O Segredo dos Malfoys



Uma bela mansão. Com todo aquele porte, já era considerado um castelo. De onde surgira tanto dinheiro? Pergunta que passava pela cabeça de toda família bruxa, bem, toda não, menos a das famílias antigas, de grande porte, como ele diria.

Dentro dessa mansão, morava, um bravo homem, sua mulher e seus três filhos, tirando os empregados, é claro.

- Senhor Malfoy, a janta está servida - disse uma criaturinha pequena, que parecia ser um elfo domestico.

- Eu sei seu inútil - respondeu Lúcio, com arrogância.

- Desculpa senhor, Dobby não quis ofender.

- Vá fazer algo que preste! Chame Draco e as outras.

- Sim senhor - respondeu Dobby se afastando da sala.

Era a hora do jantar. Todos os Malfoys estavam reunidos a mesa. O silêncio era total.

- Papai! Porque eu não nasci bruxa? Realmente, eu vivo pensando nisso, seria legal poder estudar na mesma escola que Draco.

- Anny. Já expliquei, você é um aborto.

- Eu também papai? - perguntou a outra menininha.

- Sim Jessy. Vocês são gêmeas, não sei como filhos de uma importante família, são abortos. Imagina o mundo mágico sabendo disso. "Malfoy tem filhas trouxas". Mas já estão avisadas! Nada de abrir a boca, vocês estão felizes aqui trancadas nessa enorme casa, e sua mãe fica com vocês o dia inteiro! E vamos falar de outra coisa, não gosto de tocar nesse assunto.

- Já disse que acho isso ridículo Lucio, mas já que quer assim.

Malfoy com filhas trouxas? Era realmente uma bomba. Todo esse tempo escondendo esse segredo, será que um dia iria deixar o orgulho de lado e dar atenção para suas filhas? Não, ele era um Malfoy.

O silêncio voltou ao local. Anny e Jessy tinham mais ou menos uns 11 anos, tinham cabelos loiros e olhos verdes, não eram muito parecidas, Anny tinha cabelos encaracolados, e Jessy lisos, como os de sua mãe, Narciza.

- Papai! - disse Jessy - Esse é o ultimo ano de Draco naquela escola de magia?

- Graças a Lorde - falou Draco - Bom, isso se eu passar nos N.I.E. Ms. Não tenho certeza se passo. Bom, poções é claro. Mas feitiços e transfiguração, e pior ainda, defesa contra as artes das trevas, vai ser difícil.

- Não sei onde eu estava com a cabeça quando coloquei você aprender com aquele velho gago. Devia ter muito bem te colocado em Durmstrang. Mas você irá surpreender Draco, passará sim.

- Espero - respondeu o garoto - A papai! Bem que esse ano o senhor poderia me dar uma Firebolt, não é? Não agüento mais ver o Potter com uma, e eu sem, isto é, já estamos no Natal, mas seria legal passar por Potter no final de tudo.

- Ok. Sem problemas.

- Eu acho que você deveria dar somente se Draco passasse, Lucio, assim pelo menos ele estudaria - falou Narcisa.

- Não vem com essa mãe - protestou o garoto.

- Boa idéia! Pelo menos não teríamos que correr o risco de um Malfoy não passar um ano em Hogwarts. Se passar, ganha a Firebolt.

- Fazer o que não é? - concordo Draco - Eu vou subir para o meu quarto agora, tenho que estudar, daqui a pouco tem que voltar para aquela escola e fazer esses exames ai, para poder ganhar minha Firebolt.

Draco entrou em seu quarto. Era enorme. Parou. Ele estava meio, digamos, sem vontade própria. Olhou-se no espelho. Continuava o mesmo. Mas somente na aparência. Nem ele sabia, mas tinha mudado. Não implicava mais com Harry, Rony e Hermione. Estava mais distante de Crabbe e Goyle.

Ele realmente tinha mudado. Sabia disto, mas queria dar bons exemplos para seu pai. Era o único filho bruxo dele, tinha que ser exemplar, seguir a tradição. Mas ele estava mudando. Será que seria algo de momento? Ou realmente ele teria amadurecido muito? Dúvidas e mais dúvidas rodavam sua cabeça. Mas tinha que estudar. Partiria para Hogwarts daqui a dois dias, as férias de Natal estavam acabado, prestaria os N.I.E.Ms, Hogwarts acabaria. Realmente não era o que queria. No fundo ele gostava de Hogwarts, sentiria falta de tudo. Será que tinha sido muito ridículo ao sempre implicar com Potter e seus amigos? Concentre-se! O que faria depois de Hogwarts? Tinha um pouco de inveja da amizade de Harry, Rony e Hermione. Não tinha amigos de verdade. Namoradas? Isso não adiantava, queria encontrar alguém que estivesse feliz ao seu lado. Pansy até que foi legal, mas não o bastante para ele ser feliz.

Parecia que o mundo todo estava rodando em sua cabeça. Uma lagrima correu seu rosto. Não! O que estava acontecendo? Ele era um Malfoy! Tinha que ter orgulho! Pegou um livro pensando em sua vassoura, Firebolt. Mas o que adiantaria uma vassoura, se ele não tinha ninguém para poder voar e se divertir com ele? Talvez ele poderia fazer amizades com aquela vassoura. É. Era isso. Iria estudar. Pegou alguns livros, sentou sem sua cama. Já era tarde, não viu o tempo passar. Deitou. Olhou para o teto. Não queria mais pensar em nada, sabia que aquilo tudo magoaria mais ele. Tentou concentrar-se nos livros, mas por fim, acabou dormindo no meio de todos eles.

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