Cativeiro



O sonho que tivera com Harry a fez tirar forças que nem ela sabia da onde, mas a questão era que estava conseguindo resistir a todos os feitiços que já foram lhe lançados, em apenas dois dias naquele lugar. Claro que o treinamento que tivera ajudou-lhe bastante. Porém a cada imperius ou cruciatus, era a imagem de Harry, de seus beijos e suas carícias que roubavam a cena, fazendo-a viajar para um universo paralelo, onde não havia dor.

O medo instalava-se nela a cada vez que Percy se aproximava dela, sim, era ele que a "cuidava" trazia restos de comida e etc. Entretanto o medo que tinha de Percy não era dele poder lançar-lhe uma maldição, afinal ela já era imune a muitas, mas sim o imenso desejo que via nos olhos dele, quando direcionavam para ela. Tinha dúvidas em relação ao que Percy seria capaz ou não de fazer. Mas ao julgar-lhe pelo que já fez, suas dúvidas desapareciam e só certezas reinavam.

Como ele pudera fazer aquilo? Não via que a estava fazendo sofrer? Imaginava como o Sr. e Sra. Weasley deveriam estar. Com certeza, inconsoláveis, sabia que eles não suportariam uma traição dessas e mesmo sendo filho deles, tinha certeza de que estariam ao lado de seu amor. Tinha muito orgulho de conhecer pessoas assim, que ficam até contra os próprios filhos só para estar ao lado do certo.

Mas o que mais a deixava triste era saber o quanto Harry devia estar sofrendo. Pelo que conhecia devia estar transtornado e brigando com todos. Fora assim quando pensou que Sirius tinha morrido. Agora não seria diferente. Sabia disso. Podia sentir às vezes a tristeza dele, quando esta era muito forte.

Estava levantando-se de uma cama improvisada, com o intuito de conseguir ver um pouco a luz do sol, quando ouviu passadas em sua direção. Sabia quem era. Mas não queria vê-lo novamente, ele a fazia enojar-se ainda mais.

Percy veio em sua direção, com um sorriso sarcástico nos lábios. Ele abriu a sua cela e abaixou-se deixando o prato de comida no chão.

_Aqui está seu café da manhã, Granger.

_Não estou com fome. Pode levar - disse Hermione virando de costas pra ele e sem perceber que ele a estava passando os olhos por todo seu corpo.

_Você vai comer sim! Afinal quero você perfeita pra nossa grande noite!

_O quê? Bebeu foi? Só pode ser! De onde você tirou a idéia de que um dia você vai pôr as mãos em mim?

_Se você deixou o Potter, irá me deixar também, não é? - falou ele, se aproximando dela.

_Tem um grande diferença entre você o e Harry...

_E eu posso saber qual é?

_Claro! EU AMO O HARRY E EU TENHO NOJO DE VOCÊ! Tá bom ou quer mais? - depois que Hermione pronunciou essas palavras...PLAFT, sentiu um dolorido tapa na cara.

_Isso é para você aprender a não falar assim comigo entendeu. E fique sabendo que se eu quiser transar com você, eu consigo. Agora trate de comer - após isso, Percy foi embora das masmorras, deixando Hermione só com suas lágrimas e desespero.

"Será que ela não entende que a quero acima de tudo? Que por ela seria capaz de dar minha vida? Que preciso dela, de uma noite com ela, para poder largar Voldemort!" Nunca quis realmente se infiltrar, mas quando se deu conta já era um de seus comensais e não queria morrer tão cedo. Ao receber a missão na ordem, ficou feliz, iria rever sua mãe. Mas ao reencontrar Hermione, e ver que não podia tê-la naturalmente, encontrou em Voldemort um aliado muito forte e não iria desistir agora já que estava tão perto.

Hermione estava desesperada. Sabia que se Percy realmente quisesse fazer algo com ela, com certeza conseguiria afinal, ela podia se livrar das maldições, mas da força física que Percy com certeza possuía, sabia que dessa ela era vencível.

A possibilidade de estar nos braços de outro que não fosse do seu amado, a deixava angustiada. Não queria isso de jeito nenhum! Prometeu a Harry que seria só dele, e iria tentar cumprir até o fim. Era o que mais queria.

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Dois dias haviam passado desde a chagada de Draco e Gina na sede da Ordem. Todos o aceitaram rapidamente. Diziam que ele era um Malfoy diferente e só por amar uma Weasley, assim fazia. Draco e Gina não pensavam que podiam ser tão felizes. Até mais do que ficaram na casa dele. A única coisa que o deixavam cabisbaixo era ainda a tristeza de Harry. Gina chegou a pegar Draco chorando e depois de muito esforço ele lhe contou que se sentia culpado pelo sofrimento de Harry. Ainda não gostava muito dele, mas ao se pôr no seu lugar, também ficaria arrasado, afinal perder Gina, para ele seria o fim. Não queria pensar nisso. A protegeria de tudo e de todos até o fim.

Mas quem mais Draco tinha pena, era dos pais de sua amada. Nunca pensara que sentiria tal sentimento por eles. Mas eles estavam tão tristes, que não sabia o que fazer, quando do nada a senhora Weasley começou a chorar na sua frente. A sua primeira reação foi abraçá-la. Um abraço que só ganhara igual ao de sua mãe. Sabia que aquela mulher deveria estar sofrendo muito, ao saber que o seu terceiro filho não valia nada. Mas o mais estranho foi o que ocorreu depois, quando ela começou a falar.

_Draco, onde está sua mãe? - por um momento Draco lembrou-se dela.

_Ela fugiu. Era pra eu ter ido com ela, mas o meu amor por sua filha falou mais alto.

_Ah, Draco, fico tão feliz que não tenha ido. A minha filha tem muita sorte em ter encontrado você.

_Eu que tive sorte daquele anjo vermelho chegar em minha vida. A senhora não entende. Antes eu era apenas mais um Malfoy que deve seguir você-sabe-quem. Hoje, entretanto, sou um Malfoy que ama e é amado e estou ao lado do bem, me sinto muito mais feliz e realizado por isso.

_Você não sabe o quanto é bom eu ouvir isso. Nunca pensei que ouviria isso de um Malfoy. Mas graças a Merlim que ouvi, ne? E com certeza, os próximos Malfoys, serão assim com você. Estou muito orgulhosa de você - e finalmente o abraçou de novo. Com o gesto ambos choravam, mas não sabiam que havia uma terceira pessoa do outro lado da porta, acompanhando-os a cada palavra e cada lagrima também.

Gina nunca imaginara sentir-se tão bem ao lado de Malfoy. Ele era tudo que ela desejava, tudo o que esperava, tudo o que amava. Não deixaria ele sair de sua vida nunca. O que acabara de ouvir, considerava a maior prova de amor que ele podia lhe dar. Estava consolando sua mãe, uma Weasley que ele sempre detestou, mas que agora era com se fosse sua segunda mãe. Estava muito feliz por isso. Draco com certeza era o homem de sua vida, o amor da sua vida.



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Duas semanas sem Harry ao seu lado estava sendo uma tortura. Suas forçar estava cedendo aos poucos. Não se sentia fraca. Mas sabia que estava esvaindo. Sem que Percy soubesse, ela juntou uns objetos e o transformou numa arma. Planeja bater na cabeça dele, fazendo-o desmaiar, para assim poder fugir. Ouviu passos. A hora estava chegando. Finalmente iria rever seu amor. Duas semanas pareciam uma eternidade longe dele. Queria parar de sofrer.

Quando Percy aproximou-se, não esperou mais. Bateu-lhe na cabeça com o máximo de força que conseguiu juntar. Ele caiu no chão desmaiado. Correu em direção a porta da masmorra. "Merda" Além de estar cheia de comensais na guarda, a porta só abriria se um comensal a tocasse. "E agora? O que vai acontecer comigo? Quando o Percy acordar vai perceber quais eram as minhas intenções e com certeza vai me castigar. Só espero que seja algo que eu possa suporta. Merlim!! Me ajude! Não deixe ele fazer nada de mal comigo."

Sentou-se para esperar. Passou-se uma hora e de repente ele despertou, ainda parecendo zonzo. Até que se lembrou do que aconteceu e levantou-se de um salto e foi a procura de Hermione. Encontrando-a sentada, olhando para ele assustada.

_Por que você fez isso?

_Desculpe, não era minha intenção te machucar.

_O que você pretendia? Fugir, é? Não achava que eu entraria aqui, sem ter pelo menos um guarda lá fora, pensou?

_O que vai fazer comigo?

_Você não sabe? Tem certeza? ESTUPEFAÇA! - em seguida Hermione, cai inconsciente no chão.



Acordou sentindo uma profunda dor na cabeça. Não conseguia abrir os olhos. Sentiu um imenso frio na espinha. Possui dores no corpo também, então deduziu que havia sido torturada. Mas não entendia porque ele a deixou inconsciente para fazer isso. Afinal, se ela sentisse a dor na hora da tortura, seria muito mais dolorido. Foi então que abriu os olhos e deparou-se com suas roupas jogadas num lado. Olhou para o seu corpo, encontrava-se despida.

Um choro incontrolável tomou conta dela. Não conseguia acreditar. Como ele tivera a coragem de fazer isso com ela? Como tivera coragem de estuprá-la? Mas o que mais doía era saber que ele conseguira. Conseguira tê-la em seus braços. Com isso, não se agüentou e vomitou muito. Pegou suas roupas e vestiu. Não teria mais coragem de olhar nos olhos de Harry. Sabia que ele a aceitaria do mesmo jeito, mas ela sentia-se mal. Amava-o muito, nunca imaginou que existisse um sentimento assim tão forte. Sabia que seu amor a faria superar tudo, mas, no entanto ela só queria vê-lo novamente. Ver a razão do seu viver. A razão de ela estar agüentando tudo isso. Pois se não sobrevivesse, com certeza Harry não conseguiria acabar com Voldemort sozinho. Lembrava-se agora do seu sonho com ele em Hogwarts. E do quanto podiam ser felizes juntos.

Encostou-se na parede fria da masmorra, chorando copiosamente, desejando nunca mais ter que ver o maldito que fizera isso com ela.

N/A: bom o cap demorou!!! mas tah ai, fiz hj mesmo(16/09) so para postar p vocês. Mas principalmente pra Mia(calma, demorou, mas chegou. o prox n vai demorar tanto n!) e pra Isa( calma vc tb! olha o cap ai!!! bjuss), que sempre comenta e pede atualizações, ok?/ Espero que gostem do cap!! Pra todos os outros, desculpem a demora, viu? Mas eh que tive uns probleminhas e não deu p fazer antes, tah? Ahh, so p entender, a mione e o harry tiveram aquele mesmo sonho do cap anterior. bjusss e cometem!!

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