Capítulo 1
Era o melhor dia da minha vida. Nem sei como explicar direito. Sabe quando tudo parece ser um sonho? Era assim que eu estava me sentindo. E tudo começou com uma carta...
Eu moro no Brasil, ou o fim dele, como chamam. Mas não e verdade, para mim é o começo do Brasil. Pois bem. Roraima é um lugar muito quente, isso gera muito preconceito. Mais enfim, é a minha história que interessa, e não a localização geográfica de Roraima. Lá estava eu, deitada na rede sem nada para fazer, como de costume. Sabe, minhas férias raramente são animadoras. Minha cachorra Lola estava esparramada no fraco sol, e a outra, Filó, escondida em algum canto obscuro da casa que eu desconheço. Já tinha lido todos os livros possíveis de Harry Potter, aliás, praticamente decorado. Então resolvi tirar a bunda da rede e ir andar de bicicleta. Pedi a minha mãe e ele deixou não tão fácil, mais deixou. Peguei a minha bicicleta e andei sem rumo pelas ruas desertas do meu bairro...
Essa história parece muito... Monótona? Hahaha espere e veja...
Andei o quanto podia, só para ter algo que fazer. Aproveitar que não estava chovendo. Mas não durou muito, quando estava voltando a chuva me pegou. O inverna e assim mesmo, só chuva.Cheguei em casa e fui tomar meu 3° banho no dia. Então me deu vontade de receber uma carta. Sei, você deve me achar uma demente, mas calma. Então fui à caixa de correio ver se tinha uma. Achei. Comecei a rever melhor meu pensamento sobre o livro The Secret. Estava me achando. Fiquei olhando o envelope. Ele me era familiar. Ela era amarelado e lacrado com cera, e tinha um brasão (uma águia, uma cobra, um leão e um bichinho peludo que eu não sabia o que era em volta do ‘H’). Já tinha visto aquela carta em algum lugar. Uma brincadeira idiota, muito idiota. Meus amigos sabiam que eu amava Harry Potter, e já tinha batido o recorde de ler o livro tantas vezes. Queria matar quem tinha feito isso comigo. Só para ter certeza, vi o remetente:
Deborah N. L. N., meu endereço (acha mesmo que eu vou falar?), na rede.
OK, esse amigo sabia que eu vivia na rede. Grande coisa. Vivia espalhando a quatro ventos que preferia dormir na rede. Né?
Estava nervosa. Sentei na rede de novo, só para abrir a carta, que sabe não reconhecia aquela letra? Pois bem, abri. O que tinha naquela carta mudo a minha vida completamente.
Não entendi uma palavra. Talvez, o básico, mais não tudo.
Estava tudo em inglês. Que maravilha, só sabia o básico do básico. Quase nada. Li algumas coisas, e reconheci algumas palavras. Tapeei a carta, só para embromar e vi uma assinatura no final: Minerva McGonagall. Sinceramente, aquela brincadeira tava passando dos limites. Onde já se viu? Nunca perdoaria o retardado que...
-DEBORAH!
Quase cai da rede de susto! Que diabo de voz essa criatura tem! Resolvi olhar que era o dono da "doce" voz. Se eu estava me segurando para não cair, pois bem, cai legal. Tipo de cabeça no chão. Sem brincadeira, foi um dos maiores tombos da minha vida. Nunca vou esquecer. Fiquei uma semana com dores.
-Deborah?
Uma cara imenso, do tamanho de dois homens (só de altura) e três homens de largura, estava parado atrás do portão, debaixo da chuva torrencial.
-Quem e você?
Acho que ele percebeu que eu não falava a língua dele, então pegou o guarda-chuva e falou algo que eu não entendi favas, e voltou a falar comigo.
-Agora me entende? Sou o Hagrid- aquela voz era assustadora. Tenho certeza que meu vizinho ouviu. Na verdade, a quadra toda. Não falavam disso nos livros.- Deborah? Você está bem?
-HAGRID?- acho que me empolguei um pouco e acabei gritando muito alto.
-Deborah, que droga,eu estava dormindo! Não podia fazer o favor de falar baixo? O que esta acontecen...-a voz da minha mãe morreu ai. Acho que não precisa de explicação para um meio gigante no portão de casa. Ou talvez precise de uma bela explicação.
-Oi, eu sou Hagrid, de Hogwarts. Vim buscar sua filha.
-Como? Minha filha? Hoguiuartis? O que é isso?-disse a minha mãe confusa.
-Escola de magia e bruxaria de Londres, não é isso?
-Exato. Vejo que Dubledore escolheu a pessoa certa.
-Olha aqui moço, ou seja lá o que você for, eu sou a mãe dela, e EU decido para onde ela vai. E pelo que eu saiba, minha filha não e bruxa não.
-Me desculpe. Maria de Mattos, não?-minha mãe confirmou com a cabeça.- precisamos ter uma conversa séria.
Minha mãe ate ia pedir para ele entrar, mais ele não passava pelo portão. Então tivemos que ir para a calçada.
-É o seguinte, a Deborah sabe o destino do Harry.
-Todo mundo sabe, Hagrid.
-Mas ninguém pode ir para Hogwarts, exceto você.
- ALGUEM PODE ME DIZER O QUE É HOGUIUARTIS?
-Hogwarts, mãe. Se lembra, Harry Potter...
-Há, sim. Aquele livro que você vive lendo... Sei. Pura imaginação.
-Não é não senhora. É real.
-Olha, eu sempre quis ser bruxa, e sei que não sou. Primeiro, que nunca fiz nada de tão legal, e também nunca recebi a carta de Hogwarts, e terceiro, já tenho 13 anos. Tá um pouco tarde, não?- Nem sabia por que tava falando com um cara que dizia ser Hagrid. Ainda estava muito confuso.
-Sei que não é bruxa, e você recebeu uma cartas de Hogwarts - disse apontando para a minha mão. Ainda estava com ela- Em quanto a idade, agente dá uma jeito.
-Com licença, minha filha não vai para Londres estudar numa escola imaginaria.
- Srta. Mattos, não e uma escola imaginaria. Ela e de verdade. E é claro que ela só vai se você permitir.
-Olha aqui!- ele olhou para mim assustado- Essa brincadeira ta indo longe demais. Sempre quis ir para lá, mas infelizmente, não existe mundo bruxo, não falo inglês muito bem e você não e de verdade!
-Você acha que não sou de verdade? Você acha que Hogwarts não existe? Você acha que Dubledore não pensou em tudo, inclusive nos seus estudos e na dificuldade de mudança de pais?- ele disse tão calmamente,que eu me convenci. Ele percebeu que eu estava pensando sobre isso, e (parecia) que estava sorrindo por baixo da enorme barba.
-Me de uma prova.- OK, admito que sou dura na queda. Mas não podia ceder tão fácil.
Ele pediu que me desse a carta e pegou o guarda-chuva rosa, e num piripaque desengonçado, ela se traduziu para o português. Me entregou a carta com um largo sorriso no rosto. Demorou para eu me dar conta que era magia. MAGIA!! Meu sonha de consumo há muito tempo. Minha mãe olhava Hagrid com o olhar de quem achava que estava delirando. Sacudiu a cabeça como quem que espantar uma mosca e tomou a carta da minha mão. Ela leu a carta, ficou um tempo olhando para Hagrid e depois para mim.
-Quer me dar logo essa carta??
Agora eu peguei a carta.
Prezada Deborah
Soubemos que você sabe todo o futuro de um dos nossos alunos. Tememos não saber o que fazer na hora certa, a acabar sendo tarde de mais. Sim, poderíamos pegar qualquer britânico para isso, mas você e especial. O dia que você nasceu e muito importante. Não e só o fato de ter nascido numa sexta feira treze, mais treze de outubro, dia que muitos homens morreram em uma tragédia bruxa. Enviamos um dos nossos funcionários para a compreensão de seus familiares.
Atenciosamente
Minerva_McGonagoll
Minerva McGonagoll
Vice diretora
Sonho. So podia ser um sonho. Meus olhos marejaram, me senti flutuando. Olhei para a minha mãe. Depois olhei para Hagrid. Não agüentei e o abracei. Nos meus últimos meses o meu sonho era ter um contato com magia. Sempre quis ser bruxinha, desde menina.
-Filha, não posso deixar você ir. Nem sei onde fica! Sinto muito.
Pronto. Acabou. Como eu consigo mudar de sentimento tão rápido. Olhei incrédula para a minha mãe. O chão tinha sumido. O desespero era imenso.
-Mãe... você não... Hagrid, por favor!!- agora as lagrimas eram de terror. Em segundos meu sonho tinha acabado. Sai correndo para o meu quarto tropeçando em um dos meus gatos e me joguei na cama. Não podia acabar assim. Levantei e tranquei a porta. Não sentia nada. Queria dormir. E como dormi. Estava quase anoitecendo quando alguém me acordou.
-Deborah... Deborah, abre essa porta, por favor.Vamos conversar.
Minha mãe estava na porta. Bem, uma hora tinha que sair do meu quarto, afinal, tinha que comer algo. Abri a porta a contra gosto.
-Fala logo.
- Seu amigo conversou comigo. Ele da um jeito de você aprender inglês.
-E meus estudos?- perguntei de mal educada
-Tem uma senhora, uma tal de madame Pomfrey vai te ajudar nos estudos, e você pode ajudar na enfermaria. Se você quiser, pode ir.
Aqueles palavras soaram como musica nos meus ouvidos. Pela terceira vez no dia, não acreditava que era verdade.
-Mãe, e você?
-Você não disse que queria fazer intercambio? Só que vai durar bem mais tempo. E tem uma tal de código do portal...
-Chave do portal.
-É isso ai mesmo, você pode me visitar. Vou sentir tantas saudades...
-Vai se livrar de mim assim tão fácil?- brinquei.
-Eu queria que fosse antes, mas essa historia de menor idade, sabe como e...
-Mae...- eu a abracei forte. A amava mais que tudo. – eu te amo...
-Eu também. –limpou uma lagrima que escorria pela meu rosto- Hagrid quer falar com você.
-Já vou.- corri para a sala, que garças a Deus, tinha ma porta imensa, e ele podia passar-Oi hagrid!!
-Ola!! Tenho que falar umas coisas para você.
-Sim.
-Vou lançar um feitiço que você vai poder falar em inglês e escutar em português. Bem, Dumbledore vai fazer isso por que e muito complicado.
-Harry esta em que ano?
-Esta no terceiro ano. Vai começar daqui cinco dias.
-Quando eu vou?
-Que tal amanha?
-Já?
-Se você quiser depois, não tem probl...
-Amanhã esta ótimo!!
-OK. Vou dormir em um hotel e volto aqui amanha as nove, esta bom??
-Um sonho... -falei baixinho para mim mesma
-Como?
-Nada não, esta ótimo.
Não tinha reparado quanto tinha dormido. Já era de noite. Abracei Hagrid e fui dormir. Ao menos tentar. Um dos dias mais felizes da minha vida tinha acabado. Mas não era um sonho, não era uma ilusão. Era apenas o começo...
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Me desculpem a demora, eu tava corrigindo a fanfic. Desculpem os erros, concordâncias, seilá. Ah, só pra avisar, a fic NÃO é minha. É da Deborah Neiva. No próximo capítulo ela estará aqui. Se gostarem, comentem, se não gostarem, comentem também. Dêem dicas, sobre o que pode ser melhorado. A história fica melhor daqui pra frente, podem acreditar!
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