A star was born.



Um grupinho de 4 alunos conversava no fundo da sala, o mais alto dava sonoras gargalhadas enquanto o mais baixinho falava.


_ Quer dizer então que Mary MacDonald está pensando em convidar Ranhoso Snape pro Baile de 980 anos?- Sirius dava mais e mais gargalhadas, enquanto Mary se encolhia de vergonha na carteira.- Realmente é um belo acho, muito boa, Wormtail.


O pequeno Peter sorriu, adorava divertir Sirius com as fofocas da escola tanto quanto comer.


_ Deviam ter vergonha. - Lily Evans, duas carteiras a frente, olhava irritada pro grupinho. - Quem a Mary convida ou deixa de convidar é problema dela. Mesmo que seja um sonserino asqueroso. E pare de piscar pro Black, Lene, não perca seu tempo.


Marlene, a melhor amiga da ruiva, bufou indignada.


_Se as outras podem, por que eu não posso?


_ Porque você sabe muito bem que o Black é um cafajeste de marca maior, e fica aí, dando em cima dele. Além disso, você não é uma “outra”. - Emmeline explicou por Lily.


Marlene se virou mais uma vez para piscar pra Sirius e sorriu quando recebeu um beijo soprado do moreno, que logo olhou, quase que incrédulo para a porta.


_ Sra.Lupin?


_ Devia parar de machucar o coração dessas pobres garotas, Sr.Black. O fato de ser de família nobre não lhe concede tal direito, foi isso que eu disse a Pollux, seu avô. Pelo que vejo isso não mudou conforme passam as gerações. Assumam seus lugares, nossa aula já vai começar. Aliás, como o Sr.Black acabou de me apresentar, sou Catherine Lupin e irei lecionar Estudo dos Trouxas enquanto a professora de vocês se recupera de um assédio sexual, seguido de ato sexual sem uso de preservativo que gerou um bebê. Remus, poderia se sentar com a Marlene, por favor?


_ Por quê mãe....digo... por quê, Professora Lupin?


_ Por que eu não quero você perto do Black durante as minhas aulas. E por favor me chamem de Catherine.


A aula prosseguiu normalmente, logicamente com várias alfinetadas discretas entre Sirius e Catherine.


_ Fala sério, só porque meu avô pegou ela, ela quer se vingar, aposto Prongs.


_ Imagino o que será dos seus netos se ela se tornar a professora oficial, aliás, não falta muito pros seus netos chegarem... no mínimo uns 20 anos.


Catherine olhou na direção dos dois.


_ Talvez os senhores tenham algo a compartilhar com a turma. Não? Bem, então como eu ia dizendo, Adolf Hitler defendia que a raça ruim ou inferior deveria ser eliminada.


A maioria dos alunos ficou confusa, mas a professora prosseguiu.


_ “Eu tenho o direito de exterminar milhões dessa raça inferior que se multiplica como vermes.”


Lily, muito assustada, começou a tremer.


_ Sra. Lupin, eu agradeceria se parasse de citar Adolf Hitler, sei exatamente a quem está se dirigindo, mas afetou a pessoa errada. Não ligue pra ela, ruiva, e me perdoe agora Moony, mas nossa professora está meio psicótica.- Sirius se ajeitou na carteira em posição de defesa. – “ Posso não concordar com o que pensas, mas defenderei até a morte o teu direito de pensar.”


_ Muito sábio, Sr.Black, pra alguém que só pensa em aprontar e mulheres. Mas como disse Platão, “ Só sei que você nada sabe”.


_ Na verdade, professora, a frase é: “Só sei que nada sei”. Realmente muito humano da sua parte admitir que no fundo, você não sabe de nada.


_ Chega, Sr.Black, detenção!


_ É, você realmente não sabe de nada.- Sirius deu um risinho enquanto o sinal anunciava o fim da aula.


No corredor, em direção a aula de Transfiguração, os Marotos conversavam e pararam quando o diretor Dumbledore se aproximou.


_ Sirius, meu rapaz, posso falar com você um minuto?


_ Pois não, diretor?


_ Meus parabéns,rapaz. A sua filha nasceu, uma saudável e belíssima garotinha. Kirah não escolheu o nome porque preferiu que você escolhesse. Quer ir lá, rapaz?


_ Quero sim, posso levar meus amigos junto?- a voz de Sirius estava embargada pela emoção.


_ Sim, Sr.Black, e meus parabéns de novo. Qual vai ser o nome da pequenina?


_ Adhara... Adhara Dorea Black.


James sorriu imediatamente, Sirius acabara de homenagear a mãe do melhor amigo, ele, a qual Sirius também chamava de mãe. Conduziu o amigo ao dormitório junto com Remus e Peter.


_ Vamos todos de azul, pra celebrar o nascimento.- Remus sugeriu diante da dúvida dos amigos.


_ Azul, ótima escolha, Remus.- James sorriu e pegou uma camisa pólo na cor escolhida.


Remus escolheu uma camiseta e Peter também, já Sirius deu preferência a uma camisa de botões. Saíram dos limites da escola e aparataram pro St.Mungus.


_ Bom dia.- disse uma sorridente secretária.- Posso fazer algo pelos senhores?


_ Gostaríamos de ver a recém-nascida, sou Sirius Black, pai dela.


_ Oh, sim. Me siga, Sr.Black.


A secretária os guiou até o berçário.


_ E Kirah? Onde está? Ela está bem?


_ Infelizmente ela não resistiu muito e faleceu, seu ultimo pedido foi que entregássemos a pequena para o senhor, e que se o avô pedisse a guarda era pra recusarmos.


_ Não importa o que Kirah tenha falado.- uma terceira voz surgiu.- Eu vou levar a minha neta.


_ Só por cima do meu cadáver, Sr.Delacour.- Sirius disse determinado, pegando a agitada filha do berço.- Eu irei levar minha filha a Hogwarts e a criarei.


_ Eu não deixarei minha neta nas mãos de um...Black.


_ Se quer levar a Adha, terá que passar por nós primeiro, somos 4 e você é só 1.- James se adiantou.


_ Nunca irá registrar a minha neta como uma de vocês. Essa gravidez matou a minha Kirah, e eu exijo que essa criança pague pelo que fez!


_ Ela não pediu pra nascer.- Sirius passou Adhara pra James.- Se quer matar o culpado, mate a mim! Me mata, anda! Que a justiça seja feita.


O Sr.Delacour murmurou algo ininteligível e saiu dali. Sirius foi até James e pegou Adhara.


_ Precisamos registrar essa princesinha.- depois de trocar a filha e a registrar, os 4 Marotos e a pequena Adhara voltaram a Hogwarts bem no momento em que Dumbledore falava.


_ Vamos fazer um brinde ao mais novo membro da comunidade bruxa,- Dumbie pegou carinhosamente a pequenina dos braços de Sirius e a ergueu para todos verem.- ADHARA BLACK.


Juntos, professores e alunos bateram palmas em saudação a garotinha que ria animadamente diante de todos.

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