Capítulo 16



Capítulo XVI


Flashback – Último semestre do último ano
Local: Aeroporto de Londres
Horário: 11:05h
Quando:
10/JUNHO – sexta-feira


Lily tinha deixado bem claro o quanto iria desgostar de vê-lo ali. Mas James simplesmente fingiu não ouvi-la. Talvez porque estava em busca de respostas ou porque apenas aquela era a menina que mudou o mundo como ele o enxergava. Não podia deixá-la partir.


Os pais de Lily estavam ali para se despedir. Eles queriam que Lily fosse feliz, independentemente se sua felicidade agora estava em Liverpool. Sua mãe estranhou inicialmente a mudança repentina da filha (o fim do namoro, os choros e a decisão de fazer uma faculdade que não estivesse na cidade), mas preferiu não interferir. Lily já era bastante independente para optar por suas escolhas de forma coerente.


- Mamãe, assim parece que estou indo para o Kosovo para sempre – Lily reclamou, rindo e limpando as lágrimas.


A Sra. Evans chorava copiosamente no ombro da filha.


- Sou sua mãe, quem mais acha que vai sentir tanto a sua falta? – a mulher perguntou.


Lily tentou não pensar na resposta. Sabia que estava agindo por puro impulso e covardia, mas esperava que as coisas se assentassem com o tempo. James, Lily tinha certeza, iria superá-la. Ele já não tinha superado uma namorada? Então. Poderia fazer a mesma coisa daquela vez. Quem esquece uma vez, esquece duas.


- Não sei – Lily sorriu sem graça.


E foi bem aí (quando sua mãe enfim a soltou) que Lily notou aquela figura estranhamente familiar. Seu coração deu um pulinho. E logo murchou.


- Lily – James ofegou – Por favor.


- Veio se despedir? – a mãe de Lily perguntou, com toda simpatia.


- Não – James respondeu - Lily... nós precisamos conversar mais uma vez. Você está fazendo isso sem raciocinar direito!


Lily olhou para o alto, esperando que as lágrimas de dor que estavam prestes a voltar não viessem.


- Eu já lhe disse – ela enfatizou, andando até o garoto e deixando os pais um pouco de escanteio – Terminou. Se você é criança o suficiente para não aceitar isso, o problema é seu.


Seu coração doeu. Não queria ser tão dura nem grossa. Mas ela sabia que tinha que controlar a situação.


- Quem está sendo criança aqui é você. Eu não entendi nada. Se o problema é a sua insegurança...


- O problema está em tudo, certo? O que começamos foi errado. Eu mal consigo suportar o erro.


- É um erro se apaixonar? – James riu forçadamente.


- Você sabe do que se trata – Lily disse.


- Só porque eu me apaixonei por você? Você acha que eu era mais feliz com as falsidades de Kelly?


- Eu também me apaixonei por você e foi a coisa mais estúpida do mundo, porque sei que você vai ficar bem.


- Eu não vou ficar bem, não sem você aqui.


- Sinto muito. Mas isso não é nenhum filme. Não adianta implorar.


- Você é tão...


- O quê? – Lily se sentiu furiosa.


- Bem, covarde! Porque olhe só no que você está transformando tudo isso!


- Eu só estou fazendo o que é certo.


- Se isso fosse certo, você não estaria com o colar que lhe dei – James apontou para pingente de coração.


Lily teve ódio de si mesma. Como foi se esquecer daquilo? Claro, estava tão acostumada com o colar que se esqueceu completamente dele.


- Muito bem. Tome-o de volta. Não o quero.


- Não, por favor. Guarde-o – James lhe disse, implorando.


- Eu não o quero – ela repetiu, retirando o colar. Estendeu a mão com o objeto, para que ele o pegasse.


- É seu – James disse.


Lily começou a sentir as lágrimas rolarem. Por que ele tinha que tornar tudo aquilo tão difícil? Tão doloroso?


Ela jogou o colar longe, com raiva.


James olhou-a com mágoa.


- Se não o quer, alguém irá querê-lo quando achá-lo – Lily disse com fúria.


- Lily, por favor. Você já foi muito inteligente!


- Agora sou o quê? Uma ameba? – ela revidou.


- Só não está sendo racional.


- Eu sou altamente racional – ela respondeu - É você que se apega aos sentimentos muito facilmente – apontou para ele, com ironia.


- Então você se arrependeu de tudo?


- Não. Não me arrependi. Acho que a palavra não é essa.


- Você vai guardar as memórias, é? – James riu.


- Elas nunca poderiam me deixar – ela admitiu em voz baixa – Agora, dê-me licença. Preciso embarcar.


- Lily! – ela pegou seu braço.


Lily olhou para aquela mão. Sentiu uma vontade crescente de apenas abraçar aquele cara.


- Tchau – ela disse, soltando-se dele com rapidez.


Tudo o que ela se lembra enquanto passava pela porta de embarque era do ver James procurar algo com os olhos no chão encerado. 


~~~~


Narrado por: James Potter
Local: Prédio Albert Towers
Horário: 13:07h
Quando:
11/MARÇO – sexta-feira


Quando não conseguimos terminar as coisas direito não conseguimos começá-las novamente. Isso eu aprendera com muito sofrimento, enquanto esperava receber Lily mais uma vez em minha vida.


Eu não tinha terminado as minhas coisas com muita precisão. Minhas coisas tinham um rombo imenso. Elas ansiavam por Lily. Mas eu a estava aguardando com muita paciência. Eu sempre tivera muita calma. Até mesmo para rever a mulher da minha vida de volta em meus dias de rotina.


Lily estava tentando conviver com Max da melhor forma possível até o final da separação definitiva. Estava apenas esperando que suas coisas se finalizassem de forma correta.


Durante as horas em que eu e Lily nos encontrávamos, só conseguíamos pensar no depois, sabe? Ela já tinha sacrificado muita coisa por mim e por sua felicidade. Um emprego, tempo e mais felicidade. Porque eu não duvidava nadinha que Max pudesse fazê-la feliz (sem a coisa toda de ele não apoiá-la e sempre estar ocupado demais. Mas aí é pedir muito), se bem que considerando as possibilidades, Lily já estava muito chateada com ele.


- Ele lhe deu algum prazo? – eu lhe perguntei.


Estávamos em um dos jardins do meu condomínio, sentados em um dos muitos bancos brancos ali existentes.


- Não. Da última vez que “conversamos” ele me disse que eu tinha a total liberdade de permanecer junto a ele o quanto fosse necessário. Claro que não quero me demorar muito. Mas sabe como é. Estou fazendo uma super organização em minhas coisas... e essa transição pode demorar alguns dias – Lily me contou, com humor.


É incrível o quanto nosso humor muda de repente de acordo com quem estamos.


- Claro. É bem difícil mesmo. Principalmente dar adeus a um lugar que lhe pertenceu.


- Na verdade estou muito bem com essa parte, sabe? Não acho que vá sentir alguma saudade daquele apartamento – ela ficou calada um pouco, e continuou: - Lá era espaçoso, claro, mas e não sei. Existiam as suas coisas no meio das de Max, então eu até me sinto bem de verdade em deixar aquele lugar.


- Como assim coisas minhas?


- Nossas fotos na época de namoro.


- Você jogou o colar longe, mas não se livrou das fotos? Que hipocrisia, Lily – eu ri.


Ela riu também.


- Bem, eram memórias. Ainda que eu me desfizesse delas, você ficaria para sempre em minha mente.


Eu sorri e a beijei.


- Nem me lembro de quantas noites eu adormeci no sofá por chorar por sua causa – seus olhos brilharam, sonhadores.


- Sério? – eu me impressionei e juntei nossas mãos.


- Como eu não queria que o Max soubesse que eu estava chorando, eu guardava a sua caixa de fotos e ia para o sofá. Sou uma bebezona, não? – ela riu, tirando uma mecha de cabelo dos olhos.


Eu sorri, indicando que não. Que eu a adorava o jeito que era.


- Não sei como conseguimos passar tanto tempo sem nos beijar.


Ela soltou uma risadinha e pousou sua cabeça em meu ombro.


- Era estranho no começo, sabe? Eu fingia que você nunca tinha existido, e aí comecei a sair com o Max. E sempre que ele me beijava, eu me lembrava de você.


Eu ri, sem graça.


- Quando eu saía com outras mulheres também me sentia esquisito – contei.


Claro que eu só tinha saído com três, mas mesmo assim. Lily só tinha tido o Max o tempo inteiro.


Aliás, eu nem imaginava por que ela foi se encantar por ele.


O cara devia ser o maior chato. E nerd, pelo quanto a largava para cuidar das próprias coisas.


Não acreditava que eles quase se casaram.


E o filho? Meu Deus, eles quase criaram uma criança.


- Ah meu Deus, James Potter saiu com outras mulheres! – Lily exclamou.


- Claro. Poucas vezes, mas saí.


- Eu disse que você iria se sair bem.


- Mas não fui eu que quase me casei – eu disse.


- É. Nossa. Eu sempre fui romântica, mas nunca quis casar. Bem, não com o Max.


- E comigo?


- Está me pedindo em casamento?


- Só se você quiser. Você quer se casar comigo?


- James! – ela colocou as mãos na boca – Assim você me mata.


- Por quê? Não quer se casar comigo?


- Quero, só... bem, não agora. Preciso...


- De mais tempo?


- Só para ajeitar definitivamente as coisas.


- Bem, você não precisa entrar na igreja se não quiser, porque pense comigo. Você já vai morar comigo, e isso é quase um casamento.


- Nossa. É verdade. Então, estamos nos casando simbolicamente.


- É. O que acha disso?


- Que é uma das melhores coisas que já me aconteceu? – ela arriscou, sorrindo gentil.


Eu sorri, maravilhado.


Porque, sinceramente, alguém diria que eu reencontraria Lily Evans e recomeçaria a minha felicidade ao lado dela mais uma vez?


~~~~


Narrado por: Lily Evans
Local: Prédio Lancelot
Horário: 21:08h
Quando:
18/MARÇO – sexta-feira


Foi mesmo muito difícil fazer as coisas acontecerem. Eu estava já trabalhando na Mojo (e tudo bem, a minha primeira entrevistada não foi a Taylor Momsen, e eu tive de ficar escrevendo umas resenhas de outros jornalistas, mas estava feliz, porque eu teria uma coluna sobre “novidades”, sabe? Era bastante, até mesmo, legal) e ainda tinha que responder a um monte de e-mails e escolher um por mês para ser publicado, o que era uma tarefa completamente incrível e difícil.


Foi bastante incrível que eu tenha encontrado um tempo realmente bom para escolher todos os meus pertences que iriam para o apartamento de James. A grande parte, claro, fazia parte de meu trabalho, mas tinham também as recordações de família e de momentos. Fotografias perdidas apareceram e eu as coloquei em um porta fotos.


Descobri que eu tinha um armário infestado de entulhos que tinham que ir urgentemente para a lixeira.


Mas consegui fazer a limpeza. Deixei três armários completamente vazios na casa do Max, o que o deixou satisfeito (mas com um pouco de tristeza).


Quando entreguei a cópia que tinha da chave dele, ele disse:


- Pode ficar.


Mas como é que eu poderia ficar com uma coisa daquelas? Iria usar a chave dele no meio da noite para assaltar achocolatados na dispensa? Que utilidade aquilo tinha?


- Não posso, seria estupidez – eu disse.


- E se você quiser voltar?


- Max, eu não vou voltar – deixei bem claro.


- Mas e se arrepender?


- Não vou me arrepender. Agora é que estou curtindo a minha vida, sabe?


- Você nunca a curtiu junto a mim?


- No começo, sim. Você era um bom amigo, sabe? Acho que acabei confundindo as coisas – eu disse.


- Ah, claro, porque é muito fácil confundir amizade com amor – ele zombou.


- Na verdade, é sim – confirmei – Na época em que conheci o James, eu achava, eu precisava, que nós apenas éramos amigos, e aí vi que não era isso. Descobri que eu não meramente gostava dele, eu o amava.


- E você também não pode me amar?


- Não, quando meu coração pertence a outro. E esse outro é o James. Todo esse tempo, sempre foi o James.


- Então... você mentiu para mim todo esse tempo?


- Eu achei que podia ser feliz sem ele, mas descobri que é impossível.


- E se eu lhe disser que é impossível eu viver sem você?


- Max, acho que já estamos bastante grandinhos para sabermos que chantagem emocional não vai melhorar nada – eu falei, com impaciência.


- Isso é apenas a verdade.


- Olhe, eu ainda amava o James nos dias que estava com você, mas ainda assim continuei com você.


- Talvez por se sentir culpada.


- É, eu me sentia bem culpada – falei, ironicamente.


- Você não tinha o direito de ter mentido para mim por todo esse tempo – Max me disse.


- Agora já passou – dei de ombros.


- Vai mesmo embora assim?


- Quer mais o quê? Um beijo de despedida? – eu perguntei com sarcasmo.


- Posso pedir isso?


- Não – eu disse de forma taxativa, e me virei em direção à porta.


- Lily... – ele pegou a minha mão.


Soltei um suspiro de impaciência.


- Max, eu tenho que ir. Não posso prometer amizade.


- Vai me cortar para sempre de sua vida, é? - ele me perguntou com raiva.


- É necessário. Eu sinto muito – eu pedi.


E então fui embora. Max não foi atrás de mim, graças a Deus.


~~~~


Narrado por: James Potter
Local: Prédio Albert Towers
Horário: 21:42h
Quando:
19/MARÇO – sábado


Lily, finalmente, estava ali. Pertencia à minha casa. Eu podia estar ainda mais feliz se estivesse casado com ela, mas Lily tinha razão: aquilo já era um casamento. Como eu planejara desde os meus dezessete anos.


Nós ainda estávamos arrumando as coisas, claro. Seus papéis e seus objetos ainda estavam nas caixas, que estavam espalhadas pela sala. Estávamos abrindo uma a uma, para verificar o que continha e encaminhar tudo para os devidos lugares.


- Isso é um quadro? – eu perguntei.


- É, ganhei da minha tia pintora no Natal retrasado. Podemos pendurá-lo naquela parede – ela apontou.


Ainda bem que eu não tinha muitos quadros, porque Lily tinha levado uns cinco. Eu, ainda bem, tinha gostado de todos, de modo que concordei em pendurá-los.


Era estranho. Eu nunca tinha colocado nenhuma mulher dentro de casa. Fazer isso muda tudo, sabe?


Eu tinha tirado algumas coisas de um dos quartos que eu usava como “depósito” para dar espaço às coisas de trabalho de Lily.


As coisas estavam funcionando bastante bem.


- Acha que falta muito? – eu entrei no quarto, esperando ver metade das caixas já organizadas.


- Quase. O que acho disso daqui aqui? – ela me mostrou um elefante cor de rosa.


- Legal. Mas podíamos pegar um tempo para nós, o que acha? Estamos trabalhando desde das quatro da tarde. São quase dez. Não quer um banho?


Lily sentou-se na cadeira.


- É. Isso pode ser uma boa idéia.


- Temos todo o tempo do mundo para arrumar tudo – eu garanti. Porque era verdade.


- Tudo bem, vamos tomar um banho.


- Eu perguntei se você queria um banho.


- Entendi, você não quer tomar banho comigo – ela disse, olhando para as caixas, pensativa.


- Quero. Mas não foi essa a minha pergunta.


- Esqueça-se da pergunta. Eu quero tomar banho com você. Vamos?


- Vamos.


Certo, nós fomos tomar um banho quente, porque realmente percebi que estava muito precisado de um descanso.


Quando saímos do quarto, fui preparar um suco para nós. Lily continuou ali, deitada.


Empoleirei-me na cama, esperando que Lily se enroscasse em mim com seu copo de suco de uva.


Ela, como eu previa, fez isso.


- E agora? – ela perguntou.


- Quer dormir?


- Não. Quero fazer outra coisa. Mas é melhor acabarmos de tomar o suco.


- Você, hein – eu ri.


- É sério.


- Tudo bem.


- Podíamos ficar assim para sempre, não? – ela me perguntou.


- Para sempre – respondi.


Ela suspirou, e me beijou. Seu beijo tinha gosto de suco de uva.


- Eu já lhe disse que o amo, hoje?


- Algumas vezes, mas ficaria mais feliz se ouvisse mais uma vez.


Ela sorriu.


- Eu o amo – ela sussurrou.


- Prometo que nunca mais irei perdê-la – eu prometi.


- Eu é que deveria prometer isso.


- Não. Você deveria me prometer que vamos nos casar um dia.


- Tudo bem, nós vamos nos casar um dia. Não agora, tudo bem?


- Tudo bem – eu sorri.


Ela deixou seu copo na cômoda e deitou em meu peito.


- Acho que é melhor dormirmos – ela riu.


- É mesmo.


Em poucos minutos, Lily tinha adormecido.


Eu estava rezando para que Deus não tirasse Lily novamente de minha vida. Eu poderia passar o resto da minha vida naquela cama com aquela mulher.


Lily iria me pertencer para sempre.



____

N/a: hey hey, meus amores *-* Sei que esse capítulo ficou um pouco menor do que os outros, mas a fic, infelizmente, terminou. Estou tão triste... eu adorei escrevê-la, sabe?  Quero dizer um MUITO OBRIGADA a todos que acompanharam as minhas postagens, de verdade. Vocês me fizeram ter momentos maravilhosos com seus comentários. 
Muito obrigada a Cá Black, dominique. e  Vanessa Sueroz, porque vocês três foram as únicas que estão comentando agora, rsrs. Mas eu não me importo muito. Vocês me deixaram feliz *-*  
#dominique.: no capítulo anterior que tinha me esquecido de colocar a parte do flashback, sabe? Eu sou um unicórnio mesmo, rsrs. Agora você pôde entender um pouco mais por que a Lily deixou o James. Porque, sabe como é, ela estava com medo e tal. Eu sei, bem idiota. Mas, é, eu sou idiota e não encontrei explicação melhor. E vou te falar hein, esse capítulo veio à base de muito The Pretty Reckless *-* vou deixar o meu blog aqui, caso você queria dar uma sondada: http://ninahamsta.blogspot.com/. Beijo beijo, mermã ;*
# Cá Black: e aí, gostou de The Pretty Reckless? *-* se quer um capítulo muito fofo eu sugiro You, que é linda. Estou até pensando um fazer uma oneshot baseada nessa música *-* E, awn, que fofas nós *-*  Eu, você e a Dominique *-* yeeey. Vê se posta e se cuida. Beijo beijo ;*

Nina H.


12/03/2011

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Comentários (1)

  • camila prongs.

    ai, último capítulo? triste :( tipo assim, achei a coisa mais linda o James e o amor dele pela Lily *-* hey, unicórnio... você tem tumblr? se não, esqueça meu comentário. uahuahaua beijos o/

    2011-03-12
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