Despedida



Naquela noite tudo mudava. Sairia de seu mundo e iria para outro completamente diferente.Um mundo onde não teria que temer ser descoberta, que não precisaria ter vergonha de quem era. Tentava não lembrar do que tinha passado neste lugar ou como havia sofrido ao ser rejeitada de tantas formas, porém, estar na frente da 2ª Ala da Mansão de La Fére não ajudava nada...


 


 


 


Amantes da Noite  A história daquela que não tinha nada a perder.


 


 


Sua vida na mansão definitivamente não foi das melhores, por ser a filha bastarda do conde foi obrigada a ficar na ala dos criados ,ter uma criação diferente e, agora que descobriu ser uma bruxa, ir para uma escola escolhida por seu tutor.


-Srtª Grandemoniére – Jéssica se virou ao ouvir ser chamada por um dos criados, que lhe fez uma mesura – sua carruagem está à sua espera


- Meu pai ainda não chegou – disse friamente ao criado,não porque queria que ele se sentisse mal, mas porque ela simplesmente não podia entender como  ou porque do conde estar atrasado em sua despedida. Ela já estava ficando com raiva. Como ele pode fazer isso comigo? Já não basta eu ter passado minha vida inteira excluída da nossa sociedade? Quando ela ia começar a praguejar,ele abriu a porta e andou até ela, andou não, flutuou até ela. Meu pai...ele é o que as pessoas chamariam de beleza sobrenaturalmente rara. (...)È óbvio que é normal para nós pessoas pálidas, que flutuam, belas, que parecem mais harmônicas com tudo a sua volta... Mas ele consegue dominar as pessoas a sua volta com apenas seu olhar e sorriso. O que na verdade não é muito legal... Me cansa ver a quantidade de mulheres na nossa porta. Ele sorrindo para todas aquelas bobas, me da nojo. Pelo menos eu sei que ele só riu de verdade para duas pessoas. E uma delas foi minha mãe.


-Jéssica, me perdoe pelo atraso, não era meu objetivo te deixar esperando ou irritada – Então ele deu um sorriso fraco para ela, o que fez com que toda sua raiva se dissolvesse. Droga! Como ele consegue isso?


-O senhor esta aqui, não está?


Ele sorriu mais.


-Que bom que você não está chateada. Acho que finalmente chegou o momento de falar... me desculpe por não estar presente... Duvido que eu tenha sido um bom pai... mesmo por causa das circunstâncias eu não tentei o bastante...


-Não diga mais nada.


-Como quiser. Desejo-lhe uma boa viajem.


-Adeus.


“E assim entrei na carruagem.Prometi a mim mesma que não iria chorar,mas agora que eu realmente estava indo embora não conseguia parar de pensar no som do rio que corria depois da colina, no cheiro das macieiras, nas cores que o céu ficava quando chovia e no Drake, meu primeiro amigo... Foi quando caiu a primeira lagrima.

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