Prólogo - A Sala Secreta



Aquela manhã de sexta-feira estava muito fria. O inverno havia acabado de começar, e Hogwarts acordava aos poucos, muito lentamente. As corujas sobrevoavam a escola de magia aos pios, fugindo dos flocos de neve que caiam pesadamente nos telhados das torres com baques secos. O vento era calmo, mas levava o frio muito rapidamente e fazia com que alguns rapazes da Grifinória que passaram a noite treinando para a final da copa entre casas de quadribol ficassem quase congelados de frio no campo aberto.


            No dormitório masculino da Grifinória, Jared Tompson acordava. Assustou-se ao perceber que estava molhado de clara de ovo. Esses idiotas, pensou, passando os olhos pelos companheiros de quarto que jogavam ovos nele todo dia. Mas, ao invés de sentir raiva, Jared sorriu, pensando que aquela era a última vez que faziam isso com ele. Levantou-se, trocou-se rapidamente, pondo as vestes do uniforme escolar, e saiu do dormitório.


            Jared andava decidido, com aquele mesmo sorriso no rosto, pelas escadarias de Hogwarts. Era ainda muito cedo, mas se conhecia O Misterioso bem, ele nunca dormia até tarde. Passou por um retrato de um homem com um sombrero mexicano, e parou no retrato do lado, um pequeno e fino retrato que muitas vezes passava despercebido. Lá havia uma pena de fênix, e embaixo, um pequeno letreiro que dizia Obtido por Godric Gryffindor. Jared tirou sua tenebrosa varinha de coluna vertebral de fênix, apontou-a para o retrato e pronunciou, silenciosamente:


            – Apertartara.– O retrato se pôs para a frente e virou lentamente até ficar de lado. Então, se fechou, a extremidade da direita junto com a da esquerda, e voltou a entrar na moldura. Quando entrou, o quadro ao lado, do homem de sombrero, tremeu, e o homem do quadro olhou para Jared.


            Os olhos do homem eram vermelhos e usava uma capa da Grifinória. Tinha uma barba rala e uma boca entreaberta. Ele perguntou, em espanhol:


            – Senha?


            Jared pigarreou, apontando-lhe a varinha.


            – Adpareo. – O homem sorriu e desapareceu nas trevas do quadro. A moldura girou, entrou na parede, até que uma parede de tijolos a cobriu. Um tijolo era brilhante, de ouro, com o brasão da Grifinória no meio. Jared o arrancou da parede, tocou a varinha no brasão e murmurou um feitiço em língua de fênix. O tijolo se transformou em uma chave dourada, e Jared colocou-a no lugar aonde o tijolo apareceu. A chave desapareceu e a parede de tijolos foi derretendo, até aparecer uma comporta de submarino.


            Jared abriu a comporta com a varinha e entrou na sala. A sala era inteiramente vermelha e dourada, assim como o salão comunal da Grifinória, só que era maior e mais rica. Tapetes vermelhos, cortinas douradas, sofás vermelhos com almofadas douradas. Vasos vermelhos e plantas douradas. Fênix vermelhas e douradas voavam em círculos pelo candelabro dourado com chamas vermelhas. Jared sorriu, tirou sua capa e a depositou em um cabide dourado que fora conjurado pela sala. Então, andou pela sala até a extremidade oposta, onde havia um espelho.


            Jared viu seus cabelos negros no espelho, em cima de seus olhos acinzentados. Um brilho vermelho passou pelos seus olhos e suas pupilas dilataram, até nao caberem direito nos olhos. Os olhos de Jared eram agora duas bolas negras e vermelhas.


            – Apreciando a sala, Jared? – perguntou uma voz.


            Jared nao se virou. Sabia que era O Misterioso. Sorriu.


            – Sim. Os poderes da Grifinória são mesmo muito maiores que os da Sonserina.


            O Misterioso riu.


            – Ah, Jared, você ainda nao viu nada.


            – Eu sei – disse o garoto, quase de imediato –, por isso quero saber os segredos. Conte-me tudo.


            – Eu irei, Jared. Mas olhe para mim primeiro. – Jared virou-se.


            O Misterioso era um homem alto, com vestes douradas e vermelhas, o que o fazia parecer parte da sala. Seus braços estavam completamente nus, e seus dedos magros tinham pesados anéis de ouro. A única parte de seu rosto que podia ser visto era a boca, já que o resto estava coberto por um chapéu velho e empoeirado. O Misterioso pigarreou.


            – Jared, você sabe os segredos que circundam a Grifinória. Sabe o que levou Godric a cria-la, mas ainda nao sabe de muitas coisas. Você descobriu meu livro secreto, mas eu nao fui idiota o bastante de escrever todas as informações necessárias nele. Você ainda terá que descobrir os segredos de Godric Gryffindor sozinho. Estará pronto para essa ordem?


            – Eu sempre estive, milorde. – respondeu Jared, emocionado.


- Então temos um acordo. Meu jovem, apos sua saída de Hogwarts provavelmente não nos veremos mais, então, que os segredos sejam revelados logo. – O Misterioso tirou sua capa e revelou um uniforme do Ministério muito antigo. – Mas antes pergunto-lhe, estará pronto para descobrir o segredo que cobre nao só a Grifinória, mas Hogwarts inteira? Ou talvez até mesmo o mundo bruxo inteiro? Estará pronto para descobrir o verdadeiro Godric por trás de todos os livros mentirosos? Estará? – O Misterioso já sabia a resposta de Jared, então nao esperou; sacou a varinha e soltou um manto vermelho escuro que cobriu o menino, fazendo-o desaparecer em um limbo vermelho-dourado enquanto seu grito era abafado pelo veludo.


N/A: E ai, galera do Potterish!
O prólogo já estava pronto, só faltava a minha beta Snow Fox me mandar corrigido, por isso que demorou!
Mas enfim, o prólogo está aqui e a previsão é que o proximo capitulo saia ainda essa semana!
Até lá! 

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