Mudando conceitos



Enquanto andava até o ponto de encontro, Susan veio se perguntando se essa era a hora de tomar a sua primeira decisão, sem tomar como base o pensamento do pai. Lembranças vieram a sua cabeça, coisas que preferia esquecer, seu pai era muito severo. Susan era inteligente, só não possuía muita opinião própria, só agora estava descobrindo a liberdade. Agora que esta afastada da família. Começou a conhecer melhor as meninas, que antes odiava. Sthefany, Agatha e Marry se mostraram grandes amigas, apesar das diferenças e desconfianças.

Justino... Ah o Justino era diferente. Tentou mostrar-lhe como nem todos os trouxas eram imprestáveis assim como, que o fato de um bruxo ser um puro-sangue, não o tornava melhor. Ele percebeu essa falta de opinião de Susan e a tentou ajudar. Ele era alegre, mesmo que tentasse se afastar dele, não conseguiu. Não queria o ver triste. Tinha que evitar isso, mesmo que as chances fossem mínimas. Então se desatou a correr para o escritório de Dumbledore, se segurando para não chorar.

Justino era sangue-ruim, mas gostava dele. Agora que descobrira isso. Se pelo menos tentasse, talvez poderia ser perdoada, da grande mancada de sua vida. Ao entrar no escritório de Dumbledore, depois de dizer a senha, Harry e Sthefany estavam na frente da penseeira, enquando Dumbledore ainda tirava fios prateados.

- Podemos deixar isso aqui para depois – disse Dumbledore. – O que quer Susan? – indagou com um tom carismático.

- M-meu pai! Vai atacar com outros comensais os pais de Justino! – Dumbledore não esperou, foi direto para um quadro que tinha ligação direta com o quartel general dos aurores e contatou os serviços.

Todos estavam pensando como alguém poderia mudar de lado tão rapidamente numa guerra. Susan saiu do escritório e foi para o encontro com Justino.

- Ela só fez isso por que quer conquistar nossa confiança outra vez... – comentou Sthefany.

- Não diria isso Sthefany – disse Dumbledore calmamente. – Como já disse, ela está passando por uma fase de escolhas bem difícil. Pedi para que todos sejam compreensivos com ela. Tenho certeza que se ela tivesse escolha, não estaria nessa situação.

- Como assim ter escolha? – Harry de braços cruzados, parecia não estar querendo acreditar.

- Conheci o pai dela. Sei como a criou. Ele a forçou ser o que é, só agora que está afastada dos pais está tomando decisões sozinha, como por exemplo, conhecer Justino, coisa que seu pai jamais permitiria. É isso que posso dizer.

Harry e Sthefany agora estavam repensando seus conceitos da pobre garota. Ela não tinha culpa de ser o que era. Sempre foi forçada, por um pai sem escrúpulos.

- Teodor Marchinson, me disse que por poder ele fazia tudo – disse Harry olhando para baixo. – Inclusive tornar a filha infeliz...

- Enquanto esperamos a notícia do ataque, vou lhes mostrar a profecia.




Susan chegou na sacada e encontrou Justino sentado no chão frio. Estava mais certa do que nunca de que gostava do garoto.

- Oi Ju... – disse solenemente. Justino olhou espantado, ele sempre pediu para que ela o chamasse assim, mas era sempre muito formal.

- Oi Su! O que houve? Você parece abatida... – ele estava a analisando. Susan o abraçou e não conteve o choro. O rapaz poderia nunca mais ter os pais, por causa de uma guerra idiota. – Tudo bem... – disse massageando a cabeça da garota.

- Me desculpe Ju...

- Tudo bem... – disse levantando o queixo da garota, para fitá-la nos olhos lacrimosos – Então? O que aconteceu?

- Eu tentei evitar... mas não sei se deu... demorei para perceber! Fui cega! – Susan, se aproximou e deu o primeiro beijo. Era reconfortante, Justino correspondia.

- Não importa que demorou... – disse enquanto recuperava o fôlego. - O que importa é que agora sabe o que realmente torna a vida interessante.

- Por favor, me desculpe... – disse e saiu correndo, deixando Justino sem respostas. No dia seguinte, porém saberia o por que da atitude.




Depois de Dumbledore ter mostrado e explicado a Sthefany a primeira profecia, feita por Sibila, esta olhava de canto para Harry. Como ele conseguia carregar tal fardo por tanto tempo... E porque Dumbledore lhe mostrara isso? Então foi por isso que ele não tem mais os pais.

- Estou lhe mostrando isso – disse Dumbledore, ao ver que Harry também estava pensando isso – Por que Sibila fez outra profecia hoje a noite, que a envolve.

Dumbledore tocou o liquido e a professora emergiu, novamente como outras roupas. Numa voz grossa disse:

O fim da guerra se aproxima... Os dois grandes poderes se enfrentarão na última batalha... Mas apenas um reinará... A amada do Herdeiro da Luz... Irá compartilhar de seu poder e alma... E terá um fardo igualmente pesado no ultimo combate... Os dois estarão unidos por toda a eternidade...

- Bom – disse Dumbledore sorrindo – Acho que vocês podem se considerar casados. Seguiu-se um silêncio.

- Me desculpe por envolvê-la nisso Sthef – disse Harry tristemente.

- Estamos todos envolvidos. É o destino do nosso planeta que estamos falando – disse Dumbledore.

- Ele tem razão Harry, além do mais você não tem culpa de me amar – disse Sthef pegando na mão do garoto. – Depois que tudo acabar, você pode oficializar essa profecia, quem sabe... – Harry sorriu.

- Dumbledore! Dumbledore! - disse o quadro que tinha ido avisar os aurores – Infelizmente chegaram tarde demais... a marca negra já estava pairando.

- Espero que vocês ajudem Justino e Susan – disse Dumbledore – Eu andei observando os movimentos dessa garota, mas só pelo pai que tem é claro, e percebi que ela realmente gosta do rapaz... E vejam só, ele é tudo o que o pai dela odeia: um “sangue-ruim”. Façam com que os seus amigos da grifinória, saibam do acontecido. Não a abandonem, espero que entendam. Ela é uma pessoa boa e pode ser uma aliada importante.

Harry e Sthefany assentiram com a cabeça. E foram de mãos dadas para o Salão Comunal.

Na manhã seguinte Justino não estava na mesa do café. Dumbledore já havia o convocado para uma conversa, onde ele contou com detalhes o que ocorreu na noite anterior. Foi para o velório dos pais, logo depois. Dumbledore pediu, para que somente as pessoas certas, soubessem que Susan fora uma espiã. Susan estava sentada isolada na mesa da sonserina, com uma cara de suicida, quando Hermione se levantou.

- Quem vai comigo animá-la? – disse com imponência – Eu realmente me arrependi de ter a julgado mal.

- Eu! - disse Rony.

- Eu! – disse Harry.

- Eu também – disse Sthefany.

- Podem contar comigo! – disse Neville.

- E não se esqueçam de mim – disse Agatha que estava sentada ao lado de Neville, estavam muito amigos agora, até demais

- Ok, então vamos – disse se dirigindo a mesa dos sonserinos.

O Salão comunal estava meio vazio, mas as cabeças que lá estavam, ficaram olhando a estranha movimentação dos grifinórios indo tomar café em terreno hostil. Susan não esperava por aquilo. Pensou que seria mais odiada que nunca.

- Nós sabemos que você não teve culpa do que fez – disse Mione.

- Não devia ficar se culpando pelo pai que tem – disse Rony.

- Você fez o que pode – disse Harry.

- Eu e o Harry vimos você correr para contar o que seu pai pretendia – disse Sthefany.

- Nós achamos que Justino entenderá – disse Neville.

- Sabemos que não tinha escolha – disse Agatha.

Susan olhou para eles, com os olhos lacrimejando novamente. Nunca teve amigos como eles. Os tinha na antiga escola, só se preocupavam em quem tinha a melhor vassoura, quem tinha mais influência, quem era mais rico... Esses realmente se importavam com o vínculo da amizade. Que no caso era mais forte do que imaginara. Susan não agüentou, afastou o prato e cruzou os braços para servir de almofada, para derramar suas lágrimas, estava despejando a mágoa da vida infeliz que teve.

Depois de se controlar, eles conversaram normalmente, não sem importando com o que acontecera. Susan estava decidida pelo que optar. Entre o poder e a felicidade, escolheu a felicidade, mesmo que isso significasse trair a confiança de seu pai “a confiança de meu pai não vale vidas inocentes”, pensou. Mas mesmo assim, teria que garantir que seu pai, não fosse morto, por isso iria falar com Dumbledore.


Notas :: Notas :: Notas :: Notas :: Notas :: Notas :: Notas :: Notas ::




Saquinho fazer essas tabulações... tinha uim monte de intálico ai no meio, mas me deu preguiça de fazer... xD Postem!! tenhno mais caps...

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