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        Nunca fiquei angustiado esperando uma resposta. Havia trazido Elisabeth em meus braços até a Ala hospitalar. Agora aguardava no corredor pela enfermeira. – Argh, essa enfermeira é muito lerda! Reclamei em voz alta.


        Alguém agitou a garganta atrás de mim. – Jovem Riddle, a senhorita Elisabeth esta ótima. Parece que ela teve apenas um mal estar. Que poderia ter se agravado, caso ela ficasse desacordada lá fora na neve. Uma sorte para ela ter você por perto para ajuda - lá.


        Virei - me indo embora.


        - Riddle, o que foi? Não vai querer vê lá?


        - Você mesma não disse que ela esta bem? Então minha utilidade aqui já acabou! Sai e deixei a enfermeira ali, sem entender nada.


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        Tinha que pensar coloca meus pensamentos em ordem, Nuca havia me importado com ninguém além de mim. E agora por algum motivo aquela garota estava mexendo comigo. Como algo assim podia esta acontecendo? Eu nem se quer havia falado com ela na minha vida. Mas nesse ultimo ano... Toda vez que ela estava por perto eu a notava. Ela estava realmente mexendo comigo, me tirando o juízo e o senso do que era certo.


        A imagem dela me veio na mente. Aqueles olhos que sempre me hipnotizavam.


        - Chega! Falei para mim mesmo. Tom você tem que esquecer essa garota. O que você fez hoje ultrapassou todos os limites da razão. Salva – lá! Onde você estava com a cabeça.


        E foi com essa conclusão que adormeci deitado em minha cama.


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Alguns dias depois o ocorrido havia sido esquecido. Por sorte nenhum aluno ficou sabendo do meu feito. E melhor ainda, Elisabeth não havia vindo falar comigo. Algumas vezes eu havia me pego pensando a quanta mal agradecida ela era, mas coloquei em minha mente que o melhor era assim.


                Como uma válvula de escape, tive que me aproximar ainda mais de meus “seguidores”. Em uma das nossas conversas eles haviam decidido que como meus aliados seriam denominados comensais da morte.


Percebi também que com meu aproxima mento Bella, sim eu havia a dotado a forma como os outros a chamam, tinha ficado mais contente e bem humorada. Mesmo sendo irritante a garota era uma admiradora fiel.




- Meu lord querido, estava pensando. Você poderia passar o natal comigo e Cisa. Estávamos na sala comunal, minha cabeça esta em seu colo. Ela brincava com meus cabelos.


- Não Bella, odeio natal. Ficarei aqui mesmo. Meus olhos estavam fechados, de alguma forma estava me acostumando com a forma carinhosa com que ela me tratava.


- Então eu poderia passar o natal em Hogwarts, com você. Se me permitir.


- Ainda estamos muito longe do natal, podemos resolver isso depois.




Foi nessa hora que Narcisa e Lúcio entraram na sala comunal. Por mais que eles  tentassem disfarsa era evidente que entre eles estava acontecendo algo serio.




- Prima, posso falar com você? Cisa estava com os cabelos um pouco bagunçados. Abri um sorriso malicioso para Lúcio, que me retribuiu com outro. Bella pediu licença e se levantou, indo com a prima para o canto.


Lúcio se sentou em um canto do sofá em que eu estava deitado.


- Você deveria tentar Tom, apenas por instinto. Aposto que Bella deixaria você fazer com ela tudo que quisesse. Diferente da Cisa...




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 Todo homem tem seus pontos fracos, por mais que eles sejam pessoas frias como eu. A idéia de Lúcio não havia sido mal, e por vários dias pode me delicias nos braços de Bella.


 


- Tom, eu tava pensando se a gente ta namo... Não deixei que ela terminasse a frase e a beijei. Apenas em pensar que eu poderia esta namorando Bellatrix me deixava arrepiado e enojado. Mas não podia negar estava  ficando com ela, e ela sabia me satisfazer.


 


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Diferente dos outros dias, naquela manhã o sol começa a sair timidamente, depois de longos dias gelados e com neve. Muitos dos alunos aproveitavam dias como esses para fazerem seus deveres ou ocuparem seus horários vagos nos jardins do castelo.


Esses dias eram os meus preferidos, não pelo o sol e toda a coisa tosca dos jardins. Mas por que era nesses dias que eu explorava mais o castelo e tentava descobrir e aprender com a magia ali escondida. Nessa manhã por alguma razão eu decidir ficar na biblioteca, colocando minhas lições em dia e lendo alguns livros. Estava distraído na leitura de um livro sobre magia negra, e só escutei a cadeira de frente a minha sendo arrastada, alguém se sentou. Tentei não me preocupar muito com o inconveniente e apenas continuei a ler. Algo foi arrastado do outro lado da mesa até minha frente, tirei os olhos das páginas do livro e olhei o objeto colocado a minha frente. Era uma pequena caixa de tampa transparente cheia de chocolates. Fui levado a deduzir que aquilo só poderia ter vindo de Bella, e logo pensei que dizer - lá o quanto odiava chocolate. Pare! Eu sei que nenhuma pessoa em plena adolescência, ou melhor, nenhuma pessoa viva no mundo, assim como eu ODIARIA chocolate. Eu também nunca entendi o motivo, apenas sei que não gosto e ponto final. Tirei meu olhar da pequena caixa e deixei que ele fosse para a pessoa a minha frente ...


 


Ela estava ali mais uma vez em minha frente, estava começando a suspeitar que Elisabeth adorasse esta em minha frente, talvez só pelo prazer de me deixar estuporado como ela me deixava. Ela me fitava como se contemplasse um objeto raro. Notei como seus olhos eram profundamente translúcidos a ponto de assustar. Até então, nunca havia reparado que seus olhos eram tão diáfanos. Pensando bem, nunca tivera oportunidade de admirá-los.


- Obrigada! Ela disse aquelas palavras como se fossem as palavras mais difíceis de ser dizer no mundo inteiro. Então eu entendi o porquê da garota não ter vindo falar comigo antes, ela tinha medo de mim assim como a maior parte dos alunos tinham. Fiquei imaginando o quanto ela deve ter se preparado para me agradecer e como deveria ter sido difícil pensar em uma forma de retribuir.


Olhei para a caixa de chocolate em minha frente. E pela primeira vez em minha vida, me sentir péssimo por ser da forma que era.


Quando voltei meu olhar para ela mais uma vez, percebia que ela estava totalmente vermelha. Pensei que ela poderia esta se sentindo bem então sem a menor maldade lhe perguntei.


- Você esta bem? Esta ficando toda vermelha...


Então não pude conter o riso, ela estava com vergonha, estava vermelha por esta assim frente a frente comigo. Mais uma vez me odeie por rir daquela forma, com tanto desdéns.


- Errr.. Desculpe-me eu não queria rir dessa forma.


Já era tarde de mais, Elisabeth estava se levantando e virando para ir embora. Então foi como se o tempo parasse e nada mais fizesse sentido. Segundos antes eu estava ali sentado me culpando por ser um ser tão arrogante e sem sentimentos, e agora estava em pé de um lado da mesa, minha mão esticada segurava o pulso da garota do outro lado da mesa.


- Elle, por favor, fique!


As palavras brotaram de minha boca sem perceber, e quando havia tomado consciência já havia as dito. Elle, repetir a forma carinhosa com a qual a chamei mentalmente.


 - Me solta. Ela disse-me fazendo com que eu acordasse do meu devaneio. Então eu a soltei, ela se virou para mim.


Então eu me apaixonei por ela, no momento em que aqueles olhos mais uma vez olharam os meus. Ou talvez eu já estivesse apaixonado e somente agora havia percebido. Sem saber como, sentir tudo que ela sentia naquele momento, eu sabia que a mesma estava chateada com algo. Ficamos parados por algum tempo que não podemos contar. Ninguém nunca conseguiu fazer com que eu me sentisse de tal forma.


- Eu não gosto de chocolate!


- Vindo de você é algo esperado.


Elle me abriu um sorriso de canto, fazendo eu me sentir ainda mais bobo e confuso.




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N.A: Olá pessoal ;D


Bom agora que a fanfic já rendeu alguns capitulos, eu queria pedir a vocês que comentassem, falando sobre o que tão achando e o que poderia ser mudado.


Então podem me dá essa forçinha ?

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