Capítulo Único



N/A: Os personagens são da Rowling, não meus. Essa é a primeira história de Harry Potter q eu faço. Estou lendo o 4º livro (a Luna nem apareceu ainda, to no começo ¬¬) e, segundo minha BFF, a fic tá direitinha. Ela me ajudou nisso aqui.
Eu tive a idéia quando tava ouvindo Ironic, da Alanis Morissette.
Eu sou mega inexperiente com fics de HP. Leia e comente, por favor. Não gosto de leitores fantasmas e tomara q eles sejam exorcizados! -q
Boa leitura, :)
Luna Volturi

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Ironic



A garota sentou-se na mureta do corredor, de frente para o extenso jardim. Ela estava sozinha já que foi uma dos únicos alunos a não irem para a casa nas férias do Natal. Brincava com uma mecha de cabelo enquanto cantarolava o hino da Casa que pertencia, Corvinal.


 


O último ano. Aquele era o último ano de Luna em Hogwarts. Todos continuavam achando que ela era louca ou algo perto disso. Mas ela não se importava. Aliás, esquecia-se do fato três segundos depois.


 


 


Ele andava rapidamente pelos corredores sempre com a mesma cara fechada e inexpressiva. Poderia ter passado as férias de Natal na casa dos pais, mas ambos estavam escondidos do mundo por um tempo. Com a derrota Daquele-Que-Não-Deve-Ser-Nomeado, muitos ex-comensais estavam se escondendo. Draco deveria ter feito o mesmo, mas achou que seria justo ver a acusação nos olhos dos outros.


 


Ele gostava de aparentar-se forte, apesar de tudo.


 


Avistou uma garota sentada perto do jardim. Ela levantou-se assim que ele se aproximou. Os dois se olharam e a loura sorriu.


 


– Alô, Draco. – Ela o cumprimentou.


 


– Lovegood. – Ele assentiu, apenas.


 


– Ei, é Natal. Você não devia estar em casa? – Luna perguntou, inocentemente. Draco trincou os dentes.


 


– Não. Eu quis ficar. – Ele respondeu, ríspido. A garota pareceu não se intimidar.


 


– É, eu também.


 


E foi isso. Luna não disse mais nada, assim como Draco. Eles se encararam por dois segundos e ele saiu andando.


 


(...)


 


Chovia forte em toda a Escócia. Luna queria muito sair do castelo e correr naquela chuva, mas sabia que estava realmente frio principalmente porque já era noite. Ela poderia pegar uma gripe e definitivamente não queria isso. Desceu as escadas que levavam para o dormitório feminino e foi para o Salão Comunal. Sentou-se em uma poltrona perto da lareira e estendeu suas mãos para ela.


 


 


Draco era o único aluno da Sonserina que ficara no feriado.


 


Ele lembrou de Luna Lovegood e o quanto ela parecia não se importar que ele fora um comensal da morte, um seguidor de Voldemort. Sempre o cumprimentando quando via o loiro nos corredores e puxando conversa de vez em quando, mesmo que ele a respondesse com rispidez. Draco se lembrou de quando a avistou andando num corredor, toda enrolada nos seus agasalhos por causa do frio. Mesmo assim ela cantarolava baixinho. Aquela garota vivia feliz.


 


Draco sorriu sozinho com o pensamento. Pegou no sono logo depois


 


(...)


 


Alana Mills, uma garota negra de olhos verdes, cutucava Luna. Aparentemente ela dormira no Salão Comunal.


 


– Aonde... Oh! Eu dormi aqui? – Luna perguntou para a amiga, meio desorientada.


 


– Sim. O que foi, estava com preguiça de ir para a cama? – Alana disse, com a voz risonha.


 


Luna apenas soltou uma risadinha. Alana saiu enquanto a loira encaminhava-se para as escadas. Ela se arrumou lentamente e logo desceu para tomar café. Assim que chegou no Salão Principal, inclinou a cabeça para o lado. Havia apenas uma mesa longa, e não as quatro que elas estava acostumada a ver. Além dos professores e do diretor, Alana, Luna, Draco e outros alunos que também ficaram no feriado estava ali.


 


– Srta. Lovegood! Estávamos esperando pela senhorita. – Disse Dumbledore, atraindo as atenções dos alunos para Luna durante um segundo e depois todos olharam para o velho diretor. – Imagino que vocês estejam confusos do porquê estarmos em uma mesa só, não é? Como poucos alunos ficaram no colégio, receio que não terá problema se todos comêssemos juntos numa mesma mesa, não é mesmo?


 


Entre acenos de concordância e sorrisos, o prof. Dumbledore desejou bom apetite aos alunos e logo a mesa estava cheia de comida, como sempre. Luna sentou-se ao lado de Alana e, à sua frente, estava Draco Malfoy. Ela sorriu para ele, mas ele fingiu que não viu. Ela não se abalou.


 


O café da manhã foi divertido. Com todos comendo, conversando e rindo, mas sem metade do barulho que seria se todos os alunos estivessem ali.


 


Draco era o único que estava quieto e sem nenhum sorriso no rosto. Luna percebeu isso, mas ficou em silêncio.


 


Quando todos saíram do Salão Principal, Luna seguiu Draco até ele virar o primeiro corredor depois da porta do Salão. Ele sabia que alguém o seguia. E, virando mais um corredor, encostou-se na parede e esperou quem quer que estava seguindo-o passar. Luna virou o corredor e ia passar direto por Draco, mas ele a puxou com um braço na sua barriga e outro em sua boca, impedindo-a de gritar. Ela estava calma. Sabia que Draco tinha pegado-a em flagrante. Sorriu.


 


– Por que estava me seguindo? – Ele perguntou, baixinho, em seu ouvido. A mesma voz ríspida de sempre. Luna levantou a cabeça tentando pedir, com os olhos, para ele soltá-la. Draco pareceu entender, pois tirou sua mão da boca dela na hora.


 


– Quero falar com você. – Ela respondeu, com aquele mesmo tom de inocência que irritava Draco sempre que ela falava com ele.


 


– Podia ter me chamado. E se eu te machucasse? – Draco pareceu, por três segundos, realmente preocupado com essa possibilidade.


 


– Você não vai me machucar. – Luna respondeu, com um sorriso no rosto.


 


– E como sabe? – Ele riu, sarcástico.


 


– Você não é um assassino.


 


O sorriso no rosto do loiro desmanchou-se no mesmo instante. O braço que, estranhamente, ainda continuava envolta da cintura de Luna, enrijeceu.


 


– Você não sabe de nada. – Draco rebateu, tão ríspido quanto jamais fora com Luna.


 


– Você não precisa ser frio e mau para sempre, Draco. As pessoas frias e más não gostam de felicidade. Você não gosta de felicidade? – Ela perguntou, inclinando a cabeça pro lado, confusa.


 


Draco soltou Luna, empurrando-a para o lado e saiu andando a passos duros. Luna teve que correr para acompanhar o garoto.


 


– Draco, espera. – Ela falou, assim que conseguiu alcançá-lo.


 


– O que você quer, hein, Lovegood?


 


– Nada. E você?


 


Draco parou e a olhou.


 


– Quero que saia da minha vida. – Ele disse.


 


– Aposto que isso é obra dos zonzóbulos. Eles entram pelo seu ouvido e mexem com a sua cabeça. – Ela explicou.


 


– Não tem nenhum zonzóbulo mexendo na minha cabeça. Se já acabou...


 


Luna deu de ombros, virou-se e começou a andar na direção oposta a que estavam indo. Draco continuou ali, pensando no que a loira amalucada lhe dissera.


 


“Você não precisa ser frio e mau para sempre, Draco. As pessoas frias e más não gostam de felicidade. Você não gosta de felicidade?”


 


Você não gosta de felicidade? Ele perguntou para si mesmo. Virou-se, querendo falar com Luna, mas ela já tinha desaparecido.


 


(...)


 


Luna abriu o presente que seu pai mandou junto com Alana e mais três alunos da Corvinal. A loira possuía um sorriso enorme no rosto quando viu dois livros de contos bruxos que ela estava ansiando há tempo. Seu pai sabia exatamente como deixá-la feliz. Porém, havia uma carta também. A carta estava apenas endereçada a ela e dizia para abri-la quando estivesse sozinha.


 


Ela subiu as escadas e foi para o seu dormitório. Alana ainda ficara no Salão Comunal, então Luna teria o quatro todinho só pra ela por um tempinho. A loira praticamente se jogou em sua cama, abriu a carta e descobriu que, na verdade, era apenas um pedaço de pergaminho.


 


Me encontre às 10hs no corujal.


D.M.


 


Luna leu e releu o bilhete várias e várias vezes. Sabia que Draco Malfoy o mandara, mas não sabia o que ele queria falar com ela. Luna sorriu, pensando que ele finalmente a aceitara como amiga.


 


Draco foi para o corujal uma hora antes do combinado. Ele estava nervoso sem saber exatamente o motivo. Pensara muito no que Lovegood lhe dissera manhã passada. Ela estava certa. Ele não precisava ser como seu pai para sempre. Até porque, ele não gostava de ser assim. Afastando as pessoas e ganhando fama de vilão. Porque ele não era. Seu pai o induzira a ser um comensal. E ele fora obrigado a cumprir já que sua mãe fizera um pacto com Severus Snape para que, se o loiro fracassasse ou morresse, Snape morreria também.


 


Isso seria egoísmo de mais. Draco sabia disso.


 


E Luna também. Ela, por alguma razão absurda, não o via como vilão. Talvez ela não fosse tão louca como todos diziam.


 


Às dez horas da amanhã, exatamente, Luna entrou no corujal. Parecia que ela já estava ali há muito tempo e esperou a hora exata para entrar. Draco estava no andar de cima e observou a loira andar por ali, vendo as corujas e sorrindo para elas. Ele sorriu sozinho. Gostava de vê-la feliz sem motivo algum.


 


O sorriso se desmanchou do rosto de Malfoy. No que diabos eu estou pensando?


 


Luna olhou para cima e avistou Draco.


 


– Ah, você está aí! – Ela disse, com o mesmo sorriso feliz que ela sempre tinha no rosto.


 


Draco desceu as escadas e andou até estar frente a frente de Luna.


 


– Você está certa. – Ele disse, engolindo seu orgulho.


 


Luna sorriu mais largamente, sabendo do que ele estava falando. Pegou a mão do loiro e a puxou enquanto corria para fora do corujal.


 


– Ótimo! Corra, o dia está lindo lá fora! – Ela disse, animada, enquanto corria.


 


Draco se arrependeu por um segundo de ter concordado com ela. O que aquela doida vai aprontar? Ele pensou. Porém, logo depois, sentiu-se feliz por vê-la feliz. Não entendia o porquê disso, mas simplesmente estava bem por ver um sorriso largo na face de Luna.


 


(...)


 


O Natal passou, os alunos chegaram e, com isso, a maioria dos comentários era dirigido à amizade de Draco Malfoy e Luna Lovegood. Os alunos passavam e viam os dois juntos, sentados, conversando ou rindo. O mais espantoso era ver Draco Malfoy, o ex-comensal extremamente frio e arrogante, rindo sinceramente na companhia louca da Lovegood.


 


– Aposto que ficou virou um lunático que nem ela. – Uma aluna da Lufa-Lufa comentou.


 


Draco estava passando com Luna e ouviu o comentário. Ele percebeu que a amiga; ela também ouvira. Cansado de tudo, ele murmurou para Luna seguí-lo e andou até as garotas da Lufa-Lufa. Pelo tamanho e rosto de crianças em crescimento, deviam ser do segundo ou terceiro ano.


 


– Com licença, garotas. – Disse Malfoy. As meninas olharam para ele, assustadas. – Há algum problema?


 


– N-não. – Disse a que tinha comentado. Ela tinha os cabelos ruivos e curtos na altura do pescoço e olhos azuis.


 


– Que bom. Eu não virei um lunático. Minha amiga, Luna – Ele puxou a loira que o encarava reprimido um sorriso pelo braço. – Ela também não é lunática. Eu agradeceria se parassem de falar sobre nós desse jeito.


 


Com um sorriso aparentemente educado, mas obviamente irônico, Draco virou-se – ainda puxando Luna – e deixou as garotinhas assustadas para trás. Ele falar no mesmo tom arrogante que só os Malfoy tinham. Provavelmente elas não falariam nem dele nem de Luna tão cedo.


 


– Coitadas. Você as assustou, Draco. – Luna falou quando os dois dobraram um corredor.


 


– Foi engraçado, não foi? – Ele perguntou, rindo. Luna riu baixinho.


 


– Eu não estou mais agüentando essas pessoas falando de nós como se fôssemos a coisa mais esquisita da Terra, luna. – Draco continuou. – Quer dizer, nós só nos tornamos amigos, que é que tem demais nisso?


 


Luna, mesmo mantendo o sorriso doce, sentia quebrar-se por dentro. Nós só nos tornamos amigos... Só amigos.


 


– É. Se você se sente incomodado, eu... Eu posso me afastar. Sabe, para que não falem mais. – Ela ofereceu.


 


– O quê? Claro que não, Luna! – Ele exclamou, como se aquilo fosse uma grande ofensa. – Você é a única aqui que não me vê como vilão. Como Malfoy.


 


– Isso é bom, não é? – Ela perguntou.


 


– Claro que é! É incrível! – Draco já tinha se acostumado com as perguntas bobas da garota.


 


Luna era única em quem Draco confiava, além de seu padrinho Snape. Ele nunca soube por que Luna não tinha medo ou raiva dele. Talvez ela estivesse por fora da guerra. Talvez, com o seu jeito lunático que todos insistiam em dizer que ela tinha – e eles estavam certos –, talvez assim ela nem ligasse para o que acontecera. Se Voldemort aparecesse dizendo que se arrependia, Luna o acolheria de bom grado sem se importar se ele estaria mentindo ou não.


 


E isso era o que Draco mais gostava em Luna. O fato de que ela tinha um coração enorme e não se importava que o passado das pessoas fossem negros. Desde que as pessoas estivessem arrependidas, para ela estava ótimo.


 


Draco descobriu que gostava de Luna mais do que deveria.


 


(...)


 


– Luna, você tem que se afastar dele! – Hermione insistia em dizer enquanto elas caminhavam pelo pátio.


 


– Me afastar de quem? – A loira perguntou.


 


– Do Malfoy, é claro! – Hermione respondeu, como se fosse óbvio. E o pior é que era.


 


– Ele é meu amigo, Mione. Eu sou a única amiga dele agora. Não vou me afastar de Draco só porque ele foi um comensal. Ele está arrependido. – Luna explicou pacientemente.


 


Hermione bufou, desistindo de falar com a loira sobre Malfoy, visto que ela sempre responderia a mesma coisa. Ele está arrependido, Hermione zombou em pensamento, arrependida estou eu de tentar convencer a Luna. É uma batalha perdida.


 


– Posso falar com você, Luna? – Draco chegou do nada, assustando Hermione. Luna o olhou e abriu um sorriso.


 


– Claro. Até depois, Mione.


 


– Até depois. – A morena murmurou, rabugenta. Nessa hora ela queria ser uma mosca para saber o que o arrogantezinho queria com a sua amiga.


 


Os dois andaram até uma árvore vazia e sentaram-se nas raízes da mesma. Luna esperou o amigo falar.


 


– Nesse fim de semana terá um festival de ciganos em Hogsmeade. Seria legal se você fosse comigo e... – Draco começou a falar, nervoso, mas foi interrompido.


 


– Maravilhoso! Será muito divertido. – Luna disse, animada, enquanto abraçava o loiro. Ele ficou estático por poucos instantes antes de retribuir o abraço.


 


(...)


 


Os alunos estavam extremamente ansiosos no fim de semana. Muitos iriam ao festival que incluía danças ciganas, produtos de magia cigana e fogos de artifício à noite. Luna, assim como os outros, estava ansiosa para ver os fogos de artifício.


 


– Será lindo, eu imagino. Com certeza todos da vila e das redondezas conseguiram ver as luzes. – Luna comentava com Draco enquanto saíam do colégio.


 


– É, eu já vi uma vez. É incrível. Você já viu? – Ele perguntou.


 


– Não. Nunca fui ao festival, mas já ouvi falar. – Ela respondeu, com os olhos brilhando. Draco balançou a cabeça negativamente, sorrindo.


 


A vila estava movimentada e enfeitada com algumas barraquinhas aqui e ali vendendo produtos mágicos e artesanais. Era tudo muito bonito e colorido. Apesar da animação, ele podia ver a acusação nos olhos de algumas pessoas. Outras menos discretas apontavam diretamente para ele cochichavam para alguém. Ele podia imaginar o que estavam falando.


 


Mas Luna estava ali. E ela o distraía, o divertia. Ele ignorava as pessoas enquanto ria dos comentários de Luna e da animação dela.


 


Ambos foram para o Três Vassouras e sentaram-se numa mesa ao lado da janela. Pediram cerveja amanteigada e tomaram o líquido em silêncio. Apesar do fim do inverno, ainda estava frio nas ruas de Hogsmeade. Muita gente estava no bar bebendo o mesmo que os loiros e provavelmente sentiam o mesmo que eles: a sensação da bebida aquecendo seus ossos lentamente.


 


– Ai! – Luna exclamou, de repente. Draco olhou para ela no mesmo instante.


 


A loira estava com o dedo indicador na boca, apertando o lábio inferior. Não demorou a tirar e olhar para ele.


 


– Droga, tá saindo sangue. – Ela murmurou.


 


– Estava mordendo o lábio, Luna? – Draco perguntou, divertido.


 


– É, eu tenho essa mania. – Luna murmurou, sugando um canto do lábio. O gosto de sangue era ruim e a deixava meio nauseada.


 


– Eu posso dar um jeito. – Draco falou. Luna olhou para ele tentando adivinhar o que o garoto ia fazer.


 


Ele arrastou sua cadeira até estar ao lado dela e olhou em seus olhos. Luna não sabia no que isso ajudar, mas percebeu que já não sentia o gosto de sangue na boca. Draco pôs uma mão em seu rosto e outra em sua nuca e a beijou. Luna ficou estática por um momento, sem saber no que pensar. Draco pôde contar três segundos em sua mente até que Luna correspondeu ao beijo, meio hesitante.


 


O loiro sabia que havia o risco de Luna não estar apaixonada por ele, mas consolava-se pensando que a dor de não ser correspondido não seria tão grande quanto todas as outras que ele já sofrera. E Draco poderia conviver com isso.


 


Mas havia uma voz em sua consciência que discordava. Luna foi a única que se aproximou dele sem se importar com seu passado. Ela foi a única que o perdoou, apesar de tudo o que ele fizera. Draco não podia deixar Luna escapar, sair de sua vida por beijo mínimo como aquele. Nem que os dois ficassem só como amigos depois disso, mas o loiro simplesmente não queria Luna longe de si.


 


Luna estava sentindo-se ansiosa, feliz e nervosa como jamais ficara. Era um misto de emoções que ela gostava de sentir. Mal podia acreditar no que estava acontecendo!


 


Draco separou-se do nada, olhando Luna meio perturbado. Estava nervoso para ver a reação dela. E se ela jogasse a caneca da cerveja amanteigada em sua cabeça? Os olhos cinzas de Draco observavam atentamente os olhos azuis de Luna.


 


Ao contrário do que ele esperava, ela abriu um grande sorriso.


 


– Obrigado por não me julgar. Por me aceitar apesar das coisas que eu fiz. – Draco falou, sorrindo aliviado.


 


– Talvez isso seja porque sou meio lunática. – Ela arqueou uma sobrancelha enquanto levantava-se. – Vamos! Já está quase na hora dos fogos!


 


Draco a observou com um sorriso enquanto levantava-se também e pagava as bebidas. Ela dava pulinhos de animação enquanto andava e parecia mais feliz do que o normal. O loiro também estava feliz, incrivelmente feliz, só não demonstrava tanto quando Luna. Um sorriso pequeno e torto ornamentava sua face enquanto eles andavam.


 


Havia um grande lago no final de Hogsmeade. Tinha muita gente ali, pois era ali que os fogos seriam soltos. Assim que Draco e Luna chegaram, os fogos iluminaram o céu. Do outro lado viram um cigano com uma varinha e ele controlava os desenhos das luzes. Uma cara feliz, um coração, uma flor, uma estrela, um passarinho e uma vassoura. E depois as luzes caíam em cascata, terminando. Era assim com todos os cinco fogos de artifício seguintes, mas com desenhos diferentes. Era tudo muito brilhante e colorido. O espetáculo durou meia hora até os ciganos anunciarem que no dia seguinte teriam o final do festival. Para encerrar o show, o cigano soltou mais um fogo de artifício que, de longe, era o mais bonito de todos os que estiveram ali.


 


Era prateado e formado de vários traços de luz. Esses traços corriam pelo céu e se embrenhavam até explodir e cair como se fosse uma chuva no céu. Fora incrível, a coisa mais magnífica da noite.


 


Assim que os fogos terminaram definitivamente, Draco e Luna andavam de volta para a vila como todos os outros.


 


– Foi lindo! Obrigada por me convidar, Draco. – Luna falou. Seus olhos brilhavam de felicidade.


 


– Que bom que gostou. – Ele disse e parou de andar.


 


Como se adivinhasse os pensamentos do garoto, Luna envolveu seu pescoço com as mãos se Draco fez o mesmo com a sua cintura. Não foi preciso muito tempo para os dois estarem com os lábios colados mais uma vez.


 


Os alunos de Hogwarts passavam por eles, observavam Draco e Luna se beijarem. Justo Draco Malfoy, o arrogante, estava com Luna Lovegood, a lunática.


 


Mas os dois gostavam daquele romance irônico.


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Comentários (1)

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