primeira parte




Primeira Parte


 Eu não sei exatamente como começar isso aqui. A conselheira da escola, a Sra. Figg, disse pra ver isso como se fosse um diário. O que é patético, quando eu sei que isso é mais um mecanismo para meu psicanalista avaliar.


 Voltando ao X da questão. Seria legal começar dizendo meu nome. Alice. Sem sobrenome, eu acho que sobrenomes são uma forma bem arcaica de julgamento. 


 Vou explicar como funcionam as coisas nessa escola, se você for rico é popular e domina, se seus pais – como os meus – têm que suar para trazer dinheiro pra casa, você é um excluído.


 Claro que há os sub-grupos. Tem o dos atletas, das lideres de torcida. E o dos nerds e dos irrelevantes socialmente. E é claro, os que se encontram bem abaixo deles, os que num sistema de castas seriam os dalits. A essa somente eu pertenço.


 Talvez seja porque eu não me encaixo nos estereótipos, não sou nerd como a Lily, nem uma patricinha como a Emmy. Eu sou invisível. Me psicanalista acha que talvez seja esse meu problema. O fato das paredes chamarem mais atenção que eu.


 Eu tenho alguns amigos sim!(há toma isso conselheira, você disse que eu não conseguiria.)


Tem a Lily, o Remus e bom eu as vezes falo com a Marlene, uma vez perguntei que dia era. Mas de todos o melhor amigo no mundo todo é o Argus. Mais conhecido como zelador Filch.


 Ele costuma me mostrar todo o tipo de coisa estranha que as pessoas deixam por ai, ou esquecem nos armários. Ele me dá uns animais mortos pra dissecar também. Tá, essa parte é mentira só queria ver a cara da Sra. Figg quando ler isso.


 Outro motivo que me faz ser invisível aos olhos de qualquer ser vive na Hogwarts High, além do fato de eu estar sempre com a cara em livros de biologia, é que todas – todas, sem exceção – as minhas roupas são pretas. Isso não é nem ao menos uma forma de protesto tosco, verão passado eu li em uma revista que black is the new black. E que era a cor da moda. Eu gosto de moda, viu?


 Como diz a Sra. Figg, eu preciso mudar a minha atitude para que as pessoas possam se aproximar de mim. Há, como se isso fosse acontecer, desde que se espalhou um boato de que eu matei o ultimo diretor porque ele olhou nos meus olhos (?).


 Droga, tenho que voltar a prestar atenção na aula de química. Eu estava realmente muito interessada nas ligações químicas do carbono, quando vi que alguém estava bem ao meu lado. Tentei me lembrar quem era ele, era Alguma-Coisa Longbotton.


  - Tem alguém sentado ai? – indicou com a cabeça a cadeira ao meu lado.


 As pessoas como disse me evitam, então nunca tive parceiros já que a Lily está na aula avançada. Fiz que não com a cabeça. Tirei minha bolsa preta da cadeira e ele se sentou.


  -Frank. – disse estendendo a mão que estava enfaixada.


  -Alice. – disse fingido não ter visto sua mão. Pensei que ele fosse desistir, mas aparentemente ele não sabe o que é ser ignorado, já que começou a agitá-la na minha cara. E quando o olhei feio ele a estendeu novamente, então tive que apertar.


  -Meu parceiro Peter e eu tivemos um problema, os médicos garantiram que suas sobrancelhas vão crescer novamente, mas por enquanto seria bom se ele evitasse o laboratório de química, e fogo de uma forma geral. – ele disse como se explicasse o porque dele estar sentado ali.


  -Foram vocês então que puseram fogo no laboratório semana passada. – disse. E de alguma forma ele tomou isso como um incentivo a falar mais.


  -Foi, e é em grande parte minha culpa, acho que o Peter sacou isso porque tem me evitado ultimamente. Espero que ele não ache que foi proposital. – continuou falando.


 O professor começou a falar então voltei a me concentrar na aranha do teto, a tarefa era bem simples, só tínhamos que misturar alguns elementos e dizer o que formava.


 Estávamos fazendo uma mistura de NaCl, quando o Frank derrubou a mistura em cima de si mesmo e boa parte de seu caderno, começando a gritar.


  -Argh! Isso arde. Ta queimando. – gritava atraindo a atenção indesejável da sala toda pra nós. – O que é isso?


  -NaCl. – disse levantando as sobrancelhas.


  -Arrrrrrrgh, vou perder minha mão. – disse pulando.


  -NaCl é sal de cozinha. – disse sorrindo.


  -Ah, é? – ele voltou a se sentar, limpando o caderno.


 Começamos a rir desesperadamente, só paramos porque o professor olhou feio pra nós perguntando se já tínhamos acabado.


  – O que vocês estão olhando? Podia ser acido sulfúrico. – disse pra a dupla na nossa frente.


 Parando pra examinar Frank mais atentamente percebi que os olhos dele não eram azuis como o céu, ou verdes-água. Eram castanhos, mas não um castanho feio, eram castanhos claros, e só de olhar pra eles me dava vontade de rir.


 A partir daquele dia Frank e eu nos tornamos amigos. Lanchamos juntos e tudo mais, assim eu não precisava mais comer com o zelador durante o recreio. E isso eleva pra 4,5 o meu número de amigos. Toma essa Sra. Figg.
 




n/taly: Toma essa Sra. Figg, hihi a Alice é tão doidinha, mas tenho que confessar que o melhor foi o Frank gritando por causa do sal tipo assim:


 -NaCl é sal de cozinha. – disse sorrindo.


 -Ah, é? – ele voltou a se sentar, limpando o caderno.


 Ri muito, hehe. Agora, espero que gostem e comentem.


Beijos, Talita. (Aquela que faz aniversário amanhã –15/09-)

n/michelle: Essa fic demorou anos pra ser escrita, porque eu apaguei totalmente o capítulo que tinha escrito, já tava um clichê total, sem contar que eu não goste do que tava lá. A Alice aqui é uma excluída gente, mas gostei da personalidade dela assim. Desculpem pela demora, era pra ter sido postada em março, saca só o atraso, mas era caso de bloqueio mental, OK?
  PARABÉNS TALITA! É BIG É BIG É FESTA É FESTA!

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