Uma Vitória Inteligente



  Harry abriu os olhos atordoado. Se lembrava de ter sido atingido pela Maldição da Morte.


  Olhou em volta. Era um lugar familiar aquele, era... O lago de Hogwarts. Algumas arvores, o grande lago azul acizentado, e o grande castelo ali.


  Com certeza estava nos terrenos de Hogwarts.


  Mas... Como parara ali? Tinha sido atingido pelo Avada Kedavra em frente a grande porta de entrada. Bem, estava morto. Devia ser isso.


- Sei que está confuso, querido – disse uma voz de anjo.


  Ele olhou para a pessoa eu dissera. Era mulher de cabelos ruivos flamejantes. Ela sorria doce, tinha pele porcelana e olhos verde-vivo.


  Tinham mais pessoas do lado da mulher ruiva. Um era um homem de cabelos pretos desgrenhados, olhos esverdeados e usava um óculos redondo. Outro homem era Sirius, seu padrinho. Do jeito que vira em um foto, jovem. Os cabelos pretos bem tratados caindo até a altura da bochecha e aquele olhos azuis.


- Quem são vocês? – perguntou Harry, pareciam tão familiares...


- Sou Lilian Potter – falou a linda mulher ruiva – Aquele Tiago Potter, Sirius Black.


- Mas se vocês estão aqui, e eu estou aqui... Significa que eu... Morri? – perguntou.


- Não exatamente, filho – falou Tiago sorrindo.


  Harry se sentia tonto. Estava mesmo vendo os falecidos pais e o falecido padrinho?


- Mas o que estou fazendo aqui? Quero dizer, Voldemort me matou. Eu perdi – falou encarando os pés.


- Necessariamente não Harry. Você ainda está... Vivo, de certa forma – disse Sirius.


- Como?


- Você morreu por aquelas pessoas, seus amigos. Você, Harry, é uma pessoa boa.


- Ainda não entendo – falou com sinceridade.


- Querido, você morreu por todos lá. Por amor. Então, o efeito da Maldição não existe... Harry, você é imune a essa Maldição da Morte, porque você não se importava de morrer por aquelas pessoas – falou Lilian.


- Por amor – repetiu Harry.


- Sim – disse Tiago – Estamos muito orgulhosos de você.


- Mas sabem tudo que eu fiz, todos esses anos? – indagou confuso.


- Mas é claro. Vimos tudo – falou Sirius sorrindo – A propósito, você ainda joga Quadribol muito bem.


- É, melhor do que eu – falou Tiago.


- Ahn... – disse sem jeito – Obrigado.


  Harry ficou um tempo olhando para sua mãe, para seu pai, para seu padrinho. Tão jovens, tão vivos.


- Eu tenho que voltar para lá?


- Se quiser – falou Sirius.


- Senão eu vou para onde?


- Em frente – disse Lilian.


- Bem, tenho que voltar lá, eles precisam de mim. Da minha ajuda. Foi ótimo, maravilhoso ver vocês. Mas, acho que terá que ficar para outra ocasião... Irei vê-los de novo não é?


- Sim, na hora certa. – falou Tiago.


- Adeus seria muito forte, Harry, considere um até logo – falou Sirius.


- Certo, até logo – disse.


  Antes de partir, deu um longo abraço na mãe.


- Você vai se sair bem. Tenho orgulho – falou Lilian.


  Um longo abraço no pai.


- Nos veremos na hora certa, você verá – falou Tiago.


  E um longo abraço, que a muito não dava, em Sirius.


- Não se sinta culpado pela minha morte. Mas me faça um favor, depois que matar o cara de cobra, detone com a Bellatriz – falou Sirius.


- Pode deixar. Até logo – falou e a imagem deles três sumiu.


 


  Tudo estava confuso.


Harry piscou os olhos, estava ouvindo uma voz...


- VIRAM? É ISSO QUE ACONTECE POR PENSAREM QUE O TOLO HARRY POTTER PODE VENCER A MIM, LORD VOLDEMORT.


  Aos poucos, Harry entendeu o que estava acontecendo. Estava deitado no chão, perto de Voldemort, e este pensou que tinha ganhado.


  Reunindo as forças, se apoiou nos braços e começou a levantar.


- Harry! – disse Hermione.


  Todos olharam para ele levantando lentamente. Quando estava de pé, ajeitou a roupa tirando a terra e se virou para Voldemort.


- Acha mesmo que uma Maldição da Morte, vai me matar? Sou O-Menino-Que-Sobreviveu... Várias vezes – falou debochado.


- Mas... Como? Eu matei você. Não tinha sua mãe tola para te defender – falou Voldemort.


- É, Riddle. Mas, de novo, você cometeu um erro. Estou aqui para lutar. Por todos, para salvar todos. Sou meu próprio escudo. Somente fiz o que minha mãe fez na noite de 31 de outubro, morri por amor. Por amor as pessoas que quero salvar, e sobrevivi. Mas... Amor, Tom, é uma coisa que você nunca irá entender, não com seu coração de gelo que você tem – falou Harry.


- Não importa, você irá perder – disse Tom. Ele deu um sorriso maléfico – Descobri que sua querida mãezinha está aqui, Potter. Aparentemente, veio do passado. Mas não seria divertido... – e com um aceno de varinha, Lilian gritou e estava com a varinha de Voldemort na garganta – vê-la morrer? De novo?


  A raiva dele inflou. Fogo ficou em volta de Harry.


- Larga ela! Agora! – gritou.


- Ora, ora, Potterzinho sabe brincar – debochou Bellatriz.


  Com um movimento de mão, Bellatriz estava caída aos pés de Harry.


- Olha aqui, Lestrange – falou Harry feroz – perdi a paciência com você. Você vai morrer, e vai morrer agora.


- E o que o bebezinho Potter vai fazer? – perguntou irônica.


- No momento, isso. Avada Kedavra – falou Harry. Nem estava com a varinha, o jato de luz verde acertou Bellatriz e ela caiu no chão com os olhos abertos, a boca como se estivesse rindo.


- Como?! – perguntou Voldemort.


- Nunca soube Tom? Não preciso de uma varinha. Além do que, Bellatriz Lestrange não vai fazer falta, pode morrer. – disse sem paciência.


  Voldemort tirou a varinha da garganta de Lilian e a jogou para longe. Tiago a pegou antes que caísse.


- Sabe, seria realmente interessante contar como faço essas coisas, mas nosso tempo é curto. E tenho uma festa de vitoria marcada para daqui a pouco, então vamos ser rápidos.


- Você está muito atrevido, moleque – falou Riddle.


  Voldemort ergueu a varinha, Harry pegou e ergueu a varinha.


- AVADA KEDAVRA!


- AVADA KEDAVRA! – disse Harry ao mesmo tempo.


  Como acontecera em seu quarto ano, as varinhas se uniram.


  Uma corrente em que uma parte era negra e outra branca. Voldemort forçou mais seu lado.


  Harry fez o vento bater mais forte. O chão rachou. Fogo ficou em volta dele.


  Harry ergueu a mão esquerda, aquela não segurava a varinha.


- Avada Kedavra! – disse ele,e de sua mão saiu aquele jato de luz verde.


  Voldemort ficou surpreso, mas não teve mais tempo para isso.


  A luz verde o atingiu no peito e ele caiu no chão com os olhos esbugalhados.


  Harry sorriu.


- Viram, Comensais da Morte? Não se pode ficar do lado de Tom Riddle, porque aquele lado, o das Trevas, é o que vai perder – disse Harry.


  Com um movimento de mão, todos os Comensais estavam presos em cordas.


- Vocês tem uma passagem só de ida para Azkaban – falou rindo. – E sabe qual a melhor parte? VOLDEMORT MORREU! NÃO PODE SALVAR VOCÊS!


  De repente, Harry estava sendo abraçado por todos.

Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.