Duas Incumbências a Contragost



DUAS INCUMBÊNCIAS A CONTRAGOSTO

Segunda-Feira, 5 horas da manhã. Salão Principal.


Após muito relutar, Severo precisou aderir aos planos do diretor. Observava agora, as finas marcas deixadas por uma língua de fogo vivo que envolvera suas mãos e as de Dumbledore na noite anterior. A promessa estava feita. Agora, ou era sua vida ou a de Dumbledore. Certamente ele preferia acabar com a sua, a ter de matar o único homem que ousou confiar nele e lhe dar uma chance de recomeçar. Mas as palavras do diretor ainda ecoavam em sua mente a uma hora destas: “já estou velho, mas ainda não estou louco, nem tampouco menos sábio. Se lhe proponho este feito, é por boa causa.”.


Vozes começavam a surgir da entrada do Salão Principal, trazendo Snape de volta à realidade. Puxou o relógio de dentro do bolso. Nem vira a hora passar! Em pouco tempo teria aula com os alunos do sexto ano. Imediatamente lembrou-se de sua outra missão: Hermione Granger.


Com a tão importante incumbência de matar Dumbledore, Snape nem parara para pensar na insignificante aluna sabe-tudo. O que poderia ser pior que zelar pela vida de uma criatura tão repugnante como aquela? Apenas o fato de ter de zelar pela vida de Harry Potter... E isso ele já fazia a contragosto há muito tempo.


Agora não poderia ser pior.


De repente, pela porta principal, surgiu a imagem de Hermione Granger, com seus cabelos excepcionalmente bem penteados, as vestes sempre muito bem ajeitadas. Aquela postura de menina certinha que jamais quebrava as regras. Snape fitou-a, furiosamente. Detestável figurazinha, pensava consigo mesmo, ou como diria Draco Malfoy: Sangue-ruim...


O pedido de Alvo ainda intrigava Snape. O que haveria de tão especial em Hermione Granger, para que ele precisasse tomar conta dela?


Nada lhe vinha à cabeça. Apenas a feliz lembrança de que sua missão ainda não começara.

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