Visita desagradável



Enquanto Rony se preparava pra voltar ao Ministério depois do almoço; Hermione comentava sobre a tarde que passaria com Gina no Beco Diagonal. Como a mãe estava ocupada; Rony pediu à sogra que ficasse com Hugo e Lily por algumas horas.


–             Você acha mesmo uma boa idéia? – perguntou Hermione ajudando Rony a dar nó na gravata.


–             Ela sempre se oferece para ajudar. – respondeu Rony conferindo o nó diante do espelho. – Como você faz isso sem magia?


–             Como você não faz nem com magia? – respondeu Hermione rindo. – Enfim, vou tentar voltar o mais rápido possível.


–             É só por algumas horas Hermione. Tivemos uma conversa séria com Hugo sobre varinhas; ele vai se comportar. Fique tranqüila! O que pode acontecer em uma tarde?


Na sala de estar a Sra. Granger conversava com Gina e Lily que haviam acabado e chegar.


–             Pronta? – perguntou Gina.


–             Quase. – respondeu Hermione.


–             Obrigada por cuidar de Lily também Sra. Granger.  – disse Gina abraçando a mãe de Hermione.


–             Por nada querida! Lily é adorável.


–             Eu também? – perguntou Hugo.


–             Você é o rapazinho mais adorável do mundo! – disse Hermione abaixando pra beijar o filho.  – Mamãe, só há dois canais na TV; um de futebol e outro sobre pescarias.


–             Meu pai adora esse canal! – disse Rony.


–             Hugo só pode ver TV à noite.


–             Igual vovô ao Weasley. – comentou Gina rindo.


–             Eles podem brincar no jardim – continuou Hermione – mas, não os deixem...


–             Correr atrás de gnomos! – respondeu a Sra. Granger. – Eu sei Hermione! Você já me disse isso várias vezes. Pode sair tranqüila.


–             Comporte-se. – disse Rony ao caçula. – Lembre-se que na minha ausência você é o homem da casa.


–             Pode confiar em mim papai. – respondeu Hugo se esticando todo.


Fazia um belo dia de sol e Hugo e Lily brincavam jogando com goles um para ouro no jardim; a Sra. Granger participou da brincadeira até ouvir a campainha da porta da frente. Olhando pela janela viu uma mulher de cabelos longos e brancos. Por um momento ficou em dúvida em abrir a porta; a maioria dos amigos da filha e da família de Rony tinha aparência excêntrica, mas eram sempre muito divertidos e gentis.  


Hugo e Lily correram para sala e viram pela janela que a bruxa a porta era uma de suas piores vizinhas. Antes de poder avisar a Sra. Granger abriu a porta.


–             Pois não? – perguntou simpática.


–             Você não é a dona da casa. – respondeu a mulher desconfiada.


–             Os donos são minha filha e meu genro.


–             Ah, eu sou apenas uma vizinha; estou à procura do meu gato Chveik. Ele costuma entrar nessa casa pra brincar com as crianças.


–             Eu estava com as crianças até agora e não vimos nenhum gato.


–             Tem certeza? – perguntou a mulher dando um passo para dentro da casa. – Chveik sempre pula nesse quintal.


–             Crianças! – chamou a Sra. Granger. – Se lembram de terem visto o gato desta senhora? Desculpe, mas a senhora não me disse seu nome.


–             Vesúvia Lancey ao seu dispor.


Hugo e Lily se encolheram. A Sra. Granger percebeu pelo olhar do neto que aquela não era uma pessoa que as crianças tinham muita simpatia.


–             Olhe pra eles! – disse Vesúvia apontando para Lily e Hugo – Olhe só esses bonequinhos! Estão cada dia maiores! Eu podia apertá-los até o ar sair de seus pequenos pulmões!


–             Bom, se por acaso seu gato entrar no nosso quintal nós a avisaremos. – disse a Sra. Granger, mas Vesúvia a ignorou. Reparava em cada canto da casa e chegou a espiar dentro de um vaso perto da porta.


–             Espere um minuto! – disse de repente. – Você disse que mãe da dona da casa? Desta casa?


–             Sim. Hermione é minha filha.


A expressão de forçada simpatia de Vesúvia desapareceu.


–             Eu nunca entrei nessa casa. Sua filha não é muito social com os vizinhos.


–             Mamãe recebe visinhos amigos dela! – disse Hugo zangado.


–             Ah, a educação dos trouxas... – disse Vesúvia olhando com desprezo para a Sra. Granger.


–             Se a senhora já disse o que queria e deu uma boa olhada na casa pode, por gentileza, se retirar.  – disse a Sra. Granger apontado a porta.


–             Eu quero meu gato. Ele deve estar no seu quintal. Vou dar uma olhada.


A Sra. Granger se colocou a frente de Vesúvia. Hugo e Lily se olharam assustados.


–             Tola mulher trouxa! Eu quero meu gato e não vou sair daqui sem um.


Com um aceno de varinha Vesúvia Lancey conjurou uma sacola e transformou a Sra. Granger numa gata cinza e a prendeu.


–             Vovó! – gritou Hugo.


–             Se virem meu gato podem ficar com ele crianças!


Vesúvia deu uma risada e sumiu no ar.


Lily e Hugo entraram em pânico.


–             Vovó! Lily seqüestraram a minha avó!


–             O que vamos fazer? – perguntou Lily assustada.


–             Não sei, mas papai vai ficar muito zangado; ele não gosta de gatos.


 

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