Decisões



Cap 2 - Decisões.


 Sala de reuniões, Mansão britânica da Ordem da Fênix, Sede numero 3.


- HARRY POTTER FOI ATACADO MARCUS!E ESTA A BEIRA DA MORTE NESSE MOMENTO! – gritou cuspindo as palavras – E AGORA A SUA VIDA DEPENDE DA DELE! E EU ESPERO REALMENTE NÃO TER QUE MATA-LO LIDEL. SAIA! AGORA!


 


- NÃO ME OUSE AMEAÇAR REMO LUPIN! SEUS PODERES COMO LIDER NÃO CHEGAM A TANTO – levantou-se o homem mais velho batendo as mãos sobre a mesa – PERDEMOS SOLDADOS HOJE! PERDEMOS CONTROLADORES!NÃO ATOA, FOMOS ATACADOS SEU IDIOTA! METADE DO MEU PESSOAL FOI AO CHÃO COM O ATAQUE!ALGUNS ESTÃO EM UMA CAMA DE HOSPITAL AGINDO COMO CRIANÇAS DE 3 ANOS DE IDADE! E VOCÊ SÓ CONSEGUE ENXERGAR SEU MALDITO ESCOLHIDO!


 


- NÃO ESTOU AQUI PARA SER REPREENDIDO LIDEL – respondeu o líder com autoridade – SOU O MALDITO LIDER DESSA ORDEM E...


 


- SEU CARGO DE LIDER É APENAS UMA IMAGEM LOBO! SUAS ATITUDES ME ENOJAM! – gritava o outro extremamente alterado – DEZENAS DE PESSOAS MORRERAM HOJE, SE SEU MALDITO ESCOLHIDO MORRER SERA UMA FATALIDADE COMO A DELES! QUER SABER DE UMA COISA? ESTOU CANSADO DISSO REMO, ESTOU FORA.


 


Virou as costas e foi embora, respirava com dificuldade, não tinha idade para esse tipo de emoção.


 


- ESPERE LIDEL!AINDA NÃO TERMINEI COM VOCÊ!


-ME MANDOU SAIR, ESTOU SAINDO... ADEUS LOBO. – gritou o homem do lado de fora, a ordem estava prestes a perder um fortíssimo aliado.


 


- MALDITO SEJA! – urrou Lupin de dentro da sala, alguns objetos voavam ao seu redor.


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Sede principal da ordem da Fênix, Paris. Sede número 00.


2h45min.


A enorme sede subterrânea de Paris estava extremamente movimentada aquela noite, dezenas de carros trouxas, chaves de portais, aparatações podiam ser vistos nos arredores da mansão. O local era protegido por quarteirões da vista dos trouxas, as residências ao redor eram todas bruxas.


 


Dezenas de bruxos entravam apressados na reunião que já estava atrasada em alguns minutos. A mansão de fachada continha no seu subterrâneo a verdadeira sede da ordem, onde haviam um hospital, salas de treinamento, dezenas de quartos e o principal, um gigantesco auditório com uma dimensão de um pequeno estádio de futebol trouxa, utilizado também como refugio anti-bomba.


 


Hermione e Gina andavam pelos corredores do hospital da sede apressadas, haviam transferido os feridos recentes para aquele lugar, pois haviam mais chances de suporte aos gravemente feridos. Estavam atrasadas para a reunião da ordem, que em si já havia atrasado.  Gina já estava melhor, após descobrir que seu noivo “dormia” tranquilamente após a cirurgia, mas que era mantido pelos aparelhos trouxa-bruxos ao qual o haviam submetido. Adentraram o auditório onde centenas de bruxos já haviam se acomodado, bruxos de vários países se reuniam para aquela ocasião, algo de muito grave acontecia. Hermione procurou com o olhar pessoas conhecidas e alguns lugares para se sentar, enfim acabaram por sentar-se perto de alguns velhos conhecidos de hogwarts, que a muito haviam ingressado na ordem.


 


- Boa noite, Senhoras e Senhores esta iniciada a 24ª reunião geral da Ordem da Fênix – começou dizendo Remo, sua voz ampliada magicamente ecoava no salão. – A situação não é das melhores...


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Ala-hospitalar, Sede principal da Ordem, Paris. 3h15min.


Poucos enfermeiros trabalhavam àquela hora da manha na enfermaria da sede, apenas os que estavam de plantão e que não precisariam necessariamente se apresentar na reunião geral, afinal, haviam feridos a serem tratados.


 


Uma enfermeira loira acabara de sair do quarto 302 do hospital, havia feito pela terceira vez aquela noite os procedimentos de checagem dos pacientes do quarto, “pacientes” muito especiais. Dentro do quarto um som irritante de bip irrompia pelo silencio da noite, registrando os batimentos cardíacos das pessoas que ali haviam, a janela do quarto estava aberta e uma brisa fresca  entrava pela mesma refrescando o quarto quente pela profundidade do local onde se localizava.


 


As duas camas do quarto estavam recém ocupadas por combatentes do S.A.S principal, o grandalhão ruivo mexia na cama como se estivesse tendo um pesadelo, e realmente estava, sonhava com uma das missões que fizera quando ainda pertencia ao exercito britânico, na verdade, sua ultima missão. Já o outro permanecia imóvel, simplesmente em estado de coma, ninguém sabia ao certo se apenas os aparelhos o mantinham vivo, restava esperar.


 


O ruivo levantou-se rapidamente da cama, acordando do pesadelo que tivera, dor e sofrimento estavam estampados em sua face, respirava ofegante, olhou para seu peito enfaixado e viu alguns aparelhos ainda ligados a si, desligou-os agonizado e se descobriu, sentia-se bem, bastante cansado mas bem. Conjurou uma camisa branca e sapatos negros, queria sair dali, vestiu-se e olhou para a cama ao lado, parecia ter dormindo uma eternidade, viu que seu amigo ainda dormia, tocou em sua mão de leve lhe desejando melhoras em silencio.


 


“Sinto que somos os últimos de novo amigo...” – pensou saindo do quarto.


 


Ouviu de longe uma enfermeira gritar seu nome desesperada, vinha no fim do corredor com uma prancheta nas mãos.


 


- Senhor Weasley! Não podes sair do quarto! Esta se recuperando – gritava a jovem completamente surpresa por aquele homem estar de pé no mesmo dia em que fora “explodido”.


 


- Já estou bem, - respondeu o ruivo saindo pela porta da enfermaria com a enfermeira no seu encalço.


 


- Mas não podes sair assim senhor, tenho ordens para...


 


- JÁ VOLTO! – disse parando e olhando para a enfermeira cansado – Espere ai, é uma ordem.  – terminou rolando os olhos.


 


Continuou seu caminho deixando uma enfermeira preocupada para trás, dobrou alguns corredores até que encontrou um guarda armado, o mesmo estava morrendo de sono.


 


- Ei, você – disse aproximando-se devagar do homem – Preciso dessa arma. – Terminou apontando para uma pistola no coldre que o soldado usava, o mesmo portava um fuzil M16, então não iria precisar da pistola, pensou o ruivo.


 


- Sim senhor, esta carregada senhor. – respondeu o soldado antes em posição de continência, estendendo a arma para o ruivo.


 


- Obrigado, - disse o ruivo colocando a pistola no cinto da calça, sem se preocupar em cobri-la – A propósito, qual o seu nome soldado?


 


- Castle Sr, Frank Castle. – respondeu o soldado firme.


 


- Hum, obrigado Frank, quer um café? – perguntou o ruivo simpático.


 


- Não senhor, obrigado, estou a serviço. – disse o homem mais relaxado.


 


- Imaginei, Boa noite Frank.


 


- Senhor? – chamou o soldado novamente.


 


- Sim? – disse Rony olhando para trás sem parar de andar.


 


- Um dia... gostaria de ter a honra de trabalhar com o senhor – desabafou o soldado gaguejando.


 


- Em breve Frank, afinal, imagino que queira sua arma de volta não? – respondeu Rony sumindo no corredor.


 


“Glock 25 calibre .380, horrível, mas é o que tenho em mãos, afinal, desarmado é que não vou ficar.” – pensou o ruivo sereno.


 


Andou por vários corredores até que encontrasse o refeitório, estava reconhecendo o lugar, era a sede principal.


 


__________


 


Reunião. 3h58min.


 


- É fato que as baixas de hoje foram às piores de todo o mês, e é provável que as baixas aumentem ainda mais nos próximos – dizia Lupin devagar – Corremos sérios riscos hoje, e informo que a ordem estará paralisada pelos próximos cinco dias, todos os que retornarem de missão deverão aderir a pausa.


 


Um burburinho começou por todo o auditório, era momento de discussão na reunião, alguns bruxos se pronunciavam aos poucos em alguns cantos do lugar.


 


- E qual o motivo da paralisação Remo? – perguntou um bruxo cético a um canto do auditório.


 


- Perdemos parte do sistema de Integração, precisamos reestabelecê-los . – respondeu o lobisomem simplesmente - A reunião será aberta a discussão agora, solicito que os lideres de cada grupo aproximem-se do centro do auditório. – terminou Lupin.


 


Aos poucos os lideres de cada divisão foram se aproximando do centro do auditório, todos representantes de suas nações, ou de sua divisão dentro da ordem. Dispunham-se em uma mesa redonda, cercada por toda a “platéia” do auditório, alguns interpretes transmitiam o conteúdo da discussão para o resto do auditório, tendo em vista que a mesma já não era anunciada em tom geral.


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Ala- Hospitalar. 4h10min.


Entrou novamente na enfermaria carregado de alguns pacotes, sabia que uma velha amiga era tratada naquele local, logo a enfermeira que o perseguira veio correndo até si.


 


- Senhor Weasley... – começou a mulher.


 


- Tome, - disse Rony depositando alguns pacotes nas mãos da moça loira – Esta na hora do lanche, reúna o pessoal da enfermaria, vocês devem estar cansados.


 


A moça olhou para os pacotes e sorriu levemente, vários copos de café, chá e chocolate em um, pães e bolos nos outros.


 


- Obrigado... Mas...


 


- Por minha conta, - respondeu o ruivo sorrindo de leve, a moça corou aos poucos e logo foi chamar o pessoal para comerem o lanche, estavam trabalhando desde as 6h00 da manha do dia anterior, paravam para comer por pouquíssimos minutos desde então.


 


Adentrando a ultima sala do fim do corredor o ruivo foi decidido até uma maca ao canto da mesma, depositou os pacotes numa mesinha de canto e sentou-se em silencio ao lado da moça que ali dormia.


 


- Ei, psiu, - foi chamando baixinho enquanto alisava os cabelos negros da menina.


 


A mais nova foi acordando aos poucos e logo abriu os olhos completamente, sorriu de imediato e pulou no colo do ruivo.


 


- Rony! – gritou a menina incomodando alguns outros pacientes que dormiam – Por que não veio antes?


 


- Desculpe Mia, estive em missão desde então. – disse o ruivo retirando a menina delicadamente de seu colo e a cobrindo novamente na cama – E você, como esta gatinha? – terminou Rony sorrindo.


 


- Já estou bem a muito tempo, são essas feiosas que não me deixam sair – respondeu a menina carrancuda, referindo-se as enfermeiras.


 


- Ow, sei exatamente como é, estou dividindo um “A.P” com o Harry no fim do corredor, elas mal me deixam sair – brincou Rony pegando uma das mãos da garota – Tivemos alguns arranhões de novo. – terminou o ruivo levantando a camisa e mostrando as bandagens que o envolviam.


 


- Ei! Isso não faz parte do tratamento! – indagou a menina tentando pegar a arma do Weasley.


 


- Não mesmo Mia, venha vamos para o nosso quarto. – desconversou o ruivo abaixando a camisa rapidamente. Pegou a moça de “cavalinho” e a comida e dirigiu-se ao seu leito que dividia com Harry no hospital.


 


- Mas me diga, o que foi que aconteceu dessa vez? – perguntou a garota segura nas costas do homem.


- Nada demais, apenas umas crianças com bombas de festim. – completou o ruivo sorrindo ainda desconversando.


 


Micaela Kisami era uma moça de apenas dezesseis anos, integrante da velha “Armada de Dumbledore”, havia sido ferida mortalmente no ultimo ataque a hogwarts, e foi salva por Harry e Rony na ocasião, e levada para ser tratada naquele lugar, desde então praticamente “reside” na sede. Hogwarts desde o ultimo ataque, foi definitivamente fechada, sem datas para reativação. Mia era órfã assim como Harry, por isso os dois tinham um laço grande de amor, sempre que Harry estivera ferido gravemente Mia esteve la, como era de “tradição”, mudava seu leito sempre para o quarto do homem, assim acompanhava a recuperação de perto, alheia as reclamações das outras enfermeiras.


 


Chegaram ao quarto e entraram em silencio, Mia aproximou-se da cama de Harry e tocou de leve em seu peito, o homem mexeu-se quase imperceptivelmente, contraiu um pouco sua expressão e voltou a serena de antes. Rony sorriu de leve enquanto conjurava uma cama confortável para a garota que ficaria com eles dali em diante, ela sempre “curava” seu melhor amigo, inconscientemente, mas Rony sempre soubera que era graças a ela.


 


- Venha Mia, vamos comer, estou faminto! – chamou o ruivo para um canto do quarto.


 


- Novidade! – completou a moça rindo.


 


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Afeganistão, tempo indefinido. جمهوری اسلامی افغانستا


 


“... estou faminto”


Aquela frase vagou por sua mente por breves momentos, saindo de seus devaneios olhou para as pessoas ao seu lado, estava cercado de soldados de sua equipe. Olhou para o amigo russo a sua frente e acenou com a cabeça, estavam sobrevoando uma área de risco. Era a missão mais séria de sua vida, já se vira perante a morte antes, mas temia a conclusão daquela missão em especial.


 


- Estamos perto, preparem-se senhores.


 


Ouviu seu superior alertá-los, ajustou o pára-quedas no corpo e entrou na fila para saltarem, mal sabiam onde estavam, as coordenadas do seu grupo eram as mesmas, restava apenas saltar.


 


- Em três... – alertou o capitão.


 


Fechou os olhos por momentos e respirou fundo, odiava aquela parte...


 


- Três...


 


Abriu os olhos devagar e viu que a porta lateral do avião estava agora completamente aberta...


 


- Dois...


 


Abriu e fechou as mãos algumas vezes para constatar que não estava “travado”...


 


- Um! Saltem! – gritou o capitão praticamente empurrando o primeiro da fila para fora.


 


Um a um os soldados foram saltando para fora, para o céu frio e negro da noite.


 


Seguiam as coordenadas de seus GPS, para evitarem se distanciar muito da rota, estavam a pouco mais de setecentos metros do chão quando abriram seus pára-quedas.


 


Viu um a um os soldados de sua equipe aterrissarem em silencio na região montanhosa do lugar, recolheu seu pára-quedas e seguiu cautelosamente até as coordenadas exatas, seu superior já se encontrava junto de outros dois soldados. Aos poucos sua equipe de dez pessoas estava reunida.


 


- Senhores, estamos em território Afegão – começou o capitão em inglês, língua padrão da equipe, independente da nacionalidade dos soldados – Nossa missão AINDA não começou, fomos lançados nesse local, pois nossas forças estão localizadas praticamente no centro de nossos inimigos, ainda camuflada...


 


Todos mantinham o silencio, respiravam com certa dificuldade graças ao frio da região montanhosa.


 


- Estamos em território Talibã, ainda que em escala não tão ameaçadora, estamos em território completamente inimigo. Nosso objetivo esta mais ao sul, na fronteira com o Paquistão. E antes que perguntem, fomos lançados aqui, pois é onde começa a “jurisdição” da milícia Talibã, teremos que nos locomover ESTA NOITE até o nosso próximo destino. Nos “pés” dessa montanha há um vilarejo, e é por onde teremos de nos locomover, pois a milícia localiza-se principalmente nos morros das redondezas. Utilizaremos os arredores da vila para evitarmos ao maximo as forças inimigas...


 


Todos analisavam a “missão” primaria e ouviam atentos aos dados recém informados.


 


- Quero todos vocês invisíveis por todo o trajeto, não podemos ser vistos, por isso escolhemos justamente a noite para adentrarmos ao pais. Perguntas? – terminou o capitão ofegante.


 


Silencio.


 


- Movam-se. – sussurrou o capitão vestindo o capuz e empunhando sua submetralhadora HK MP5-SD, “silenciada”.


 


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Sede principal da ordem da Fênix, Paris. Sede número 00.


6h22min.


A reunião da ordem acabara a pouco. Todos estavam completamente exaustos e os inúmeros quartos de hospedes da mansão estavam completamente ocupados.


 


Fora decidido realmente que a ordem seria paralisada não por cinco, mas por sete dias, haviam providencias extremas a serem tomadas naquele momento, e sem o sistema de integração os soldados em missão estariam em sérios riscos, o que não era realmente vantajoso para a ordem.


O sistema de integração surgira como um milagre, tínhamos realmente sorte de que o criador e os colaboradores não eram partidários das trevas. Não era muito fácil reunir os melhores legilimentes do mundo em uma única causa.


 


Era realmente brilhante a idéia de Marcus, os legilimentes tinham a capacidade não só de “ler” a mente das pessoas, mas os mais habilidosos ainda tinham o dom de localizá-las com algum esforço, o que Marcus criara era uma forma de, com mais de um legilimente de “elite” como eram chamados, sincronizarem-se com os soldados em missão, de modo a estarem conectados com os mesmos assim que o sistema fosse integrado.


 


A grande cartada da idéia era que os legilimentes não só “conectavam” suas mentes as dos soldados, mas podiam interferir magicamente nas mesmas fazendo magias que aos olhos dos soldados manipulados poderiam ser involuntárias, mas que eram controladas a distancia pelos chamados controladores, que podiam fazer desde feitiços simples até aparatações de emergência, como foi o caso de Rony e Harry.


 


Estavam exaustas da reunião que acabara a pouco, Gina e Hermione andavam pelos corredores da mansão em direção a enfermaria, sabiam que não haveriam quartos de hospedes para as duas, então dirigiam-se para o quarto onde Rony e Harry foram internados. Mal sabiam as duas a surpresa que teriam em seguida...


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Paquistão, tempo indefinido. اسلامی جمہوریۂ پاکستان


1° Dia.


O sol nascera a pouco, o frio da manhã refrescava seu rosto levemente, estava exausto.


 


Estavam instalados em uma escola velha paquistanesa juntamente com soldados da nação local, havia um acordo entre o governo americano e britânico com o do pais, onde o paquistanês aceitara a ajuda dos estrangeiros para resolver parte de seus problemas internos.


 


A escola era grande e bem “camuflada” aos olhos dos locais, era um tanto afastada de qualquer cidade muito movimentada, o que mantinha o sigilo sobre os soldados estrangeiros, o único problema era que um único deslize atrairia a atenção de toda a força Talibã do país, no entanto a missão da tropa estrangeira era ajudar a população paquistanesa assim que possível em questões de infra-estrutura entre outras.


 


O estranho era toda a organização da tropa quanto a sua preocupação com o sigilo, se estavam ali para distribuírem alimentos e darem inicio a serviços de reforma no país, por que tanta preocupação com os conflitos do mesmo...


 


Seu capitão havia se reunido a pouco com os superiores locais para discutir questões de sua estadia no país, haviam ganhado algumas horas para dormir durante o dia, pois não haviam dormido desde que chegaram e era provável que não dormiriam na noite que viria.


 


Retirando sua mochila das costas retirou o “casaco” militar que usava e cobriu-se com o mesmo deitando-se mantendo seu fuzil em mãos, a sala onde estava possuía vários colchonetes para dormirem, e foi onde literalmente “apagou” naquele momento.


 


Acordou algumas horas depois de sobressalto, seu capitão gritava coisas que ainda não conseguia distinguir pelo fato de ainda estar meio “dormindo”, vestiu o casaco e amarrou seu colete a prova de balas, os outros soldados de sua equipe faziam o mesmo, com muita pressa.


Saiu com seu fuzil a postos, vários soldados se reuniam no centro da quadra de esportes da escola, pareciam ouvir instruções de um superior.


 


- A equipe Alfa um foi descoberta, temos soldados nossos em conflito com forças inimigas próximo á sede do governo. – dizia o que parecia o comandante geral, estava indiferente – Quero todos vocês no centro do conflito, temos soldados Britânicos feridos no local, o Capitão Louis ira assumir daqui. Boa sorte senhores. – terminou o comandante se retirando.


 


- Atenção, quero três carros, grupos de cinco por veículo, apoio aéreo a postos, equipe especial Bravo comigo. – Disse o capitão pronto, dirigindo-se ao primeiro veiculo do comboio.


 


- O que esta acontecendo senhor? – perguntei.


 


- Nossa equipe Alfa 1 foi descoberta e...


 


- Mas que equipe Alfa senhor? Com todo respeito, fomos informados apenas da tropa S.A.S, e as operações deles já haviam acabado a dias... – questionei.


 


- Sim, haviam outras tropas nossas nessa merda de pais Potter, e nem tudo o que nosso governo decide é da sua conta. – respondeu o capitão mal-humorado.


 


Adentraram os dois primeiros carros do comboio que já partia, separando-se em dois grupos de cinco o seu próprio grupo. Preferiu não viajar no mesmo carro que seu capitão, algo estava muito mal explicado da parte dele.


 


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Paquistão, tempo indefinido. اسلامی جمہوریۂ پاکستان


2°Dia, Madrugada.


Os tiros iluminavam a noite ao cruzarem o céu paquistanês, as balas especiais pareciam brilhar como vagalumes no breu que a noite trazia.


 


As tropas acabavam de chegar aos arredores do conflito, no centro da cidade, próximo ao parlamento e a sede do governo do país.


 


As ruas estavam praticamente em chamas. As paredes dos prédios caiam com a quantidade enorme de tiros que as atravessavam, o conflito já durava mais de duas horas.


 


- Muito bem, a equipe Alfa está emboscada no pátio do parlamento, Potter, Fury, Miller, Kamerov e Ortis. Vocês são a equipe de resgate, os inimigos se localizam ao decorrer da cidade vindos do leste, não há como prever, eles estão por toda parte, eu mal sei como agir em situações como essa, nunca vi algo assim, só desejo a vocês sorte, Vão. – Disse o capitão distribuindo as ordens e terminando com uma continência.


 


Estava pasmo, nunca imaginara algo assim, era simplestmente, devastador...


 


- Potter – ouviu seu nome ser chamado.


 


Virou-se.


 


-Coma isso – Disse seu capitão socando algo em sua boca e tapando com as mãos sem deixar que ele cuspisse, engoliu. – Não deixe eles morrerem.


 


- Sim, senhor. – sentiu sua cabeça girar levemente.


 


Seguiu seu grupo andando um tanto cambaleante, seu corpo estava relaxando, mas como se fosse eletrocutado seu coração se contraia em batidas fortes fazendo-o retesar o corpo contraindo todos os músculos que podia.


 


Ouvia tudo ao seu redor como se estivessem dentro de sua cabeça, os tiros o atordoavam em demasiado.


 


- Equipe um!... Suporte!


 


- Carros... Anti-bomba... Parlamento...


 


Ouvia ordens sendo gritadas para soldados americanos e Paquistaneses, sua cabeça rodava enquanto seu corpo continuava a contrair-se com algumas pausas, mal conseguia acompanhar os passos de seus companheiros que adentravam apressados uma espécie de padaria que os levaria as ruas do conflito.


 


Parou. Ajoelhou-se por breves momentos de olhos fechados...


 


- Vamos Potter, não podemos parar, é arriscado demais. – Tocou-lhe o ombro o soldado Miller, o resto do grupo seguia a frente.


 


Abriu os olhos lentamente, estavam completamente vidrados, seu coração era uma maquina, o ar entrava e saia de seus pulmões em uma velocidade absurda.


 


Desvencilhando-se do colega seguiu andando rapidamente para a posição de sua equipe. Estavam agora os cinco parados na “vitrine” da padaria, protegidos atrás das paredes do lugar.


 


- Segundo o Capitão Louis essas são as coordenadas da equipe americana em questão,- Mostrou Ortis em seu GPS, a localização exata de seu objetivo. – São cinco quadras a dentro do bairro...


 


- Cinco quadras, em trajetória retilínea, o que é impossível na nossa situação. – Acrescentou Harry.


 


Silencio. Olhavam de esguelha pelas janelas trincadas da “loja”.


 


- Refaça a trajetória para 6 quadras a frente, tomando como ponto de partida a rua em que estamos, a partir do ponto de conflito – começou Harry indicando coordenadas com as mãos – Seguiremos primeiramente pelas ruas paralelas ao centro, seguindo até os fundos do parlamento. Chegaremos ao centro do conflito atravessando o prédio do mesmo.


 


Todos se olharam...


 


__________


Sede principal da ordem da Fênix, Paris. Sede número 00.


Dia seguinte.


- Como faremos a seguir Remo?


 


Escutara a pergunta sem reação alguma, estava praticamente dormindo de olhos abertos, precisava de algum descanso, mas não conseguia um segundo sequer pregar os olhos sem que houvessem perguntas como essa.


 


- Precisamos do Potter vivo, precisamos tomar medidas extremas, Victor – respondeu ofegando levemente, passavam por um estranho período de frio intenso nos últimos dias – preciso de relatórios da missão referente à Pensilvânia. – terminou sorrindo brevemente.


 


- Providenciarei Remo... Com licença. –Terminou o outro seco.


 


“Não sei o que fazer, Merlin! Me ajude...” Pensou. Recostou-se melhor na poltrona e adormeceu.


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Paquistão, tempo indefinido. اسلامی جمہوریۂ پاکستان.


Duas quadras para o parlamento.


 


Tiros eram disparados de todos os lados. De um lado da rua o grupo de busca americano tentava conter a todo custo os inimigos que surgiam, de todos os outros lados inimigos Talibãs atiravam contra os carros que os protegiam provisoriamente.


Ortis fora baleado mortalmente e seu corpo jazia já a alguns metros atrás, não havia o que fazer, eram inimigos demais, espaço de menos, condições de menos. Estavam cercados de inimigos, sem apoio aéreo, e seu radio mal respondia.


 


- Alguma idéia Potter? – gritou Kamerov ao seu lado, apoiado a um carro destruído.


 


- De emergência?... Sim. – começou Harry ofegante. – Temos de seguir nosso trajeto até a rua seguinte, pela direita... Aparentemente estamos cercados...


 


- Não há como seguir Potter... Estamos cercados... – pronunciou-se Miller.


 


- Os tiros vêm com menos intensidade ao decorrer da rua, precisamos de estratégia para seguir por aquele caminho. – Observou Fury, apontando para a direita.


 


Harry apenas observava como podia o posicionamento do inimigo, ouvia tudo em alto e bom som, mais do que o normal. Enfim chegou a uma conclusão, era suicídio, mas era o que tinha em mente.


 


-Confiam em mim? – perguntou Harry retirando a mochila das costas e abrindo-a.


 


- Claro que confiamos Potter, o que tem em mente? – perguntou Miller observando o que o mais jovem fazia.


 


- Vocês seguirão em frente...


 


- Nós? Como assim NÓS? – questionou Miller já imaginando o que viria.


 


- ... Irão alcançar aquele beco e abater os inimigos que puderem por dentro – continuou Harry como se não houvesse sido interrompido, apontando para um beco no decorrer da rua, fazia parte de seu trajeto.


 


- Certo. – cortou Fury antes que Miller voltasse a questionar.


 


Harry montava as partes de um Rifle Sniper que retirava da mochila naquele momento rapidamente enquanto falava.


 


- A ação é a seguinte... vocês vão se dirigir até o beco, corram o mais rápido que puderem, temos aproximadamente 28 inimigos, essa belezinha que estou montando suporta 10 tiros em seqüência, o tempo de recarga é de aproximadamente 1,3 segundos nas mãos de um profissional especializado na mesma. – parou para respirar ao que os outros apenas aguardavam. – Essa outra beleza, - disse mostrando uma pistola Desert Eagle calibre .50 – dispara outros 7 tiros, sendo recarregada em apenas 0,75 segundos.


 


- Conhecemos essas armas Potter, agora o que propõe? – interrompeu Kamerov carrancudo.


 


- Proponho que vocês corram ao meu sinal, o mais rápido que puderem, e eu os darei cobertura como puder, pois meu fuzil tem apenas o pente que estou usando e não temos na real muitas opções – respondeu Harry com um sorriso sádico no rosto, os olhos brilhavam vidrados na escuridão iluminada pelas chamas e pelos tiros.


 


- Esta me dizendo que vai impedir 28 homens aproximadamente de nos acertar em uma corrida de quase 50 metros? – perguntou Kamerov irônico.


 


- São sim aproximadamente 28 homens, os quais apenas 19 estão se empenhando em nos matar... – respondeu novamente Harry.


 


- E esta me dizendo que abatera os 19 sozinho? Com 17 balas e com o intervalo total de quase cinco segundos para troca de armas? E ainda por cima com uma pistola a uma distancia dessas? – Zombou Miller.


 


- Eu também fico Potter, assim serão 9 homens e meio para cada um de nós,se conseguirmos abatê-los com apenas um tiro certeiro. – apoiou Fury inseguro.


 


- Tanto melhor Fury, e quanto aos 19 homens com um tiro para cada. – terminou de preparar as armas com um meio sorriso no rosto. – Por que acha que escolhi o calibre .50 em ambas as armas?


 


- Por que... É como diz o ditado: “Uma Desert Eagle nas mãos de um profissional mata com tiro no dedão do pé...” – completou Fury sorrindo cúmplice.


 


- Exatamente, não preciso ser “mágico” para matar a todos com um tiro na cabeça de cada, apenas preciso acertá-los – acrescentou Harry irônico.


 


- Vocês são loucos... – sussurrou Kamerov atirando por cima do carro e abaixando em seguida.


 


- Estamos perdendo tempo – alertou Fury.


 


- Miller, preciso de uma granada de luz e vocês de óculos escuros – pediu Harry ajustando um “Night Vision” no rosto.


 


-Tudo bem, já que não temos escolha – concordou finalmente Miller sob o olhar pasmo de Kamerov. – Vamos morrer de qualquer forma se ficarmos aqui Kamerov.


 


Harry pegou uma granada de luz e preparou o Rifle com a outra mão livre.


 


- Prontos? – perguntou aos companheiros.


 


- Pronto – respondeu Fury com seu fuzil nas mãos, era um dos melhores atiradores da equipe, Harry sabia que era um parceiro cem por cento confiável.


 


- Prontos. – responderam Kamerov e Miller juntos.


 


- Que se faça a luz! – gritou Harry puxando o pino da granada e jogando-a praticamente atrás do carro onde estava, uma luz forte ofuscou a todos que olhavam naquela direção, Miller e Kamerov corriam o Maximo que seus corpos agüentavam chegando ao seu limite, Harry virou-se milésimos de segundo após a bomba ter explodido, disparou seu Rifle acertando o primeiro inimigo, seguindo firmemente para cada um dos outros derrubando um por um com apenas um tiro, sabia que sua sniper aquela distancia era fatal. Ouvia Fury atirando sem parar nos inimigos acertando cerca de dois tiros de seu fuzil em cada um, Harry estava tão vidrado que acertara seus inimigos em poucos segundos e pode ouvir nitidamente o som da arma do parceiro travando sem balas, enquanto ainda faltavam alguns inimigos.


 


Sacou com velocidade sua pistola e começou a atirar nos inimigos que agora revidavam assustados, Miller e Kamerov sumiram pelo beco por entre os prédios.


 


Fury recarregava sua arma enquanto Harry terminava de disparar o sétimo e ultimo tiro de sua pistola e matando o ultimo inimigo que pudera.


 


- Nunca precisamos matar os 19 inimigos, apenas distrai-los o suficiente para que não acertassem Miller e Kamerov – ofegou Harry se encostando ao carro puxando o ar em fortes contrações.


 


- E quantos derrubamos? – perguntou Fury olhando de esguelha entre os carros.


 


- 17... – sorriu Harry para o parceiro.


 


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Sede principal da ordem da Fênix, Paris. Sede número 00.


14h16min.


-A equipe enviada e Pensilvânia retornou hoje Remo, - apresentava alguns dados o homem careca, estavam sentados almoçando no refeitório da mansão – Houveram exatamente 11 baixas em toda a equipe, os corpos não foram encontrados, na tomada do forte houveram fugitivos, um deles foi capiturado com vida, mas já esta morto...


 


- O que? O que eu disse sobre matar prisioneiros? – gritou Remo cuspindo parte da comida.


 


- Entenda Remo, falha de expressão minha. O que quero dizer é que o homem capturado morreu sim, mas no ano de 1803, e foi capturado por nossos homens na noite de ontem...- respondeu o homem cansado.


 


- Mas que Po#$@ é essa ...? – engasgou Remo não entendendo.


(continua...)


N/A: Bom, capitulo 2 concluido. 27 Paginas apenas.


Ainda nada muito esclarecedor no capitulo dois, pois é como eu mesmo avalio, uma introdução ao verdadeiro objetivo.


Eu tinha maiores planos de conteudo para o capitulo, mas tive alguns problemas para escreve-lo, por isso acabou onde acabou. Se meus planos tivessem realmente dado certo o capitulo atingiria facilmente mais de 120 paginas, e sinceramente, como autor, ainda não estou preparado para tanto.


Mais uma vez agradeço ao meu amigo C.J por comentar e ser justamente o primeiro a comentar na fic, seus coments foram de grande inspiração, obrigado mesmo mestre. =D


Bom, espero que todos aqueles que lerem os caps deixem um coment ai, pra dizer com sinceridade o que acharam, todo autor precisa de criticas, e estou aberto a elas. Costumo responder a todas e mantenho contato com aqueles que me ajudam realmente com as criticas.


Desejo a todos um bom fim de semana e uma otima noite.


Um abração.


BlackFlag.

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