Uma estranha aparição



Capítulo Quatro


Uma estranha aparição


 


Primeiro de setembro 1984, Suíça.


09h23min da manhã.


 


         A luz amena e clara transpassava pelo cetim da cortina na janela do quarto enquanto Eveline colocava seus últimos pertences na valise. E Abigail observava a irmã sentada em sua cama em silêncio. Passaram-se três dias desde que Eve havia recebido a carta, que constava ser de alguma escola na França, pois esta ficara em júbilo contentamento desde então.


— Você quer mesmo ir para essa escola. Não é? — e Eve apenas deu de ombros a pergunta da irmã, indo até o armário checar se não havia esquecido alguma coisa.


         Já Abbie sabia que a irmã não ia manifestar seus sentimentos a ela, pois Eve era muito boa em esconder emoções alheias. E voltou a ficar em silêncio, pois não queria confrontar a irmã. Mas Eve demudou ao pegar um dos ursinhos de pelúcia preferidos da irmã segurando-o nas mãos pendurando, e então disse: — Queime. E num instante o ursinho queimou em chamas desaparecendo em cinzas, deixando Abbie num estado de pavor.


— É por isso que eu vou para Beauxbatons.


— Foi você! Você colocou fogo no meu roupão!


— Que menina esperta — ironizou Eve, colocando a valise no chão perto a porta.


— Mas por que...


— Por quê? Oras porque sou superior a você, e a todos nessa casa.


— O que foi que aconteceu com você Eve?


— Nada. Apenas cansei de encenar esse papel de menina boazinha. — dizendo isso Eve retirou-se do quarto com seus pertences, seguindo para o andar de baixo.


 


 


— Não podemos deixá-la ir Afonso — Eve ouviu a mãe dizer ao pai, quando apareceu na sala de estar. Os dois constantemente discutiam desde que Eve recebera a carta. Ao perceberem que a filha estava no cômodo calaram-se, e dirigiram-se a ela.


— Já está pronta querida.


— Sim.


— Eve minha filha, temos que conversar sobre você ir a essa escola e...


— Não, eu já me decidi. Eu vou para Beauxbatons.


— Mas nem ao menos sabemos onde fica essa escola. — advertiu Afonso. Mas naquele instante a campainha soou e Margareth foi até a porta, mas ao abrir deparou-se com uma figura estranha. Uma mulher de cabelos níveos chegando até a altura de seus ombros. Suas vestes consistiam em uma capa curta nos ombros, um vestido longo de ceda e uma gravata, todos em cor preta. Poderia dizer que está estaria se dirigindo a um velório pensou Margareth, e a mulher manifestou-se a ela indagando: — Senhora McDaudt?


— Sim.


— Sou Agnès Tellier. Vice Diretora de Beauxbatons — apresentou-se a mulher.


— Ah! Claro queira entrar, por favor. — e Margareth conduziu a estranha mulher para a sala de estar, onde se encontrava Afonso e Eve também estranhado a aparição.


— Querido está é... — quis dizer Margareth, mas não se lembrou do nome.


— Agnès Tellier.


— Isso, Desculpe. Ela é a Vice Diretora de Bauxbaton. — disse Margareth, sem notar o erro ao dizer o nome da escola.


— Beauxbatons, mãe — corrigiu Eve.


— E você deve ser Eveline, não é — disse Agnès Tellier dirigindo-se a Eve.


— Sim. E você veio me buscar? — perguntou Eve, muito entusiasmada.


— Exatamente, mas antes terei que explicar algumas coisas aos seus pais. — dizendo isso, Afonso e Margareth entreolharam-se preocupados.


— Senhor e Senhora McDaudt. Creio que talvez, vocês saibam que sua filha é diferente em alguns aspectos.


— Sim, nós sabemos que Eve é uma bruxa.


— Relevante. Bem a escola de Beauxbatons, é especializada com essas crianças especiais.


— Mas por que nunca ouvimos falar nela?


— Para maior segurança. Sua filha terá todos os cuidados e ensinos necessários para aprender a ser uma bruxa. E poderá retornar para a casa em todos os feriados importantes caso queira.


— E nós não temos escolha?


— Não, como já disse sua filha é uma criança diferente. Por isso não deve ficar em escolas normais.


— Se é assim. Creio que não podemos fazer nada. — disse Afonso por fim.


“Finalmente!” pensou Eve.


— Então até os feriados, Eve! — disse Margareth à filha abaixando-se para abraçá-la.


— Ah! Só mais uma pergunta, Sra. Tellier, como podemos nos comunicar com Eve? — indagou Afonso a Vice Diretora.


— Com cartas.


— Bem, então não se esqueça de nós mandar cartas Eve — disse Afonso também abraçando a filha.


“Como se eu fosse desperdiçar o meu tempo” pensou Eve dizendo:


— Claro que não papai.


— Abbie, venha se despedir da sua irmã. — chamou Margareth logo que Abbie apareceu no cômodo.


— Adeus Eve — disse Abbie com rancor.


— Não é adeus Abbie — disse Eve indo abraçar a irmã, e quando estava próxima a ela aproximou-se do seu ouvido para dizer:


— Não vou ter piedade de você. — e separou-se dela, esboçando um belo sorriso falso, deixando Abbie ainda mais apavorada.


          


 


Caros Leitores, 


Espero que tenha
gostado deste capítulo.
Bem a historia da Eve,
está quase no fim.
A irmã gêmea má
está se revelando.
Mas este é apenas
o começo.
E mas uma vez
peço desculpas
pelo capítulo pequeno.
Então comentem.
Um grande abraço.


 


Atenciosamente


Priscilla Wilston.


Ps: Visitem a minha nova short,
“Sim, eu aceito”.
Preciso de comentários!
Tchau.

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