All We Need Is Love



Disclaimer: É tudo meu! (excepto p que é da Jo :x)










Have you met Miss Jones?
Fanfic by Nalamin


Chapter 6: All We Need Is Love


O último dia de Novembro amanhecera claro e radioso. Os pássaros chilreavam alegremente e as folhas moviam-se ao sabor da brisa fria daquela manhã, para a qual Narcissa acabava de abrir os olhos. Suspirou e espreguiçou-se. Estava há quase três meses no 5º ano e todas as manhãs acordava para sentir que algo ia mudar, mas não necessariamente para melhor.


Naquele ano, metade dos seus colegas não viera para Hogwarts. A professora de Estudos dos Muggles desaparecera, tendo sido substituída por Alecto Carrow. Também a disciplina de Defesa Contra as Artes das Trevas tinha sofrido alterações. Passando agora a chamar-se apenas Artes das Trevas, era leccionada pelo irmão de Alecto, Amycius. Tanto Alecto como Amycius tinham um conceito de disciplina similar ao de Umbridge. No entanto, desta vez Narcissa optara por ser discreta e não os provocar, pois enquanto Umbridge apenas a castigava a ela, os Carrow gostavam de magoar as pessoas mais próximas daqueles que castigavam, na tentativa de os fazer ceder.


Narcissa sentia-se impotente. Tinha o poder, sabia como e onde utilizá-lo, mas nada podia fazer com ele. O mínimo descuido podia ser desastroso. Levantou-se da cama devagar, de modo a não acordar Daphne. Olhou a amiga. Tinham mudado tanto! Estavam mais conscientes, mais inteligentes, mais capazes. E mais bonitas. Daphne deixara crescer o seu brilhante cabelo loiro e crescera bastante. Resistira com todas as forças à sua mãe que queria levá-la para França, de modo a mantê-la sem segurança. E ali estava ela, a seu lado, lutando pelos mesmos ideais que Narcissa, apoiando-a se ameaçasse cair. Sorriu. Nunca lhe estaria suficientemente grata por isso. Seguiu até à casa de banho e tomou um duche rápido. Saiu, embrulhada na toalha, e penteou-se devagar, perdida em pensamentos.


Tom, Claire e James também haviam voltado para mais um ano em Hogwarts, tal como Montague, Fowles, Zabini e até o idiota pseudo-assassino do Malfoy. Será que, se houvesse batalha, lutariam todos do mesmo lado? Suspirou, olhando para o espelho. Será que algum dia tudo aquilo acabaria? O ódio, a raiva, os complexos de superioridade, as discriminações? Será que a felicidade estaria algum dia ao alcance das suas mãos?


- Bom dia, Ci. – disse Daphne, ainda ensonada, encostada à ombreira da porta da casa de banho. Cissa sorriu.


- Bom dia. Dormiste bem?


- Bem mal. Todos os dias adormeço a pensar que…- Daphne não conseguiu terminar.


- Eu sei. É a última coisa que penso antes de adormecer, e a primeira ao acordar.


- É horrível.


- Eu acho que me ajuda a manter concentrada, a lembrar-me por que estou aqui. A dar-me uma razão para lutar.


- Bom, eu vou tomar banho. O que vais fazer hoje? – Perguntou Daphne, depois de uma pequena pausa, mudando de assunto. Cissa terminou de se pentear e saiu da casa de banho, dando lugar à amiga.


- Talvez vá ter com Claire. Ou Tom. Ou talvez vá praticar Quidditch. – encolheu os ombros. – Não sei. E tu?


- A Erika pediu-me ajuda com uns exercícios de Transfiguração e um trabalho de Poções. Suponho que vou passar a tarde na biblioteca. – Cissa olhou pela janela, vestindo umas calças de ganga e uma camisola verde escura, decotada.


- Está um dia fabuloso. Deviam ir para os jardins. – comentou, calçando-se.


- Tens razão. Vemo-nos por aí?


- Sim, claro. Eu encontro-te. – disse, marota. Daphne riu.


- Eu sei. Até logo!


Cissa pôs a capa sobre os ombros e saiu do quarto, fechando a porta atrás de si. Andou calmamente pelo corredor, desceu as escadas e atravessou a sala comum, dando os bons dias a alguns dos seus colegas. Depois saiu pela passagem, rumo ao salão. Cissa costumava, àquela hora, ver os corredores cheios de alunos sorridentes, fazendo os seus planos de fim-de-semana. Mas agora os mesmo corredores encontravam-se silenciosos, quase vazios, sem a alegria e liberdade de outrora.


De mãos nos bolsos, entrou no salão, dando uma olhadela à mesa dos Gryffindor antes de se dirigir à sua. Tanto Tom como Claire lá se encontravam, comendo tranquilamente. Vendo que eles estavam perfeitamente bem, sentou-se num dos últimos lugares da mesa dos Slytherin e começou a comer. Entretanto chegara Montague que se sentara a seu lado e Fowles à sua frente. Sorriu-lhe. Ele era mesmo bonito. Até quando barrava desajeitadamente a sua tosta com manteiga.


- Parece que tens uma admiradora, Fowles. Aqui a Jones não consegue tirar os olhos de cima de ti. – Disse Draco, sentando-se ao lado de Fowles. Cissa olhou-o mortalmente. Edwin apenas sorriu.


- E se tiver, Draco? Estás com ciúmes? – Draco sorriu de lado e olhou para Cissa, que continuava a comer, sem se pronunciar, claramente tentando não se exaltar.


- Ciúmes? O que é que a Jones tem para ter ciúmes?


Cissa olhou-o e, de repente, o cuidado e muito brilhante cabelo loiro de Malfoy estava coberto de doce de abóbora. Montague e Fowles gargalharam com gosto, enquanto o encolerizado Draco procurava a sua varinha. Cissa sorriu, terminou o seu sumo e levantou-se da mesa, acenando aos amigos e saindo do salão. Humilhar Draco Malfoy era uma bela maneira de começar um sábado.


Saiu para o pátio, e virou à esquerda. Não tinha um destino definido, só queria passear. Desceu as grandes escadarias e acabou na casa do barco, que se encontrava vazia, à excepção de meia dúzia de caixotes. Cissa sentou-se num deles e olhou o mar. Uma vez, a avó dissera que ela era parecida com ele. Profunda, misteriosa e cheia de surpresas. Suspirou. Como sentia a sua falta! Como desejava que ela pudesse estar ali, dando-lhe força! Mas não estava. E teria de continuar, mesmo sem Cecília. Perguntava-se onde estaria o Potter. E seria mesmo ele que teria capacidade de acabar com tudo aquilo?


As suas retóricas mentais foram interrompidas pelo barulho de passos, que se aproximavam cada vez mais. Cissa voltou-se e não pôde deixar de revirar os olhos quando viu quem acabara de chegar. 'Lá vamos nós de novo', pensou.


- O que é que estás aqui a fazer, Jones? – perguntou Malfoy, erguendo uma das sobrancelhas. Cissa não se deu ao trabalho de se virar para responder.


- Não creio que isso seja da tua conta, Malfoy. – respondeu, fria.


Ele não respondeu e andou até ela, parando a seu lado e encostando-se à parede. Também Draco olhou o mar, ficando assim durante algum tempo. Cissa estava a achar estranho todo aquele silêncio sem provocações, mas já que era raro, decidiu apreciá-lo. E quem visse aquela cena, certamente olharia de novo para confirmar de quem se tratava. Estariam Draco Malfoy e Narcissa Jones a observar aquela imensidão de azul no mesmo lugar, ao mesmo tempo? Isso seria impossível! Mas no entanto, ali estavam eles, lado a lado, calados e, quiçá, desfrutando a companhia um do outro. Hum, isso talvez já fosse pedir de mais.


Cissa, ainda sem querer acreditar que estava na companhia do loiro sem discutir com ele e sem sentir os normais instintos 'assassinos' em relação à sua pessoa, olhou-o intrigada. Ele olhava em frente, aparentemente imperturbável. Os seus olhos, que Cissa sabia serem cinzentos, estavam mais claros, estavam…azuis?


- Se gostas tanto de olhar para mim, tira uma fotografia, Jones. Dura mais tempo. – disse ele, ainda olhando para a frente e sorrindo de lado. Cissa não desviou o olhar.


- Não gosto, Malfoy. Estava apenas curiosa. – respondeu, encolhendo os ombros. Ele olhou-a, erguendo de novo a sobrancelha.


- Em relação a quê? – perguntou.


- Aos teus olhos. Sei que são cinzentos, mas agora estão azuis. Nunca tinha reparado.


E então, ele riu. Um riso sereno, cristalino, que Cissa nunca tinha ouvido naquele rapaz. Era bom ouvi-lo rir, era bom estar ali com ele sem discutir, sem se insultarem. Era, simplesmente, bom.


- Sabes, Jones, acho que és parecida com o mar. - O estômago de Cissa deu um salto. 'O quê?'


- Como assim, Malfoy?


- Olha para o mar, Jones. Está calmo, límpido, sereno. Como tu, agora. – Olhou-a. – Mas quando há tempestade, fica revolto, obscuro, poderoso. Como tu, quando discutes comigo. – Desta vez foi Cissa que riu.


- Já me tinham dito isso. A minha avó fez essa mesma comparação, há alguns anos. – acrescentou, tristemente. – Mas enganaste-te numa coisa, Malfoy.


- O quê? – perguntou, desconfiado.


- Quer esteja calma ou não, eu sou sempre poderosa. Mais do que tu imaginas. – Ele sorriu de lado.


- Eu não imagino nada que tenha que ver contigo, Jones.


Pronto. Já estava. Já era o Draco arrogante Malfoy de novo. Suspirou. Tal como aquela guerra estúpida, ele também nunca ia mudar, pois não? Será que não se arrependera do que tentara fazer há apenas uns meses? Existiria algum remorso dentro daquela criatura? Cissa levantou-se e, de mãos nos bolsos, dirigiu-se à escadaria. Era cedo, não estava disposta a envolver-se em mais uma discussão com Draco Malfoy. No entanto, ele seguiu atrás de si e puxou-a pelo pulso, virando-a para ele. Os narizes de ambos quase que se tocavam.


- Ninguém me vira as costas, Jones. Principalmente uma miudinha como tu. – Cissa, irritada, fez com que ele a largasse e ripostou.


- Antes de mais, doninha, aconselho-te a não voltares a tocar-me desta maneira, porque senão, estás a provocar um atentado à tua integridade física. E a miudinha que te virou costas não tem medo de ti, Malfoy, nem dessas tuas ameaças tolas. Tu não me conheces, não sabes do que sou capaz.


'I'm a king in the land of abuses
Under my law the promise of excuses
Whose to win if we know that it's not fair
Who would fight when it seems that no one cares
If somehow we could Wake Up!


E, já a meio das escadas, Cissa pensava no efeito que as palavras daquele rapaz tinham sobre si. Cada uma que saía da sua boca bastava para Cissa pegar fogo! Era tão mais fácil se ele fosse o único com esse poder. Lidar com um rapaz irritante e prepotente não constituía problema. Mas lidar com um rapaz prepotente, os Carrow e todas as outras pessoas que achavam que todos os Slytherin estavam do lado de Voldemort, não era tarefa para qualquer um. Já para não falar no seu sentimento de impotência perante tudo aquilo. Era impossível não se sentir frustrada. Cecília fazia mesmo falta. O amor daquela senhora por si era um porto seguro. Podia-se refugiar nele quando quisesse. No entanto, Cecília dissera que haveria outro, mais forte, que ultrapassaria todos os obstáculos.


Let us love (like we were children)
Make us feel (like we were living)
in a world I know is burning to the ground
It is time (to beat the system)
Live this life (like we can't miss it)
In a world I know is burning to the ground'
(Let Us Love - Needtobreathe)


Ao entrar no castelo, Cissa perguntava-se se esse amor apareceria rapidamente. Porque, pelo andar das coisas…


Era necessário, mais do que nunca.






N/A: What can i say? All we need is LOVE! So, sejam bons meninos e meninas e deixem-me as vossas opiniões, sim?


Lots of (c'mon, say with me!) love,
~ Nalamin


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