Sonserina, com muito orgulho!



NA: Queria agradecer à Rosana, por não ter desistido da fic e continuar acompanhando.Outro agradecimento para a Hilary, que me animou a digitar o cap mais rápido. Agradeço, de verdade, o comentário de vocês! ^^
**


 - Pontas, Pontas! – Sirius entrara gritando na mansão dos Potter.


 - Almofadinhas, acho que você está perdendo os bons modos, será que devo contratar um adestrador? – James disse maroto.


  - Algum dia ele já teve bons modos? Sirius, por Mérlin, estamos jantando! – Lilly apontou para uma mesa cheia de panelas com comida.


   - Já entendi, Sra. Potter, já entendi. Só vim porque encontrei uma carta do Harry sobre a seleção da Sophie... – Sirius respondeu em um falso tom de choro.


  - Desde quando uma carta é achada, Sirius? – Lilly ergueu uma sobrancelha – Extraviando correspondências e as lendo, Black, isso é crime, sabia? – A ruiva fez questão de aumentar o tom de voz na palavra “crime”.


  - Bem, posso até ter extraviado, mas não consegui abrir essa carta. Alguém fez algum feitiço nessa coisa! – Black disse mal-humorado, arrancando risadas de James e uma revirada de olhos de Lilly.


  - Passa a correspondência para o papai aqui. – Pontas disse divertido – Aposto que foi Hermione a responsável por isso, aquela menina é um gênio! – Ao tentar abrir o envelope, o moreno irritou-se, não conseguia violar o lacre da carta. – Mas que diabos está acontecendo? – seu tom era colérico.


  - Nenhum dos dois vai conseguir abrir isso. Não sabem ler o destinatário? Está endereçada a mim. – Lilly disse tediosa. – Dois aurores tapeados por uma estudante de doze anos, acho que deviam refazer o curso de auror, ou até mesmo Hogwarts. – ironizou.


 - O que você está esperando, Pontas? Entregue logo essa carta para a ruiva! – Sirius disse não contendo sua ansiedade, tomando a carta da mão do amigo, entregando-a para Lilly.


 - Não devíamos esperar por Remo?  - Líllian disse apreensiva.


 - Lógico que não! Aluado está em curso sobre a arte de lecionar. – Sirius zombou – só chegará por aqui amanhã à noite! Depois mandamos uma coruja.


 - Já que é assim, podemos abrir isso agora. Mas, acho melhor vocês irem sumindo de perto de mim, a carta é para a minha pessoa, quero lê-la sozinha. – disse séria, os marotos a olhavam incrédula – O que vocês estão fazendo aqui ainda? Podem sumir daqui!


  - Muito engraçado, Líllian! Agora pode começar a ler isso! – Sirius disse em tom de ameaça.


 -Não, a carta é minha, Black, abro-a quando eu bem quiser.


 - Evans, EU EXIJO LER ESSA CARTA! – Almofadinhas vociferou.                                                


 - Não se atreva a gritar comigo. A filha é minha, Black, não sua. – disse ríspida.


 - Ruivinha, você não pode ler a carta com a gente? – James disse em súplica.


 - Não mesmo. – Lilly começou a violar o lacre da carta – E só para avisar de antemão, Jay, hoje você dorme no sofá, como nosso caríssimo Sirius fez questão de lembrar, meu sobrenome é Evans, não Potter. – a ruiva pisocu de forma provocante.


 - Lógico que é Potter! Esse PULGUENTO não tem idéia do que fala. – o moreno beirava o desespero – O sofá não, Lilly, o sofá não, por favor!


 - Evans, Potter, para você é Evans – a mulher riu.


 - Voltamos às formalidades? – James disse incrédulo.


 - Pare de ser idiota, Pontas. Sua ruiva bobeou, o envelope não está lacrado mais. Vamos ler essa carta, nem que seja na brutalidade, não é, James? – Sirius encarou o amigo.   


 - Te damos cinco segundos de vantagem, ruiva. Pode começar a correr! – James disse maroto, contudo, Lilly já estava correndo rumo ao quintal.


**


   - Fiz o certo, Mione? – Harry perguntava culpado. Estava sentado em uma das poltronas em frente à lareira, no salão comunal de Grifinória. Hermione e Ron olhavam-se preocupados.


 - Harry, não sei se o melhor seria você ter mandado a carta. Mas já que mandou, tentei minimizar e fiz um feitiço lacre.


 - Que raio de feitiço é esse, Mione? – Ron disse surpreso.


 - Livro de feitiços, volume quatro. Serve para que somente o destinatário consiga violar o lacre da correspondência. – a garota respondeu orgulhosa.


 - Mione, meu pai e padrinho são aurores. Farão um contra-feitiço fácil. – Harry suspirou.


 - Fariam, Harry. – o garoto a olhou surpreso – Não se conhece contra-feitiço para isso ainda.


 - Mione, você é um gênio! – Ron balbuciou incrédulo.


 - E fiz questão de endereçar a carta para sua mãe, Harry. Ela saberá lidar com aqueles dois.


 - Só lamento que Remo esteja fora, ele ajudaria muito nessa hora. – o moreno suspirou.


**


 - Você sabe que vai dormir no sofá, não sabe, Potter? – Líllian suspirou – Ande com calma, você não está carregando qualquer porcaria! – a ruiva vociferou, estava sendo carregada sobre os ombros do marido – Sirius, devolva minha varinha.


 - Nem pensar, ruiva. Só depois que ler a carta para nós dois. – Almofadinhas disse risonho


 - Potter, entendeu a parte do sofá, né? – disse incrédula, como aquilo não afetava o marido?


 - Entendi, meu amor. – ela o olhou colérica, o moreno riu – Mas adoro entrar no quarto no meio da noite. Fazer as pazes sobre o luar é maravilhoso. – Pontas disse com um sorriso malicioso, a mulher corou.


 - James! – o rosto de Lilly ardia, tamanha era a vergonha.


 - Noites quentes a parte, pode começar a ler isso, Lilly. – Sirius disse enquanto Pontas acomodava a mulher em uma poltrona no escritório.


**


  Ginny estava arrumando seu malão. Suas colegas de quarto há muito já dormiam e a garota precisava colocar o material em ordem, pois, no dia seguinte, deveria acordar cedo para conversar com Sophie, a amiga precisava desabafar.


 - O que é isso? – a ruiva disse ao encontrar um livreto de aparência muito velha no meio de seus livros. Olhou para aquilo e o abriu, curiosa, folheando-o todo. Percebeu que estava em branco, então sorriu – Acho que seria legal começar um diário, assim como Sophie. – disse divertida, indo para sua cama com o caderno em mãos. Sentou-se na cama, pegou uma pena, molhando-a no tinteiro – Pronto para saber como foi meu primeiro dia em Hogwarts, querido diário? Depois penso em um nome melhor para você! – a menina disse antes de começar a escrever em seu mais novo diário. Agora sentia-se igual à Sophie...


**


   - Lá vai, não quero interrupções. – Lilly suspirou ao abrir a carta do filho.


“Mamãe, Papai e Sirius,


   - Como ele sabia que eu estaria aqui? – Sirius disse surpreso.


   - Seu afilhado sabe a falta de noção do padrinho, posso continuar? – Lilly disse ríspida. James apenas riu e Sirius fechou a cara sussurrando algo como “pode continuar”.


   A seleção foi muito interessante, foi a primeira vez que a vi de fora, já sou um veterano! Espero ir melhor em poções esse ano e Mione pede para tranqüilizá-la, mamãe. Ela não para de repetir sobre um esquema infalível de estudo. Diga ao papai que continuo como apanhador de Grifinória.


   - Esse é meu garoto! – James se levantou do poltrona a qual sentava gritando , contudo, ao perceber o olhar da mulher, sentou-se murmurando um “me desculpe”.


   Antes de falar de Sophie, falarei de Ginny. Adianto-lhes que mais uma Weasley freqüentará o salão comunal de Grifinória, para o alívio de Ron.


   - Nenhuma novidade, essa menina é pura coragem! – Sirius interrompeu.


   - Por Mérlin, você dois não conseguem calar a boca? Vão querer que eu azare dois aurores até ensinar bons modos a tais trogloditas? – Lilly revirou os olhos.


    Bem, não sei como anunciar. Mione e Ron insistiram muito para que eu não mandasse carta alguma. Não paravam de dizer que Sophie era quem deveria falar sobre isso, mas, não acho certo, fico preocupado com minha irmã.


   - E deve ficar mesmo! Harry não vai deixar nenhum marmanjo pretensioso chegar perto da minha princesinha. – James disse orgulhoso.


   - Pare de agir como um trasgo, James! Sophie tem apenas onze anos, nem pensa nessas coisas. – o marido suspirou aliviado – Mas, ao completar treze ou quatorze, nossa filha terá meu apoio para o romance. Não permitirei que ninguém, seja pai, irmão, padrinho ou agregado, principalmente, - fitou Sirius – tenha qualquer tipo de atitude infantil ou sem fundamentos apenas por ciúmes idiotas. Vou voltar à leitura e, se houver mais alguma interrupção, acabo com os dois, entendido? – os marotos sinalizaram afirmativamente com a cabeça.


   Bem, termino a carta pois tenho que ir dormir e Edwiges está inquieta. Sem mais delongas, informo que Sophie foi selecionada para Sonserina.”


   - Sabia! Minha princesinha em Grifinória! – James abraçou Sirius enquanto este gritava eufórico:


   - Gnomo avermelhado com Harry em Grifinória!


   Lilly percebeu mais uma anotação na carta, era de Hermione. A menina explicara sobre o feitiço e suas preocupações, desejando sorte a Sra. Potter. Líllian sorriu nervosamente, agradeceu mentalmente à menina e pediu forças para enfrentar aquela situação, não sabia o que esperar de dois marotos eufóricos que só conseguiam escutar aquilo que gostariam de escutar.


   - Err... – Lilly disse apreensiva - James?


 - Sim, minha ruivinha? – James parou sua comemoração com Sirius, indo em direção a esposa, abraçando-a. – Mais um Potter para Grifinória! – disse risonho.


 - Acho que você dois não escutaram muito bem a minha leitura. – a ruiva sussurrou.


 - Sophie foi para Grifinória, não? – James disse apreensivo. Lilly gesticulou negativamente.


 - Corvinal? Sabia que aquele Gnomo havia puxado a mãe e veio com um cérebro. – Sirius disse triunfante.


 - Não. – Líllian começara a ficar irritada.


 - Lufa-Lufa? Não é uma das melhores casas, mas lealdade é algo admirável. Qualquer coisa é melhor que Sonserina. – James disse aliviado.


 - VOCÊS NUNCA ME ESCUTAM? – Lilly gritava, estava colérica – SOPHIE FOI SELECIONADA PARA... – A ruiva suspirou, buscou coragem e encarou o marido – Sonserina. – suspirou.


**


  Sophie levantou cedo no dia seguinte à seleção, arrumou suas coisas e saíu de fininho, indo em direção ao Salão Principal para tomar seu café da manhã. Optou por não comer muito, afinal, estava sem fome. Sobrou-lhe um bom tempo para tentar concluir suas metas.


 Decidiu voltar ao dormitório, esperava encontrar Mafalda. Precisava cuidar mais de seu animal de estimação, afinal, ela poderia ser, algum dia, importante. Saiu de seus devaneios ao abrir a porta do dormitório e encontrar a garota esquisita, que passou horas olhando Sophie escrever em seu diário, com Mafalda no colo. A menina acariciava a gata, o animal ronronava, um sinal claro de aprovação.


 - Essa gatinha fofa é sua? – a estranha perguntou.


 - É. – Sophie respondeu secamente.


 - Qual o nome dela? – a morena indagou, ainda com o animal no colo.


 - Mafalda. – a Potter respondeu, estava parada no batente da porta.


 - Que nome lindo! – ela exclamou sorridente, fazendo Sophie levantar uma sobrancelha em sinal de incredulidade – Meu nome é Bonnie Donk e o seu é? – ela perguntou soltando Mafalda para estender a mão para que Sophie a apertasse.


 - Sophie Potter – a ruiva respondeu, olhando para a mão estendida de Bonnie. Estava em guerra consigo, em seu interior. “Aperto ou não aperto essa mão?” Optou pela boa educação, apertando a mão de Bonnie.


 “Depois terei que lavar minha mão”, pensou, soltando logo a mão da garota, a qual ainda sorria. Mafalda andou até a dona, passando entre suas pernas. A menina Potter pegou a gatinha no colo e começou a acariciá-la.


 - Seu nome é tão lindo, assim como o da sua gatinha! – Bonnie comentou toda alegre, aproximando-se de Sophie.


 - Obrigada. Então, preciso ir, já está na hora da aula. – Sophie disse, tentando fugir da menina à sua frente.


 - Eu sei. Teremos transfiguração com Lufa-Lufa. Eu também estou indo, posso acompanhá-la? – Donk perguntou super contente, os olhos brilhando de emoção.


 - Er... – a ruiva preparava-se para dizer não, contudo, antes que pudesse fazê-lo, Bonnie deu um pulinho de alegria e saiu puxando Sophie pelo braço, arrastando-a para fora do dormitório até a sala de aula.


 Pararam em frente à porta da sala de transfiguração, onde Bonnie soltou a pequena Potter, a qual continha um semblante de pura irritação e cólera. Já a morena mantinha o mesmo sorriso bobo nos lábios. Sophie revirou os olhos, soltando Mafalda com carinho no chão, cruzando os braços em frente ao peito.


  - Ficou louca, garota? – Sophie perguntou, o tom de sua voz transbordava raiva. Lançou um olhar de ódio para a morena.


  - Acho que não. Minha vovó, às vezes, diz que pareço viver em um mundo próprio, mas acho isso normal, na verdade, sou super normal! – Bonnie disse sorridente.


  - É, estou vendo. – a ruiva murmurou para si, soltando os braços, a raiva passando. Percebia que a tal Donk era mais anormal que aparentava ser.


  - Disse alguma coisa? – Bonnie indagou e Sophie balançou a cabeça negativamente – Ah! Agora tenho uma nova amiga, estou tão feliz! Somos amigas, não somos? – o olhar da morena brilhava.


  - Er... – a Potter sonserina abriu a boca para responder, porém foi cortada por uma garota de cabelos pretos, a qual correu até a ruiva, abraçando-a.


   “Pelo visto o dia vai ser longo... Mérlin, o que eu fiz para merecer isso? Eu nem comecei a perturbar o Harry ainda! Só espero que ela não comece a me agarrar agora, senão, eu juro, azaro essa maluca!”, Sophie pensou.


  As sonserinas ficaram conversando até a professora McGonagall abrir a porta de sua sala. Na verdade, Bonnie fazia um monólogo e Sophie desistira de prestar atenção na menina, a ruiva estava presa em devaneios. Mafalda havia abandonado as garotas há pouco, ação que a Potter invejou profundamente.


  A proximidade com o início da aula aumentou, juntamente com o número de alunos no corredor, implicando em uma professora de transfiguração ordenando que todos adentrassem em sua sala.


  - Bom dia, Turma. Quero dar as boas-vindas a todos, realçando um fato que não deve ter passado despercebido por vocês, espero: isso é uma escola e, portanto, serão avaliados. Dessa forma, não espero nada abaixo de aceitável nas avaliações de vocês. Espero ter sido clara. Bem, vamos ver quem são os interessados em aprender nessa classe, farei uma pergunta que, quem já teve a curiosidade de, pelo menos, folhear o material, saberá responder. Por que transfigurar pequenos objetos é o mais fácil processo de transfiguração? – A professora disse em tom sério, transparecendo a notável autoridade que impunha.


  Duas mãos foram levantadas, Sophie e um lufano, sentado atrás da ruiva, transpareceram a vontade de responder.


  - Senhor... – McGonagall apontou para o garoto.


  - Groove, professora. A transfiguração de objetos pequenos e inanimados é a mais simples de todas, uma vez que, quanto maior o porte de algo, maior a complexidade de transfigurá-lo.  Além de, caso exista metabolismo, há um aumento significativo na dificuldade para sua execução. – disse confiante. O garoto tinha olhos verdes, cabelos castanhos lisos e vestia um boné com estampa de um taco de beisebol.


  - Excelente resposta, Senhor Groove. Cinco pontos serão creditados a Lufa-Lufa. Contudo, esse estranho chapéu que o Senhor veste não faz parte do uniforme escolar. Peço que o retire agora. Acredito que tenha lido as regras da escola, as quais são explícitas ao dizer que o aluno só está isento de vestir uniforme nos finais de semana. Caso use esse adereço durante as aulas mais uma vez, infelizmente, serei obrigada a lhe aplicar uma detenção. – imediatamente, o garoto retirou o boné, murmurando um acanhado “Me desculpe”. Sophie olhava-o surpresa.


  - Na próxima, eu serei a pessoa quem ganhará pontos. – Sophie murmurou para si.


  - Relaxa, Sophie. Ainda terão muitas outras perguntas para você responder. – Bonnie, que estava sentada ao lado de Sophie, sorriu para a Potter.


  - Donk, desde quando você pode se sentar ao meu lado? – Sophie perguntou rispidamente.


  - Só espero que ela não pergunte nada para mim, sou meio atrapalhada com teorias, prefiro a prática. – Bonnie estava, realmente, animada em conversar com Sophie, já a Potter resumia-se a suspirar e revirar os olhos.


  - Isso explica muita coisa. – ironizou.


  - Desculpe, não escutei o que você disse. – Bonnie disse sorrindo.


  - Senhoritas... – McGonagall apontou para Sophie e Bonnie, o semblante da professora era de reprovação.


  - Potter. – a ruiva respondeu seca.


  - Bonnie! -  A garota disse muita animada. A professora ergueu as sobrancelhas – Ah, a senhora perguntou meu sobrenome, né? – disse encabulada – Donk, Bonnie Donk, professora.


  - Senhoritas Potter e Donk, sugiro que prestem atenção em minha aula. Acredito que nenhuma das duas queira receber uma detenção logo na primeira semana de aula, estou certa?


  Sophie revirou os olhos, olhou incrédula para Bonnie. Não era possível que aquela garota não estava fingindo tamanha falta de noção. As duas pararam com a conversa paralela durante a aula, algo que Sophie comemorou, na qual apenas teoria fora passada, para o desespero de Bonnie.


**


   A primeira manhã de Sophie em Hogwarts passou de maneira tranqüila, tendo apenas aulas teóricas seguidas de vários muxoxos de Bonnie e suspiros irritados da ruiva. O horário de almoço, finalmente, chegou. Sophie estava ansiosa para conversar com Ginny, a Potter já estava sentada na mesa de Sonserina e não tirava os olhos da mesa de Grifinória.


  - Não agüento mais teoria, espero que em defesa contra as artes das trevas seja diferente! – Bonnie disse esperançosa. Sophie não respondeu – Por que você olha tanta para aquela mesa?


  - Preciso conversar com Ginny, uma amiga minha. – A ruiva respondeu tediosa.


  - Oba! Mais amigas! Acredita que nunca tive amigas antes? – Bonnie disse em tom de revolta – E só de pensar que agora, em menos de um dia, já tenho duas! Preciso escrever para vovó, ela vai adorar saber de vocês duas! Até daqui a pouco, Sophie! – Bonnie saiu gritando de felicidade. Sophie apenas revirou os olhos.


  Finalmente, a ruiva avistou Ginny. A Weasley estava com Harry e seus amigos, Sophie apenas riu, “Não perdeu tempo, hein ruiva!”, pensou. Antes que a menina fosse em direção ao irmão, duas corujas adentraram no salão principal, entregando uma carta para Sophie e outra para Harry. Sem titubear, a sonserina abriu a correspondência.


                “ME RECUSO A ACREDITAR, ME RECUSO! GNOMO AVERMELHADO, ME DIGA QUE O CHAPÉU SELETOR PIROU! VOU INVADIR ESSE CASTELO E COLOCAREI FOGO NAQUELE PEDAÇO DE PANO IMUNDO! AH, SE VOU! SE EU DESCOBRIR QUE AQUELE CHAPÉU MALDITO NÃO ENLOUQUECEU E VOCÊ TEM IDEAIS DE UM SONSERINO, SUA PAZ ACABOU.


                PS: MANDEI, TAMBÉM, UM BERRADOR. CASO NÃO TENHA CHEGADO, VOU ME ENTENDER COM SUA MÃE, ELA NÃO PODE SER COPLACENTE COM ISSO, NÃO PODE!”
COM AMOR,
SIRIUS. 


 Sophie apenas revirou os olhos. “Como é possível que Sirius seja tão infantil?”, pensou. Olhou para Harry, o menino estava lendo uma carta e, a ruiva tinha certeza, eram instruções de Almofadinhas para infernizá-la. A menina começou a ficar irritada. Outra coruja pousou ao lado de Sophie, mais uma carta. Ao abrir o envelope e reconhecer a caligrafia, a ruiva começou a tremer. A vontade de chorar, pela primeira vez, desde que escutou “Sonserina!”, chegou. Trêmula e segurando as lágrimas, a Potter iniciou sua leitura.


                “Princesa, não sei o que escrever, de verdade. Para ser sincero, nem sei definir meus sentimentos, estou em choque, mas, graças a sua mãe, estou me acalmando. Peço que não azare seu irmão, sei o quão perigosa uma ruiva pode se tornar quando está aborrecida com um moreno, mas, por favor, acalme-se, ele fez aquilo que pensou ser o certo, ele tentou protegê-la.


                Antes que minha brava princesa comece a chorar, (Sophie, acredite, chorar não é vergonha.) quero dizer que não estou decepcionado, apenas surpreso. Depois de uma longa conversa com sua mãe, percebi que nunca perguntei o que você achava, pensava ou sentia, apenas criei um espelho, apenas esperei que meus filhos seguissem meus passos, mas, como sua mãe bem me lembrou, você e Harry não são eu e Líllian, são nossos filhos. Meu papel é orientá-la, apoiá-la, não condená-la.


                De qualquer modo, não nego que tenho esperanças que um de meus filhos se torne um maroto, e, devo confessar, acredito que você é melhor candidata a isso que Harry. Astúcia, perspicácia e desprezo por regras são características que admiro, são características de Sonserinos, são características da minha princesa, do meu ORGULHO.


                Sophie, ficarei desapontado caso você se torne preconceituosa, caso você se torne uma bruxa das trevas, algo que duvido muito. Remo já foi avisado sobre a seleção, contudo, ele apenas apareceu por pó de flu para conversar, não está se sentindo bem para mandar uma coruja, lua cheia, você sabe.


                Quero que saiba que eu e sua mãe te amamos, que seu padrinho te admira da mesma maneira e, se bobear, até mais. Já Sirius, bem, acredito que você já tenha lido a carta de Almofadinhas. Sua mãe está insistindo para que eu escreva que ela extraviou o berrador daquele maluco e que já mandou um berrador para ele, que chegará ao departamento dos aurores. Mal posso esperar para ver essa cena!


Te amo, minha princesa.


Com MUITO amor,


                Papai.”


  Sophie começou a chorar na mesa de Sonserina. Nada importava mais, não ligava para a humilhação de chorar na frente dos outros, não ligava para os olhares de pena, surpresa e desprezo, a única coisa que era, realmente, importante era que a ruiva chorava de alegria, o amor de seus pais e padrinho em nada mudaram, a aceitaram, a aceitaram do seu jeito, finalmente, aceitaram Sophie Potter do jeito que ela é, não do jeito que eles pensavam que ela fosse. Quanto a Sirius, bem, a menina já se sentia vingada, sua mãe fizera isso por ela. A Potter procurou Ginny com o olhar, uma troca cúmplice de sinais. A Weasley acenou afirmativamente, um movimento positivo com a cabeça, mais nada seria necessário. Duas ruivas levantaram-se e foram para os jardins, Sophie ia, finalmente, desabafar.

NA: Mais um capítulo! o//
Bem, o capítulo sete já está uns 30% escrito, acho que não deve demorar muito. Não preciso dizer que sou fã da Bonnie, né? Sério, não esperava que essa personagem fosse tão... tão... tão indescritível. Espero que tenham gostado da Donk, comentem, por favor! *__*


 

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Comentários (3)

  • Kika.Cerridween

    Aaah quer carta foi aquela meldels !!! Só me emocionei assim depois da carta da Princesa Isabel que libertou os escravos ..e foi aquela loucura toda ....rsrsrsrsrs   Mas confesso pra vc que não gosto da Sophie ....ainda não caiu na minha simpatia ...estou na expectativa de algo maior ....de um fato que realmente me convença rsrsrsrsrrs mas enfim .....agora a Bonnie ...adorooooo!!! !rsrsrsrs É o tipo de personagem que faça chuva ou sol ...sempre diverte rsrsrsrs ....Qnto ao Sirius realmente a reação dele foi o que eu esperava também ...sempre agindo por impulso se nenhum tato .....srrsrsr  To gostando da fic ,   então continuando xD

    2011-06-08
  • Felipe S.

    Pode chamar de Lipe mesmo xDDD Sou suspeito pra flar algo, pq tipo, amo a Bonnie incondicionalmente! haha Ginny e Sophie, amigas para sempre, lálálálá. E o Sirius, bem, juízo nunca foi o forte dele, né? shuaHSUSAHU Obrigado pelo comentário, sério! Pode deixar que vou contar com ele sempre sim, xD Hilary, eu te mandei um email confirmando minha inscrição já tem um tempinho e meu nome não tah lá na lista dos inscritos. :*** Bjaum :****

    2011-04-20
  • Prado Soares

    ei Lipe! (sim, eu tomei liberdade suahsaushauhs) devo dizer q ameeeei a Bonnie, achei ela tão... foda ushausahusahs admito q quase chorei no final, achei maravilhosa a carta do James, imagino o quanto a Sophie deve ter se sentido aliviada! que bom que a ruiva sra.potter tem a cabeça no lugar para acalmar ele! espero que ela acalme o almofadinhas tb. gostei do final, com as duas ruivas. espero que elas não se afastem. parabens pelo cap, pode contar cmg aqui smp, viu? bjz ;*

    2011-04-19
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