Trauma no primeiro dia



-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------












MusicPlaylistRingtones
Create a playlist at MixPod.com

-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------


Porcaria, porcaria. Isso é o que dá só ajudar os outros e deixar você em último lugar. Estou atrasada para a aula de DCAT, o professor Longbottom vai me matar. Não que eu costume fazer a tarefa dos outros, mas... A verdade é que Albus ia se ferrar se eu não o tivesse ajudado. Inferno, isso é o que dá ter coração de manteiga, a aula começou faz 15 minutos. Tentei sem sucesso, abrir a porta silenciosamente e deslizar para o meu lugar, porque ao contrario de todos os dias, a sala não estava em um barulho infernal, digamos que não passei despercebida.


 


- Sta.Weasley,atrasada. - Ao escutar o som da sua voz,eu respirei fundo e me virei para encará-lo.


 


- Desculpe.


 


- Sente-se. - E então abriu um sorriso. Obrigada pai, mãe, agora eu recebo tratamento vip.


 


Afundei na cadeira, tentando me concentrar na aula, fingindo não ter acontecido nada. Mas aí uma vozinha atrás de mim, me fez pular da cadeira. Quem foi o infeliz que...


 


- Desculpe por hoje. Se fossemos filhos de outras pessoas, podíamos ter nos ferrado. - sussurrou Albus no meu ouvido, inclinado pra frente.


 


- Sem problemas.


 


- Ah e posso te pedir mais uma coisa? Te prometo que isso não envolve atrasos. - acrescentou rapidamente.


 


Arqueei uma sobrancelha e me virei para encará-lo. Tomei um susto quando nós quase nos beijamos, deixando clara a proximidade que ele estava de mim. Falei logo, antes que rolasse um clima estranho.


 


- E posso saber que coisa é essa?


 


- Eu não estaria te pedindo se não fosse importante. Mas, você sabe que eu sou péssimo com números, então...


 


- Você quer que eu te ajude a fazer o trabalho de aritimancia, okay. Mas me encontre depois da detenção, na sala comunal. Se você passar das 6,vai se virar sozinho,também tenho muita coisa pra fazer. - Eu sorri, após pronunciar a última frase e ele sorriu também.


 


- Ah. - me virei um segundo depois. - Por acaso James vem de brinde? - ele riu e maneou negativamente a cabeça.


 


Quando não é Albus, é o James, ou até mesmo os dois.



É tão estranho quando comparamos as semelhanças com nossos pais. Minha mãe sempre fazia as tarefas do meu pai e do Albus, e agora isso se repete. Será que as Grangers estão destinadas a serem cdfs?Porque, obviamente eu puxei a inteligência da minha mãe. E os belos cabelos ruivos do meu pai. Tá legal, já deu, você entendeu o que eu quis dizer. Foco na aula Rose, foco.


 


E o sinal tocou, me fazendo voltar à realidade. Eu simplesmente voei a aula todinha. Pelo menos o dia chegou ao fim e agora eu posso pensar quantas besteiras eu quiser. Ai,o que eu estou dizendo?



Tenho que fazer logo o meu trabalho, antes de fazer o do Albus. Tenho que correr, literalmente. Oh Merlin, porque esse castelo tinha que ser tão grande?! E o estranho é que está tudo tão silencioso... Pera, peraí. Estou escutando gemidos ou é impressão minha?


 


Estes vinham de um armário, próximo ao corredor do salão comunal da lufa-lufa. Mas a pergunta é: o que eu estou fazendo com a mão na maçaneta, quando eu devia estar voltando para o meu salão? Simples, eu sei que a curiosidade matou o gato, mas eu não consigo evitar. Fui abrindo lentamente, até me deparar com uma cena daquelas... Aquele inescrupuloso do Scorpius Malfoy estava agarrando Annabeth Branstone (filha de Eleanora Branstone).


 


Eles não estavam sem roupa ou algo do tipo, então eu não via o porquê de tantos gemidos... O que foi? Acha que só porque sou inteligente não sei dessas coisas safadas, não é? Pois eu sei sim, não que eu fique pesquisando, mas... Merlin o que eu estou fazendo aqui? Meus livros caíram com o susto, e tratei de pegá-los rapidamente, afim de dar o fora dali...não tinha caminhado 10 passos e um braço me puxou de volta.


 


Virei-me pra encarar a idiota, ou o idiota. Era o Malfoy, obvio.


 


- Eu não vi nada, se é isso que você quer saber. - eu murmurei, tentando puxar meu braço de volta.


 


Mas ele nem se mexeu. Ah, qual foi agora? Em vez de me xingar ou algo do tipo, ele simplesmente me arrastou para o armário que ele se encontrava antes, enquanto Anna ia embora, com um sorrisinho sacana nos lábios.Garota estúpida.


 


- Preciso da sua ajuda. - Hã?


 


- Como é que é?


 


Ele revirou os olhos.


 


- Quer que eu desenhe? - Ele sorriu debochado.


 


- Não, obrigado, não entendo desenhos pré-históricos. - Rebati, abrindo a porta do armário.


 


Mas ele foi mais rápido que eu, se apoiando na porta e me encurralando na parede.


 


- Eu falo serio. - Pronunciou cada palavra pausadamente.


 


- Tudo bem, vá direto ao ponto.


 


- Reconhece aquela menina que eu estava agarrando? Ela é... - Já sei, vai me ameaçar agora?


 


- Se for problema, não, eu nunca vi. - Revirei os olhos.


 


- Não se trata disso. Quero que você me ajude a conquistá-la, a...


 


- O que houve com seu "charme", não deu conta?


 


- Eu não te devo satisfação sobre isso. Ela é a menina mais difícil que eu já vi, você tem que me ajudar a...


 


- Ué, pelo fuzuê todo no armário, eu pensei que vocês já eram até namorados. Malfoy, se isso for uma pegadinha para me fazer perder tempo, você vai se arrepender de ter nascido...


 


- Quer parar de me interromper? Preciso de alguns conselhos e uma mãozinha nisso. - Seus olhos incrivelmente cinzas, me fitavam como se pretendessem me hipnotizar.


 


- E porque eu te ajudaria nisso? Acha que eu não tenho nada para fazer, é? Porque não pede para suas amiguinhas sonserinas?


 


- Primeiro, isso não foi um pedido, foi uma afirmação ordem? Segundo, se é que você tem algo pra fazer, não é da minha conta. Terceiro, é muito mais fácil pedir a você, levando em conta o primeiro item. - Murmurou indiferente.


 


- Nossa, tem certeza? Pensa mais um pouquinho, tenho certeza que no meio desses cabelos loiros deve ter algum cérebro, por menor que ele seja.- Eu disse, me retirando em seguida.


 


- Eu realmente não ia mencionar essa parte, mas já que você recusa... Não me resta outra coisa a não ser chantageá-la. – Ele simplesmente replicou.


 


- Ah é? E de que forma? - Gargalhei.


 


- Primeiro, eu sei que você está a fim do Severus. Segundo, todas as tarefas e trabalhos dele é você quem faz. Terceiro, você recebe tratamento especial porque seu pai e sua mãe são amigos do banana do professor de DCAT. - Ele disse tudo isso com uma falsa doçura na voz.


 


- Sabe Rose, tem muita coisa errada por aqui...


 


Parei de repente. Mais que droga é essa, como esse troço sabe tudo isso? Estou perdida, completamente perdida. Nunca imaginei que ficaria nas mãos dessa cabeça de pônei. Quando dei por mim, estava sendo observada pelo idiota, que agora se encontrava de pé, encostado numa parede.


 


- Ai, mas que droga! Olha o que você faz, me atrapalha todinha, meus livros estão no chão novamente. - Ele continuou com aquela expressão vazia, irritante. Apenas mexeu um pouco os lábios para o lado, dando um sorrisinho.


 


Quando minhas pernas resolveram por andar, o relógio bateu. Já eram 6 e meia! Eu não acredito que perdi todo esse tempo com esse pônei idiota. Meus livros escorregavam enquanto eu corria, fazia um verdadeiro malabarismo - tentando mantê-los contra o busto – no caminho à sala comunal. Eu que tanto adverti Albus sobre o horário, agora me encontro atrasada. Não vou ter tempo nem para o meu trabalho, o que dirá o dele. E quanto ao pedido descabido, como fico?E olha que o ano mal começou. Eu realmente espero que não tenha ninguém na sala comunal.


 


Mesmo assim, para não arriscar, ando silenciosamente.


 


- Rose.


 


Ai, que susto. Seria Albus?


 


Uma das cadeiras se voltou para mim, assim que pronunciei seu nome mentalmente, revelando...


 


- Correção, Hugo. - Meu irmão falou.


 


- O que você esta fazendo uma hora dessas? - sussurrei.


 


- A pergunta certa é: o que você estava fazendo, para chegar uma hora dessas?


 


- Nada de especial, ué. O mesmo de sempre,você sabe,estudando. - Dei de ombros.


 


Ele não pareceu convencido, mas deixou para lá, sabia que eu não ia falar mesmo.


 


- Estou corrigindo... Hum, deixa para lá. Vamos dormir.


 


Fiquei esperando até ele abrir a porta que levava ao dormitório dos meninos, para me certificar da presença de Albus.


 


- O que foi?- ele percebeu.


 


- Nada eu só... Esquece. - Balancei a cabeça distraidamente, enquanto abria a porta e entrava no meu dormitório.


 


Só consegui dormir pensando numa coisa:


 


Albus ia se ferrar, Albus ia se ferrar, Albus ia se ferrar, Albus ia se ferrar, Albus ia se ferrar, Albus ia se ferrar, Albus ia se ferrar, Albus ia se ferrar, Albus ia se ferrar, Albus ia se ferrar, Albus ia se ferrar, Albus ia se ferrar, Albus ia se ferrar, Albus ia se ferrar...


 


                                                                       X


 


Eu planejei acordar muuuito cedo, antes de todo mundo, melhor dizendo. Mas fui dormir tão tarde pensando naquilo que não consegui acordar antes. Mas agora que eu já me arrumei, tenho que correr para falar com Albus, antes que ele vá para aritimancia. E é por isso que eu estou tropeçando na escada e empurrando o pessoal do primeiro ano. Até que eu o vi, indo em direção ao quadro da mulher gorda.


 


- Albus! - gritei, ele se virou. - Preciso falar com você.


 


- Olha se é sobre ontem à noite...


 


- Veja, ontem eu perdi a hora porque, aconteceu um imprevisto e não pude ir, mas se você quiser...- Eu o interrompi, fingindo não ter ouvido.


 


- Tudo bem, eu não estou... - Estávamos nos interrompendo continuamente.


 


- O trabalho é só para a quinta aula, eu posso...


 


- Rose. - Ele segurou meus braços, fazendo-me olhar para ele e calar a boca. - Eu já fiz. - E então entrou na sala, eu nem tinha percebido que tínhamos chegado.


 


Entrei também, me sentei ao lado dele.


 


- Você... Fez? - perguntei, tentando parecer distraída.


 


- Minha irmã me ajudou.


 


- Desculpe.


 


- Eu não estou com raiva, se é o que quer saber. - Mas estava estranho, isso sim.


 


- Ah tá, okay.


 


Então nem nos falamos mais, simplesmente fizemos um monte de tarefas e blá, blá, blá. Resolvi ir à biblioteca ao final da tarde. Fiquei pensando em uma coisa: o cabeça de pônei tinha razão. Eu tinha uma queda pelo Albus sim, mas era apenas isso, uma coisa que ia sumir com o tempo, com certeza... Ou não hein. Eu não queria que ele soubesse, pelo menos não até eu resolver o que sinto realmente. Isso podia estragar a nossa amizade, e eu gostava de tê-lo como amigo. E sinceramente...


 


- Pensando no que eu disse? Já imaginava isso. - Disse uma vozinha atrás de mim. Eu conhecia bem aquela voz, era sem duvida a que me tirava do serio.


 


Nem me dei ao trabalho de virar para encarar Malfoy.


 


- O que você quer, pela décima terceira vez? - murmurei secamente.


 


- Pensava que você tivesse pelo menos 30 por cento da inteligência que os outros dizem lhe pertencer. - Ele suspirou, irônico como sempre.


 


Eu também não podia deixar que ele espalhasse pela escola, sobre as tarefas e trabalhos, ia me ferrar por completo. A parte do tratamento, tudo bem, é desprezível, não tenho culpa disso.


 


- Quando começamos?


 


- O mais rápido possível. Hoje mesmo você irá...


 


- Hoje uma pinóia. Tenho que terminar umas coisas. - Falei.


 


- Tanto faz, com tanto que você termine hoje. Porque com certeza amanhã você não vai ter tempo nem para morrer, quanto mais...


 


- Tá, chega, eu não sou uma porta. - Ele permaneceu indecifrável.-Porque você não escreve o que quer em um pedaço de pergaminho e dá o fora logo? Aí eu vejo o que posso fazer.


 


Mas, do jeito que ele tem um cérebro menor que titica de passarinho, com certeza vai implicar. Não deu outra, ele permaneceu imóvel e com a mesma expressão vazia, ignorando minha sugestão. Eu odeio esse cabeça de pônei.


 


- Mas que inferno Malfoy, sai daqui! - disse, jogando-lhe um livro, assim que a madame Pince virou as costas.


 


Ele apenas inclinou um pouco a cabeça para o lado, desviando do livro.


 


- Qual é o problema, Weasley? Será que estudar de mais não está te deixando um pouco piradinha?


 


Calma Rose, seja melhor do que ele, não ligue pras provocações idiotas do cabeça de pônei.


 


 


 X


 


 


 


Só após horas e horas estudando, já de saída, eu percebi uma cabeleira loira platinada derramada sobre os livros, na seção reservada.


Madame pince já havia ido, e só restara nós dois ali, na imensidão de livros. Peguei minhas coisas e o deixei ali, é bom pra ele aprender. Se bem que...andar a essa hora sozinha não é a melhor coisa do mundo, mas o que eu estou falando? Até parece que se eu o tivesse acordado, ele iria me acompanhar. Além disso não ia pegar bem as pessoas nos verem juntos.


 


Cheguei exausta, meu cérebro doía, minha mão doía, minhas costas doíam... Tudo doía. Só o que eu precisava era de um banho relaxante e cama. Albus estava descendo as escadas quando reparou minha chegada. Me ajudou com a pilha de livros que eu carregava, os colocando para mim numa mesa qualquer que tinha por ali.


 


- Rose, eu estava pensando se você não gostaria... - Ele passou a mão nos cabelos, eu o interrompi.


 


- O que quiser Albus, o que quiser. Só me deixe subir. - Eu o implorei.


 


Deixei ele ali, me olhando estranho, e subi pra o dormitório feminino. Estava trancado, putz o que diabos essa merda está fazendo trancada? Eu quero dormir, oras. Bati na porta do masculino, 10 segundos depois Sirius(n/a: James Sirius,tá gente.)atendeu.


 


- O que está fazendo aqui, Rose? Deveria estar dormindo. - Ele estava sem camisa, e seu abdômen era incrivelmente igual ao de Albus, perfeito.


 


- Você quer me dizer o que há com a droga da porta que não abre? -murmurei, estava quase dormindo em pé.


 


- Puseram fogo nas cortinas, o dormitório foi interditado. - Ah, queeeee booooom.


 


- E onde as garotas estão? Preciso tomar um banho, preciso dormir, não agüento mais ficar em pé! - ele arregalou os olhos com a minha explosão.


 


- tá ruiva, acalme-se. As meninas estão aqui dentro e você pode... -foram as ultimas palavras que eu escutei, até as coisas ficarem pretas...


 


 


 


X


 


 


 


Fui abrindo os olhos lentamente, minha visão ainda estava embaçada e eu apenas enxergava um teto branco e alto. Estava na enfermaria, com certeza. Mas, por quê? A única coisa que eu me lembro foi de ter... Ai merda, eu estava falando com o Severus quando tudo ficou preto e claramente eu desmaiei. Virei a cabeça lentamente para o lado, e... Eu só posso estar sonhando. O que ele faz aqui?


 


- Será que não dá pra ter paz nem na ala hospitalar?


 


O idiota do malfoy estava sentado na cama ao lado, me observando.


 


- Soube que você caiu que nem uma jaca mole no chão. - Comentou ele, ignorando o que eu havia dito. – Aquele seu outro amiguinho, o... como é mesmo o nome dele? Enfim,ele te trouxe pra cá. - Bocejou e se esticou na cama.


 


Eu vou ignorá-lo, eu vou ignorá-lo, eu tenho que ignora-lo, ele é insuportável.


 


- A propósito, o dia da pegação está chegando, e ate lá eu já tenho que estar mais intimo da Anna. - Ele continuou. O dia do que?


 


Eu apenas fiquei calada, cobrindo minha cara com o lençol. Passou um longo tempo até que ele falou.


 


- Não adianta ignorar, Weasley.


 


- Vá se catar Scorpius. - eu tentei falar, mas saiu mais como um murmúrio.


 


Ele deu uma de suas risadas debochadas. Madame Pomfrey entrou na enfermaria com mais remédios. Ah qual é, eu não vou tomar isso. Não quebrei a perna ou fui envenenada, só desmaiei, poxa.


 


Malfoy achou interessante beber o remédio, como se fosse seu suco de abóbora. Virou a garrafa e logo depois falou.


 


- Você realmente devia experimentar. Não é uma cerveja amanteigada, claro, mas dá pro gasto.


 


- Qual é o seu problema, hein?


 


Ele fingiu não ter ouvido e me estendeu o que sobrou do remédio.


 


- Agora quer que eu fique boa, é? - murmurei, num tom sarcástico.


 


- Com certeza não é o melhor momento pra você ficar inutilizável, esqueceu do...


 


Arrgh,é obvio que ele só se preocupa com ele mesmo, por que eu ainda pergunto?




-----------------------------------------------------------------------

primeiro cap on.espero que agrade a todos.

bjocas ;*

-----------------------------------------------------------------------

Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.