Revelações



Era sexta- feira á noite quando Duda entregou um cheque para James...


-30 mil libras? Mas o meu salário é só 10 mil e só devia receber na próxima semana, não?- questionou James


-Considere um bônus pelo seu rendimento- sorriu Duda sinceramente


-Obrigado, vou comprar algumas ações com ele- sorriu James


-Ações? Então o senhor vai viajar comigo?


-Sabe Sr. Dursley, trabalhar aqui com o senhor tem sido revigorante, eu só me senti assim uma vez, mas isso não importa mais... Eu quero continuar estudando e dar a volta por cima!


-Estudando...- disse Duda pensativo- Mas o senhor não escolheu dar um tempo na escola?


-Eu é...- gaguejou James encurralado


-Sabe James, eu preciso te contar uma coisa- disse Duda sério revelando que os dois eram primos- Nós não nos conhecemos antes, pois eu fui covarde e não tive coragem de responder as cartas do seu pai, ele é um bom homem e eu o vejo no senhor... Me desculpe...


            James estava chocado, mas compreendeu tudo.


-Olha, se fosse há um tempo atrás, eu ia gritar e brigar pelo senhor não ter me contado tudo desde o início, mas com tudo que tem acontecido comigo... Eu cresci e amadureci o suficiente para agradecê-lo pelo o que tem feito por mim. Vamos, seja sincero, o senhor só me contratou por causa do meu pai?


-Sim, mas eu precisava mesmo de um secretário e o senhor saiu melhor do que eu esperava, por isso recebeu esse bônus...


 -Agradeço novamente e se não se importar gostaria de continuar com o senhor...


-Certamente, mas se você deseja estudar, completar o segundo grau, precisa do seu histórico e eu gostaria que você escrevesse para seus pais dizendo que está bem- disse Duda sério


-Ok- respondeu James à contra gosto


 


Um tempo depois...


            Em seu quarto James escreveu quatro cartas, uma para seus pais, outra para seus irmãos, a terceira para sua namorada e a última para a diretora de Hogwarts.


 


Mãe e Pai,


 


Sinto muito por tudo, mas nunca me senti tão sem rumo na minha vida, por isso fugi, mas agora estou bem, encontrei um amigo que tem me ajudado bastante e que me deu um bom emprego.


Esse emprego me encheu de vida e me fez voltar a sonhar, decidi que irei me formar em uma escola trouxa e entrar na faculdade (estudar Economia) para eu crescer no meu trabalho.


Sinto muito por ter ficado quase que um mês sem dar notícias, mas tenho trabalhado muito, sem contar que não sei se consigo fitá-los novamente, pois eu sei que me tornei a vergonha da família...


 


Espero que me perdoem um dia,


Com amor,


James Sirius


 


            A carta que James escreveu para os irmãos foi semelhante a que tinha  escrito para seus pais.


 


Minha amada Kate,


 


  Eu sei que fui um idiota por ter fugido, mas eu precisava de um tempo para eu ter paixão novamente pela vida. Algo que consegui graças a um amigo... Só quero que você saiba que eu te amo muito e que se você não tiver vergonha  de viver com um aborto por opção, estarei te esperando.


 


Com amor,


James Sirius


 


 


A carta para a diretora foi simples e direta, sendo a única que foi escrita num papel que tinha a logo da “Constructor Universe”, com o seu respectivo endereço.


 


 


Prezada Sra. MacGonagall,


 


Solicito, com caráter de urgência, que a senhora me encaminhe o meu histórico escolar de modo que eu poça estudar em uma escola trouxa.


 


Desde já grato,


Potter, James Sirius


 


            Com muito cuidado, James enviou as cartas como a última vez (há duas semanas) e deu tudo certo com o esperado.       


 


 


Enquanto isso...


            Minerva caminhava pela Cambridge bruxa e se espantava em como aquela universidade era bonita e misteriosa. Entrou em um prédio e procurou por um renomado professor que tinha pós- doutorado em Criaturas Mágicas e gozava de seus apenas 30 anos.


            Entrou em um prédio que ficava ao lado da biblioteca e conversou com a recepcionista, explicando-a que desejava conversar com John Joseph Mackson.


-Só um instante, siga-me, a senhora está com sorte, ele acabou de terminar a sua aula.


            A recepcionista levou Minerva até o escritório do renomado professor.


-Sr. Mackson, a Sra MacGonagall deseja conversar com o senhor- disse a recepcionista


-MacGonagall?!- questionou John surpreso


-Exato, posso deixá-la entrar?


-Certamente- respondeu John ainda mais surpreso ao ver Minerva entrar- Por favor, sente-se- sorriu John achando aquela situação bastante interessante, pois nos seus tempos de Hogwarts era ele que ficava sentado na cadeira...


-Obrigada por ter aceitado me receber, Sr. Mackson


-É uma honra recebê-la, diretora- sorriu John- E, por favor, me chame de John, em que posso ser útil?


-Vim aqui porque o senhor é um estudioso das criaturas mágicas e fez seu pós-doutorado sobre os fantasmas, certo?


-Exato, finalmente descobri porque os fantasmas ficam presos aqui na terra, além de ter encontrado muitas respostas de como eles partem... Por quê?


-Porque o Sr. Bins está ficando mais transparente que o usual... E gostaria de saber o que posso fazer para ajudá-lo...


-Minerva- disse John fazendo uma pausa- Não há o que ser feito sobre isso, pois se isso está ocorrendo é um mal indicativo.


-Como?


-Olha, os fantasmas estão presos aqui na terra por alguma razão e a do Bins sempre foi dar aula. Se ele está ficando mais transparente que o normal, é um indicativo que ele está partindo para o mundo subterrâneo.


-Subterrâneo?!- questionou Minerva assustada- Por que coitado?!


-Porque ele descobriu que não tinha mais lugar e acabou agindo contra a vontade divina. Olha, o natural era ele simplesmente ir de encontro com a luz, mas pelo jeito ele agiu juntamente com o lado sombrio para poder ficar...


-Merlin...


-Mas professora MacGonagall, se ele se redimir a tempo talvez tenha esperança... Que tal a senhora me explicar o que está acontecendo em Hogwarts? De quando mais ou menos você começou a perceber essa mudança?


-Há duas semanas, quando o Potter saiu de Hogwarts...- disse Minerva pensativa


-Minerva- disse John sério- Se você quer mesmo ajudá-lo, não me esconda nada, principalmente sobre as razões que levaram o Potter sair de Hogwarts, pois não é coincidência, tendo em vista a sua fisionomia...


            Minerva contou tudo para o John e finalizou:


-Pelo jeito cometemos um grande erro... O Potter deve ser inocente...


-Certamente- disse John pensativo


-Quanto tempo ele tem?


-Isso depende do Potter- respondeu John


 -Não entendi


-Isso depende do quanto o Potter se afastou para completar o seu destino. Sabe, ao estudar os fantasmas acabei vendo que todos nós temos uma razão para estarmos aqui na terra, os fantasmas, em geral, ficam presos por não terem conseguido cumprir a sua meta ou por estarem muito presos ao mundo terreno ou por terem sido vítimas de um assassinato terrível, e nesse caso só conseguem partir com a punição do seu assassino...


-Você está dizendo que o destino do Potter é de se tornar professor de História da Magia?


-Exato, pelo menos era até ele ser expulso de Hogwarts e fazer uso do seu livre arbítrio para mudar o seu destino. Algo que ele deve estar muito perto... Sabe Minerva, pelo o que a senhora me contou, eu admiro muito esse jovem, ele foi muito corajoso ao não aceitar a sua proposta


-O pior é que ninguém sabe onde ele está... James fugiu de casa e não dá notícias há duas semanas... A mãe dele teme que ele possa ter se matado...


-Se isso tivesse acontecido, Bins já teria desaparecido não se preocupe. No mais, a senhora deve encontrá-lo e encontrar um jeito para ele pelo menos, voltar a estudar...


-Obrigada- agradeceu Minerva


-Disponha- sorriu John


 


Em Hogwarts....


            Alvo andava pelo corredor a caminho da sala do zelador, quando quase teve um enfarto ao ver Mathew e Scorpius seguindo pelo mesmo caminho só que no sentindo oposto, se encontrando na porta.


-O que vocês estão fazendo aqui?!- questionou Alvo nervoso


-Você anda muito nervosinho ultimamente, Potter- zombou Scorpius


-Nós estamos de detenção com o zelador hoje à noite, por quê?- disse Mathew rapidamente


-Que cara é essa Potter?! Nós tínhamos que pegar autorização com você por acaso?- questionou Scorpius rindo


-Me dá um tempo Malfoy!- disse Alvo se controlando para não avançar pra cima do loiro


-Gente calma, vocês são amigos!- disse Mathew se colocando no meio dos dois


-Nós ÉRAMOS amigos!- disse Alvo vermelho de raiva


-Começou-  sussurrou Scorpius que não agüentava mais aquela lengalenga


-Nós ÉRAMOS AMIGOS ATÉ ELE começar a NAMORAR a minha prima às escondidas! Eu fui o último a saber!


-Al se acalma- pediu Mathew


-Al você está pior do que uma mulher- disse Scorpius rindo


-NÃO ESTOU BRINCANDO MALFOY- disse Alvo sacando a varinha obrigando o Scorpius a fazer o mesmo- Não te perdôo por aquele seu namorozinho  com a Rose!


-Cara só durou um mês ou até menos! Foi no mês passado Al! Recalca cara!- disse Scorpius sério


-Recalca é a sua língua de cobra!- disse Alvo sério- SUA DONINHA


-CHEGA- berrou Mathew


-Posso saber o que está acontecendo aqui?- questionou Filch que tinha acabado de chegar


-Nada- responderam os três em coro


-Prontos para a detenção?- questionou Filch sorridente abrindo a porta de sua sala- Sentem-se e fiquem quietos sem nenhum pio!


            Os três obedeceram, sendo que Mathew sentou-se no fundo, enquanto Alvo ficou á frente do zelador e Scorpius perto da janela. Uma hora depois, Lilian entrou na sala (utilizando o feitiço desilusório), silenciosamente passou pelo pequeno corredor e assim que se aproximou do zelador, murmurou “Confundo”.


-Lily, finalmente- sorriu Alvo vendo a irmã colocar a poção da verdade no café do Filch


            Scorpius e Mathew ficaram atônitos.


-Nem vi a porta se abrir- disse Scorpius


-É porque você é lesado Malfoy- atacou Alvo


-Alvo Severus!- repreendeu Lilian- Agora preciso ir, se não as meninas vão desconfiar...


-Vai maninha- disse Alvo abraçando Lilian que saiu correndo logo em seguida


            Alvo sentou-se em seu lugar e ficou observando Filch que acordou instantes depois confuso, mas assim que deu um gole no seu café, seus olhos ficaram parados e Alvo sorriu.


-O seu nome é Argus Filch?- questionou Alvo colocando um gravador na mesa e ligando-o


-Sim


-Você sabe quem foi o responsável pelo roubo dos gabaritos?


-Não


-Você se lembra de algum acontecimento inusitado na semana do roubo?


-Sim


-Diga


-Eu vi o professor Bins saindo da Torre da Grifinória, um pouco antes do Neville entrar para procurar os gabaritos...


            Alvo sorriu vitorioso, desligou o gravador e colocou-o em seu bolso. Mas assim que virou, viu Mathew desesperado voltando para a sala do Filch.


-A MacGonagall está vindo!


            Os três voltaram para seus respectivos lugares e esperaram sentados pela entrada da diretora na sala.


-Argus, precisamos conversar- disse Minerva olhando para o zelador que estava muito estranho- Boa noite rapazes


-Boa noite- responderam Mathew e Scorpius


-Sr. Potter?


            Alvo não respondeu.


-Menos 5 pts da Grifinória pela sua falta de educação!- disse Minerva firme


            Alvo deu de ombros e viu Minerva se aproximar do zelador.


-O que vocês fizeram com ele?- questionou Minerva examinando o café e constatando que tinha algo de errado, olhou para o Filch e teve certeza que ele tinha bebido determinada poção- Respondam!


-Eu dei a poção da verdade para ele!- disse Alvo se levantando e ficando frente a frente à diretora- O que a senhora vai fazer? Expulsar-me que nem expulsou o meu irmão?!


-Não Sr. Potter, nós iremos para a minha sala e eu irei chamar o seu pai, já que a sua mãe não tem condições de vir à escola, não é mesmo?


-Graças à senhora!- rebateu Alvo


-O senhor não pode negar que o seu irmão colheu o que plantou no decorrer dos anos nessa escola- disse Minerva séria- Agora acompanha-me!


-Ai, o que houve?- questionou Filch recobrando os sentidos


-Boa noite Sr. Filch, depois conversamos. Venha Potter!- disse Minerva séria


            No meio do caminho...


-Professora, eu preciso ir ao banheiro- mentiu Alvo, imaginando que Rose, Hugo, Kate e os gêmeos ainda estivessem na sala


-Está bem, eu irei aguardá-lo na porta- disse Miner firmemente


“Ótimo”- pensou Alvo satisfeito


-Que seja...- disse Alvo


            No banheiro, Alvo enviou uma mensagem via patrono para os amigos, alertando-os que Minerva tinha chegado.


-Agora, vou fazê-la ficar plantada na porta por vinte minutos- disse Alvo rindo


 


Enquanto isso na diretoria...


-Vamos chapéu! Conta para gente!- implorou Kate- Diga o que você sabe! Por favor!


-É chapeuzinho lindo, fofis, bonitinho e charmoso- disse Rose fazendo carinho no chapéu


-Fala logo, se não jogo você na lareira!- ameaçou Lorcan


-Está bem, está bem não agüento mais vocês!- disse o chapéu- seletor


                        Até que...


-Droga, a diretora está em Hogwarts, mas o Al disse que consegue fazê-la ficar parada por pelo menos vinte minutos- disse Rose apreensiva


-Então?- disse Hugo- Você não quer virar churrasquinho, quer?!


-Olha, eu vi o professor Bins deixando a gaveta aberta propositalmente no dia que o Potter foi pego em flagrante! Pronto falei! Satisfeito?!


-Muito- disse Lysander- Mas o senhor tem que nos promoter que irá contar isso assim que for solicitado, se não...


-Churrasquinho- disse Lorcan sério


-Está bem seus delinqüentes!- disse o chapéu- seletor


 


No banheiro...


 -Potter, não me obrigue a- disse Minerva calando ao ver Alvo que tinha acabado de ser avisado que todos já tinham saído da diretoria


-Algum problema?- questionou Alvo


-O que o senhor estava fazendo, demorou 25 minutos!


-O número 1 e o número 2- respondeu Alvo sorrindo


-O senhor está cada vez mais parecido com o seu irmão- disse Minerva fitando Alvo


-Obrigado- respondeu Alvo


“Santa paciência”- pensou Minerva


 


            Na diretoria...


-O seu pai já está á caminho...


-Tá- disse Alvo dando de ombros


            Assim que Harry chegou, Alvo encolheu-se na cadeira e ficou pálido, pois seu pai tinha uma fisionomia muito séria na face.


-Professora MacGonagall, boa noite- disse Harry sério colocando a sua mão no ombro do filho- O que houve?


-O seu filho colocou a poção da verdade no café do zelador


-Como?- disse Harry surpreso- Por quê?- disse Harry olhando para o filho


-Porque eu sabia que ele tinha algo á dizer à respeito do meu irmão- respondeu Alvo criando coragem- Ele me disse que viu o professor Bins sair da Torre da Grifinória antes do Neville chegar e encontrar os gabaritos


-Sr. Potter o que o senhor está falando é algo muito sério- alertou Minerva


-Escuta então- disse Alvo retirando o gravador do bolso e ligando-o


-Interessante- disse Minerva séria


-E tem mais, não tem chapéu- seletor?!- disse Alvo olhando para o chapéu


-O professor Bins deixou a gaveta com as fotos do Potter um pouco aberta para ele ficar curioso e abri-la á tempo da senhora pegá-lo em flagra- disse o chapéu- seletor


-O que a senhora tem a dizer sobre isso?!- questionou Alvo


-Sr. Potter ponha-se no seu lugar, não devo satisfações a nenhum aluno dessa escola! O que o senhor fez com o zelador é inadimissível! Vou retirar 50 pontos da Grifinória por causa disso e o senhor terá que cumprir detenções até o final desse ano para abaixar esse seu facho!


-Você é uma tirana, filha da....- Alvo não conseguiu completar a frase, pois seu pai apertou o seu ombro


-Professora, posso conversar com o meu filho em particular?- pediu Harry sério


-Certamente- respondeu a diretora retirando-se para o seu gabinete que ficava no andar de cima


-Alvo Severus! O que foi isso?!- questionou Harry sério- Não foi essa a educação que eu e sua mãe te damos!


-Pai!- disse Alvo indignado se levantando da cadeira


-Cala a boca! Como você ousa desrespeitá-la?! O que ela te fez?!


-Expulsou o meu irmão! O seu filho!


-Alvo, o seu irmão colheu o que ele mesmo plantou no decorrer dos anos nessa escola. Ela não tem culpa.


-Mas...


-Alvo, essa sua raiva e revolta não vão te levar à lugar nenhum- disse Harry firme


            Alvo fitou o pai e pensou no que ele tinha acabado de falar.


-Você tem razão, o Jay nunca foi um santo... Mas ele merecia o benefício da dúvida!- rebateu Alvo


-Com provas contra ele, fica difícil Alvo, tenta compreendê-la e ela ainda fez muito para mantê-lo na escola...


            Alvo se afastou do pai e foi até a janela.


-É que eu sinto tanta falta dele... As vezes queria sair por aí e procurá-lo...- disse Alvo tristemente


-Ele vai aparecer Al, não se preocupe, ele vai nos dar notícias, tem que dar...- disse Harry ficando do lado do filho


-Sinto muito pai... Você tem razão- disse Alvo com lágrimas nos olhos sendo abraçado pelo pai- Vou pedir desculpas para ela


-Faça isso filho- sorriu Harry

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