No Beco Diagonal



Capitulo 7 No Beco Diagonal


 


Harry dormiu pela maior parte daquele dia. Snuffles ficou deitado ao lado do garoto, sendo abraçado por ele. Quando Harry finalmente acordou o dia já estava terminando. Snuffles percebeu a diferença na respiração de Harry e começou a lamber o rosto do afilhado, visando confortá-lo e acordá-lo ao mesmo tempo. Afinal, com o garoto por perto, ele não podia simplesmente ir até a cozinha preparar alguma coisa pra comerem.


 


Harry sentiu as lambidas de Snuffles e tentou empurrar o cachorro para longe dele.


 


-Snuffles! Não! Isso é nojento!!


 


Mas o imenso cachorro não parava. Harry teve, então, que se sentar na cama. Essa simples ação foi suficiente para Snuffles, que latiu, desceu da cama e foi até a porta do quarto, onde parou e olhou para trás, para ver se Harry iria finalmente se levantar.


 


Harry entendeu o que o cachorro queria, principalmente porque o estômago dele resolveu se manifestar com um audível ronco.


 


O moreno se levantou e seguiu Snuffles até a cozinha, onde preparou sanduíches para ele e para o padrinho. O silêncio reinava na cozinha. Harry não sabia o que dizer, e Sirius, transformado em cachorro, não podia dizer nada. Os pensamentos de Harry iam a mil, pensando em tudo o que havia acontecido na ultima semana. Ele tinha ganhado a chance de mudar tudo. De fazer com que Sirius fosse inocentado, de impedir que Voldemort voltasse, de impedir que Cedrico morresse, de impedir que Sirius morresse, de se livrar das cordas manipulativas de Dumbledore.


 


Quanto mais Harry pensava, mais ele via Dumbledore como um daqueles manipuladores de marionetes, que ficam por trás das cortinas mexendo as cordas para que as marionetes se comportassem exatamente como ele queria. E Harry era apenas mais uma das marionetes. Assim como Sirius, Remus, e até mesmo os pais dele, que acreditaram tanto no velho bruxo e ainda assim acabaram morrendo.


 


Mas agora, Harry conseguia enxergar tudo com mais clareza, e por saber o que esperar dos próximos anos, ele também tinha a oportunidade de realmente fazer a diferença.


 


Sirius observava o afilhado. O garoto parecia estar completamente perdido em pensamentos. Pensamentos nem sempre bons, se as reações que a apareciam no rosto dele. Depois do que pareceram horas, o rosto de Harry demonstrava somente um sentimento, determinação.


 


E determinado Harry estava. Determinado a impedir que a vida dele continuasse a ser a vida de uma marionete, manipulada por outra pessoa. Determinado a impedir as mortes de mais inocentes. Determinado a realmente fazer a diferença.


 


Com essa determinação, Harry se levantou, saiu da cozinha e se dirigiu para a parte da casa que ele ainda não havia entrado, a sala de treinamento.


 


***********


 


Sirius viu o afilhado começar uma nova rotina com preocupação. O garoto se levantava cedo, por volta das seis da manhã, colocava uma calça de moletom e uma camiseta de algodão e saía da casa para correr no imenso jardim. Depois de cerca de uma hora e meia de corrida Harry voltaria para dentro de casa, para a sala de treino onde ele passaria mais uma hora treinando com espada, adagas, arco e flecha ou simplesmente lutando ou duelando com um manequim vivo que tinha aparecido por ali.


 


Era só depois disso, lá pelas oito e meia da manhã que Harry sairia da sala de treinos, tomaria um banho, prepararia alguma coisa para comer antes de se trancar até o começo da tarde na biblioteca, fazendo sabe-se lá o que, já que o garoto não deixava que Sirius entrasse lá com ele.


 


Lá por uma ou duas da tarde, dependendo do humor de Harry, ele saía da biblioteca, preparava o almoço para ele e para Sirius e se deixava relaxar por uma hora ou duas na sala da TV, onde Sirius e ele se divertiam ouvindo música, assistindo um filme, ou com Sirius vendo Harry jogar algum dos jogos de videogame. No fim dessas horas, Harry iria para o laboratório, de onde só sairia no fim do dia, onde um cansado Harry iria novamente para a cozinha comer alguma coisa e depois para a cama.


 


Se não fosse pelas horas do dia em que Harry se concentrava única e exclusivamente em se divertir e passar tempo com Snuffles, Sirius já teria interferido na rotina dele. Afinal, Harry tinha apenas treze anos, o mundo deles estava em paz. Sirius não conseguia enxergar um motivo para toda a mudança que ele via acontecer no moreno.


 


Vinte e um dias se passaram assim. Vinte e um dias de treinamento duro, muitos estudos e várias poções explodidas. Mas também vinte e um dias de determinação, de diversão ao lado de Sirius e de uma compreensão maior do que realmente é fazer magia, e poções.


 


No vigésimo segundo dia, Harry decidiu que já era tempo de fazer sua aparição no mundo mágico. Portanto, depois de sua corrida diária, Harry deixou de lado o treino com espada, tomou banho e se arrumou para sair. No café da manhã adiantado (pelo menos em comparação com os ultimos dias) Harry se sentou à mesa com uma xícara de chá.


 


-Faltam três dias para primeiro de setembro. - disse Harry para Sirius – logo logo Ron e Hermione vão aparecer no Beco Diagonal. Eles são meus melhores amigos, sabe. Eles vão se assustar quando me verem... com roupas que me servem... e não tão magro.


 


Sirius apenas olhava e ouvia o moreno. Ele obviamente já tinha ouvido Harry falar sobre os melhores amigos, e ouvia avidamente toda e qualquer menção ao amigo ruivo, tentando descobrir qualquer coisa que fosse sobre o rato dele, o maldito rato que tinha traído James e Lily.


 


-Acho que é hora de eu aparecer no mundo mágico, Snuffles. Pelo menos por alguns momentos da tarde. Assim ninguém descobre antes da hora que eu não moro mais com os Dursleys.


 


Snuffles latiu, concordando. Não seria nada bom para eles se algumas pessoas especificas descobrissem isso. Principalmente um certo diretor de escola.


 


Nesses vinte e um dias de férias, Harry havia mudado bastante. O cabelo dele estava um pouco mais cumprido, mas não longo. Os exercícios matinais e a boa alimentação fizeram com que ele ganhasse um pouco de músculos, ele havia crescido alguns centímetros, também. E com os estudos de poções e dos livros que Éris deu a ele, Harry achou uma poção para corrigir sua miopia, e um feitiço de glamour forte o suficiente para esconder a infame cicatriz em forma de raio.


 


Harry teve tempo de se conhecer melhor, conhecer os limites do corpo e da mente, o que melhorou um pouco a auto-estima do moreno. Sua nova forma de ver o mundo fez com que ele quisesse mostrar ao mundo que ele havia mudado. Com essa intenção, Harry procurou e achou feitiços para furar a orelha esquerda dele, onde agora se podia ver um piercing de metal com uma esmeralda. Os cabelos dele ganharam um pouquinho de cor, pois ele pintou as pontas do cabelo de um verde no mesmo exato tom dos olhos dele. Com todas essas mudanças, qualquer um que olhasse para ele jamais conseguiria reconhecê-lo como Harry Potter.


 


Mas não era isso que ele queria no momento. Essas mudanças todas teriam que ser descobertas aos poucos, ou realmente ninguém o reconheceria, nem mesmo Ron e Mione. Usando o feitiço de glamour, Harry escondeu o piercing da orelha. Ele deixou novamente a cicatriz na testa à vista e trocou as lentes do óculos dele para um simples vidro. A única das mudanças que ele não esconderia seria a cor dos cabelos.


 


Com isso em vista, Harry se preparou para pisar novamente no mundo dos bruxos. Começando pelo Caldeirão Furado, onde ele fingiria estar pelos próximos três dias.


 


Harry usou a chave de prata, pensando exclusivamente em aparecer nO Caldeirão Furado. E foi exatamente isso o que aconteceu. Harry abriu a porta e ali, a frente dele estava o bar que levava para a parte mágica de Londres. Carregando um pesado malão (cheio apenas de livros, já que ele não iria realmente dormir ali) Harry entrou no mundo mágico, e se aproximou do balcão onde Tom servia alguns clientes.


 


-Olá, Tom. - disse Harry – será que você tem um quarto vago?


 


-Sr. Potter! - exclamou o taberneiro – o que faz por aqui?


 


-Meus tios cansaram de mim... faltam só alguns dias para o começo das aulas, e eu tenho que comprar meus livros e tudo mais... - respondeu o garoto – por isso me deixaram aqui perto, assim posso comprar meus livros, mas... você tem um quarto vago? Eu tenho que ficar por aqui até primeiro de setembro.


 


-Mas é claro, Sr. Potter! O quarto 11 está livre. Venha, vamos levar suas coisas pra lá.


 


Harry apenas olhou para Tom, pensando na coincidência de ficar no mesmo quarto, mesmo semanas depois da primeira vez.


 


-Seria... bom, Sr. Potter – disse Tom – se o Sr. não ficasse perambulando pelo mundo trouxa. Ninguém sabe o que pode acontecer por lá.


 


-Não se preocupe, Tom, eu tenho muito o que fazer no Beco, então provavelmente não vou ter tempo de passear pela Londres Trouxa.


 


-Muito bem. Vou deixá-lo desfazer a mala. Se precisar de mim é só chamar, Sr. Potter.


 


E com isso, Tom deixou Harry sozinho. E Harry tinha a certeza de que sua estadia no Caldeirão Furado seria espalhada para todos os cantos do mundo mágico. Ou pelo menos para o ministério e para Hogwarts, exatamente como planejado.


 


Naquela mesma tarde, Harry decidiu ir até Gringotes, tirar um pouco de dinheiro do cofre deixado por James e Lily. Foi quando Harry já estava dentro do cofre que ele percebeu algo que ele não tinha percebido antes. No fundo do cofre, um lugar onde até então ele não precisara ir, havia uma escrivaninha de madeira e um quadro pendurado na parede acima dela. Se aproximando da escrivaninha, Harry percebeu que haviam duas pessoas pintadas no quadro. Um quadro mágico, como os de Hogwarts, e portanto, um quadro que se mexia.


 


-Oh! - disse um dos personagens do quadro, uma mulher jovem, com longos cabelos vermelhos e brilhantes olhos verdes – Harry! É você mesmo? É você o meu lindo bebê?


 


-Mas é claro que é ele! - disse o segundo personagem, um homem também jovem, com cabelos negros apontando para todos os lados, olhos castanhos atrás de óculos redondos e um sorriso maroto nos lábios – quem mais iria entrar aqui? Porque demorou tanto pra vir até aqui, Harry! Nós estamos te esperando a muito tempo!


 


-Mãe? Pai? São vocês mesmo? Mas... como? Eu nunca tinha visto vocês aqui! - disse Harry sem entender porque ele nunca soubera desse quadro.


 


-Bom... acho que nós realmente não escolhemos o melhor lugar desse cofre pra deixar esse quadro e escrivaninha... - disse James passando a mão pelo cabelos.


 


-Mas nós não queríamos que Dumbledore ou alguém mandado por ele nos visse aqui... então... - completou Lily.


 


-Dumbledore? - perguntou Harry, a raiva sentida por ele só fazia aumentar.


 


-Er... você gosta dele, filho? - perguntou James interpretando mal o olhar do filho.


 


-Não. - foi a resposta curta e grossa de Harry.


 


-Bom. - disse Lily – mas agora que você já sabe que estamos aqui, talvez... possa tirar a gente daqui? Levar a gente com você, pra... seja lá onde você estiver morando? Porque eu aposto que Dumbledore não deixou você morar nem com Remus nem com Sirius.


 


Harry ficou olhando para o quadro dos pais por alguns segundos, pensando se seria sensato dizer a eles a verdade ou se deveria fingir não conhecer nem Remus nem Sirius.


 


-Quem são Sirius e Remus? - perguntou ele se decidindo pela segunda opção.


 


-Quem são Sirius e Remus? - perguntou James – quem são Sirius e Remus? São SÓ seus padrinhos!


 


-Eu tenho padrinhos? - perguntou Harry inocentemente – desde quando? Tia Petúnia nunca disse nada sobre padrinhos... mas também, ela nunca disse nada sobre vocês, então acho que isso não deveria ser uma surpresa muito grande.


 


-Petúnia? - perguntou Lily – ele te deu pra Petúnia criar? Eu MATO o Dumbledore!


 


-Até algumas semanas atrás... - confessou ele – mas eu explico o que quero dizer com isso numa outra hora. Tem alguma coisa importante na escrivaninha?


 


-Só nosso testamento – respondeu James.


 


-Er... vocês acham que se eu usar um feitiço pra encolher o quadro de vocês, o ministério vai detectar?


 


-Não. Gringotes tem muita magia para que os detectores possam funcionar. - respondeu Lily.


 


-Ok. Então eu falo com vocês mais tarde.


 


Harry, então, encolheu o quadro e o colocou delicadamente no bolso. Procurou nas gavetas da escrivaninha pelo testamente de James e Lily e depois encheu uma bolsa de moedas de ouro, prata e bronze.


 


Harry então saiu do banco dos bruxo, passando por algumas lojas para comprar alguma das coisas que ele precisaria.


 


Quando Harry voltou para o quarto alugado do Caldeirão Furado, ele logo usou a chave de prata para entrar no jardim dos deuses. Sem dar muita bola para Snuffles, que estava deitado na cama dele, Harry foi logo para a biblioteca. Lá, Harry tirou o retrato de James e Lily do bolso, desfez o encanto e o pendurou na parede.


 


-Wow. - foi a primeira coisa que Lily disse ao observar o novo lugar onde se encontrava.


 


-É, eu sei. - disse Harry sorrindo para o quadro. - agora, se vocês não se importam, eu estou com fome e tenho um animal para alimentar... então, volto mais tarde para conversar.


 


O comentário sobre um animal deixou tanto Lily quanto James curiosos, mas ainda assim o casal deixou Harry ir, sabendo que teriam todo o tempo do mundo para conversarem depois.


 


Só que, Harry não voltou à biblioteca naquele dia. Nem no dia seguinte. Por mais que Harry quisesse saber tudo o que o retrato dos pais tinha a dizer, ele ainda assim não conseguia reunir a coragem necessária para encará-los. Era covardia, Harry sabia. Mas conversar com eles seria o mesmo que conversar com Sirius. O homem, não o cachorro. Seria extremamente difícil falar com eles e não contar tudo, absolutamente tudo o que ele sabia. Por isso, Harry fechou a porta da biblioteca e não voltou a abri-la. Pelo menos por mais alguns dias.


 


O que Harry realmente fez nesses dias foi perambular pelo Beco. Ele precisava ser visto, e se trancar no quarto não era uma opção. Por isso, o último dia de férias encontrou Harry sentado em uma das mesas da sorveteria Florean Fortescue, esperando pela aparição de seus melhores amigos, Ron e Hermione.


 


E ele não ficou desapontado. Cerca de meia hora depois de se sentar ali, quando seu primeiro sorvete estava terminando, Harry ouviu seu nome ser chamado.


 


-Harry! É você mesmo? - perguntou Ron olhando o amigo de alto a baixo – o que houve com o cabelo?


 


-Harry! - exclamou Hermione abraçando o moreno com força – como foi o seu verão? Você não respondeu a minha carta!


 


-Foi normal... - respondeu Harry – até que meus tios se cansaram de mim e me deixaram aqui no Caldeirão a dois dias.


 


Mentir para os amigos não era fácil, mas contar a verdade estava completamente fora de cogitação.


 


-Quanto ao cabelo... eu achei que assim talvez as pessoas parem de me dizer que eu sou uma cópia exata do meu pai... - respondeu ele não completamente sincero.


 


-Oh, Harry. - Hermione o abraçou novamente – então você está no Caldeirão? Nós também estamos! Papai e mamãe me deixaram lá hoje cedo com todas as minhas coisas de Hogwarts.


 


-Então você já comprou tudo? Livros e tudo mais? - perguntou Harry já sabendo a resposta.


 


-Olhe só pra isso – disse Ron, tirando uma caixa comprida e fina de uma sacola e abrindo-a – Uma varinha nova em folha. Trinta e cinco centímetros e meio, salgueiro, contendo um fio de cauda de unicórnio. E compramos todos os nossos livros... - ele mostrou uma grande sacola que estava carregando.


 


O resto do dia passou como da primeira vez. Harry, Ron e Hermione foram até a loja de animais, onde Ron comprou um tônico para Perebas (Harry teve que segurar e esconder a raiva e a vontade de entregar o rato para Sirius) e Mione comprou novamente Bichento, o esperto meio amasso. Dali os três voltaram para o Caldeirão Furado, onde Harry re-encontrou toda a família Weasley. Eles jantaram e em seguida Harry subiu para o quarto, com ordens da Sra. Weasley de arrumar as malas para a viagem de trem do dia seguinte.


 


Quando Harry subiu para o quarto, o que ele realmente fez foi entrar no Jardim dos deuses, afinal, a Sra. Weasley estava certa, Harry precisava realmente ter o malão pronto tanto para a viagem quanto para o dia-a-dia em Hogwarts, onde ele com certeza não poderia desaparecer para o jardim por horas a fio, como estava acostumado a fazer.


 


Malão pronto e esperando no quarto numero 11 do bar, Harry se preparou para dormir.


 


-Amanhã vai ser um dia cheio, Snuffles. - disse Harry acariciando a cabeça do cachorro que estava deitado ao lado dele na cama – parece que colocaram dementadores em volta da escola, pra impedir que um tal de Sirius Black entre lá. E eu acho que o rato do Ron não vai viver por muito mais tempo. Ele parecia incrivelmente doente hoje. Só espero que Ron não sofra muito por isso. E eu ainda não tive coragem de falar com o retrato deles... - continuou Harry quase dormindo e sem se dar conta do que exatamente dizia e pra quem – eles devem estar desapontados comigo por não ter voltado la ainda... papai e mamãe... eles não vão achar que eu sou covarde, vão Snuffles?


 


E o sono tomou conta de Harry, deixando um curioso e intrigado Sirius Black tentando entender a última parte do discurso do afilhado.


 


Retrato de James e Lily? Desde quando o Harry tem um retrato deles? Foi o pensamento de Sirius antes dele se levantar para investigar ainda mais meticulosamente a casa em busca do tal retrato.


 


 


N/A: E ai? Gostaram do fim do cap?


Harry e cia. Voltam para Hogwarts no proximo cap! Remus VAI aparecer! E Harry vai... deixa a reação do Harry pro próximo, né?


Comentários fazem meu dia! Até a próxima.

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