Srta. Potter



Capítulo 3 – Srta. Potter


 


         Uma menina pequena e magra se encontrava caída no chão.


         Os cachos negros caiam pelo chão como se formassem uma poça. As pálpebras tremiam, ameaçando acordar. A pele parecia muito pálida e a boca estava meio aberta, seca.


         Os olhos abriram-se lentamente, revelando serem verdes esmeraldas. O corpo inteiro lhe doía. Os músculos gritavam em protesto aos movimentos lentos, a cabeça pulsava como se fosse explodir e a garganta estava seca como se nunca tivesse visto água na vida.


         Ainda deitada, pode ver que era madrugada. O sol começava a nascer dando lindas cores ao céu, mas não deu muita importância a isso.


         Sentou-se, lentamente e ereta, os músculos pareciam ter tido falta de uso.


         Olhando em volta, viu-se em um lugar totalmente desconhecido. Estava num morro, disso tinha certeza. Podia ver mais abaixo um vilarejo, mas teve de forçar um pouco a vista, pois não era tão perto assim.


         Olhando para trás, viu uma casa engraçada.


Devia ter uns cinco andares e era meio torta. Quatro ou cinco chaminés podem ser vistas encarrapitadas no alto do telhado vermelho. O jardim tinha árvores nodosas a toda volta dos muros, plantas incomuns saindo de cada canteiro, um grande tanque de águas verdosas cheio de sapos, e um barracão.


         Quase arrastando-se por causa da dor, andou até a porta e bateu levemente, com as forças que restavam.


         Ninguém atendeu. Bateu novamente.


- Rony, atenda a porta! – ouviu uma voz feminina e autoritária gritar.


         Alguns instantes depois, um garoto ruivo atendeu a porta. Os cabelos eram ruivos flamejantes, os olhos num azul leve e seu rosto era cheio de sardas. Ele era alto.


- Pois não? – perguntou, como se não visse que a garota a sua frente parecia machucada.


- Quem é, Rony? – perguntou novamente a voz, para logo em seguida aparecer uma mulher.


         Ela também tinha cabelos ruivos, mas não tinha as sardas. Era baixinha e gorducha, mas parecia ter mais inteligência que o garoto. E também, era adulta.


- Pelas barbas de Merlin! – gritou a mulher enquanto ajudava Dakota, que não entendera o que isso queria dizer, a levantar.   


         Em silêncio a levou até o sofá onde a deitou.


         Olhando em volta, a casa era modesta. Mas isso realmente tinha importância?


- Rony, chame seu pai – falou a mulher, séria, e quando o garoto ruivo saiu, voltou-se para a garota – O que aconteceu com você?


         Respondeu, a garganta ardente:


- Não sei – e realmente não sabia – Só acordei em frente a essa casa.


         A mulher dava sinais de que ia falar algo, mas logo mais dois ruivos, tirando o tal Rony, entraram na sala.


         Um era adulto, quase careca, mas notava-se que também tinha cabelos ruivos. O outro parecia ter a idade de Rony, e eram, um pouco, parecidos.


         Tinha a mesma altura, mas o que chegara tinha menos sardas e os cabelos ruivos pareciam mais flamejantes e mais bagunçados. Os olhos eram cor de mel e tinha uma cara confusa.


- Quem é essa, Molly? – perguntou o homem quase careca.


- Não sei, Arthur – respondeu sinceramente Molly – Qual seu nome, querida?


- Dakota – com mais esforço completou – Dakota McCartney.


         Rony fez uma cara surpresa: - Essa aí não é a tal garota que morreu?


         Dakota franziu as sobrancelhas e logo em seguida tossiu.


- Pode me dar água, por favor? – devia estar tonta, porque no instante seguinte, já tinha um copo de água em sua mão, ao que bebeu num gole só e sua garganta pareceu relaxar, mas seu corpo ainda doía.


- Como veio parar aqui? – perguntou o outro garoto ruivo, que até agora não falara nada.


- Não seja rude, Nicholas – repreendeu Molly.


         Mas, mesmo assim, Dakota respondeu: - Não sei como vim parar aqui, realmente. Desde meu aniversário os dias tem sido confusos.


- Quando foi seu aniversário? – perguntou Arthur, franzindo levemente o cenho.


- 31 de julho – respondeu prontamente. Uma pontada de lembrança de Emillie.


- Você então é filha do falecido casal McCartney? Irmã de Emillie? – perguntou, de supetão, Rony. Este, infelizmente, não parecia ter tato.


- Bom, que eu saiba meus pais não morr... – mas parou de falar.


         Um flash rápido de seus pais paralisados na mesa veio-lhe a cabeça, de repente. E depois, tudo paralisado.


- Eu me lembro – murmurou baixinho, mas foi ouvido no silêncio absoluto.


- O que aconteceu? – perguntou delicada, Molly.


         Os olhos verdes de Dakota Lílian ficaram marejados, mas ela rapidamente secou com as costas da mão.


- Foi um dia confuso, como todos os outros, como eu disse. Eu não sei realmente o que aconteceu. Num minuto estava olhando para meu prato enquanto meus pais conversavam, no outro, meus pais estavam mortos ali, paradinhos. Eu ia gritar, mas no instante seguinte eu também parei e acordei aqui – disse.


- Você não viu ninguém na sala com vocês? – perguntou Arthur.


- Bom, além de eu e meus pais tinha a minha irmã Emillie Erin, mas ela não poderia ter feito isso. Como poderia? Não mexeu um dedo sequer – disse Dakota – Apesar de ela ter estado estranha a algum tempo.


         O casal Weasley se entreolhou.


- Estranha como? – indagou Molly Weasley.


         Demorou certo tempo até Dakota responder.


- Ah, bom. Coisas estranhas vem acontecendo. Por exemplo, alguns dias antes, minha boneca, que estava com Emillie, pegou fogo sozinha. De repente estava bem e no outro estava em chamas. Em parecia brava esse dia, mas acho que foi sem querer, quero dizer, a boneca não pode ficar em cinzas de repente, não é?


         Mas a família continuou quieta, então ela prosseguiu, pensando que eles concordaram.


- Um dia antes do nosso aniversário, Emillie sugeriu que fossemos ver o bolo. Eu realmente não queria ver, mas Em é muita persuasiva e não é bom contrariá-la. Quando vimos, disse que queria vê-lo com as velas, então, eu acendi-as. Mas ela sabe que morro de medo de fogo, mas talvez tenha esquecido na hora que me pediu.


         Parou para respirar: - Eu achei que tinha colocado direito as velas, mas no instante seguinte o meu roupão pegava fogo, que nem minha boneca. De repente.


         Seu nariz deu um tremelique, como sempre fazia quando estava brava ou com enorme confusão. Ela jogou o cabelo para trás, esse caía-lhe nos olhos e incomodava.


         Mas algo em sua testa parecia chamar a atenção dos Weasley.


- Que marca é essa? – perguntou Rony, nem um pouco delicado, mas ele parecia assim mesmo.


         Dakota deu de ombros enquanto dizia:


- Não sei, sempre esteve aí. As moças do orfanato disseram para minha mãe que ela já estava aí quando cheguei. Eu devia ter o quê? Um ano mais ou menos – e deu de ombros novamente.


         Mas Molly e Arthur se entreolharam. Isso era, certamente, muito estranho.


- Querida – disse docemente a mulher ruiva e gorducha – você acha que consegue ir a algum lugar?


- Depende. Quero dizer, meu corpo dói, mas talvez eu consiga, se não tiver de andar muito – falou, distraída, pensando se iriam levá-la a um hospital ou talvez dizer que estava sonhando.


         Seus não estavam mortos e sua irmã era boa, certo? Beliscou-se, mas continuava acordada, ou sonhando, e preferia pensar que era isso.


- Não terá que se esforçar em nada – respondeu gentilmente e virou-se para o marido que pegava uma espécie de graveto, o que deu uma certa curiosidade na garota, e apontava para um sapato qualquer, enquanto murmurava “Portus”.


         Isso seria algum tipo de código?, pensava a menina.


- Segure minha mão, querida – disse Molly, tomando a mão da pequena garota morena.


         Ela não entendeu quando todos os Weasley ficaram em volta do sapato velho, mas não teve muito tempo para isso. Sentiu um puxão enorme, e incomodo, no umbigo, e logo não se encontrava mais na modesta casa.


         Foi tudo muito rápido, mas parecia uma eternidade a ela. Via os Weasley segurando fortemente a bota, mas não pareciam tão incomodados quanto ela. Mas era porque provavelmente seu corpo e seus musculos doíam horrores.


         E, depois que tudo parou, ela encontrava-se caída a uma enorme sala. Tinha vários quadros, que elas estranhou, pois se mexiam. Apetrechos de pratas que balançavam ou emitiam sons, em cima de mesinhas. Estantes lotadas de livros, e alguns armários. Um poleiro com uma estranha ave vermelha, que estranhamente piscou. E uma mesa, com duas cadeiras a frente, vazias. E uma atrás, com um homem atrás.


         O homem era, de fato, velho. Mas sua expressão parecia deixá-lo jovem, e ele não parecia cansado. Usava uma roupa púrpura bem bonita, estranha e chamativa, mas ele talvez não ligasse a isso. Os cabelos e a longa barba eram num branco brilhante, e os olhos eram azuis cintilantes. Ele lhe dirigiu um sorriso reconfortante, mas ao cair os olhos em Dakota, pareceu um pouco surpreso, mas não confuso.


- Bom dia, Molly, Arthur, Srs. Weasley – disse para os ruivos que se acomodavam, depois de fazer magicamente aparecer tres cadeiras.


         Molly ajudou uma confusa Dakota a ir até a cadeira, e seu corpo só parecia mais mole diante de toda a surpresa.


         Ela sentou-se com cuidado na cadeira, para depois o homem velho se apresentar: - Muito prazer, Srta. ...


- McCartney – ela respondeu automaticamente.


         O velho, sabe-se lá porque pensava a garota, ergueu as sobrancelhas e sorriu diante ao nome, mas voltou a falar:


- Sou Alvo Dumbledore. Mas, então, o que a traz até aqui?


- Bom, não sei exatamente. Acordei a alguns minutos, e nada faz sentido – disse rápida e virou-se para a sala – É normal os quadros se mexerem assim? 


         Alguns quadros, para sua surpresa, riram, mas pareceram gostar da pergunta.


- Certamente que não – tinha uma nota de diversão na voz. - E, como assim acordar?


         Ele parecia paciente e nada dessas coisas pareciam estranhas.


- Bom, numa hora eu via meus pais mortos a minha frente, na outra hora eu estava deitada a casa deles  - disse, apontando para os Weasley.


- Seus pais? – perguntou Dumbledore.


- Adam e Shannon McCartney, mas eram só meus pais adotivos – falou rapidamente.


         Alvo parou por um instante, pensando. Com certeza era ela, já tinha visto aqueles olhos em Lílian, já sabia e tinha visto a cicatriz, ele mesmo falara com Nadia, a mulher que a deixara no orfanato, junto a outra “irmã”.


- Onde está sua irmã? – perguntou quando lembrou-se da garotinha de cabelos castanhos, junto a um embrulhinho rosa com Dakota, nos braços de Nadia.


         Dakota Lílian ficou realmente surpresa em saber que aquele homem, Dumbledore, soubesse que ela tinha uma irmã, mas deixou o fato passar.


- Não sei, senhor.


         Tristeza. Sua irmã era ou não a culpada de tudo isso? Da sua suposta morte, como diziam os ruivos? Da morte de seus próprios pais?


         Dumbledore pensou, ficou um certo tempo quieto. Mas, por fim, disse:


- Creio, Srta. Potter, que você não tenha mais uma família.


         Os Weasley pareceram espantados com o nome, mas ela não entendeu. O velho só tinha errado seu sobrenome.


- Meu nome é Dakota Lílian McCartney, não Potter – falou convicta.


- McCartney é o sobrenome que seus pais botaram ao te adotarem, seu nome real é Lílian Dakota Potter – disse Alvo.


- Dakota Lílian – consertou Dakota, sentindo-se impaciente.


- Não, não. Sinto muito, Srta. Potter, mas fui um grande amigo de seus pais, e não poderia esquecer o dia que sua mãe, Lílian, lhe deu um nome. Tenho certeza absoluta de que é Lílian Dakota Potter – o homem parecia bem certo de tal coisa, então achou melhor não discutir.


- E qual é o nome verdadeiro de minha irmã? Aliás, como erraram meu nome? – indagou. Como essas coisas poderiam acontecer?


- Sinto dizer que não sei a resposta para essas duas perguntas. A pessoa que levou você e Emillie – ela não perguntou como o homem sabia o nome de sua irmã, provavelmente a conhecera também – para o orfanato, provavelmente errou brevemente.


         Mas Alvo sabia que a possibilidade de Nadia errar uma coisa dessas eram impossíveis.


         Franziu, levemente, a testa. Lílian era filha única do casal Potter, provavelmente nunca disseram-na que Emillie era de outra família. Ou provavelmente, Nadia tenha dito que eram da mesma. Mas fazia sentido, de acordo com o destino das garotas.


         Viu, brevemente, Lílian nos olhos da – isso o fez sorrir mentalmente – da pequena Lílian. Com certeza Tiago estava presente na coloração dos cabelos e no sorriso, mas, tirando isso, provavelmente a garota era uma cópia exata de sua mãe.


- Senhor – Lílian desviou sua atenção – É... O que eu faço?


- Como, senhorita? – ele pensou em como estava distraído hoje.


- O que faço? Não tenho família – disse tristemente – Não mais pelo menos. E não acho aconselhável me adotarem novamente, vai que a terceira acaba morrendo também?


         Lílian estava muito preocupada. Era a segunda vez que perdia a família, e isso não agradava sua perspectiva.


         Sem uma palavra, o velho Alvo andou em direção a lareira e agachou-se um pouco ali na frente, ela não conseguia ouvir o que ele dizia, mas parecia conversar com alguém e essa pessoa parecia muito agitada.


         Mas balançou a cabeça, afinal, ninguém pode conversar ente lareiras seria louc... Mas mal terminou o pensamento e Alvo afastou-se da lareira, para logo depois aparecerem duas pessoas. Familiares, estranhamente, mas familiares a ela.


         Alvo afastou-se das duas pessoas, indo para o meio da sala, enquanto olhava para Lílian e as duas pessoas que chegaram, os três tinham caras de bobos.


         Lílian Dakota viu uma mulher e um homem.


         O homem tinha cabelos negros e revoltados. Um sorriso um tanto bobo e alegre no rosto. Os óculos pretos e de aros redondos. Os olhos num tom esverdeado-acastanhado. Ele era magro, um pouco forte, e um tanto alto.


         A mulher tinha longos cabelos acaju, que caiam como uma cascata pelas costas. Olhos verdes vivos – iguais ao meus, pensava – e sorridentes e ao mesmo tempo lacrimosos. A pele era branca porcelana como a sua, e o sorriso também era de uma boba alegre.


         Tão familiares. Ela tinha a impressão de saber quem eram. Muitas luz verde e uma gargalhada fria lhe veio a cabeça de repente, mas nem sabia porque ou o que era isso.


         Não viu o sorriso que se formou em sua face, nem soube quando correu para a mulher ruiva ou se foi ela que correu até ela, Lílian Dakota, só sabia que estava abraçando ela como se não houvesse amanhã e o homem de cabelos negros abraçava as duas.


         Dumbledore ficara emocionado, mas não chegara ao ponto de derramar lágrimas como a Sra. Weasley. Arthur tinha discretamente saído, depois de falar com Alvo, alegando ter que ir trabalhar e dizendo que iria avisar para o Setor dos Aurores que Tiago não poderia ir hoje.


         A morena de dez anos secou rapidamente as lágrimas, enquanto sorria por entre elas que teimavam em escolher.


- Aparentemente, Srta. Potter, você sabe que são estes – disse Alvo gentilmente, enquanto sentava-se a uma poltrona no canto da sala.


         Lílian sorriu, tanto quanto a Lílian ruiva.


- Meus pais, os verdadeiros – não sabia como sabia, somente soube na hora.


         Um choro fraquinho indicava que além da Sra. Weasley (“Pára de chorar, mãe”!), Lílian também chorava.


         Ela segurou firmemente a mão da filha, que devia ser somente um pouco mais alta que sua cintura, como se a temesse perdê-la novamente.


- Mas, não entendo – ela soluçava – quero dizer... Como fiquei sem pais todos – mais soluços – esses anos?


- Acho – disse Alvo gentil – que seus pais irão lhe explicar tudo.


- T-tudo? – gaguejou Lílian “mãe”.


- Tudo, exceto, é claro, as profecias - disse simplista.


- Certo – concordou Tiago, com uma voz firme, embora estivesse meio nervoso por dentro.


         Despedindo-se, fizeram uma chave de portal com uma rolha de garrafa.


         Lílian sentiu novamente aquela sensação de uma guinada no umbigo e seus pés não mais tocando o chão. Nos poucos segundos que giravam, pode ver seus pais.


         Seus verdadeiros pais que tanto sonhara estarem vivos.


         Não tinha raiva por terem-na abandonado, somente uma imensa tristeza por nunca tê-los achado.


         Mas eles tinham muito a explicar. E a primeira coisa que ela queria saber era por que os quadros se mexiam.


         Eram as portas para um novo mundo, agora, como Srta. Potter, e não mais McCartney.


         Srta. Potter, pensou ela, sorrindo quando aterrisou numa sala de estar luxuosa e grande, Soa bem.

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Bom, gente, aqui 'tamo nós de novo! Weeeeee - espero que não seja AAAAA (desanimado), hein! Hi hi.

Well. Como eu sempre digo, não posso guardar minha imaginação, ela simplesmente explode e eu digito, quando tenho tempo, claro.


Mas, bem, eu não pude segurar mais uma história e aqui está. Estou quase terminando mais um capítulo de Psiu, então aguardem!


Então, no final disso aqui, tem uma imagem, de uma garotinha (mackenzie foy). Bom, tentem imaginá-la com cachos negros e olhos verde, ok? Porque eu sou um côco com aquele troço de photoshop.


Bem, vou ser bem clara e isso vale para TODAS as minhas fics:



SEM COMENTÁRIOS, SEM CAPÍTULOS!

Porque eu sou aquele tipo de pessoa chata que só posta quando recebe coments, entendem?

Beijos,
        Annie.



             <- Lílian Dakota Potter.





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Comentários (1)

  • Duda Granger

    Nossa, a tua história esta MARAVILHOSA, estou aguardando desesperadamente pelo próximo capitulo! Bjs

    2012-12-13
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