Someone among us

Someone among us

 

Hermione escutou a porta bater com violência, mas não olhou para trás. Permaneceu parada, o coração batendo depressa e angustiado.

 

Rony andou até jardim da casa, onde poderia aparatar. Respirou fundo e olhou em direção a porta, talvez esperando que Hermione viesse atrás dele e lhe dissesse para ficar, que não precisava ir.

 

Mas ela não apareceu. E, no fundo, ele sabia que ela jamais faria isso, jamais diria que não precisava ir. Hermione era decidida e teimosa demais para voltar atrás.

 

Pensando em como as coisas tinham chegado naquele ponto, Rony empunhou sua varinha e desapareceu num rápido rodopio.

 

....

 

 

Assim que Hermione ouviu o estalido, sabendo que ele havia ido, deixou-se desabar na sua poltrona predileta. Uma estranha sensação de alívio e de angustia preencheu seu peito, o deixando ao mesmo tempo leve e apertado.

 

Era estranho, nunca pensou que se tornaria esse tipo mulher. Era algo que definitivamente não combinava com aquela Hermione durona e sabichona que sempre fora, mas o culpado era ele. Havia sido Rony quem tinha provado toda aquela situação pela qual passavam.

 

Na verdade, Hermione sabia que isso acabaria acontecendo, por mais que tentasse negar e até mesmo esconder que desejara que as coisas acabassem dessa forma.

Ela sabia que Rony estava desgostoso e, no fundo, sabia que ele não queria ter ido. Era tão tarde... sentiu-se cruel por fazê-lo ter de ir... Mas Merlin era necessário, era para o bem de todos...

 

E foi com esse pensamento, tentando convencer a si mesma que havia feito a coisa certa, que se acomodou melhor na poltrona, puxando o livro que repousava sobre a mesa de canto. Abriu o livro e fitou as páginas por longos minutos, sem ler, no entanto, uma palavra sequer.

 

Deus, era impossível fingir que estava tudo bem. Jogou o livro em cima do sofá e andou até a janela. O inverno naquele ano estava sendo terrivelmente rigoroso; e embora já estivesse escuro, ela podia ver o gelo nas copas das árvores.

 

Um leve arrependimento a fez suspirar resignada.

Estava tão dolorosamente frio, seria tão bom ter um corpo quente para aquecer o seu; e Rony era quente como o inferno, isso ela não podia negar.

 

Um sorriso nervoso se formou em seus lábios. Merlin, ela estava ficando louca ou o que estava sentindo era tesão? ]

Seus sentimentos andavam tão confusos e instáveis...

Era uma fase e sabia disso...  mas torcia intimamente para que ela passasse logo, pois a estava enlouquecendo.

 

 

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Rony desaparatou na Avenida principal de Hogsmead. Enrolou o cachecol ao pescoço, fechou melhor o casaco e colocou as mãos no bolso, sentindo seus músculos enrijecerem pelo frio cortante da noite de inverno.

 

A rua estava deserta e mergulhada num silêncio quase palpável. As sombras das árvores bruxuleavam por conta do vento gélido da noite. Andou depressa, precisava encontrá-la logo. Talvez se sentisse melhor depois de estar finalmente com ela. Afinal, era esse o desejo de Hermione, não era? Pensou amargurado.

 

Ele e Hermione estavam casados a pouco mais de um ano, para ser mais preciso um ano e cinco meses. Nunca imaginou que passariam por aquela situação tão cedo.

 

Mas como ela vinha repetindo a mais de dois meses: era tudo culpa dele. E só para variar ela estava certa, ele era mesmo o culpado; embora ela também tivesse sua parcela de culpa. Hermione poderia ter evitado, mas ela não o fez.

Desgosto, Rony apressou o passo, o frio estava começando a fazer seus ossos doerem.

 

....

 

 

Hermione sentia seu coração bater cada vez mais acelerado. Aquilo era saudade? Não, não podia ser! Não fazia nem duas horas que ele tinha ido. E não fora ela mesma que o mandara ir?

 

Voltou a sentar pesadamente na poltrona. De repente sentia-se tão sozinha. A casa não era grande, mas parecia-lhe tão imensa naquele momento. Ergueu as pernas encolhendo-se da forma mais confortável que pôde e acabou adormecendo.

 

 

......

 

 

- Hermione. – uma voz rouca e macia a chamou baixinho.

 

Ela abriu os olhos lentamente, encontrando aqueles olhos azuis turquesa a fitando de uma forma intensa e penetrante.

 

- Rony – exclamou surpresa, erguendo-se da poltrona. Estava dolorida, aquela posição em que estivera era terrivelmente desconfortável.

 

Rony sentou ao seu lado e passou os dedos gelados em seu rosto. Ela sentiu seu corpo estremecer àquele simples toque.

 

- Está aqui Hermione. Bomba de chocolate feita pelos elfos domésticos de Hogwarts. – Rony parecia muito orgulhoso de si mesmo.

 

- Ah Ron, não acredito. – ela se jogou nos braços do marido o abraçando afetuosamente. Se fosse sincera admitiria que seu desejo, pelo menos pela bomba de chocolate, já havia passado, mas não diria isso a ele.

 

- Você tinha dúvidas de que eu conseguiria? – barganhou galante a beijando delicadamente nos lábios.

 

- Você é o melhor marido do mundo, e o melhor pai também. – disse ela alisando a pequena barriga de quatro meses.

 

- Bom... sendo assim, acho que mereço uma recompensa. – sorriu colocando um pedaço de doce na boca dela.

 

- Uhmm... como você conseguiu entrar lá e a essa hora? – perguntou curiosa, sentando no colo de Rony e distribuindo beijos pelo seu pescoço.

 

- Ora, o quadro de Ariana no Cabeça de Javali. – contou com simplicidade.

 

- Você é realmente brilhante Ron. Eu te amo tanto.

 

Rony segurou seu rosto entre as mãos e após a perfurar com aquele olhar que a deixa tonta e varria todos os seus pensamentos coerentes, a beijou. Um beijo quente, profundo, daqueles que queimam o corpo e perfuram a alma.

 

 

 

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N/A: E ai gostaram? Ficou fofa, não ficou?

Bom, aguardo a opinião de vcs...

Minha monografia está quase acabando, agora falta pouco.... logo voltarei a me dedicar as Fics q estão em andamento...

 

Bjsss

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