Boas Notícias.





                                            Capítulo 11 - Boas Notícias.


 


A noite anterior se passou em meio a um demasiado marasmo e já que eu havia dormido tarde, acordei tarde. Causa e conseqüência. Levantei-me rapidamente como criança em dia de Natal, todavia meu presente não havia chegado.


- Cadê ela, Ron? – Perguntei ao ruivo com descrição enquanto tomávamos café com os outros Weasley que conversavam empolgados sobre algum assunto que por falta de atenção eu desconhecia.


- Eu não sei, mas ainda está cedo. – Ele disse me tranqüilizando enquanto comia um pedaço de bolo que parecia maior que sua boca.


- Verdade... – Em mim uma ansiedade apertava no peito e mal me deixava comer. Ainda assim, eu tentava empenhado.


 


Tomamos um demorado café, não me apressei em terminar, pois queria fazer o tempo passar enquanto ela não chegava. Quando havia me levantado para sair da mesa ouvi a campanhinha soar. Meu coração pareceu bater 10 vezes mais depressa e sem entender bem o porquê pude sentir todos os olhares dos Weasley sobre mim. Gina ao ver que eu não me moveria, pois estava atônico, se levantou e foi até a porta, que quando aberta revelou a face daquela que eu tanto senti falta, Hermione.


- Ei, Gina! – Ela cumprimentou a amiga que lhe deu espaço para entrar. – Harry! – Ela sorriu e veio até mim me abraçando. Eu retribui inseguro. Só ficaria aliviado quando soubesse o que acontecera nas duas semanas.


- Oi, Hermione. – Disse simples a soltando e deixando que ela falasse com todos antes de enchê-la de perguntas.


 


 


O resto do dia passou de forma letárgica. Podia contar os minutos para que o jantar acabasse, assim eu tiraria Rony do quarto e iria vê-la. Assim que terminamos de comer eu subi e pedi em sigilo que Rony não entrasse no quarto, pois a chamaria para conversar uma conversa amigável (ou não). Assim, o fiz.


 


- E aí? Como foi a semana na casa do Brandon? – Perguntei como se fosse apenas algo rotineiro assim que ela sentou do meu lado na cama.


- Na verdade eu não fiquei muito tempo lá. – Ela comentou com certa chateação. O que havia ocorrido? Não sei se me aprazia ou não.


- Por quê? O que aconteceu? – Perguntei com minha curiosidade já aflorada. - Não gostou da família dele? - Ou eles não gostavam dela? Que nada, não gostar dela seria impossível.


- Não, eles são ótimos. - Rebateu rapidamente. - Brandon e eu terminamos. – Ela confidenciou em tom de tristeza e aquilo ao invés de me alegrar chateou-me. Não gostava de vê-la daquela forma, queria vê- la sorrir, ainda que com outro alguém. - Eu passei essas semanas com meus pais. - Ufa! Bem mais seguro.


- Sinto muito, Mione.  – Disse sincero olhando-a. – Se eu puder ajudar em algo. -  Acho que eu deveras não podia.


- Pode sim. – Posso? Como?


- Como? – Perguntei espantado.


- Preciso dos abraços do meu melhor amigo. – Disse num sorriso que só ela podia me fornecer.


- Acho que nisso posso ajudar! – E sorri também a abraçando e puxando-a para recostar na cama ao meu lado.


 


Ficamos ali abraçados e recostados na cama por eternos minutos. Sentia a respiração leve dela em meu peito enquanto acariciava-lhe os cabelos. Já estávamos na mesma posição há séculos e aquilo me preocupava, ela ficaria de mal jeito, ainda que abraçá-la como agora fosse demasiadamente bom.


- Mi, acho melhor eu te soltar. Vai acabar ficando de mal jeito. – Ela já estava na mesma posição a muito tempo.


- Não, me deixa ficar aqui. – Ela pediu num tom que eu nunca rejeitaria. – Só mais um pouco.


- Claro... – E ali ficamos sem dizer nada até o cansaço nos arrebatar de vez nos fazendo adormecer. Um sono leve, mas intenso.

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