Primeiro dia no passado



Quando abriu os olhos, Harry pediu para que tudo que não tivesse passado de um sonho. Porém, ao levantar-se e olhar para os lados, viu Hermione e Rony, desmaiados ao seu lado. Foi até os amigos, mas observando que estava num local que tinha muitas flores, parecia um jardim bem cuidado. Não lembrava daquilo quando foram para a cidade.


_ Ei, Rony, acorda – disse cutucando Rony. Quando percebeu que o amigo reagiu foi até Hermione – Mione, você está bem? – Os amigos agora também de pé olhavam a paisagem tão intrigados quanto ele.


_ Me diga que estou sonhando! – pediu Rony, fazendo cara de assombro.


_ Acho que isso é a mais pura realidade – Hermione concluiu quando viu dois garotos passando e olhando meio esquisito para eles.


_ Isso é tudo culpa sua Hermione – disse Rony.


_ Minha? Não fui eu quem quis desafiar o desconhecido – ela respondeu.


_ Por favor, não vamos brigar. Nós precisamos arranjar um jeito de sairmos daqui – Harry falou.


_ E como vamos fazer isso? Não podemos chegar e dizer que somos do futuro e que precisamos do espelho do tempo para voltar pra nossa era. Provavelmente achariam que somos loucos – disse Hermione.


_ Eu ainda não sei – Harry ia dizer mais alguma coisa, mas então avistou aqueles garotos de antes novamente. Eles pareciam ter uns dez a onze anos, mas dessa vez eles vieram acompanhados.


Era uma garota que parecia ter uns quinze a dezesseis anos. Tinha bonitos cachos dourados e olhos azuis como o céu e suas vestes brancas fizeram Harry compara-la a um anjo. Depois que mostrou o que viram, os dois garotinhos correram para a cidade, mas a garota continuava a observa-los. Hermione então tentou conversar com ela:


_ Olá! Não sei se vai me entender...você fala minha língua? – perguntou quase que soletrando, fazendo a garota sorrir. Harry a achou incrivelmente linda, com aquele ar angelical.


_ Mione, acho que não ela não vai entender – disse Rony tentando se manter calmo diante da situação.


_ Calma, eu entendo o que vocês dizem – ela falou, mas eles notaram que ela tinha um certo sotaque.


_ Oh, graças a Merlim – Rony levantou as mãos pro céu.


_ Merlim? Não conheço esse deus, de onde vocês são? – ela perguntou ainda examinando os garotos, estava achando as roupas deles bastante estranhas.


_ Bem, nós somos da... – Hermione não sabia se deveriam revelar a garota que eles vinham da Inglaterra, certamente o país nessa época ainda não existia. A garota apenas sorriu.


_ Tudo bem, não precisam falar. Mas se vão ficar na cidade deveriam usar trajes mais adequados. Os sacerdotes daqui são muito rigorosos.


_ Obrigada pela informação – apenas Hermione conversava com a garota.


_ Meu nome é Helena, como vocês se chamam? – perguntou olhando para Harry, mas foi novamente Hermione quem respondeu.


_ Eu sou a Hermione, este é Harry e aquele o Rony, prazer em conhecê-la.


_ Prazer. Sejam bem-vindos a Araneia. Vocês falam grego? – ela perguntou.


_ Não – Hermione respondeu.


_ São poucos os que falam essa sua língua nessa cidade, se precisarem da minha ajuda não hesitem em pedir – ela falou enquanto saia.


_ Ei, espera – pediu Hermione – Acho que já precisamos de sua ajuda – A garota sorriu e voltou.


_ Venham, vocês podem ficar em minha casa.


Eles adentraram na cidade. Araneia era bastante movimentada, crianças, adultos e idosos circulavam pelas suas primitivas ruas, o que estava encantando Hermione. Então, eles pararam em frente a uma construção grande, provavelmente a casa de Helena.


_ Vamos, entrem – disse a garota – Eu moro aqui com minha avó, desde muito pequena, meus pais morreram quando eu era apenas um bebê – apenas Harry percebeu um tom de tristeza quando ela falou essa última parte. Só eles que sabiam o que era perder os pais entendiam aquela dor.


_ Nossa!! Que casa! – disse Rony observando a extensão da casa. Helena sorriu.
_ Vocês não são más pessoas, eu posso sentir isso. Não sei o que aconteceu e entendo que não queiram contar, mas sintam-se a vontade se depois quiserem.
_ Você vai deixar que a gente fique aqui? – ela finalmente ouviu a voz do dono dos olhos verdes mais lindos que já vira e sentiu seu coração disparar.


_ Sim. Vocês dois podem ficar aqui – disse ela apontando para um quarto com o que pareciam duas camas – E você pode ficar aqui – mostrou o quarto a Hermione, que era ao lado do quarto dos amigos.


_ Será que sua avó não vai se incomodar? – perguntou Hermione. Estava agradecida pela generosidade de Helena, mas não queria colocá-la em problemas.


_ Está tudo bem. Minha avó é uma mulher muito boa, vocês verão.


Disse sorrindo o que aliviou Hermione. Helena também achou melhor que eles usassem outras roupas. Emprestou algumas das suas a Hermione e pediu a um dos empregados que emprestassem alguns vestes a Rony e Harry, que também ficaram agradecidos. Quando ficaram sozinho, Harry, Rony e Hermione conversaram.


_ Sorte nossa que encontramos a Helena não é? – disse Rony.


_ Com certeza. Será que devemos contar a ela a verdade? – perguntou Hermione.


_ Talvez seja melhor esperarmos um pouco – disse Harry.


_ A gente vai ter que usar isso? – disse Rony enquanto pegava numa das roupas que Helena trouxe para os garotos. Hermione sorriu.


_ Acredito que sim. Vão ficar lindas com essas roupas! – a amiga brincou.


_ Ha-ha-ha, Mione, muito engraçado! – Rony falou.


_ Bom, eu vou trocar de roupa, aí nós vamos tentar encontrar um jeito de voltarmos ok? – disse a garota indo em direção a porta e eles concordaram.


Harry terminou de se trocar e deixou Rony tentando se vestir. Foi em direção a uma grande sala, toda branca delicadamente decorada. Havia algumas flores em lindos arranjos e algumas cadeiras. Aproximou-se de uma das estatuas que também havia naquele aposento e enquanto observava não percebeu que alguém se aproximou. Quando ela chamou, ele deu um pulo de susto.


_ Sr. Harry? – era a voz de Helena e ela não deixou de notar que ele se assustou – Perdoe-me, não queria assustá-lo.


_ Não tem problema – Harry olhou aqueles lindos olhos azuis, e sentiu-se corar.


_ Está esperando seus amigos? – ela perguntou.


_ Sim, eles estão se trocando. Gostaria de agradecer pelo que está fazendo por nós – disse Harry.


_ Não precisa agradecer Sr. Harry – ela sorriu.


_ Você pode me chamar só de Harry, tá? – ele sorriu pelo jeito que ela falava.


_ Está bem – quando terminou de falar Rony e Hermione apareceram. O traje de Rony estava todo amassado, o que comprovava que teve problemas em conseguir se vestir, e provavelmente esse era o motivo de Hermione estar rindo.


_ Por que você não ensinou ao Rony como ele deveria se vestir Harry? – perguntou Hermione ainda sorrindo.


_ Ele disse que conseguiria sozinho – Harry respondeu.


_ Vocês poderiam parar de tirar onda com a minha cara? – disse Rony emburrado e todos sorriram.


_ Helena, nós vamos dar uma volta pela cidade, precisamos procurar uma coisa – disse Hermione.


_ A cidade não é muito grande, não haverá perigo de se perderem – Helena falou.


_ Certo. Voltaremos mais tarde – Hermione concluiu e eles saíram.


Quando voltaram as ruas da cidade Hermione, Harry e Rony começaram a circular pela cidade. Hermione queria parar em todos os lugares, mas era lembrada pelos amigos, que não podiam perder tempo. Não demorou muito até que eles encontraram o templo. Ele era todo branco e os pilares estavam todos intactos.


_ Vamos entrar – disse Hermione. Os garotos apenas a seguiram. Outras pessoas circulavam pelo templo, outros pareciam rezar em frente a grande estatua do deus Ares no centro do local, que Hermione lembrou ter visto apenas algumas partes do que restara. Quando iam em direção ao fundo do templo foram impedidos por um senhor de meia idade que pela expressão do rosto não parecia nada amigável.


_ Vocês não podem passar daqui – disse ele. Os garotos se olharam, não entenderam uma palavra do que ele disse, provavelmente fora em grego. Hermione olhou, faltava menos de dez metros para o fundo do templo, e ela já podia ver as inscrições na parede.


_ Desculpe, não entendemos o que você disse – ela tentou se comunicar assim como fez com Helena.


_ Estrangeiros – disse o homem, mas dessa vez eles entenderam – O que eu disse foi que não podem passar daqui – ele repetiu agora em inglês para eles.
_ E por que não?– Hermione perguntou num tom desafiador.


_ Não é permitido que ninguém, além dos sacerdotes deste templo ultrapassarem este limite – ele retribuiu o tom desafiador.


_ E qual seria o motivo? – ela perguntou novamente. Harry e Rony se olharam, com certeza pensaram que se Hermione insistisse acabariam encrencados.


_ Mocinha, essa é uma área restrita do templo.


_ Obrigado. Vamos Mione – disse Harry puxando Hermione pelo braço. Quando a garota ia voltar a falar Rony impediu.


_ Realmente desculpe o incomodo senhor – eles saíram e deixaram o senhor ali. Ele olhou intrigado para os garotos, não entendia o porquê daquela insistência.


Quando saíram do templo Hermione soltou-se de Harry.


_ Por que fizeram isso? – perguntou a garota irritada.


_ Mione, não podemos levantar suspeitas. Aquele cara estava te olhando de forma curiosa, com certeza questionando-se o porquê da sua insistência – disse Harry. Hermione pareceu refletir sobre o que o amigo dissera.


_ Tem razão, sinto muito. Mas e agora o que vamos fazer? – a garota perguntou.


_ Ainda não sei, mas devemos ter cautela. Talvez deveríamos bolar um jeito discreto de entrar na sala e usar o espelho – Harry falou.


_ Concordo, pelo que vi eles não irão permitir que usemos o espelho assim tão facilmente – disse Rony.


_ Ok. Vou tentar pensar em algo – Hermione falou.


_ Vamos voltar? – pediu Rony – Estou morto de fome.


_ Sabia – disse Hermione e Harry sorriu. Eles voltaram para a casa de Helena, mas dessa vez foram recebidos por uma senhora de quase setenta anos. O sorriso e a voz serena dela fizeram Harry lembrar de Dumbledore.


_ Olá garotos, Helena falou de vocês – a senhora também tinha o sotaque de Helena.


_ Não queremos incomodar, se a senhora não permitir que fiquemos aqui, entenderemos – disse Hermione preocupada, e ela apenas sorriu.


_ Não será incomodo. Minha neta não tem muita companhia, seria bom se vocês ficassem – nesse momento ela olhou para Harry. Concluiu que ele deveria ser o tal garoto dos lindos olhos verdes e sorriu para ele, que retribuiu envergonhado.


_ Eu sou a Hermione, e estes são Harry e Rony – disse a garota apontando para os amigos.


_ Meu nom é Nice, mas chega de apresentações, vocês devem estar com fome, venham comer alguma coisa – disse convido-os para uma sala com uma grande mesa.


_ E a Helena – perguntou Harry, a senhora novamente sorriu e Harry corou de leve.


_ Ela não está, mas podemos jantar sem ela – disse sentando-se a cabeceira.
Todos sentaram e o jantar foi servido, eles conversaram bastante, os garotos estavam se sentindo mais a vontade agora, ela era uma senhora muito agradável. Terminado o jantar eles se recolheram, estavam bastante cansados e apesar de quererem esperar Helena, Nice insistiu que fossem dormir, pois sua neta demoraria naquela noite.



N/A: Pronto, dei um nome a cidade, Araneia! Huahauahuahauah!! Que nome viu? Mas foi o que achei melhorzinho!! Vocês não sabem, quando eu cheguei nesse capitulo que eu lembrei, eles não falam grego!! Aí tive que colocar que apenas algumas pessoas na cidade falavam a mesma língua que eles, eheheheheh!!! Desculpem-me se a fic não está muito boa, até pensei em excluí-la, mas decidi continuar. Estou tentando faze-la a melhor possível, oks?! Obrigada por estarem lendo e também aqueles comentam!! Bjos!! Pink_Potter

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