei. A primeira que me agradou era uma na qual estava Dorcas. Entrei.


Mesmo que aquilo fosse ser mais um sofrimento, era um tipo de contato, não era?

- Dorcas! – ouvi Lily gritar assim que abriu a cabine. – Estava praticamente impossível encontrar você. Os meninos estão vindo, Emmeline também.


- Tá muito cheio? – ela perguntou.


- Ah, um pouco. Mas já esteve pior – Lily respondeu.


Em seguida, surgiram James, Sirius, Remus, Peter e Emmeline. Todos se sentaram rápido, procurando ficar o mais longe de mim. Eu estava na janela do lado esquerdo. Remus acabou ficando do meu lado, Sirius ficou de frente pra mim.


Ouvi-o perguntando o que eu estava fazendo ali. Dorcas e Lily deram de ombros, dizendo que não faziam idéia.


- Tudo bem, não vou deixar nada estragar meu humor. Vai ser o natal mais divertido de todos – ele disse por fim.


- Você diz isso só porque aquela loirinha vai estar lá – Emmeline falou.


- Não precisa ficar com ciúmes, Emmy. Você ainda é a primeira loira da minha vida – ele brincou.


- Você é ridículo, Sirius – ela respondeu.


- Tudo bem vocês dois – Lily disse rindo. – Então quer dizer que ela vai mesmo, Sirius?


- Vai – um sorriso safado – Eu não vejo a hora de chegar lá.


- Já te falei que nada de porcaria na minha cama, né? – James perguntou.


- Relaxa, man – ele fechou os olhos e cruzou os braços.


- É sério. Eu soco sua cara, veado – bateu no amigo de brincadeira.


Por aí a conversa deles seguiu. Nesse momento eu liguei minha música e me dediquei a ela. Sabia que a qualquer momento poderia sair uma provocação pior. Precisava não escutar aquilo.


 


                                                         [...]


 


Minha mãe estava na entrada, cuidando dos jardins como ela adorava fazer. Abraçou-me forte assim que viu. Procurei não chorar, porque isso a deixaria realmente desesperada. Ou pelo menos preocupada com a minha estadia em Hogwarts. E de certa forma, eu não queria ir embora de lá. Tampouco queria preocupar minha mãe.


- Marlene! Senti tanto a sua falta!


- Eu também, mamãe. Eu também – abracei-a de volta. – Onde está o papai?


- Foi comprar algumas coisas pra levarmos pra casa de sua tia.


- Como? – me assustei.


- Como “como”? Vamos pra casa de sua tia! Você sabe que fazemos isso sempre.


- Não imaginei que esse ano de novo... Vão ter convidados lá.


- Mas sua tia me disse que são todos seus amigos também, então não tem problema. Tem algum problema? Você sempre gostou de ir pra casa do seu primo. Vocês sempre foram tão unidos.


- Não mamãe, não há problema nenhum – forcei um sorriso – Vou lá em cima trocar de roupa e encher minha mochila com as coisas que eu vou precisar, ok?


- Não precisa levar muita coisa! Qualquer coisa a gente vem aqui um dia e troca as coisas, tudo bem?


- Tudo bem.


James não morava muito longe de mim. Na verdade, morava bem perto. Não sei por que essa mania que nossos pais tinham de se juntar no natal e no ano novo na casa de um deles. Acontecia todos os anos. Eu havia me esquecido. Aposto que James ou sabia e havia escondido de todo mundo, já que todo mundo meio que ia pra lá esse ano, ou ele não sabia ainda, pois havia achado, assim como eu, que devido às visitas esse ano não haveria essa porcaria.


- Pipa? – a voz do meu pai baixinha chegou até mim.


Sai correndo do meu quarto e o vi nas escadas. Desci quase voando e o abracei forte.


- Pai!


Era ainda mais difícil não chorar sentindo o cheiro do meu pai. Era impossível.


- Meu amor, tá chorando? – ele me perguntou.


- Saudade de você – menti.


- Podemos conversar depois, tudo bem? – falou baixinho no meu ouvido. – Limpa essas lágrimas agora que sua mãe está vindo.


Fiz o que ele mandou e nós nos afastamos. Mamãe perguntou se estava tudo bem, nós confirmamos. Ela me mandou apressar as coisas, eu disse que já estava pronta. Em cinco minutos estaríamos saindo.


Fui pegar minha mochila e corri para o carro. Não queria irritar a mamãe. Tornaria tudo ainda mais complicado na minha vida, e eu já não agüentava mais complicações.


Durou pouco demais o tempo em que pude ficar no carro. Como eu disse, nós morávamos realmente perto.


- Marie!


- Ana! Desculpe nossa demora. Charles estava comprando as coisas.


- Falei que não era preciso comprar nada! Você não escuta mesmo, não é Charles? – ela brincou.


- Não podia fazer essa desfeita. Além do mais, são poucas coisas. Onde está George?


- Na cozinha. Pode por as coisas lá.


Meu pai sorriu educado e agradeceu. Foi para a cozinha. Ana me viu, me cumprimentou, disse que eu estava sempre linda.


- Os meninos estão lá em cima, se quiser ir. Você vai ficar no seu quarto de sempre. As amiguinhas do James já se instalaram em outro quarto, não se preocupe.


- Obrigada, tia Ana.


Subi. Pude ouvir do começo do corredor as risadas animadas. Passei pelo quarto do James e todo mundo me olhou. Todos assustados, se perguntando o que eu fazia ali. James se levantou rapidamente.


Fui pro meu quarto e, como imaginei, ele estava logo atrás de mim.


- O que você está fazendo aqui? – perguntou com os olhos abertos. – Eu falei pra minha mãe que não te queria aqui esse ano. Todo mundo veio pra cá, será que você não tem um mínimo de noção? O Sirius não suporta olhar na sua cara.


- Não é culpa minha, tá legal? Eu não posso decidir lá em casa o que nós vamos ou não fazer. Assim que eu cheguei fui avisada que nós viríamos pra cá. Pelo que parece, sua mãe acha que seus amiguinhos também são meus amiguinhos.


- Droga, Marlene! Isso complica as coisas. Eu consigo lidar com a sua presença numa boa. Mas eles não. Você sabe disso! – ele começou a gritar um pouco.


- Não adianta gritar comigo. Gritar não vai expulsar a irmã da sua mãe daqui. Mas vai deixar sua mãe com raiva de você. James, eu não tenho culpa. Prometo ficar no meu quarto o máximo de tempo possível. Vocês podem até ignorar que eu estou aqui, tá legal? – sentei na cama e abri meu livro.


James bufou alguma coisa e saiu. Eu sabia que a confusão havia apenas começado.


 


                                                          [...]

Pessoas! Perdão mil pela demora pra postar o primeiro capítulo, essa fic já tá escrita, então não foi falta de criatividade... Na verdade, eu esqueci que tinha postado o prólogo. Isso mesmo, porque eu não coloquei "Prólogo on"nem nada assim, esqueci completamente que já tinha começado a postar aqui. Então, perdão mesmo! Eu gosto dessa fic, hihi. Um pouco. Enfim, vou responder os comentários lindos:

Ni: Você sempre comentando pra me fazer feliz.. Nem preciso dizer que eu agradeço muito, né? Eu espero que você goste, de verdade, Ni!

Hilary: Sério? AUEHAUEHUA Mano, fico muito feliz de ler isso! Eu sempre me achei péssima com prólogos, hehe. Desculpa ter demorado esse tempo todo, não me abandone, por favor! Hihi Espero que você goste!

Mayblack: Postei! Fico muito feliz que você tenha gostado, espere que continue a ler! Beijão, (:

Nina: A menina das fics perfeitas aqui, não acredito! Eu fico feliz que você tenha vindo, mesmo que pra retribuir, sério! E suas fics são muito boas, cara, você merece muitos comentários surtados lá, AUEHEUAUEHA Pode deixar! Desculpa por ter desaparecido nos últimos dois (dois?) dias, eu tava fazendo umas provas chatas, mas voltarei ao normal. Eu sei como é, inspiração é um saco. E quando ninguém comenta dá uma vontade de pirar, rodar a baiana e não colocar nada na Floreios nunca mais, HAHAHAHA QUE LINDA <3 Fico muito feliz de ler isso, sério manoooo. Você deve saber como é bom alguém ler e tals. Espero que você goste! E nããão, relaxa. Lene e James não, ela só esbarrou com ele no corredor. Acho que eu pus ele porque ele é a única pessoa que falaria com ela, uhm. A Lene ama o Six, com certeza, eu nunca mudaria isso no mundo, sou louca com eles *u* AUEHAUAHEAEUHAH Beijão!

É isso aí! Posto o próximo capítulo logo mesmo, não vai ser nem daqui uma semana, menos. Devo postar no sábado, ou na sexta. Beijo pra vocês e por favor: comentem (: 

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