Afinal quem é Marrie?



Querido diário:



Hoje eu acordei um pouco agitada, tomei meu café da manhã, e antes que alguém começasse a conversar comigo, me retirei da mesa da grifinória e fui para a biblioteca, onde encontrei o Remo.


- O que esta fazendo aqui? – perguntei olhando bem pra cara dele.


- Lily, pelo amor de Deus, fala mais baixo.- ele me olhava entre várias prateleiras de livros.


Depois de chegar perto dele, eu percebi que ele estava observando um garoto que nós dois conhecíamos bem.


- Mas que história é essa de ficar observando o Snape, quero dizer o que de interessante ele teria Remo. – eu conclui olhando pra ele.


- Depois eu explico Lily, agora vamos sair daqui.


Quando já estávamos nos corredores ele me contou que Snape poderia ser um tipo de correspondente do você- sabe – quem, e por isso ele estava por ali aquela hora.


- Se ele me visse, seria bem mais normal do que ver os outros por ali, não acha? – ele me olhava divertidamente.


- Isso é verdade, mas quem mais sabe disso?


- A Marrie e a Alice. – ele parecia bem encabulado por dizer isso para mim.


- Então quer dizer o que eu sou a única que não sabia? – eu estava indignada.


- Na verdade sim, mas isso aconteceu porque nós contamos isso para as meninas ontem.


Derrepente encontramos Snape no caminho, mas como poderia?Ele estava na biblioteca e agora aqui?Eu não conseguia entender nada, e ao julgar pela cara do Remo ele também não entendera.


- O que faz por aqui Snape? – Remo tentava parecer normal.


- Não devo satisfações a dois sangues – ruins como vocês!


- Deixa pra lá Remo. – eu comecei a puxa – lo.


- Esta com medo de que eu faça alguma coisa com o seu amiguinho Evans?- Snape perguntou com um sorriso malicioso numa voz tão letal quanto as palavras que saia da sua boca.


- Ah, cale a boca Snape. – agora sim ele conseguira me tirar do sério.


- Como ousa...sua...sua


- ...sujeitinha de sangue-ruim. – eu conclui.


- Saiba que isso Snape não me afeta mais, nenhum pouco, agora eu não posso dizer o mesmo de você.


Ele me olhava com enorme desprezo, e um pouco de curiosidade.


- Do que esta falando Evans?


- De te chamarem de ranhoso! – agora eu parecia ter tocado na ferida.


Ouvi uma risada muito gostosa e demorada atrás de mim, eram os marotos, mas não eram eles que riam, mas sim a Marrie, que tinha acabado de chegar no tumulto que tinha se formado.


- Desculpe, desculpe...mas eu nunca tinha ouvido isso, deixa só eu contar para...


- ...você não vai contar pra ninguém, se não eu conto todos os seus “podres” para a sua santa mãezinha. – o snape concluiu.


- Você não ousaria.


- Ah não é, então porque não tenta espalhar isso para família pra ver o que te acontece. – ele continuou azedo.


- Depois vocês descutem isso Severus. – agora era o Black que se “enfiara” na frente da Marrie, pois os dois (Marrie e o Snape), estavam segurando as varinhas e se estudando, para poderem atacar, um ao outro.


- Mais tarde Marquise, lá fora.


- Como quiser Severus. – ela disse olhando para ele e guardando a varinha.


Todos foram para as salas de aula; no fim de todas as aulas estava um “clima” meio tenso, talvez fosse porque as pessoas estavam bem agitadas porque amanhã seria um dia para visitar o povoado ou ficar no castelo sem fazer nada, ou talvez fosse porque a Marrie não parava de reclamar do Black pra mim.


- Você não acha o cumulo, o Black se meter onde não foi chamado?


- Acho...mas você nunca me disse nada...


- ...sobre ser meio parente do Snape – ela concluiu.


- É


- Esta um dia lindo lá fora, o que acha de irmos dar uma volta?


- Ótimo


Quando estávamos saindo, encontramos a Alice com o Amos.


- Pode esperar um minutinho?


- Claro


- Amos há quanto tempo não nos falamos. – eu praticamente me joguei pra cima dele, com um forte abraço.


- É mesmo, mas tem sido difícil te encontrar por ai. – ele estava com um enorme sorriso.


- Quer se sentar com a gente?


Perguntei olhando na direção da Marrie.


- Claro


- Vamos então, Alice?


- Ta...Ta.


Depois de um fim de tarde agradabilíssimo, nós quatro já tínhamos falado de tudo.Riamos das mais tolas coisas que aconteciam ao nosso redor.


- Bom foi ótimo te conhecer Marrie...posso te chamar assim né?


- Claro Amos!


- Mas eu tenho que ir, tchau pra vocês, e se cuidem! – ele terminou com um aceno.


- Meu Deus, como ele é lindo!!! – Marrie disse, quando ele já estava longe.


- É verdade. – eu e Alice concordamos.


- Mas o Tiago e o Sirius também são! – Alice nos olhava com uma certa malicia.


Eu aproveitei para contar para elas o efeito que o Potter tinha feito com a minha mãe.


- Me desculpe a sinceridade Lily, mas o que você não quer admitir é que ele pode ser apaixonante, educado e muito mais quando quer. – Marrie me olhava com sinceridade.


- Assim como o Black. – eu disse já começando a me alterar.


- O Black é diferente...Quero dizer, ele esta mais preocupado consigo do que com qualquer outro que apareça na sua vida.


Eu a olhei demoradamente, ela parecia triste como eu jamais a virá antes.


- Agora o Remo, é encantador, um verdadeiro cavalheiro. – agora era Alice que estava falando e estava radiante.


- Esta apaixonada?


- Acho que sim meninas.


- Que bom!!! – nos duas respondemos.


De longe eu observava um grupo de garotos que se divertiam (brincavam e riam muito), eles nos acharam e foram direto onde estávamos.


- Minha ruivinha, te procurei por todos lugares!


- Hei, onde achou esse pomo de ouro?


- Marrie isso eu não conto nem sobre tortura. – agora eu presenciava um Tiago completamente diferente do que sempre vira, será que o que Marrie tinha me dito era verdade? Eu não sabia mais responder se alguém me perguntasse sobre o que sinto sobre o Potter.


- Ali não é o ranhoso e sua turminha?


- É sim Black.


- Eu estava ansiosa pra que o dia acabace assim. – Marrie olhava na direção deles já se levantando do gramado.


Enquanto isso o Potter se sentava do meu lado.


- Você.Como ótima monitora e outras coisas mais; como consegue andar com alguém como ela?


Era difícil pra mim admitir, mas ele tinha razão, tudo bem que ela tinha ótimas notas...mas ela parecia não se importar nenhum pouco com as outras regras.


- Você não pode falar nada Potter, olha as suas amizades!!! – eu me referia ao Black e aquele menino gordinho que andava com eles.


Ele apenas sorriu.Enquanto isso eu observava os marotos sentados junto comigo e a Alice, com exceção é claro do Black e da Marrie que estavam de pé, já discutindo com Snape, a Narcisa Black e é claro que não podia faltar o Lucius Malfoy.


- Vamos nos sentar Severus? – Marrie perguntava, como se fosse algo mais normal do mundo; talvez pra ela fosse, na verdade eu não conhecia nada dela e não sabia até que ponto ela tinha intimidade com os sonserinos.


- Lógico que não, e você sabe muito bem porque eu vim aqui. – nunca tinha visto o Snape com tanta raiva de alguém, mas Marrie parecia não se importar.


- Agora não Severus.


- Por que não?Esta com medo é?


- Não seja ridículo, é só porque tem monitores demais por aqui e se nos pegarmos, vamos perder pontos, você não quer isso, quer?


- Mais tarde então.


- Estarei a sua espera.


Eu simplesmente a enchi de perguntas enquanto eles estavam indo embora.


- Esta bem, qual é seu grau de parentesco com Snape?


- E o que ele quis dizer com “as suas neuroses?” – Alice parecia bem mais atenta à conversa deles do que eu, pois não tinha ouvido essa parte da conversa.


Ela nos olhou, sentou na grama e nós formamos um circulo pra conversar melhor, é lógico que o Potter estava do meu lado e o Black do lado dela.


- Sou prima dele.


Mesmo que involuntariamente olhei para o Black, achei que ela poderia ter algum parentesco, mas ela entendeu a minha “deixa” e logo explicou.


- Não tenho nenhum parentesco com ele. – ela disse apontando para o lado.


- Meu pai era francês, por isso só tenho a família da minha mãe por aqui, e...Bem...Severus infelizmente faz parte dela.


- Coitadinha, você tem um azar e dos grandes!!!


- É; eu que o diga, Black.


- Ah...Vamos parar com isso.S-I-R-I-U-S esta bem?


- Ta, eu vou tentar.


Nessa hora percebi que o Potter me olhava, mas achei melhor fingir que não tinha percebido.


- Quanto à parte das neuroses, Alice. É porque quando meu pai morreu, eu tinha certeza que a família da minha mãe tinha algo a ver com a morte, mas... Eu era meio pequena demais para que a minha mãe acreditasse em mim, eu não tinha nem argumentos, nem provas, mas sempre soube que eles tinham algo a ver com a morte do meu querido pai.


- Quanto a se preocupar com o grande duelo...- eu senti um grande tom de sarcasmo, mas duas ultimas palavras dela.


- ...sempre tivemos esses contratempos, e eu sei tanto quanto Snape, Lily. – ela concluiu, com olhar de todos da roda; afinal como ela podia saber que eu tinha pensado nisso? Eu não tinha dito nada pra ela


- Oclumência, querida...Ah varias vantagens de se ser criada por uma família bruxa Lílian. – pronto ela tinha acabado de responder as minhas perguntas, ou pelo menos a todas que tinha tido até àquela hora.


- Mas, como pode? – agora Sirius olhava intrigado pra ela.


- Bom...nós sabemos, que para uma pessoa ser oclumente ela precisa de um grau enorme de estudos e... – eu falei agora olhando pro grupo.


- Do mesmo jeito que podemos ter animagos entre nós. – ela olhava para todos assim como eu o fizera.


- E o Snape é tão oclumente quanto eu Lílian.Por isso posso afirmar que você corre grande risco andando por ai, atrás de pistas junto com o Remo.


A noite chegou, e com ela mais uma visitinha dos sonserinos, nos já estávamos nos levantando quando eles chegaram já usando a varinha com alguns feitiços simples, nos preparamos e saímos contra atacando.Depois de vários raios de varias cores, me vi encurralada pelo Malfoy e um menino que eu não conhecia, mas do nada apareceu quem eu menos esperava Potter atacou os dois e nos dois saímos contra atacando.


- Viu como eu posso ser bem mais útil do que você pensa? – ele dizia um pouco cansado.


- É...Obrigada. – eu tinha odiado essa idéia de ficar devendo algo pro Potter, mas fazer o que?


Depois de algum tempo duelando nos retiramos, pois ouvimos Alice gritando que o Filch estava indo pra lá onde estávamos, foi divertido voltar pra torre da grifinória, porque não tinha mais ninguém por ali então qualquer barulho que nos fizéssemos seriamos facilmente encontrados, e imagina o quão difícil era não chamar a atenção um grupo de pessoas andando àquela hora da noite.Quando chegamos lá começamos a falar todos juntos, mas a Marrie interrompeu com o tom de voz um pouco mais alto.


- Gente eu não sei quanto a vocês, mas eu estou bem cansada e precisando de um bom banho, vou subir depois eu desço, quem já vai dormir ou vai depois?


- Eu vou mais não volto estou precisando dormir, tchau! –eu realmente estava cansada.


- Evans, depois eu preciso falar com você.


- Esta bem Potter.


Depois de um bom banho, estou aqui terminando de escrever no diário, mas o que será que o Potter pode querer comigo? O baile eu vou ter que ir com ele, esse fim de semana não vou ao povoado, bom só amanhã pra saber mesmo.


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Mais um capitulo sobre a Marrie! Espero que gostem.

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