Noite pueril



Como era complicado controlar o nervosismo... Já começava a ficar difícil manter-se sobre as próprias pernas. Seus ossos nem de longe pareciam sólidos.



Ajoelhou-se aos pés dele e pôs-se à observá-lo. Queria deitar-se ali e ficar ao seu lado eternamente. Avançou alguns centímetros - sobre ele. Severus tinha o sono tão pesado quanto o dela. Avançou mais. Ele abriu os olhos. Fez menção de falar, porém nada disse.



A cada movimento, o vazio que separavam seus rostos abreviava-se. Nancy sentia sobre seu peito o calor do corpo dele. Suas veias queimavam de prazer por estarem tão próximos. Seus lábios imploravam por uma estréia. Os de Snape encontravam-se entreabertos. Também pediam; careciam.



- Sempre amei você. Saiba disso. – ela sussurrou olhando-o nos olhos



- O que é arriscado me assusta.



- Não há nada arriscado.



- O amor é.



- Não, não é.



- Todos sofrem pelo amor.



- É, eu sofri. – Nancy não conseguiu conter sua última lágrima



- Eu sofro. – Snape a puxou para mais perto



Um beijo iniciou a noite que marcou melancolicamente a vida de ambos.



Nancy Wylen. Severus Snape. Duas vidas. Um adeus.




N/A: Espero que tenham gostado da minha primeira short. Não esqueçam de comentar!

Bjitos leitores queridos!

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