O beijo de um inimigo



Hermione estava nervosa naquela noite, afinal suas experiências com a Poção Polissuco à alguns anos atrás foram um tanto traumáticas, mas para o plano dar certo, precisava ser feito.


- Harry, tem certeza de que sou a indicada pra isso? É que eu não tenho experiência, não sei como agir igual a um deles, ia ser melhor se você ou o Rony...


- Hermione, já decidimos que vai ser você, eu sei que é perigoso, mas, já imaginou eu ou Rony de saia dando em cima do Draco por aí?


- Vocês têm razão... – Ela riu nervosa, logo em seguida olhou para a poção lamacenta com certa hesitação, mas por fim a tomou e esperou dar resultado e em poucos minutos se viu com a cara de quem menos gostava naquele castelo: Pansy Parkinson.


Como o Draco consegue gostar dela? Pensou Hermione Ela não tem nada demais, a não ser a cara de Dragão Norueguês. Ela seguiu até o salão comunal da Sonserina, tomando cuidado para não ser pega por Filch, mas isso não importava afinal, ela agora era Pansy por uma hora, uma aluna da Sonserina, só estava indo para a sua sala comunal, mas deveria ser rápida. Quando chegou à entrada da sala congelou, não sabia a senha, era impossível que ainda fosse sangue puro. Mas então veio a salvação ou alguma coisa parecida com isso, Crabbe estava chegando de uma detenção da Mcgonagall.


- E aí, Pan o que está fazendo aqui sozinha à essa hora?


- Eu tive que falar com Snape e a conversa acabou demorando um pouco. – Essa foi a única idéia que veio à sua mente.


- Pensei que tava me esperando. – disse Crabbe, rindo idiotamente.


- Cala a boca otário, e abre logo essa porcaria de porta. – e como ela pensou, era exatamente assim que Pansy tratava Crabbe.


Quando Mione, nervosa entrou no salão comunal frio e cavernoso olhou em todos os seus cantos procurando por Draco, quando de repente ele surgiu descendo as escadas de mármore, que deveriam levar aos dormitórios, como um anjo olhando para ela. Aqueles olhos acinzentados tão intensos e frios, olhando para ela como nunca olhara antes, e que a fez sentir arrepios da cabeça aos pés. Sem explicação, simplesmente aconteceu. Sem pensar no porque eles se aproximaram um do outro e se beijaram. Draco não entendeu o motivo da sua atitude, mas sentiu alguma coisa verdadeira nos olhos de Pansy e ao se aproximar dela um forte cheiro de canela, tudo isso lhe parecia tão familiar, como um deja vu. Mas aonde já sentira aquele cheiro? Aonde tinha visto aquele olhar? Tinha certeza de que não foi em Pansy.


Hermione também não sabia o porque daquele beijo, só simplesmente sentiu que precisava, sentiu ternura nos olhos de Draco, sentiu algo muito forte naquele beijo, mas afastou esses pensamentos da sua cabeça rapidamente, já que seu tempo era curto.


- Então Draco, você tem visto os comensais ultimamente? – Mione arriscou, não sabia até que ponto Draco tinha contado para Pansy sobre os comensais. Até que seus olhos se tornaram frios outra vez e ele disse:


- Já te falei que eu não ando com os comensais Pansy, vai ficar sempre insistindo?


-Ah, me desculpe Draco, eu esqueci, eu ... -  Estava claro que Pansy não nada sobre o que Draco estaria tramando com os comensais.


 


Percebendo que seu tempo já estava acabando arranjou a primeira desculpa que veio á cabeça:


- Hã... eu acabei de me lembrar, esqueci alguns pergaminhos com o professor Snape, é urgente, vou ter que voltar pra buscar. – Draco não disse nada, só sentou no sofá fitando o chão. Então Mione correu até sair das vistas do salão comunal da Sonserina, e olhando para sua pele viu que voltara a ser Hermione Granger, e agora sim estava correndo perigo de ser pega por Filch. Andou o mais silenciosamente que pode, até que sentiu alguma coisa puxá-la com força, seu coração congelou, mas para seu alívio era Harry embaixo da capa de invisibilidade que a estava esperando ali.


- Quer me matar do coração? Pensei que era o Filch. – disse Hermione ofegante.


- Eu só queria que você não fosse pega por ele, você sabe como são as detenções dele, ainda mais com o pessoal da Grifinória...


Eles ficaram ali se olhando por um tempo, Mione estava com a impressão de que ultimamente Harry havia se aproximado cada vez mais, mas do que um melhor amigo, ela sabia o que aconteceria a seguir, os dois ali sozinhos, muito próximos, sem poderem ser vistos por ninguém, Harry a beijaria, mas ela não queria, não ali. Ela não sabia explicar o porquê, então antes que ele se aproximasse mais ela disse:


- Vamos Harry, o Rony deve ta possesso com essa demora, você sabe como ele fica quando ta com sono, ou com fome, parece o Snape depois de ter que lavar o cabelo.


Os dois seguiram para o salão comunal da Grifinória, encontraram Rony dormindo no sofá de boca aberta, quando eles se aproximaram, ele gritou alguma coisa sobre faltas no Quadribol. 


- Eu não disse que tínhamos que ser rápidos? É melhor não acordar ele, contaremos tudo amanhã. – disse Hermione.


Ao contar todos os detalhes do que acontecera, ela omitira o beijo para Harry e Rony, mas não entendera o porquê, não foi nada importante, fazia parte do disfarce ou pelo menos ela achava que fazia. Enquanto isso, Draco estava em seu dormitório tentando inutilmente se concentrar em uma lição de feitiços, ficava pensando aonde tinha visto aquele mesmo olhar embora parecesse loucura. Sabia que não era em Pansy, mas em quem?  Alguém próximo talvez, aos poucos adormeceu pois estava cansado e amanhã iria se encontrar com Bellatrix para informar os passos de Dumbledore e de Harry.


 

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