Avada Kedavra



Capítulo 8 – Avada Kedavra


 


         Entrar na sala de Defesa novamente foi um sentimento estranho para Mary. Claro, todo ano mudava seu estilo – ainda mais levando em conta que todo ano mudava o professor. Da última vez, era o estilo "Snape". Seu estilo fora de longe o de Remo – e o de Umbridge um dos mais odiados.


         No entanto, Snape tinha voltado a dar aulas de Poções por um motivo que ela não dava à mínima. Parando por alguns segundos na porta, ela olhou em volta.


         As grandes janelas estavam abertas, deixando o ar e o sol entrarem de bom grado. Ela viu um armário ao canto, ao lado de um baú. O velho armário tremeu levemente e um sorriso inconsciente se formou, pensando no bicho-papão que Lupin a ensinara a repelir. Dementadores... Com certeza na era seu medo atual.


         Como a sala tinha um pé direito alto, era grande o suficiente para o teto acomodar o esqueleto do que parecia um dragão jovem, devido às asas esqueléticas. As mesas em duplas estavam se enchendo, de forma que ela rapidamente sentou-se ao lado de Laura na primeira fila. Ema e Nati lançaram-lhe um sorriso dizendo rapidamente que ela iria adorar o Professor Lupin.


         Ah, claro, Malí pensou, tiveram aula com ele no primeiro ano. Analisando assim, o tempo estava passando devagar demais. Afinal, tinha feito somente três anos e alguns meses que conhecia Lupin e Sirius? Com tantos problemas para se preocupar, pareciam décadas.


- Boa tarde, turma – Remo cumprimentou os alunos em seu habitual tom alegre. Os Grifinórios rapidamente responderam. Os Sonserinos, por outro lado, resmungaram algo que parecia "como ousam" e "lobisomem". Mary torceu a boca em desagrado. De canto de olho, viu Astoria Greengrass. A única Sonserina sem se manifestar.


         Remo era tão bom, por que tinha de dar aula a Filhotes de Comensais Nojentos? Mas, mentalmente, riu amarga, tamanha sua má sorte. Tantas aulas para ter com Sonserinos, por que tinham que ser justamente Poções – no qual já tinha Snape – e Defesa – que era sua matéria favorita?


         Lupin caminhou em direção ao quadro negro, mas na verdade sentou-se em sua mesa, bem à frente. Mexeu por alguns instantes nos papéis. Nesse meio tempo, Sirius entrou na sala por uma porta no topo da escada – o escritório do professor de Defesa.


- Este ano – Remo começou. Sirius sentou-se em cima de um baú, próximo a parede – trabalharemos diversos assuntos, levando em conta a nossa situação de guerra. Mas, não só isso, ensinaremos a se protegerem, como diz o nome, contra as artes das trevas.


         Remo indicou Sirius, que rapidamente se levantou e começou a falar.


- Por algum motivo que não entendo, o Professor Dumbledore – Malí sorriu, vendo que Almofadinhas parecia se segurar para não falar "Dumby" – pediu-nos para ensinar as Maldições Imperdoáveis ao quarto ano.


         A sala ficou quieta. Alguns sabiam o que eram, alguns, mesmo sem idéia do que isso viria a ser, sentiram um arrepio correr por seu corpo. Maldições Imperdoáveis.


         Malí revirou os olhos o mais discretamente possível.


- Alguém poderia nos dizer quais são? – Remo perguntou suavemente, vendo que a turma estava tensa. Até mesmo os Filhotinhos da Morte pareciam quietos.


         Ah, eu não só poderia dizer quais são, mas também muitas outras, Mary pensou cinicamente. Ela com certeza poderia. Pensou por alguns instantes em começar a conversar com Nick mentalmente, mas desistiu ao ver a mão de Grão Pritchard (da Sonserina) erguida.


- Sr. Pritchard?


- I-Imperius, senhor – o garoto gaguejou. Malí deu uma olhadela, assim como toda turma. Ele era um Sonserina magricela, o mais de todos de seu ano. Não chegava a ser como quando ela era Harry Potter, pois o menino era extremamente alto.


         Harry Potter era magricela, mas extremamente baixo. Seus olhos eram verdes e seus cabelos pretos apontavam para todas as direções devido a rebeldia. E o engraçado era que, mesmo em outra vida, nada tinha mudado muito. Sim, Malí era mais poderosa, mais feliz, mais marota. Mas ainda era baixinha demais para a idade – poderia ter a altura de alguém do terceiro ou do segundo ano -, seus cabelos pretos (entretanto agora levemente cacheados) e seus olhos verde-esmeralda.


         E aquela maldita cicatriz de raio.


         Foi despertada de seus devaneios pela voz de Sirius: - Correto. Cinco pontos para a Sonserina – Malí tinha certeza que ele teve de forçar isso para sair – Foi uma maldição muito usada na época da Primeira Guerra, e dessa também. Alguém saberia dizer por quê?


         Foi a vez de Bob erguer sua mão.


- Sim, Sr. Missztaile? – a vantagem era que Lupin já conhecia os alunos, mesmo que tivessem crescido.


- Meu pai me contou que era porque usavam para controlar as pessoas.


- Corretíssimo; cinco pontos para a Grifinória. A Maldição Imperius é usada para total controle das pessoas. Por esse motivo, é necessário ser bom em habilidades mentais, pois, dessa forma, você poderá se concentrar em o que você na verdade quer fazer e não o que os outros querem que você faça – Remo terminou de explicar.


         Malí viu Astoria tremelicar. A idéia lhe dava medo? Repugnava-lhe? Astoria Greengrass era diferente dos Sonserinos normais, e isso lhe fez franzir o cenho. Mary conseguia lembrar-se vagamente de Daphne Greengrass, outra Sonserina, só que do sexto ano. Ela tinha a impressão de já ter ouvido Gina falar sobre pegar a matéria com Daphne. Então, seriam ambas do bem? Era algo a se pesquisar, sem dúvida.


- Por motivos óbvios, não vou demonstrá-la. Alguém poderia me dizer a outra?


         Malí refletiu sobre isso. Alastor "Olhot-Tonto" Moody tinha mostrado – quer dizer, Barto Crounch Jr. Ele achara importante, ou somente por que era um servo de Lord Voldemort e gostava do prazer disso?


         Dessa vez, quem ergueu a mão foi Natália. Ela não parecia muito bem.


- A Maldição Cruciatus – Nati parecia capaz de desmaiar ali mesmo. Ema olhou para a amiga preocupada, sua palidez era óbvia. Malí, por breves segundos, viu um Neville tão mal quanto ela. Mas... Seus pais não poderiam estar loucos no St. Mungus como os de Nev, poderiam?


- Certo. Dez pontos para a Grifinória – Mary não sabe se Sirius deu mais pontos por ser uma maldição mais difícil ou se por que Natália teve a coragem de falar – É conhecida como a maldição da tortura. Como acabo de dizer, causa dores. Apesar disso, é psicológico, você está fisicamente bem.


         Mikhaela Nott – irmã de Theodore Nott – deu um sorrisinho de canto de boca. Malí seria capaz de lançar-lhe um feitiço ali mesmo.


- E a última, finalmente?


         Silêncio. Por algum motivo, todos sabiam o que esperar a seguir. Controle, tortura. Morte. Era algo tão automático, objetivo. Assustador.


         Malí ergueu a mão. Ela tinha certeza que era a mais tranqüila naquela sala.


- Srta. Potter?


- A Maldição da Morte. Avada Kedavra – ela praticamente arrastou cada sílaba. Era uma maldição horrível, mas era realidade. Não adiantava negar que uma pessoa estava morrendo nesse instante por causa dela, não importa aonde for.


- Quinze pontos para a Grifinória – obviamente estava correto, devido aos pontos concedidos por Lupin – É uma palavra aramaica. Avada significa "eu mato". Kedavra significa "como eu falo". Podemos deduzir que é "Eu mato enquanto falo".


- Não é algo bonito de se ver, não tenham dúvida – Sirius continuou – Indolor, mas completamente mortal. Não existe contra-maldição, não existe formas de sobreviver depois de atingido. Somente uma única pessoa no mundo conseguiu até hoje e, como bem sabem, essa pessoa é Harry Potter.


         Por breves segundos, a turma ficou quieta, digerindo a informação. Até Malcolm soltar um riso sarcástico.


- Bom, não deu muito certo, não é, professor? Potter morreu o ano passado pela maldição.


         Malí fechou os punhos. Ela estava ali. Ela tinha sobrevivido. Sim, morrera, mas, ora, quantas pessoas no mundo voltaram da morte com a memória intacta? Era algo tão improvável. Mas ela estava ali. Além do mais, desde que voltara ela tinha... Sobrevivido.


         Ela e Nick.


- De fato, Sr. Baddock – Sirius comentou secamente. Mary Lílian estava na sala, ele sabia que ela era seu afilhado (ou afilhada, atualmente), mas isso não tornava o fato menos doloroso. Por meses sofrera na agonia de sua dor.


         Malí ergueu a mão para falar.


- Sim, Srta. Potter? – Remo lançou um olhar de soslaio, avisando Almofadinhas a não perder a calma. "Ignore o Sonserino" o olhar mandava. Sirius trincou os dentes.


- Eu acho absolutamente egoísta da parte de Malcolm tratar a morte com tanto desrespeito – ela comentou como se dissesse o tempo.


- Por que, Potterzinha? – o citado retrucou como se seu nome fosse um inseto lhe incomodando.


- Ora, Malcolm, não acha que seja triste falar sobre a morte de Harry Potter dessa maneira? Quero dizer, ele nos salvou uma vez, não é? Lord Voldemort – os alunos tremeram com o nome e com a coragem da garota – sumiu, por alguns anos. Enfraquecido, aleijado.


- Mas ele voltou ao seu poder, forte como nunca – Baddock respondeu. Ele parecia disposto a mostrar que seu mestre era melhor que qualquer bruxo.


         Mas, na opinião de Malí, estava longe de ser bom, quanto mais o melhor. Poderoso? Sem dúvida. Mas extremamente estúpido.


- De fato, sim. Eu seria uma tola se não tivesse percebido que Lord qualquer coisa voltou – foi a vez de Laura tremer -, no entanto, acredito que não devemos deixar de acreditar nas coisas boas.


- Aonde você quer chegar, garota? Estava falando sobre Potter quando parou em acreditar? – Lysandra Yaxley desdenhou.


- Quero chegar ao ponto de que, em se tratando de Maldições Imperdoáveis, há muito em se aprender. Voldemort não tem pena de usá-las. Dumbledore tem a sabedoria de guardá-las para ninguém. E Harry Potter teve a bondade de sacrificar-se pelo Mundo Bruxo. Mas isso não quer dizer que a guerra esteja perdida, e, sim, que temos de lutar por nossa opinião.


         Os Grifinórios aplaudiram. Malí conseguiu a chance que queria: Astoria foi a única Sonserina que aplaudiu. Parecia impressionada. Mas, então, a menina era boa, hm?


         A sineta tocou.


- Para a próxima aula, quero quinze centímetros sobre Maldições Imperdoáveis. Estão dispensados – Lupin anunciou, caminhando para sua mesa e sentando na cadeira.


         Malí arrumou seus materiais devagar, planejando ser a última a ficar, porém suas amigas permaneceram.


- Podem ir, tenho que perguntar uma coisa para o professor Black – ela disse alegremente, colocando o último livro na mochila. Defesa era sua última aula do dia. Apesar de Poções, ela amava segunda-feira somente pela tarde livre.


         Ema acenou e puxou Nati e Laura, que pareciam prontas para discutir. A porta da sala se fechou.


         Malí olhou para Remo. Ele lia atentamente pergaminhos que ela imaginou ser o planejamento das aulas. Sirius, novamente sentado em um grande baú, tinha encostado a cabeça na parede e fechara os olhos.


- Aluado. Almofadinhas – ambos viraram sua atenção para ela. Nem mesmo tinham reparado na conversa que tivera com as amigas e a viram permanecendo.


- Esmeralda! – Sirius exclamou alegremente, levantando-se rápido do baú e dando um abraço na afilhada, agora que ficaram somente os três na sala.


         Malí riu de sua empolgação e abraçou sua cintura em retorno.


- Não vai se atrasar para a próxima aula, Malí? – Remo se sentia estranho e rotineiro dizendo isso. Era esquisito chamar Harry de Malí, mas, ao mesmo tempo, tão natural.


         Que coisa bizarra!


- Não. Tenho a tarde livre – ela deu um sorriso maroto.


- Bom, está bem. O que deseja?


- Aluadinho, Aluadinho – Malí cantarolou, enquanto saltitava entre as carteiras vazias – sempre tão sério e formal.


         Sirius riu, mas Remo somente fingiu-se de bravo.


- Não sou sério, Malí. Nem formal.


- Ah, é, é? Então por que não me deu um abraço como Sirius? – a menina desafiou.


         Repentinamente, seus olhos desafiantes, encheram-se de lágrimas. Seu lábio inferior tremeu. Remo não demorou em levantar da mesa e dar um abraço na que considerava uma filha.


- Ela te enganou direitinho, hein, Aluado? – Sirius zombou.


         De fato Malí tinha feito as lágrimas sumirem, assim como a carinha de criança abandonada.


- Seu dom para mentir com certeza foi melhorado – Remo observou e sentou-se em cima de uma das mesas.


         Malí deu de ombros: - Na outra vida nunca me importei o suficiente. Mas nessa, viver é perigoso. E não saber mentir pode lhe tirar a vida.


- Desde quando é tão sábia? – Sirius perguntou, impressionado.


- Desde que morri – a menina sorriu, mas isso soou estranho em seus lábios e no ouvido dos outros dois. Ela estava ali. Tinha sobrevivido.


- Bem, o que você queria falar com a gente, Vossa Potteriana? – Almofadinhas fez uma reverencia tão grande quanto a de elfos domésticos, com seu nariz quase encostando o chão.


- Nada demais. Só queria dizer "oi" e perguntar por que, diabos, você não me contaram que dariam aula aqui, junto com Tonks! – Mary bateu o pé repetidamente no chão, impaciente e questionadora.


         Sirius piscou os olhos por alguns instantes. Ele quase podia ver Lílian Evans em sua frente, dando-lhe uma detenção. "Eu sou Monitora-Chefe, Black, claro que posso te deter!", ele ouviu em sua cabeça e sorriu. Se trocasse o cabelo para ruivo, Malí com certeza seria Lily.


- Queríamos fazer surpresa. Além do que, você também não nos contou que você e Nick eram Harry e Gina – Remo retrucou sabiamente, sorrindo.


- Éééé. Pode ser. Mas isso era crucial, dizer que vão ser meus professores, não.


         Desfrutaram de um silêncio agradável por alguns minutos. Malí ouviu o canto de um passarinho no parapeito da janela. Eles provavelmente não tinham nenhuma aula agora, senão alunos já teriam chegado há muito tempo.


- Então... – Sirius começou envergonhado, coçou a nuca e desviou o olhar – como vai com Nick?


         Inconscientemente, Malí sorriu maliciosa. Ah, ela ia muito bem com Nick...


- Meu Nick – ela frisou deliciosamente – e eu vamos muito bem, Siri. Na verdade, se você soubesse o que eu e ele fizemos ontem antes de...


- Ai, credo! Não preciso saber disso! Lá, lá, lá, lá – ele infantilmente tapou os ouvidos e começou a mexer a cabeça.


         Malí riu estrondosamente, segurando a barriga, que doía horrores. Sirius só parou quando viu que Malí não falaria mais nada sobre o assunto. Só que agora Remo estava terrivelmente perturbado.


- Isso não quer dizer que você e Nick... Você e Nick já... – ele nem mesmo conseguia terminar a pergunta. Horrorizado ou envergonhado? Remo parecia os dois.


         Sirius fechou os punhos.


- Sendo ou não seu namorado, se ele te fizer chorar ou te machucar...


- Calma Siri-Siri – Malí riu de seu apelido para o padrinho. Mas também riu da cara dos dois, mas só um pouquinho – Nick é um doce comigo. Além do mais, na outra vida, a situação era inversa, não é?


         Com certeza era. Mas ambos só conseguiam ver Mary Lílian em sua frente. Pequena e frágil. Ela sem dúvida odiaria essa definição, no entanto, era o que parecia. Frágil.


- Além do mais, Nick nunquinha me machucaria. Estou dizendo e reafirmando: Nicholas é o melhor-melhor-melhor namorado que poderia existir – ela bateu palminhas e saltitou no lugar.


         Os dois ficaram visivelmente aliviados e deixaram aquele assunto de lado. Eles não queriam saber a resposta. Não mesmo.


         Malí despediu-se dos dois, dizendo que suas amigas estranhariam sua demora. Entretanto, pegou-se pensando enquanto caminhava para a Torre da Grifinória. Afinal, como se conta para seus dois padrinhos (pois ela considerava Lupin um também) que você simplesmente não é mais virgem?


         "Anjo", uma voz chamou em sua cabeça.


         Ainda andando graciosamente, respondeu "Oi, Ruivo!"


         Ela ouviu o riso mental de seu namorado.


         "Ouvi tudo que falou para eles. Brilhante!"


         "Obrigada, obrigada" fez uma imagem dela reverenciando aparecer na mente do namorado "Sei que sou demais"


         "E modesta, meu bem, e modesta"


         "Você tem dito muito isso" a garota constatou. Nick ficou em silêncio do outro lado da "linha"


         Enquanto virava o corredor que daria para o próximo andar, Malí achou que Nick tinha quebrado a conexão, até ouvir sua voz.


         "Hm... Anjo?“


         "Oi, m'amour?"


         "Eu ouvi seu outro pensamento."


         "Sobre eu não ser mais virgem? Como se você não soubesse" Malí revirou os olhos, sem nem mesmo perceber que não fazia isso mentalmente.


         Nicholas pigarreou na conexão. "Obviamente que sei disso, mas..."


         "Sala Precisa, dez horas?" a garota completou.


         "Perfeito" ela ouve a satisfação na voz do garoto e ela sente a conexão fechar.


         Virou mais alguns corredores, pensativa. Essa aula com certeza tinha dado muito ao que pensar. Principalmente o Avada Kedavra. A única pessoa no mundo a sobreviver tinha sido Harry Potter, Sirius tinha dito? Hm.


         E Malcolm retrucara dizendo que não valera muito, já que Harry tinha morrido, no final. Mas ela estava aqui. Tinha sobrevivido.


         Não só como Harry, mas também como Malí.


         Ninguém sabia disso – exceto por Nick.


         Mas Mary Lílian também tinha sobrevivido a Maldição da Morte. E, por hora, era bom permanecer em segredo. Não é como se ela quisesse atrair mais atenção para si. Voldemort já tinha sentido a sua presença mágica. Seu poder mágico, quando entrara de volta a Terra, abalara as estruturas mentais de Tom Riddle.


         Malí tinha certeza que ele não sabia por que, mas estava disposto a capturá-la e descobrir.


         Mas... Mas e se, nesse seqüestro, a Maldição da Morte conseguir afetá-la?


         Ela tinha afetado Harry. Não na primeira vez, claro, mas, na segunda, tinha. Na primeira vez não tinha funcionado nela. Ela lembra-se como se fosse ontem o dia que um Comensal apareceu no beco que ela estava com Nick e simplesmente lançara a Maldição. Foi seu primeiro encontro nesta vida com um Comensal.


         Por alguns dias, foram deixados em paz. Até Voldemort descobrir que ela não morrera. Então, concluindo, ela, Nick e Tom eram os únicos a saberem de seu feito.


         Ela estava ali. Ela tinha sobrevivido.


         Mas por quanto tempo?

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