Plano de conquistamento.



Fui para a cozinha, onde Hermione estava, e ela começou a me encarar.


         E eu to com medo. É. A cara dela não está muito agradável.


         - Ron, por que você contou ao Harry?


         - Eu... Eu...


         - Olha, se eu não fosse sua amiga e não soubesse que você só está querendo meu bem, eu iria te bater até você ficar mais vermelho do que o seu cabelo. Mas como você é meu amigo, não vou fazer isso.


         Ufa.


         - Ron, não precisava ter contado ao Harry – ela falou calmamente.


         - Mione, nós estamos juntos nessa. Sempre foi assim. Somos um trio, lembra? Juntos sempre! Até em casos como procurar horcruxes idiotas! Se você vai duelar com o Malfoy, nós também vamos.


         - Mas Ron! Não! Não quero que vocês vão!


         - Tá legal, mas se você demorar mais de meia hora vou até lá te buscar.


         Mentira. Eu estaria lá o tempo todo.


         - Tá, tudo bem. Acho.


         - Aonde exatamente você vai desaparatar? Sabe, só pra saber...


         - Hm, acho que atrás da casa dos gritos...


         - Ah, legal. Boa sorte, Mi...


         - Obrigada – ela me abraçou


         Aah pude sentir o cheiro de rosas que vinha do cabelo dela. É a melhor coisa que meu nariz já sentiu. Eu simplesmente AMO o cheiro dela. E é por isso mesmo que eu tenho que protegê-la contra o loiro oxigenado. Se não, nunca mais sentirei seu cheiro maravilhoso. Não é só por isso que eu tenho que protegê-la, claro. Mas vocês entenderam. Ou se não, podem falar “Ron, seu cabeça de cenoura estúpido, explique direito!”. Eu deixo.


         - Hã, Ron. Por que você está cheirando meu cabelo? – falou Hermione vermelhíssima


         AH, POR QUE EU SOU TÃO IMBECIL QUANDO ESTOU COM ELA?


         - Uh, desculpe. – falei me desvencilhando dos braços dela – eu, er, seu cabelo é cheiroso.


         - Obrigada... O... O seu também é, acho...


         - Hm, tá, então... Acho que vou para meu... Meu quarto.


         - Tá, eu vou fazer o jantar daqui a pouco...


         Eu comecei a andar, com a intenção de ir para meu quarto, mas acho que eu ainda estava meio zonzo e em transe.


         - Uh, Ron, seu quarto é por ali... – falou Hermione apontando para a direção oposta à que eu estava indo.


         - Hã, certo. – falei que nem um idiota, dessa vez indo na direção certa.


         Talvez eu devesse me internar. Me tratar, sei lá. Se eu continuar a agir feito um idiota na frente de Hermione, juro que vou me internar.


         Poxa, eu tenho um amor obsessivo por ela desde que eu me conheço por gente. E se eu continuar agindo como um dã não vai ajudar muito.


         Hm... Será que ela também gosta de mim? Provavelmente não. Até parece que iria gostar. Mas a partir de agora estou disposto a conquistá-la, e não vai ser nenhum oxigenado com cara de fuinha como o Malfoy que vai me impedir. É.


         Por isso, se Hermione precisar, lutarei até vencer Draco Fuinha Malfoy, até a morte, se for o necessário para mantê-la a salvo, ou eu não me chamo Ronald Billius Granger Weasley (pode parecer infantil e gay colocar o “Granger”, mas eu me sinto melhor usando ele).


         Fui até a cozinha, onde ela já estava preparando o jantar, como dissera.


         - Hm, quer ajuda? – perguntei


         - Tudo bem! – ela falou sorrindo para mim – pode ir mexendo o macarrão para mim, enquanto eu corto os tomates?


         - Claro.


         Ficamos em silêncio por um ou dois minutos, até eu finalmente tomar coragem e perguntar:


         - Mione, você está saindo com alguem?


         - O que? Para que a pergunta, Ron?


         - Desculpe... Só... Só queria saber... Não precisa responder se não quiser... – na verdade precisava sim, mas eu não podia pressioná-la, ou ela não falaria mais comigo.


         - Bem, não estou saindo com ninguém...


         Aeae, isso já facilita bastante meu plano de conquistamento!


         - Mas, você gosta de alguém? Sabe, está apaixonada por algum cara?


         Pude perceber que ela ficou nervosa com essa minha pergunta, pois ficou coradíssima.


         - AI!- berrou ela


         Vi o que havia acontecido; ela havia ficado tão nervosa que acabou cortando o dedo com a faca que estava cortando os tomates.


         - MIONE! Você tá legal? – foi uma pergunta idiota – Deixe-me ver esse dedo! – falei


         Ela deu a mão para mim. Era um corte feio e profundo; saia muito sangue.


         Olhei para ela, e Hermione chorava de dor.


         - Coloca a mão na água que eu vou buscar umas coisas. – mandei, e ela obedeceu.


         Fui para o meu quarto o mais rápido que eu pude, e voltei para a cozinha ainda mais depressa. Peguei o dedo dela cuidadosamente, e pinguei algumas gotas de ditamno até que a ferida parecia ter ocorrido à vários dias. Em seguida, peguei minha varinha, apontei para o machucado, e ordenei, só por precaução:


         - Episkey!


         Não mudou muita coisa, a cicatriz apenas ficou menor.


         - Você tá melhor?


         Hermione olhou para mim, enxugando as lágrimas que restavam.


         - Estou sim... Muito obrigada Ron... Você foi muito eficiente...


         - Que isso... Era o mínimo que eu podia fazer. Desculpe, eu não devia ter perguntado aquilo.


         - Não, tá tudo bem... Quer dizer, eu te falaria, mas eu teria que te matar depois. – ela forçou um sorriso


         - Então é melhor não falar mesmo! – sorri – ainda tá doendo seu dedo?


         - Não muito. Você foi bem rápido. Obrigada de novo. – ela me abraçou


         Tá legal, agora tenho que me concentrar para não ficar cheirando o cabelo dela e para não me comportar feito um dã.


         Concentra, concentra... Ei, estou me saindo bem! Yeah, sei que sou capaz e...


         - Ron, você está rindo de que?


         Ô-oh. Acho que fiquei tão feliz que estava conseguindo que acabei empolgando e comecei a rir, mas só percebi agora que ela me falou.


         Agora, a questão é: como uma pessoa pode ser burra o suficiente para não perceber que está rindo? E pior: como eu posso ser tão imbecil em rir numa hora como essas?


         Estúpido, estúpido, estúpido, estúpido!


         - Ah é, desculpe... Só fiquei feliz demais porque... Porque... Por causa da nossa amizade. Sabe, é uma amizade legal. Friendship, YAY!


         E, de novo, estava agindo como um idiota. Palmas para mim.


         - FRIENDSHIP, YAY! – repetiu ela empolgada, e depois riu – também gosto muito da sua amizade.


         Nós nos encaramos por alguns segundos, sorrindo feito dois dementes.


         - Hm... Você ainda tem muito trabalho para fazer? – perguntei


         - Não verdade não. Por que?


         - Vamos sair depois do jantar? Nós nem vamos ter que trabalhar amanhã mesmo.


         - É mesmo – ela deu de ombros – onde podemos ir?


         - Parece que a Lilá está dando uma festa na casa dela...


         - Hm, pode ser! Só vou terminar de fazer o jantar, a gente come e vai.


         - Nada disso! Eu termino de fazer o jantar. – falei – você está com a mão machucada.


         - Bem, já que insiste. – ela deu aquele sorriso encantador

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