Capítulo 4



Capítulo Quatro


 


 


 


 


Tava na cara que a Lily só não tinha a orientação certa na matemática. Passei uma tarde explicando a matéria e parece que ela entendeu tudo.


 


-Tem certeza de que você entendeu tudo? – perguntei pela terceira vez. Não queria ser chamado de péssimo professor depois.


 


-Sim James, e muito obrigada. Agora é só fazer alguns exercícios e está tudo perfeito. Então, acho melhor eu ir embora para te deixar livre e estudar mais em casa.


 


-Me deixar livre? – ergui uma sobrancelha. Como assim? Como se ela me atrapalhasse em algo...


 


-É, já te enchi muito o saco por hoje.


 


-Enche nada, eu adoro passar o meu tempo com você.


 


Ela ficou vermelha!


 


-Bom saber disso, porque agora eu vou te encher muito o saco.


 


Bom saber disso.


 


-O quanto quiser. – eu respondi aproximando meu rosto do dela.


 


Meus cotovelos estavam apoiados na mesa redonda, só assim para ficar perto dela, já que estávamos em lados opostos da mesa.


 


Ela estava bem vermelha, e por eu estar bem perto dela, ficava mais fácil ver como ela estava vermelhinha.


 


Será que ela também quer me beijar? Ou será que só eu que quero isso? Os olhos dela parecem dizer “Anda logo com isso!”, mas eu não posso me aproximar mais! Se ela também quiser me beijar, ela vai ter que se...


 


UAU! Já disse mil vezes que ela era decidida, mas tomar a iniciativa do beijo foi... wow


 


Peraí! Eu estou aqui pensando no beijo enquanto ele está acontecendo? Tenho que corresponder às alturas. E bota altura nisso. Eu tava quase subindo em cima da mesa e ela tinha passado o braço em volta do meu pescoço.


 


Separamo-nos sem fôlego. Wow! Que beijo foi esse?


 


Eu beijei a Lily, nunca pensei que iria fazer isso. Tá! Eu pensei nisso sim!


 


-Então... eu acho melhor eu ir embora. – ela disse se levantando e pegando o material.


 


Eu acho que ela está envergonhada. Como que ela ousa ir embora depois disso?


 


Já sei! Eu tenho a solução! Me levantei e tirei o material da mão ela, colocando-o em cima da mesa e puxando-a pela cintura para ficar frente à frente comigo.


 


-Eu vou com você. – disse em seu ouvido.


 


Senti-a estremecendo com a minha voz. Sorri internamente.


 


Agora eu tomei a iniciativa e a beijei. Os beijos dela são viciantes!


 


Me separei dela e perguntei.


 


-Vamos?


 


-Uhum. – ela disse com um sorriso radiante.


 


-Então vamos. – a puxei uma vez mais e dei um selinho.


 


Segurei a sua mão e fomos até onde o pessoal estava para nos despedir.


 


-Estamos indo. – eu disse, segurando a sua mão bem firme.


 


Claro que eles perceberam que algo tinha acontecido. Sirius e Remus ficaram me encarando com um sorrisinho malicioso, o que quer dizer que vão me ligar mais tarde, ou vão passar lá em casa. Só para saber o que aconteceu.


 


-Tchau!


 


Fomos para o ponto, e olhando a hora, vimos que ainda ia demorar um pouco para o ônibus chegar.


 


-Enquanto o ônibus não chega, posso te fazer umas perguntas? – perguntei. – Para te conhecer melhor. – sorri, me explicando.


 


-Pode. – ela respondeu. – Mas eu também vou ter que fazer algumas perguntas para você.


 


-Ok. – concedi, começando. – Tem irmão? – vai que ela tem um irmão ciumento??


 


-Sim, - aimeudeus. – mas não queira conhecer a minha irmã, ela é muito chata. – ufa! É uma irmã.


 


-Ok! Como são seus pais? – vai que o pai é ciumento?


 


-Meu pai é muito coruja e ciumento e minha mãe é normal.


 


-Seu pai é ciumento, hum? – é... nem tudo pode ser tão perfeito assim.


 


-Sim, mas a minha mãe controla um pouco ele.


 


-Uhm... – ufa! Então eu tenho que conquistar a sogra primeiro... – Outra pergunta, já teve algum namorado?


 


-Namoro sério já tive um, ficamos juntos seis meses.


 


-Nossa, muito tempo hein? Por que vocês terminaram?


 


Ela pareceu incomodada. Se aquele cara fez algo com a minha Lily...


 


-Ele estava me chifrando. – ela respondeu em voz baixa, olhando para o chão.


 


Que cara panaca! Se eu encontrar ele na minha frente eu juro que eu... Peraí! Ela está muito triste. Tudo bem, provavelmente ela não gosta mais dele, mas lembrar disso deve incomodá-la bastante.


 


-Se me permite dizer, ele é um idiota. Como ele pôde deixar escapar uma garota como você? – ela sorriu e levantou o olhar até o meu rosto.


 


Os olhos dela estavam transbordando gratidão, e um sorriso fofo pairava no seu rosto.


 


-Uhm... Talvez porque a garota que ele ficou seja mais bonita do que eu?


 


-Ainda assim ele é burro, porque você é linda.


 


Ela ficou muito vermelha.


 


-Próxima pergunta?! – ela falou, ainda vermelha, o que me fez rir.


 


-OK... você, a Marlene e a Dorcas são amigas desde quando?


 


-Desde sempre.


 


-Não sei o que mais perguntar, quando eu pensar em outra coisa eu pergunto, ok?


 


-Tá, então agora é a minha vez. – ela disse sorrindo.


 


-Pode começar. – eu disse, meio divertido, meio temeroso.


 


Antes de ela começar a perguntar, o ônibus chegou. Entramos e sentamos no último banco.


 


-Você, Remus e o Sirius são amigos há bastante tempo, não?


 


-Sim, a gente se conheceu no primeiro ano do colegial, nós éramos conhecidos como “Os Marotos”, aprontávamos muito. – eu disse com um sorriso, me lembrando da vez em que estouramos uma bomba na sala de História.


 


-E com certeza era muito cobiçado pelas garotas... – ela completou.


 


-Sim. – eu disse vermelho. – Naquela época eu era muito galinha também. – eu confessei. E completei. – Mas agora eu amadureci.


 


-Uhm... então nem vou perguntar quantas ex você tem porque deve ter tido muitas.


 


Isso me fez rir.


 


-UAHSAHSUA! Verdade, eu nunca namorei sério. Eu ainda estou procurando a garota certa para isso... – olhei bem para ela. – mas talvez eu já tenha encontrado...


 


Foi engraçado o misto de sentimentos que vi passando em seus olhos nessa hora. Confusão, solidão, entendimento e esperança...


 


-Quem é essa garota? – ela perguntou com a voz fraca.


 


-Neste momento ela está sentada na minha frente.


 


Completei com um beijo que ela se prontificou a retribuir.


 


-Acho que está chegando no meu ponto. – disse ao nos separarmos.


 


-Vou te levar até a sua casa. – eu não queria me separar dela assim, tão cedo.


 


-Não quero incomodar James, amanhã a gente se vê. – ela me disse antes de dar um selinho e sair do ônibus.


 


“Hey cara! A gente ficou! J.”

Mandei a mensagem para o celular do Sirius e fui sorrindo para casa.



Três dias depois.


 


Depois de muito tempo pensando nisso, eu me decidi. Iria levá-la para jantar, e pedi-la em namoro.


 


-Pai? – chamei quando cheguei em casa.


 


-Sim?


 


-Queria te pedir um favor...


 


-Pode falar.


 


-O senhor me daria uma grana para levar a Lily para jantar?


 


-Lily? – minha mãe perguntou. – Quem é Lily?


 


-Se ela aceitar, a minha namorada.


 


Meu pai deu um sorriso malicioso. Acho que foi dele de quem eu herdei esse sorriso.


 


-Tudo bem. E imagino que esse dinheiro venha acompanhado do meu carro.


 


-Que bom que você adivinhou isso antes que eu falasse pai. Isso poupa a minha saliva.


 


Sorri enquanto subia correndo para meu quarto. Peguei meu celular e apertei o botão um da discagem automática do meu celular.


 


-Alô? – ouvi a doce voz de Lily.


 


-Hey Lils!


 


-Oi Jay!


 


-Tem algo marcado para segunda?


 


-Até agora nada. Por quê?


 


-Vou te levar para jantar.


 


-Isso é um convite ou você está me informando? – ela me perguntou com som de troça.


 


-Um convite. Não ficou claro? Então? Topa?


 


-Claro! Onde nós vamos?


 


-Surpresa. Num restaurante que eu conheço. Vou te buscar às sete.


 


-De ônibus? – ela tornou a perguntar, rindo.


 


-Não... com o carro do meu pai.


 


-Então tá! Te vejo amanhã no ônibus?


 


-Claro!


 


-Então até amanhã.


 


-Até.


 


-Beijo.


 


-Beijo.


 


Desligamos e fui conversar com o meu pai os detalhes do “paitrocínio”.


 


Na segunda.


 


Terminei de me arrumar e desci.


 


-Uau filho! Se ela não aceitar namorar com você, então eu não sei quem vai aceitar. – minha mãe disse apertando as minhas bochechas.


 


-Tá mãe! – eu disse rolando os olhos e me afastando das suas mãos assassinas de bochechas. – E aí pai? Cadê a grana e a chave? – perguntei com um sorriso angelical.


 


-Aqui! – ele me entregou os dois sem afastar os olhos do jornal.


 


-Valeu. – sai de casa correndo.


 


Quando deu sete horas, estava chegando perto de sua casa. Parei em frente e buzinei, já que ela não tinha falado para os pais que iria sair comigo. Falo nada, já que não quero enfrentar o pai ciumento dela assim tão cedo.


 


Vi a porta se abrindo e a vi olhando para dentro.


 


-TCHAU MÃE!


 


-TCHAU FILHA!


 


-LILY! – ouvi a voz do pai dela. Opa!


 


Ela entrou correndo no carro.


 


-Oie. – ela disse, me dando um selinho. – Se eu fosse você, acelerava isso antes que meu pai apareça aqui.


 


Ri, acelerando o carro.


 


-Tudo bem? – perguntei.


 


-Agora está melhor. – isso me fez sorrir. – O senhor poderia me falar porque estamos indo para um lugar tão chique?


 


-Vai ficar sabendo só quando chegarmos.


 


Ela não tentou mais. Ela ficou me questionando desde sábado, quando eu finalmente revelei o nome do restaurante para ela.


 


Ela ligou o rádio e fomos até o restaurante cantando. E como não cantamos bem...


 


-Acho melhor a gente parar por aqui. – eu falei, rindo.


 


-Sim. – ela riu também. – Todos vão achar que somos loucos.


 


Chegamos ao restaurante e o manobrista abriu as portas para a gente e pegou as chaves para estacionar.


 


Enquanto nos encaminhávamos para a mesa que eu tinha reservado, Lily me perguntou baixinho.


 


-Jay, você não exagerou um pouco não?


 


-Nem um pouco. – disse, dando um meio sorriso. Quando eu ia pedi-la em namoro, não podia poupar nada.


 


Nos sentamos e o garçom veio com dois cardápios.


 


-Agora você pode falar, né?


 


-Agora não, só depois do jantar.


 


-Humph!


 


-Não fique brava Lily, você vai ficar sabendo daqui a pouco. – eu falei carinhosamente.


 


-Vou me conter. – então ela estudou o cardápio. – O que vamos pedir? Não estou entendendo nada que está escrito neste cardápio, é tudo muito chique para mim.


 


-Eu peço para você. – disse antes de fazer os pedidos.


 


Ficamos conversando sobre a minha faculdade e sobre a escola dela... até que comentamos do baile.


 


Lily subitamente ficou vermelha e me olhou temerosa.


 


-Eu queria te pedir uma coisa... – ela começou. Ai meu deus... o que é agora? – Mas eu tenho medo de você não aceitar... – Peraí! Eu que vou pedir ela em namoro, não o contrário.


 


-Pode pedir Lily. – falei, segurando um sorriso. Irônica, a vida.


 


Antes que ela falasse, comida chegou, e ela pareceu momentaneamente aliviada.


 


-Fala Lily. – pedi antes de começar a comer.


 


-Eu sei que você deve achar isso coisa de criança. – peraí! Namoro não é coisa de criança... então não é sobre isso que ela quer falar. – Mas não custa nada tentar... – ela estava nervosa. – Você quer ir ao baile da minha formatura comigo?


 


Isso é sério? Ela ficou em dúvida se eu iria com ela? Ri. Claro que ia.


 


-Lily, primeiramente, isso não é coisa de criança, quando estava no colégio fiquei muito ansioso para este baile. Claro que eu vou querer ir ao baile com você, acha que eu vou deixar você ir sozinha neste baile, eu não sou louco.


 


-Obrigada James. – ela disse, segurando a minha mão por cima da mesa. – Isso significa muito para mim.


 


-Eu sei. – e acariciei a sua mão de um jeito carinhoso.


 


-Agora vamos comer? Essa comida está com uma cara muito boa.


 


Ela acha né? Fui eu quem pedi...claro que estava maravilhosa.


 


-Claro que está, fui eu que pedi.


 


E comemos a deliciosa comida.


 


-Amei James.


 


-Que bom. – não conseguia comer mais nada. Era o nervosismo falando mais alto.


 


Quando o garçom recolheu tudo, percebi que estava na hora. Ela estava ansiosa para saber qual era a sua surpresa, isso era palpável.


 


-Tá Lily, é agora. – fiquei nervoso. – Agora é a minha vez de pedir algo para você.


 


Acho que ela ficou com medo do que poderia ser.


 


-James, você está me deixando nervosa, fala logo.


 


-Eu vou ser direto e reto, ok?


 


Isso não parece direto e reto.


 


-Ok. – agora vou ser direto e reto.


 


-Lily Evans, quer namorar comigo? – a olhei nos olhos.


 


Ela ficou surpresa. E demorou a responder. Acho que ela está em estado de choque. E agora?


 


-Lily?!


 


-AH?! Você quer a resposta, né?


 


Acho que sim, né? Inspirei fundo. Ela não quer.


 


-É, mas Lily, se você quiser dizer não eu entendo, estamos juntos a uma semana, tá um pouco cedo para isso. Mas eu sinto que já te conheço a muito tempo.  Eu gosto de você, acho que a palavra gostar é muito pouco... eu te amo. – Ela me olhou com uma cara... emocionada?


 


-Si...m... SIM! – ela disse a segunda palavra com firmeza.


 


Me levantei e agachei-me ao lado de sua cadeira, e a beijei.


 


-Eu te amo. – eu disse.


 


-Eu também. – e sorriu.


 


Não acredito que estou namorando “a minha garota do ônibus”!


N/A:DESCUUUULPA A DEMORA MILENAR.... minha prima fuçou o meu pc e simplesmente apagou toooooooooodas as minhas fics.......... então fiquei um tempo sem escrever porque não tinha cabeça para isso... mas aqui está... capítulo 4... e já tô escrevendo o prólogo... creio que até o fim da semana eu posto. Qualquer erro e tals, só me mandarem um email com o nome da fic: [email protected]

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