Cap. único



Ela sorriu. Sorriu de forma que não combinava com o semblante nostálgico que olhava fixamente para as folhas secas e amareladas que ora voavam e ora ficavam paradas. O seu amado jardins de hogwarts nunca havia lhe parecido tão miserável e triste, e ela não dava a mínima. Os cabelos castanhos e brilhantes voavam para frente, grudando os fios mais finos ao gloss rosa antigo que usava independente da situação. Apertou o casaco negro contra o corpo, tremendo. Frustração, raiva, angústia e tristeza. Era aquilo que sentia, talvez um pouco mais de um do que de outro,tudo por causa dele.


Ele.


Era por ele que se sentia indiferente a tudo, por ele que seu sorriso ia se apagando aos poucos, por ele, ela se sentia culpada; mas era por ele que ela aguentava cada dia, por lembrança e esperança a ele que o brilho não desaparecia dos olhos castanhos, e por ele tentava sorrir. Ela caminhou lentamente até a maior das arvores, onde costumavam ficar sentados,olhou para o lago que agora lhe parecia tão morto e deixou com que uma lagrima descesse pelo seu fino e delicado rosto.


Ela o amava, talvez mais do que pudesse um dia ter sonhado amar alguém. Um sorriso sarcástico surgiu nos seus lábios. típico dele, tão sonserino. Era irônico. Ela amava Draco Malfoy. Outra lagrima caia, e tudo que ela tinha vontade era de gritar aos quatro ventos que ele era tudo pra ela, que o amava, mas nada disso faria sentido agora, nada mais faria.


Ela só queria ele, queria ver seu rosto e ser abraçada por ele de novo, e escutá-lo dizer que não havia com que se preocupar.


Ele havia prometido que voltaria. Ela não acreditava em promessas; ele não voltaria, era algo tão obvio e tão desesperador que a estava levando a loucura.  Estava sendo uma idiota por ainda ter esperança, e queria se punir por isso. Suspirou... e tirou um papel amassado do bolso, fora a ultima coisa que recebera dele, e por mais que já soubesse cada palavra, o lia quase todos os dias.


"[...] o melhor a se fazer, talvez, seja repetir as palavras já ditas anteriormente. O tempo me ensinou que as melhores pessoas nos decepcionam um dia, de qualquer forma. E com você não foi diferente.


        Eu amo você Hermione Granger, só demorei a admitir isso. Mas todos acabam se apaixonando. Você mesma dizia isso. Irônico, não?


  Você tinha o dom de me acalmar.  Mas esse dom foi perdido; estamos em guerra, meu amor. E nem te ver feliz e segura todos os dias me acalmavam mais, eu sabia que isso não duraria pra sempre, você escolheu seu lado Hermione, e o meu já havia sido escolhido, eu nunca tive opção. Mas o meu lado, é o seu lado, lembre-se disso.


 


Agora eu desejo o melhor para nós, só que isso não é muito mais possível. Você tem seus princípios e sonhos, e eu lutarei e morrerei por eles, morrerei por você!


Espere noticias minhas na ordem.


 


Eu voltarei, é uma promessa.


Te amo,


D.M."


 


 


 


Hermione passava a mão carinhosamente pela carta como se assim pudesse recuperar vestígios dele. Fechou os olhos, deixando a mente vagar... Mais lagrimas caiam pelo rosto sereno.


Inconscientemente uma de suas mãos apertou com força o colar em forma de coração que contia suas iniciais, enquanto a outra tirava do bolso uma caixa onde estava guardada a varinha dele, ela abriu os olhos, e mais uma vez suspirou. Levantou-se e retirou a varinha da caixa, e com toda força que conseguiu reunir, lançou-a no ar e, com sua própria varinha, murmurou um feitiço a que desintegrou aos poucos. e o vento, agora forte, que batia levou o pó pelos céus.


Hermione sorriu, Draco amava aquela varinha, e sabia que o vento a levaria até ele; ele faria o mesmo por ela. Afinal, o que é um bruxo sem sua varinha?!


Ela guardou a caixa no casaco e sentou-se junto a árvore, novamente. Ficou a observar o lago e o sol se por; ela continuaria, seguiria em frente por ele, ele dera a vida para mantê-la segura e feliz, ele não morreria em vão.


 


"Hermione?" a garota se assustou com a presença repentina de seu amigo, Rony. Tentou o seu melhor sorriso apagado.


"Desculpa Rony, estava só pensando um pouco."


"Estão todos te procurando. Ta tudo bem, Mi?" Ele percebeu que ela havia chorado, mas achou que era melhor não comentar.


"Claro que to, Rony! Agora vamos entrar, já ta frio." Era uma péssima mentirosa, sabia disso, mas Rony não perguntaria nada, ele a conhecia bem de mais pra saber quando não queria ser precionada.


   Ele sorriu e a ajudou a levantar, estavam quase entrando no castelo quando um vento ainda mais forte passou por eles e a garota pode escutar o vento falando com ela "Eu prometi que voltaria!"


Ela olhou para o lago a tempo de ver os olhos cinzas de Draco Malfoy, se fecharem e sua boca se contrair em um sorriso, tão dela, e desaparecer junto com o vento. Ao sumir completamente, o vento lhe transmitiu outra mensagem "Lembre-se de mim. Te amarei sempre, seja feliz, meu amor!"


Sorriu e gritou pro vento "EU TE AMAREI SEMPRE DRACO MALFOY!"


Entrou correndo no castelo, porque gritar aos quatro ventos faria sentido agora.

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