Capítulo um






just







A garota olhou para a porta de sua varanda, suspirando. Olhou novamente o relógio que estava encima de seu criado-mudo. Sete e quinze. Andou em círculos pelo quarto, hora ou outra, passando em frente ao espelho para ver como estava. O vestido preto era simples, meio rodado abaixo da cintura, mas a deixava ainda mais delicada. O rosto estava levemente maquiado, os cabelos soltos, caindo pelas costas em cachos definidos. Andava descalça ainda, as sandálias prateadas com um pequeno salto estavam no canto do quarto, perto da varanda.


Ouviu o celular soltar um barulho fraco e sorriu, respirando fundo.


Pode vir.


H.


Ela olhou-se mais uma vez no espelho, as bochechas ainda mais coradas. Ajeitou o cabelo e tentou não parecer alegre demais, o que era quase impossível. Ouviu mais um zunido e abaixou a cabeça para ver a chave da porta da varanda passar por debaixo. Atravessou o quarto, meio nervosa, pegando a chave e as sandálias entre os dedos e abrindo a porta, devagar.


Os olhos castanhos arregalaram quando pode ver a varanda vizinha, que praticamente tocava a sua. Havia uma mesa redonda, com algumas velas encima, acompanhados de um par de pratos, talhares e taças de vidro. No outro canto da varanda ampla, tinha enormes almofadas coloridas com alguns cobertores. Ela tentou não ficar tão nervosa por isso.


Ela sorriu, emocionada, quando o gentleman, sorriu de volta, fazendo seu coração bater ainda mais forte. Ele estava excepcionalmente lindo naquela noite. Usava um pólo verde que realçava ainda mais os olhos de mesma cor, junto com um terno preto. Os cabelos estavam bagunçados, levemente molhados. A garota suspirou, suas bochechas ganhando mais cor.


Ela atravessou sua varanda, com as sandálias na mão para que lhe ajudasse a subir o cercado e pular para a outra casa. Ele riu, segurando-a pela cintura quando ela aterrissou.


- Você está linda – ele sussurrou, virando-a para si. Ela riu, meio sem graça quando ele tocou suas bochechas quentes. – Linda – ele se aproximou e colou levemente seus lábios aos dela. Tão leve que ela pode até sentir-se flutuar, enquanto ele a abraçava, as mãos acariciando seu cabelo, fazendo que suspiros saíssem de seus lábios. Ela sabia que nunca, por Deus, nunca se acostumaria com os efeitos que seu namorado lhe causava. Mesmo depois de três anos, ela ainda sentia as pernas bambearem, o coração bater cada vez mais forte, o estômago ser invadido por borboletas, as mãos suarem... Ela simplesmente sabia que aquilo nunca ia parar. Ela nem ouviu quando suas sandálias caíram no chão, fazendo barulho.


Ele se afastou devagar, mordicando-lhe o lábio inferior, antes de colocar uma mexa castanha atrás da orelha. Olhou-a nos olhos e sorriu com o embaraço dela. Ele achava simplesmente encantador o jeito dela, tímido mas ainda sim espontâneo.


Ela rolou os olhos pelo local e percebeu algumas flores jogadas propositalmente no chão, assim como algumas velas.


- Foi você quem arrumou? – ela perguntou, encantada.


- Você se surpreenderia com meus dotes artísticos, Hermione – ela riu segurando a mão que ele tinha lhe oferecido, conduzindo-a até a mesa. Pegou suas sandálias rapidamente e as colocou.


- Espere só um minuto – ela assentiu, vendo-o entrar na casa. Alisou o vestido, olhando novamente para o monte de almofadas, bem atrás dela. Sentiu um leve tremor, quando um estrondo foi ouvido saindo de dentro da casa. Ela levantou indo até a porta da varanda.


- Harry...? – ela abriu-a, mais o quarto dele estava vazio. Um cheiro de queimado invadiu o local. – Está tudo bem? – gritou, sua voz fazendo eco na casa vazia. Os Potters tinham saído para um concerto de ballet que Hermione sabia que a Sra. Potter adorava.


- Está sim! – ele gritou de volta – Fique aí, espere só um minuto!


- O quê que está queimando?


Ela estava quase descendo para ver o que era, quando Harry apareceu na porta do quarto, esbaforido, com uma embalagem de pizza e champagne.


- Bem – ele começou, coçando a nuca. – eu tentei, tentei mesmo, fazer o suflê que minha mãe ensinou – Hermione gargalhou, já imaginando a cena. – Não ria! – ralhou, mesmo que estivesse rindo, seguindo-a para a varanda. Hermione enxugou os olhos, sentando-se novamente na cadeira. – Enfim, você sabe que sou uma catástrofe na cozinha. – ele murmurou, abrindo a embalagem, deixando que o cheiro de queimado fosse substituído pelo cheiro de calabresa. – Comprei sua preferida – ela sorriu, agradecida, enquanto ele colocava uma fatia em seu prato e logo a servia com champagne.


- Obrigada. Então é por isso que toda a casa está fedendo a queimado?


- Juro que não foi culpa minha – sentou-se na frente dela. Ela o olhou, com sobrancelhas arqueadas, divertida – Não me olhe desse jeito! – ela riu, levantando as mãos em defesa. – Eu não tenho culpa se o microondas não apitou.


- Levando-se em consideração que você estava aqui em cima, duvido que tenha escutado.


Harry pareceu ponderar por instantes, ouvindo Hermione gargalhar mais uma vez.


- Que seja. Eu já estava prevenido mesmo – murmurou, sorrindo – Está boa?


- Ótima – sorriu.


A conversa surgia normalmente. Mesmo que conhecessem tudo um do outro, qualquer coisa era motivo de assunto. Havia confiança e cumplicidade nos olhares que se trocavam, nas frases, nos segredos. Algo que muito diziam que ninguém tiraria deles. Algo que conquistaram juntos ao longo de nove anos. Algo forte, indestrutível que faziam ambos ter orgulho um do outro, da amizade e amor que tinham e mantinham, diferente e, logo, único.


Ela recostou a cabeça no ombro dele, suspirando, minutos mais tarde. Uma música suave embalava o local, fazendo-os dançar devagar, sob as estrelas. Hermione fechou os olhos, mais feliz que jamais um dia estivera. Três anos. Fazia três anos exatos que ela tinha Harry assim, só para si. Foram os melhores anos de sua vida. Harry a faria tão ou mais feliz de um jeito que ela nunca imaginara. Eram perfeitos um para o outro, como todos diziam.


- Quero que eles tenham o cheiro de seus cabelos – ele murmurou, contra os cachos, cheirando-os. Ele adorava seu perfume.


- Eles quem? – ela perguntou, baixinho, ainda de olhos fechados, seguindo os pés de Harry.


- Nossos filhos – ele sussurrou, um pouco rouco.


Hermione riu, erguendo a cabeça.


- Então quero que eles tenham seus olhos.


- Porque? – perguntou, olhando-a. Ele adorava mil vezes os castanhos.


- Porque eles são lindos – confessou, corando. – Além de verdadeiros comigo.


Harry sorriu, encantando, os olhos brilhando. Beijou a ponta do nariz dela, fazendo-a rir também. Desceu para os lábios  e devagar se beijaram, como se tivessem o tempo do mundo para isso. E tinham. Todo tempo. Ambos mergulharam naquele mundo perfeito e particular que tinham criado.


- Preciso... – ele sussurrou quando se afastaram, sentindo o nervosismo apoderar dele. Novamente. O nervosismo que sentira a semana inteira. – Preciso te falar algo. Na verdade, pedir.


Ela assentiu, curiosa.


- Eu... – respirou fundo, colocando a mão no bolso – Bem, eu nem sei como começar... – Harry pegou a mão dela para que esquentasse a sua.


- Você está gelado – ela apertou a mão dele, incentivando-o.


- Tudo bem – ele sorriu, mexendo a caixinha dentro do bolso, mais nervoso – Eu... – tentou novamente, mas as palavras morriam em sua boca.


- Você...? – ela o encorajou. – Harry, está me deixando preocupada.


Ele não soube em que momento ao certo aconteceu, só se deu conta, segundos depois, quando viu a surpresa nos olhos de Hermione, que miravam a caixinha aberta na mão dele.


- Eu sei que só temos dezenove anos. – ele começou, exasperado. – Eu sei que nem estamos formados, que somos novos demais. Eu sei que vão pensar que estamos nos precipitando, que precisamos ter calma, que... – ela passou a outra mão nos cabelos, tremendo levemente. – Deus, eu sei de tudo isso. Mas... Eu também sei que não consigo mais viver sem você. Eu sei que preciso de alguém para proteger de tempestades, em todas elas. Sei também que quero acordar ao seu lado todos os dias, beijá-la todas as horas, ver ser sorriso, seu olhar o tempo inteiro. Eu... sou completamente apaixonado por você. Amo poder estar do seu lado, na sua companhia, amo saber que posso te amar desse jeito. Céus, eu preciso de você na minha vida e sei que não existe outra mulher para mim, a não ser você, porque você é feita para mim.


Ele respirou e com um resto de coragem, se ajoelhou.


- Hermione Jane Granger, você quer se casar comigo?


Seu corpo tremia e um bolo gigante tinha se formado em sua garganta. Ela não pôde assimilar ao certo tudo aquilo, e tentou abrir a boca, mas não saiu nenhum som. As lágrimas corriam livremente em seu rosto, quando uma alegria imensa, muito imensa, se apoderou de si. Oh, céus, ela nem precisava pensar duas vezes. Era tudo o que mais queria.


Hermione assentiu, fracamente, sorrindo quase gargalhando. Ela viu a sombra de temor e medo deixar Harry para dar lugar ao sorriso mais lindo do mundo. Ele se levantou novamente, mas não deu tempo de colocar lindo anel, porque Hermione tinha o abraçado, quase desesperadamente.


- Sim, eu aceito casar com você – ela sussurrou com a voz trêmula. Ele gargalhou, rodando-a pela varanda, antes de beijá-la, apaixonadamente. Era isso. Estava completo. Não importava a idade, eles se amavam e era assim que deveria ser.


- Amo você, Harry – ela sussurrou, entre beijos. – Amo você.


Ela queria gritar para todo mundo ser testemunha de sua felicidade. Estar com Harry, para Harry e ser de Harry era tudo que mais queria no mundo.


**


Just Beginning


Por: Ananda Black.


Capítulo um.


 


- Mais um copo de wiskey, por favor – ela pediu. O barulho dos cubos batendo no fundo do copo quadrado era quase tudo que conseguia ouvir. Mesmo tarde, o pub tinha poucos cliente por ser novo.


- Está tudo bem? – o barman perguntou, intrigado, servindo o líquido. A mulher levantou o olhar para ele e ele percebeu que não estava nada bem. Havia rastros pretos pelo rosto que deveria estar maquiado.


- Tudo ótimo – ele percebeu certo sarcasmo e ela passou a mão no rosto, fazendo o rastro manchar suas bochechas. Ela balançou o copo cheio e tomou rapidamente a bebida em um gole. O barmam a olhou, assustado. Era wiskey puro. Não era bebida para uma... anh, ele olhou a mão esquerda, senhora. Ela não parecia uma senhora. Na verdade, parecia quase uma adolescente vestida de mulher.


Hermione Potter tirou a manga da camisa dos pulsos para ver o relógio. Onze e meia da noite. Sorriu, como se debochasse de si mesmo, mesmo que a raiva apoderasse de si. Abriu a carteira e jogou duas notas qualquer ao balcão, mas não esperou receber troco. Fechou a bolsa e saiu do estabelecimento.


A rua estava um pouco escura, no entanto, ela não tinha medo. Atravessou-a e logo chegou à avenida. Pensou em pegar um táxi, afinal seu carro ainda estava na oficina, mas achou melhor andar. Sua casa não era longe.


Ela via rastros coloridos passarem por seus olhos, mas não reconhecia por estarem marejados. Puxou os cabelos para trás e os prendeu.


Nesses momentos, por mais irônico que eram, as lembranças vinham em sua mente. Ela tinha vontade de pensar em outra coisa, mas era inútil. Ela não conseguia conter as lágrimas e ouvia o barulho do salto martelando na sua cabeça. Vez ou outra balançava a cabeça, como se quisesse expulsar todos aqueles flashes que passavam em sua cabeça. Era dolorido demais.


Não soube ao certo quanto tempo depois tinha chegado a casa. Só se deu conta quando estava no seu quarto, recolhendo as roupas do closet e socando numa mala. Queria ignorar todas as velas aromatizadas que ela tinha colocado mais cedo, decorando o quarto. Ignorou as pétalas que tinha colocado na cama, com lençóis novos brancos, assim como o bilhete que tinha encima desta. O bilhete que ela tinha escrito para ele.


Tirou os saltos e jogou em um canto do local, pegando os tênis e calçando-os. Nem viu a lingerie preta nova que estava usando, não importava. Trocou de roupa, colocando uma calça e camiseta. Andou pelo local, abrindo seu criado-mudo para tirar um maço de dinheiro seu, para talvez pagar um hotel.


Suspirou, passando novamente a mão no rosto, enquanto seu choro ecoava pelo local. Ela não conseguia conter. Ela como se um cálice tivesse transbordado ou uma pilha de livros que não pudesse conter nenhum a mais. Ela estava em seu limite.


Pegou a mala e desceu pela escada, rapidamente. Queria que as lembranças parassem de lhe atormentar. Estava quase saindo de casa, quando braços a pararam.


- Hermione! – ele quase gritou, segurando-a. Ela se debateu, socando-o no peito, tentando sair. – Hermione... – ele sussurrou, tocando os cabelos dela com os lábios. Seu coração martelava contra o peito. Ela não podia...


- Me largue! – ela gritou, mesmo que mal conseguisse entender o que falava. Debateu-se mais uma vez, mas os braços tinham a envolvido com força. A mala escorregou de sua mão e caiu no chão.


- Por favor... por favor, Hermione – ele pediu e ela pode ouvir um tom desesperado – por favor, não faça isso... não faça...


- ME LARGUE! – Ela pediu desesperada, as lágrimas molhando seu rosto, socando-lhe com força.


- Não... não me peça isso, por favor. – tentou, apertando-a. – Me desculpe, por favor, me desculpe... Não vá, não me deixe, Hermione. Me perdoa, eu sei que errei de novo, mas me perdoa, não vá... Fique aqui... Fique comigo...


- Me largue – ela pediu novamente, mas sussurrando. Seus braços caíram moles, exaustos. Mas ela estava desse jeito. Cansada, sem forças. De tudo.


- Não vá... – ele sussurrou, com voz trêmula, beijando sua testa. – Eu não posso perdê-la... Eu não posso... Preciso de você, Hermione... Fique aqui, por favor.


Céus, doía tanto...


- Me perdoa... Eu sinto muito...


- Me deixe ir, Harry – ela suplicou, a voz não passando de um murmúrio. Harry fechou os olhos, mas não tirou os braços ao redor dela.


- Não posso... Você é parte de mim... – sussurrou, beijando a testa novamente. Ela tentou se esquivar, mas não conseguiu. Uma parte enorme de si implorava para ficar ali com ele, talvez pudesse esquecer tudo de novo e talvez eles pudessem comemorar o aniversário de cinco anos de casamento. Talvez se não estivesse tão machucada. Outra parte, pequena parte, o acusava de todas as formas, a fazia pensar em todos os motivos por Harry ter faltado com ela, todos esses meses. E outra, queria ir embora. Morar com a Gina, talvez, mas nunca mais sentir aquilo, aquela dor lancinante que ele lhe causava.


Mas, a grande parte de si, sabia que ela não conseguia viver sem ele.


Hermione se acalmou, mesmo que ainda não conseguisse conter as lágrimas e os soluços que cortavam o silêncio do local e o coração do marido. Ela sabia estava perdendo, de novo, mas seu coração tinha tantas esperanças que tudo voltasse como antes...


Harry acariciou as costas dela, acalmando-a. A angústia e culpa o tomavam de modo que mal conseguia respirar. Tudo, absolutamente tudo, era sua culpa. Seu casamento fragmentado, a mágoa de Hermione... Ela se sentia um péssimo marido e homem. Às vezes, pensava em deixá-la ir apenas para vê-la feliz, mas... Deus, ele não podia viver sem ela. Tinha que acertar. Tinha que parar de errar tanto. Tinha que parar de magoar Hermione.


O corpo dela estava mole, apoiado no seu. A exaustão tomava conta de si, e ela pensava que nunca pararia de chorar até que Harry segurou seu rosto entre as mãos e a olhou. Toda a veracidade das palavras que tinha dito se mostrou neles. Ela sabia que Harry poderia mentir, mas nunca olhado-a nos olhos. No entanto, eles pareciam perdidos, desesperados. Era como se implorasse, era como se estivesse arrependido. E ele sempre estava. Ela só não sabia o porquê tudo acontecia novamente. As brigas, os ciúmes... E ela engoliu a seco quando os olhos verdes marejaram, analisando-a. Ele não suportava vê-la chorar.


Tocou com os lábios a face dela e ela estremeceu. Passeou por lá, tão leve como uma brisa, limpando as lágrimas.


- N-não c-chore – ele pediu, a voz embargada – Por f-favor, não chore.


- Então faça parar – sussurrou, fechando os olhos. – Pare com tudo isso, Harry. Eu não vou agüentar por muito tempo.


Ela sentiu a lágrima dele escorregar no seu próprio rosto, e ele limpou, deixando um soluço escapar.


- Eu t-te amo t-tanto, Hermione – sussurrou – Não me deixe, por favor.


Ela não pôde resistir. E não soube mais de nada quando seus lábios pediram os dele, desesperada e ele retribuiu, apertando-a contra si. Não soube de nada, apenas seguiu o que seu coração mandava, mesmo que este estivesse dolorido. Ele era o homem de sua vida, seu marido, o homem que amava perdidamente.


Aferrou-se a ele, suspirando, quando os lábios dele passaram para seu pescoço. Sentiu o corpo ser prensado contra a parede e suas unhas arranharam as costas do marido por cima da camisa. Harry captou mais uma vez a boca da esposa, voraz. Ela gemeu, arqueando as costas. Ambos não queriam pensar, não queria raciocinar sobre tudo. Apenas precisavam um do outro naquele instante, naquele momento. Ele só queria tê-la em seus braços naquela noite.


Os olhos se encontraram novamente e ele não pôde decifrá-la por estarem tão escurecidos. Hermione suspirou, passando a mão no peito do homem, para que logo o jaleco branco fosse jogado no chão e os botões da camisa voassem. Abraçou-o ofegando, enquanto os beijos em seu pescoço fazia com que todo seu corpo se arrepiassem, como todas às vezes.


Harry a pegou no colo e subiu as escadas, levando-a para o quarto. Ela fechou os olhos quando ele a deitou na cama macia, ficando sobre ela, passando a tocar Hermione com as mãos e boca, tão hipnotizado por seus arquejos e gemidos que não reparara na decoração do quarto. Arrancou a camiseta dela de uma só vez, rasgando-a no meio. Hermione o envolveu com os braços e pernas novamente, afundando o rosto na curva do pescoço dele, sentindo seu cheiro. Harry não cheirava a hospitais nem doentes, mas sim a almíscar, um cheiro tão peculiar quanto o dono.


- Amo você, Hermione – ele sussurrou, contra o ouvido dela, enquanto descia a calça jeans – Nunca esqueça, eu amo você.


Ela abriu a boca, mas as palavras ficaram presas. Harry a mirou, mas de alguma forma, sabia que ela naquele momento não ia dizer que o amava. E aquilo quase o sufocou. Estava perdendo-a. Ela estava escorregando de seus dedos. Beijou-a, mas de forma carinhosa. Provocou-a devagar, tentando acalmar-se. Ele não podia... Céus, ele não podia perdê-la.


Amou-a lentamente, sentindo-a sobre o seu corpo, como se encaixasse. Porque algo, bem lá no fundo, lhe dizia que essa talvez fosse a última vez.


-


n.beta provisória: OMG, ESTOU CHORANDO, SOU UMA MANTEIGA DERRETIDA, OI .-. cacete, porque? Eu pergunto: PORQUE ESSAS COISAS ACONTECEM COM MEU CASAL PREFERIDO EVER? Que merda, man. Essa Ananda é só me fazer chorar, cachorra. Tipo, começou TÃO bonitinho e tals e aí, do nada, eles brigam :x que horror. Odeio ver o Harry brigando com a Mione. Enfim, eu espero que tudo fique bem e tals. MELDELS, QUE RAIVA DO HARRY! SE ELE TIVER TRAINDO A MIONE... EU MATO ELE :XXX’ tudo bem, passou #respira.


Então, é o seguinte, eu quero comentários porque se vier, a Ananda se inspira e faz o capitulo dois para eu betar, falou?


XOxO


Nina Black.


n.a ooi *--* Depois de séculos e milênios (?) eu retorno a FeB. Caraca, eu pensava que ela tinha morrido para sempre. enfim, em um momento emo (emos escutam Paramore?) eu resolvi realmente escrever o primeiro capítulo. Já tinha outro, na verdade, mais eu achei ele meio jururu e tals. Com muita coragem, fiz outro bem bonitinho, um pouco triste, mas enfim, pelo menos eles ainda não quebraram nada com as brigas, hihi. A Hermione não vai sofrer muito, eu prometo.


Bem é isso, tenho que betar mais sete fics, tsc.


Beijos, e obrigada as lindas que comentaram *--*


Nand Person.


 


 



A garota olhou para a porta de sua varanda, suspirando. Olhou novamente o relógio que estava encima de seu criado-mudo. Sete e quinze. Andou em círculos pelo quarto, hora ou outra, passando em frente ao espelho para ver como estava. O vestido preto era simples, meio rodado abaixo da cintura, mas a deixava ainda mais delicada. O rosto estava levemente maquiado, os cabelos soltos, caindo pelas costas em cachos definidos. Andava descalça ainda, as sandálias prateadas com um pequeno salto estavam no canto do quarto, perto da varanha.


Ouviu o celular soltar um barulho fraco e sorriu, respirando fundo.


Pode vir.


H.


Ela olhou-se mais uma vez no espelho, as bochechas ainda mais coradas. Ajeitou o cabelo e tentou não parecer alegre demais, o que era quase impossível. Ouviu mais um zunido e abaixou a cabeça para ver a chave da porta da varanda passar por debaixo. Atravessou o quarto, meio nervosa, pegando a chave e as sandálias entre os dedos e abrindo a porta, devagar.


Os olhos castanhos arregalaram quando pode ver a varanda vizinha, que praticamente tocava a sua. Havia uma mesa redonda, com algumas velas encima, acompanhados de um par de pratos, talhares e taças de vidro. No outro canto da varanda ampla, tinha enormes almofadas coloridas com alguns cobertores. Ela tentou não ficar tão nervosa por isso.


Ela sorriu, emocionada, quando o gentlman, sorriu de volta, fazendo seu coração bater ainda mais forte. Ele estava excepcionalmente lindo naquela noite. Usava uma pólo verde que realçava ainda mais os olhos de mesma cor, junto com um terno preto. Os cabelos estavam bagunçados, levemente molhados. A garota suspirou, suas bochechas ganhando mais cor.


Ela atravessou sua varanda, com as sandálias na mão para que lhe ajudasse a subir o cercado e pular para a outra casa. Ele riu, segurando-a pela cintura quando ela aterrisou.


- Você está linda – ele sussurrou, virando-a para si. Ela riu, meio sem graça quando ele tocou suas bochechas quentes. – Linda – ele se aproximou e colou levemente seus lábios aos dela. Tão leve que ela pode até sentir-se flutuar, enquanto ele a abraçava, as mãos acariciando seu cabelo, fazendo que suspiros saissem de seus lábios. Ela sabia que nunca, por Deus, nunca se acostumaria com os efeitos que seu namorado lhe causava. Mesmo depois de três anos, ela ainda sentia as pernas bambearem, o coração bater cada vez mais forte, o estômago ser invadido por borboletas, as mãos suarem... Ela simplesmente sabia que aquilo nunca ia parar. Ela nem ouviu quando suas sandálias caíram no chão, fazendo barulho.


Ele se afastou devagar, mordicando-lhe o lábio inferior, antes de colocar uma mexa castanha atrás da orelha. Olhou-a nos olhos e sorriu com o embaraço dela. Ele achava simplesmente encantador o jeito dela, tímido mas ainda sim espontâneo.


Ela rolou os olhos pelo local e percebeu algumas flores jogadas propositalmente no chão, assim como algumas velas.


- Foi você quem arrumou? – ela perguntou, encantada.


- Você se surpreenderia com meus dotes artistícos, Hermione – ela riu segurando a mão que ele tinha lhe oferecido, conduzindo-a até a mesa. Pegou suas sandálias rapidamente e as colocou.


- Espere só um minuto – ela assentiu, vendo-o entrar na casa. Alisou o vestido, olhando novamente para o monte de almofadas, bem atrás dela. Sentiu um leve tremor, quando um estrondo foi ouvido saindo de dentro da casa. Ela levantou indo até a porta da varanha.


- Harry...? – ela abriu-a, mais o quarto dele estava vazio. Um cheiro de queimado invadiu o local. – Está tudo bem? – gritou, sua voz fazendo eco na casa vazia. Os Potters tinham saído para um concerto de ballet que Hermione sabia que a Sra. Potter adorava.


- Está sim! – ele gritou de volta – Fique aí, espere só um minuto!


- O quê que está queimando?


Ela estava quase descendo para ver o que era, quando Harry apareceu na porta do quarto, esbaforrido, com uma embalagem de pizza e champagne.


- Bem – ele começou, coçando a nuca. – eu tentei, tentei mesmo, fazer o suflê que minha mãe ensinou – Hermione gargalhou, já imaginando a cena. – Não ria! – ralhou, mesmo que estivesse rindo, seguindo-a para a varanda. Hermione enxugou os olhos, sentando-se novamente na cadeira. – Enfim, você sabe que sou uma catastrófe na cozinha. – ele murmurou, abrindo a embalagem, deixando que o cheiro de queimado fosse substitído pelo cheiro de calabreza. – Comprei sua preferida – ela sorriu, agradecida, enquanto ele colocava uma fatia em seu prato e logo a servia com champagne.


- Obrigada. Então é por isso que toda a casa está fedendo a queimado?


- Juro que não foi culpa minha – sentou-se na frente dela. Ela o olhou, com sobracelhas arqueadas, divertida – Não me olhe desse jeito! – ela riu, levatando as mãos em defesa. – Eu não tenho culpa se o microondas não apitou.


- Levando-se em consideração que você estava aqui em cima, duvido que tenha escutado.


Harry pareceu ponderar por instantes, ouvindo Hermione gargalhar mais uma vez.


- Que seja. Eu já estava prevenido mesmo – murmurou, sorrindo – Está boa?


- Ótima – sorriu.


A conversa surgia normalmente. Mesmo que conhecessem tudo um do outro, qualquer coisa era motivo de assunto. Havia confiança e cumplicidade nos olhares que se trocavam, nas frases, nos segredos. Algo que muito diziam que ninguém tiraria deles. Algo que conquistaram juntos ao longo de nove anos. Algo forte, industrutível que faziam ambos ter orgulho um do outro, da amizade e amor que tinham e mantinham, diferente e, logo, único.


Ela recostou a cabeça no ombro dele, suspirando, minutos mais tarde. Uma música suave embalava o local, fazendo-os dançar devagar, sob as estrelas. Hermione fechou os olhos, mais feliz que jamais um dia estivera. Três anos. Fazia três anos exatos que ela tinha Harry assim, só para si. Foram os melhores anos de sua vida. Harry a faria tão ou mais feliz de um jeito que ela nunca imaginara. Eram perfeitos um para o outro, como todos diziam.


- Quero que eles tenham o cheiro de seus cabelos – ele murmurou, contra os cachos, cheirando-os. Ele adorava seu perfume.


- Eles quem? – ela perguntou, baixinho, ainda de olhos fechados, seguindo os pés de Harry.


- Nossos filhos – ele sussurrou, um pouco rouco.


Hermione riu, erguendo a cabeça.


- Então quero que eles tenham seus olhos.


- Porque? – perguntou, olhando-a. Ele adorava mil vezes os castanhos.


- Porque eles são lindos – confessou, corando. – Além de verdadeiros comigo.


Harry sorriu, encantando, os olhos brilhando. Beijou a ponta do nariz dela, fazendo-a rir também. Desceu para os lábios  e devagar se beijaram, como se tivessem o tempo do mundo para isso. E tinham. Todo tempo. Ambos mergulharam naquele mundo perfeito e particular que tinham criado.


- Preciso... – ele sussurrou quando se afastaram, sentindo o nervosismo apoderar dele. Novamente. O nervosismo que sentira a semana inteira. – Preciso te falar algo. Na verdade, pedir.


Ela assentiu, curiosa.


- Eu... – respirou fundo, colocando a mão no bolso – Bem, eu nem sei como começar... – Harry pegou a mão dela para que esquentasse a sua.


- Você está gelado – ela apertou a mão dele, incentivando-o.


- Tudo bem – ele sorriu, mexendo a caixinha dentro do bolso, mais nervoso – Eu... – tentou novamente, mas as palavras morriam em sua boca.


- Você...? – ela o encorajou. – Harry, está me deixando preocupada.


Ele não soube em que momento ao certo aconteceu, só se deu conta, segundos depois, quando viu a surpesa nos olhos de Hermione, que miravam a caixinha aberta na mão dele.


- Eu sei que só temos dezenove anos. – ele começou, exasperado. – Eu sei que nem estamos formados, que somos novos demais. Eu sei que vão pensar que estamos nos precipitando, que precisamos ter calma, que... – ela passou a outra mão nos cabelos, tremendo levemente. – Deus, eu sei de tudo isso. Mas... Eu também sei que não consigo mais viver sem você. Eu sei que preciso de alguém para proteger de tempestades, em todas elas. Sei também que quero acordar ao seu lado todos os dias, beijá-la todas as horas, ver ser sorriso, seu olhar o tempo inteiro. Eu... sou completamente apaixonado por você. Amo poder estar do seu lado, na sua companhia, amo saber que posso te amar desse jeito. Céus, eu preciso de você na minha vida e sei que não existe outra mulher para mim, a não ser você, porque você é feita para mim.


Ele respirou e com um resto de coragem, se ajoelhou.


- Hermione Jane Granger, você quer se casar comigo?


Seu corpo tremia e um bolo gigante tinha se formado em sua garganta. Ela não pôde assimilar ao certo tudo aquilo, e tentou abrir a boca, mas não saiu nenhum som. As lágrimas corriam livremente em seu rosto, quando uma alegria imensa, muito imensa, se apoderou de si. Oh, céus, ela nem precisava pensar duas vezes. Era tudo o que mais queria.


Hermione assentiu, fracamente, sorrindo quase gargalhando. Ela viu a sombra de temor e medo deixar Harry para dar lugar ao sorriso mais lindo do mundo. Ele se levantou novamente, mas não deu tempo de colocar lindo anel, porque Hermione tinha o abraçado, quase desesperadamente.


- Sim, eu aceito casar com você – ela sussurou com a voz trêmula. Ele gargalhou, rodando-a pela varanda, antes de beijá-la, apaixonadamente. Era isso. Estava completo. Não importava a idade, eles se amavam e era assim que deveria ser.


- Amo você, Harry – ela sussurou, entre beijos. – Amo você.


Ela queria gritar para todo mundo ser testemunha de sua felicidade. Estar com Harry, para Harry e ser de Harry era tudo que mais queria no mundo.


**


Just Beginning


Por: Ananda Black.


 


- Mais um copo de wiskey, por favor – ela pediu. O barulho dos cubos batendo no fundo do copo quadrado era quase tudo que conseguia ouvir. Mesmo tarde, o pub tinha poucos cliente por ser novo.


- Está tudo bem? – o barman perguntou, intrigado, servindo o líquido. A mulher levantou o olhar para ele e ele percebeu que não estava nada bem. Havia rastros pretos pelo rosto que deveria estar maquiado.


- Tudo ótimo – ele percebeu certo sarcasmo e ela passou a mão no rosto, fazendo o rastro manchar suas bochechas. Ela balançou o copo cheio e tomou rapidamente a bebida em um gole. O barmam a olhou, assustado. Era wiskey puro. Não era bebida para uma... anh, ele olhou a mão esquerda, senhora. Ela não parecia um senhora. Na verdade, parecia quase uma adolescente vestida de mulher.


Hermione Potter tirou a manga da camisa dos pulsos para ver o relógio. Onze e meia da noite. Sorriu, como se debochasse de si mesmo, mesmo que a raiva aponderasse de si. Abriu a carteira e jogou duas notas qualquer ao balcão, mas não esperou receber troco. Fechou a bolsa e saiu do estabelecimento.


A rua estava um pouco escura, no entanto, ela não tinha medo. Atravessou-a e logo chegou a avenida. Pensou em pegar um táxi, afinal seu carro ainda estava na oficina, mas achou melhor andar. Sua casa não era longe.


Ela via rastros coloridos passarem por seus olhos, mas não reconhecia por estaram marejados. Puxou os cabelos para trás e os prendeu.


Nesses momentos, por mais irônico que eram, as lembranças vinham em sua mente. Ela tinha vontade de pensar em outra coisa, mas era inútil. Ela não conseguia conter as lágrimas e ouvia o barulho do salto martelando na sua cabeça. Vez ou outra, balaçanva a cabeça, como se quisesse expulsar todo aqueles flashes que passavam em sua cabeça. Era dolorido demais.


Não soube ao certo quanto tempo depois tinha chegado em casa. Só se deu conta quando estava no seu quarto, recolhendo as roupas do closet e socando numa mala. Queria ignorar todas as velas aromatizadas que ela tinha colocado mais cedo, decorando o quarto. Ignorou as pétalas que tinha colocado na cama, com lençóis novos brancos, assim como o bilhete que tinha encima desta. O bilhete que ela tinha escrito para ele.


Tirou os saltos e jogou em um canto do local, pegando os tênis e calçando-os. Nem viu a lingerie preta nova que estava usando, não importava. Trocou de roupa, colocando uma calça e camiseta. Andou pelo local, abrindo seu criado-mudo para tirar um maço de dinheiro seu, para talvez pagar um hotel.


Suspirou, passando novamente a mão no rosto, enquanto seu choro ecoava pelo local. Ela não conseguia conter. Ela como se um cálice tivesse transbordado ou uma pilha de livros que não pudesse  conter nenhum a mais. Ela estava em seu limite.


Pegou a mala e desceu pela escada, rapidamente. Queria que as lembranças parassem de lhe atormentar. Estava quase saindo de casa, quando braços a pararam.


- Hermione! – ele quase gritou, segurando-a. Ela se debateu, socando-o no peito, tentando sair. – Hermione... – ele sussurou, tocando os cabelos dela com os lábios. Seu coração martelava contra o peito. Ela não podia...


- Me largue! – ela gritou, mesmo que mal conseguisse entender o que falava. Se debateu mais uma vez, mas os braços tinham a envolvido com força. A mala escorregou de sua mão e caiu no chão.


- Por favor... por favor, Hermione – ele pediu e ela pode ouvir um tom desesperado – por favor, não faça isso... não faça...


- ME LARGUE! – Ela pediu desesperada, as lágrimas molhando seu rosto, socando-lhe com força.


- Não... não me peça isso, por favor. – tentou, apertando-a. – Me desculpe, por favor, me desculpe... Não vá, não me deixe, Hermione. Me perdoa, eu sei que errei de novo, mas me perdoa, não vá... Fique aqui... Fique comigo...


- Me largue – ela pediu novamente, mas sussurando. Seus braços caíram moles, exaustos. Mas ela estava desse jeito. Cansada, sem forças. De tudo.


- Não vá... – ele sussurrou, com voz trêmula, beijando sua testa. – Eu não posso perdê-la... Eu não posso... Preciso de você, Hermione... Fique aqui, por favor.


Céus, doía tanto...


- Me perdoa... Eu sinto muito...


- Me deixe ir, Harry – ela suplicou, a voz não passando de um murmúrio. Harry fechou os olhos, mas não tirou os braços ao redor dela.


- Não posso... Você é parte de mim... – sussurrou, beijando a testa novamente. Ela tentou se esquivar, mas não conseguiu. Uma parte enorme de si implorava para ficar ali com ele, talvez pudesse esquecer tudo de novo e talvez eles pudessem comemorar o aniversário de cinco anos de casamento. Talvez se não estivesse tão machucada. Outra parte, pequena parte, o acusava de todas as formas, a fazia pensar em todos os motivos por Harry ter faltado com ela, todos esses meses. E outra, queria ir embora. Morar com a Gina, talvez, mas nunca mais sentir aquilo, aquela dor lacinante que ele lhe causava.


Mas, a grande parte de si, sabia que ela não consegua viver sem ele.


Hermione se acalmou, mesmo que ainda não conseguisse conter as lágrimas e os soluços que cortavam o silêncio do local e o coração do marido. Ela sabia estava perdendo, de novo, mas seu coração tinha tantas esperanças que tudo voltasse como antes...


Harry acariciou as costas dela, acalmando-a. A angustia e culpa o tomavam de modo que mal conseguia respirar. Tudo, absolutamente tudo, era sua culpa. Seu casamento fragmentado, a mágoa de Hermione... Ela se sentia um péssimo marido e homem. As vezes, pensava em deixá-la ir apenas para vê-la feliz, mas... Deus, ele não podia viver sem ela. Tinha que acertar. Tinha que parar de errar tanto. Tinha que parar de mágoar Hermione.


O corpo dela estava mole, apoiado no seu. A exaustão tomava conta de si, e ela pensava que nunca pararia de chorar até que Harry segurou seu rosto entre as mãos e a olhou. Toda a veracidade das palavras que tinha dito se mostrou neles. Ela sabia que Harry poderia mentir, mas nunca olhado-a nos olhos. No entanto, eles parecia perdidos, desesperados. Era como se implorasse, era como se estivesse arrependido. E ele sempre estava. Ela só não sabia o porquê tudo acontecia novamente. As brigas, os cíumes... E ela engoliu a seco quando os olhos verdes marejaram, analisando-a. Ele não suportava vê-la chorar.


Tocou com os lábios a face dela e ela estremeceu. Passeou por lá, tão leve como uma brisa, limpando as lágrimas.


- N-não c-chore – ele pediu, a voz embargada – Por f-favor, não chore.


- Então faça parar – sussurrou, fechando os olhos. – Pare com tudo isso, Harry. Eu não vou aguentar por muito tempo.


Ela sentiu a lágrima dele escorregar no seu próprio rosto, e ele limpou, deixando um soluço escapar. Ele sentia que estava perdendo-a. Era como se escorregasse de seus dedos. Ele não podia deixar.


- Eu t-te amo t-tanto, Hermione – sussurrou – Não me deixe, por favor.


Ela não pôde resistir. E não soube mais de nada quando seus lábios pediram os dele, desesperada e ele retribuiu, apertando-a contra si. Não soube de nada, apenas seguiu o que seu coração mandava, mesmo que este estivesse dolorido. Ele era o homem de sua vida, seu marido, o homem que amava perdidamente.


Se aferrou a ele, suspirando, quando os lábios dele passaram para seu pescoço. Sentiu o corpo ser prensado contra a parede e suas unhas arranharam as costas do marido por cima da camisa. Harry captou mais uma vez a boca da esposa, voraz. Ela gemeu, arqueando as costas. Ambos não queriam pensar, não queria raciocinar sobre tudo. Apenas precisavam um do outro naquele instante, naquele momento. Ele só queria tê-la em seus braços naquela noite.


Os olhos se encontraram novamente e ele não pôde descifrá-la por estarem tão escurecidos. Hermione suspirou, passando a mão no peito do homem, para que logo o jaleco branco fosse jogado no chão e os botões da camisa voassem. Abraçou-o ofegando, enquanto os beijos em seu pescoço fazia com que todos seu corpo se arrepiassem, como todas as vezes.


Harry a pegou no colo e subiu as escadas, levando-a para o quarto. Ela fechou os olhos quando ele a deitou na cama macia, ficando sobre ela, passando a tocar Hermione com as mãos e boca, tão hipnotizado por seus arquejos e gemidos que não reparara na decoração do quarto. Arrancou a camiseta dela de uma só vez, rasgando-a no meio. Hermione o envolveu com os braços e pernas novamente, afundando o rosto na curva do pescoço dele, sentindo seu cheiro. Harry não cheirava a hospitais nem doentes, mas sim a almiscar, um cheiro tão peculiar quanto o dono.


- Amo você, Hermione – ele sussurrou, contra o ouvido dela, enquanto descia a calça jeans – Nunca esqueça, eu amo você.


Ela abriu a boca, mas as palavras ficaram presas. Harry a mirou, mas de alguma forma, sabia que ela naquele momento não ia dizer que o amava. E aquilo quase o sufocou. Estava perdendo-a. Ela estava escorregando de seus dedos. Beijou-a, mas de forma carinhosa. Provocou-a devagar, tentando alcamar-se. Ele não podia... Céus, ele não podia perdê-la.


Amou-a lentamente, sentindo-a sobre o seu corpo, como se encaixasse. Porque algo, bem lá no fundo, lhe dizia que essa talvez seria a última vez.


-


n.beta provisória: OMG, ESTOU CHORANDO, SOU UMA MANTEIGA DERRETIDA, OI .-. cacete, porque? Eu pergunto: PORQUE ESSAS COISAS ACONTECEM COM MEU CASAL PREFERIDO EVER? Que merda, man. Essa Ananda é só me fazer chorar, cachorra. Tipo, começou TÃO bonitinho e tals e aí, do nada, eles brigam :x que horror. Odeio ver o Harry brigando com a Mione. Enfim, eu espero que tudo fique bem e tals. MELDELS, QUE RAIVA DO HARRY! SE ELE TIVER TRAINDO A MIONE... EU MATO ELE :XXX’ tudo bem, passou #respira.


Então, é o seguinte, eu quero comentários porque se vier, a Ananda se inspira e faz o capitulo dois para eu betar, falou?


XOxO


Nina Black.


n.a ooi *--* Depois de séculos e milênios (?) eu retorno a FeB. Caraca, eu pensava que ela tinha morrido para sempre. enfim, em um momento emo (emos escutam Paramore?) eu resolvi realmente escrever o primeiro capítulo. Já tinha outro, na verdade, mais eu achei ele meio jururu e tals. Com muita coragem, fiz outro bem bonitinho, um pouco triste, mas enfim, pelo menos eles ainda não quebraram nada com as brigas, hihi. A Hermione não vai sofrer muito, eu prometo.


Bem é isso, tenho que betar mais sete fics, tsc.


Beijos, e obrigada as lindas que comentaram *--*


Ananda Black.


 


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Comentários (1)

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