Nada Será Como Antes





Hermione voltava para casa depois de mais um dia de trabalho. Ela havia pedido demissão já que não tinha com quem deixar sua filha de sete anos e a menina não deveria ficar em casa sozinha. Durante dois meses sua colega Susana Bones, que trabalhava no mesmo hospital só que a noite, cuidou de Rose mas ao mudar de turno isso se tornou inviável. Hermione não tinha confiança em babás e agora não tinha ninguém: Perdeu seu marido, Gina não queria mais vê-la e Córmaco permanecia indiferente a tudo isso.


Lembrava do dia em que o Juiz-Bruxo deu a decisão final: Como Ron viajava sempre, a menina seria criada pela mãe. Quando Ron retornava (o que era cada vez mais raro) Rose o via.


Quando ainda era casada ela não trabalhava, não economizava dinheiro e ia a muitas festas. Depois da separação ela teve de trabalhar como Medi-Bruxa, a pensão que o ex-marido lhe dava mais o salário que ganhava não mantinham o mesmo padrão de antigamente e morava em uma vila pequena numa casa simples.




Eu já estou com o pé nessa estrada
Qualquer dia a gente se vê
Sei que nada será como antes
Amanhã
Que notícias me dão meus amigos?
Que notícias me dão de você?
Sei que nada será como está
Amanhã ou depois de amanhã
Resistindo na boca da noite
Um gosto de sol


 


Ao despertar de seus pensamentos, ouviu gritos vindos de uma casa a uma esquina da sua. As luzes estavam apagadas e não conseguia ver nada através da janela de vidro empoeirado. Abriu a porta o mais silenciosamente que pode e tomou o máximo cuidado ao pisar nas táboas soltas do assoalho. Percebeu que havia uma escada e subiu. Já no meio da escada, os gritos pareciam mais altos e quando chegou ao último degrau uma táboa rangeu e ouviu passos pesados se aproximando. Visualizou um vulto chegando, sacou a varinha e antes que fosse atingida por um feitiço o estuporou. O indivíduo caiu no chão com um baque. Havia uma luz muito fraca de um dos cômodos e entrou. Com a pouca luminosidade foi possível enxergar uma jovem jogada num canto e um homem que provavelmente não tinha uma varinha (senão já teria usado-a contra ela). Isso facilitou para que o estuporasse e salvasse a moça.


Já era tarde, Susana tinha ido embora e Rose estava dormindo. Colocou a jovem no sofá. Percebeu que se tratava de uma garota que regulava de idade com ela, de cabelos claros desgrenhados e olhos muito azuis. Seu belíssimo rosto exibia pequenos cortes e seu vestido de seda estava rasgado e sujo. Apesar de tudo isso era lindíssima.
Fez uma poção para que se recuperasse e ela bebeu sem questionar. Passou a noite cuidando de seus machucados e controlando a febre.


Ao amanhecer, a jovem ainda dormia profundamente e Hermione foi preparar mais uma dose da poção. Ao acordá-la viu seus olhos azuis abrirem, os machucados já estavam totalmente cicatrizados e esta mais corada.  Ela fez menção para se levantar.


- Descanse. – disse Hermione – Não faça esforço.


- On...Onde estou?


- Me chamo Hermione Granger, está em minha casa. Eu te salvei daquelas... Pessoas e te trouxe pra cá.


- Disso eu me lembro. Obrigada. Se não fosse...


- Por nada. Agora descanse. Vou trazer mais uma dose da poção por garantia. E não se preocupe: sou Medi-Bruxa.


- Está bem. Obrigada. – agradeceu a jovem.


Depois de bebê-la, Hermione perguntou:


- Qual o seu nome?


- Astoria. Astoria Greengrass. Já ouvi falar da Senhorita e seus amigos. Estavam a dois anos na minha frente em Hogwarts.


- Se quiser tomar um banho...


- Ah claro. Já me sinto disposta.


- É por ali...


Enquanto Astoria se banhava Hermione foi acordar Rose e contar o ocorrido. A menina permaneceu indiferente e ela retornou a cozinha preparar o café da manhã. Astoria voltou a sala vestindo um roupão de banho previamente separado por Hermione e com seus cabelos úmidos.


Sentaram-se a mesa e Rose chegou e cumprimentou a hóspede:


- Oi me chamo Rose e você?


- Oi Rose me chamo Astoria.


- Você tem filhos?


- Ainda não. – respondeu.


- Rose senta e come tudinho! – mandou a mãe. – Ai essa menina fala demais!


Enquanto ela lavava os pratos, Rose encarava:


- Você é rica né?


- Sim – disse com simplicidade.


- Eu sabia! O vestido que você tava era de gente rica. Eu vi no quarto da minha mãe.


- Você é bem esperta!


- Minha mãe diz que eu sou xereta mas não sou! – disse Rose – Meu pai também acha. Ele e minha mãe se separaram e agora tenho que morar nessa casa feia. Antes eu morava numa casa gigante: tinha um quarto só pra eu guardar minhas bonecas. E você?


- Quando eu era pequena também tinha.


- E a sua casa é grande também? – interrogou Rose.


- Rose você já falou demais – interrompeu Hermione. – Agora deixa a Astoria em paz e vai pro seu quarto.


- Ah mas eu não quero ir agora!


- Vai. Agora é conversa de adulto!


Rose saiu e ficou apenas Mione e Astoria que estava em transe.


- Não liga pra ela. Essa menina fala demais...


- Eu tive uma idéia. Uma idéia de como fazer pra agradecer... - disse saindo do transe.


- Não Precisa. É sério.


- Faço questão. Eu estou noiva e tenho muitos afazeres até o dia do casamento. Preciso de ajuda e te ofereço um emprego como minha assistente pessoal. Os detalhes acertamos depois. Mas poderá morar em minha futura casa para a Rose ir se acostumando. Por favor diga que aceita.


Hermione refletiu por uns instantes:


- Eu aceito.





N/A.: Olá!!!!!
Mil perdões pela demora! Mas o Cap finalmente está aqui e espero que tenham gostado
!

 
Lady Ly Malfoy: Obrigada por continuar lendo! Sobre o poder da Gina, vc vai descobrir só nos proximos capítulos. Quanto ao Ron... Bem.. Verás! Espero que esteja gostando e continue comentando!

Bjus e até a próxima

                                                Isah Malfoy

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