Os Black
Dorea Black descendia de uma família quase desprovida de desrespeito.
Sua fortuna e ímpeto permetiam que se esbaldassem em qualquer área, tornando-os líderes naturais. Porém, por falta de dosagem de tanto poder, a família se tornou ambiciosa desde os primóridos.
Dorea Black era uma Black qualquer. Não se destacava, como seu irmão, Marius, um crítico do desprezo de sangues-ruins. Podia sentir que sua inércia quanto em relação à sua família não afetavam ambos: ela não os apoiava nem os interrompia em suas decisões, e eles apenas a turbinavam com informações de conhecimento hereditário e idéias consideradas renovadoras quanto à caça e rejeito dos nascidos trouxas. Por isso, tal inércia era resultado de anos de confronto mental em que a empurravam: de um lado, Marius à quem gostava muito, e o resto da família, a quem devia respeito e (indiretamente, digamos) afeto.
Marius era dois anos mais velho que ela. Possuia uma incrível rapidez em aprender e guardar fatos sobre política bruxa e acontecimentos atuais. Isso o tornou dono de seu prórpio nariz cedo demais, fazendo-o se submeter à uma rejeição quanto em relação às decisões familiares: aos 15 anos, foi expulso de casa por defender os trouxas.
Ele e Dorea continuaram a se falar, por cartas. De vez em quando se encontravam (secretamente) em algum pub lotado, para não serem vistos. Isso fez com que o laço entre eles se tornasse cada vez mais forte: Dorea era a única pessoa em que Marius realmente confiava e confiou, a vida inteira. Fora ele quem sempre estivera com ela. Ele quem a tranquilizou quando os pais, Cygnus e Violetta, a advertiram brutalmente aos castigos futuros caso não entrasse para a Sonserina. Ele quem a ajudou a praticar Quadribol. Ele quem dera sua primeira coruja de Natal. E ele quem ela tanto amava e confiava, e por quem sempre quis o melhor. A partir disso, não era mais uma Black qualquer: possuia mais afeto do que qualquer um, a não ser Marius. Possuia o dom do perdão e da simplicidade, também.
Isso apenas lhe ocorreu quando, pela primeira vez, chegou à Hogwarts: o Chapéu Seletor demorou para selecioná-la. Disse que tinha uma mente linda, mas horrivelmente moldada. Por isso, optou por colocá-la na Corvinal, onde havia astúcia e sede, mas por conhecimento. Sonserina a tornaria a pessoa que não era. E Corvinal iria lhe proporcionar uma vida desejada, porém desconhecida.
Foi quando, no verão de seu quarto ano na escola, que a coisa mais marcante aconteceu em sua vida: a família se despedia na Plataforma, o Expresso de Hogwarts já soltando fumaça. Foi quando Marius apareceu, e chamou por Dorea, sem ver que estava junto à família. Foi uma questão de segundos: Marius a chamou, ela se virou, os dois voltaram os olhos para o pai, e este estendeu a varinha. Antes de qualquer reação, uma Maldição Imperdoável voou desta e Marius, seus olhos negros paralisados, caiu para trás numa lentidão aflitiva.
Sua segunda lembrança marcante foi quando conheceu Charlus Potter. Este tinha os olhos escuros, usava óculos por não possuir suficiente capacidade de enxegar, e os cabelos meio rebeldes. Sabia que não podia se apaixonar, pois Charlus era da Grifinória, e seria rapidamente expulsa da família caso o ocorresse. Por isso, não tardou e se apaixonaram. Apenas permaneceu na família por Charlus ser sangue-puro.
Aos 27 anos, ocorreu o acontecimento mais feliz de sua vida: seu filho, Tiago Potter, nascera.
Mal sabia ela que isso renderia muitos anos de vitória para os Potter.
Comentários (1)
Aii que lindo,adoreii :DBeijinhos.
2011-07-07