Coroação



Olá galera!
Aqui o ultimoca paitulo de Um Plebeu em Minha vida! Foi deixar os agradecimentos para o epilogo.Vou dizer a vcs... o capitulo está pronto desde de terça, mas minha net deu problema e a da minha beta também. Mas pelo menos está aqui no prazo.
Espero que gostem!


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Capitulo 9 – Coroação


 


 Estou de volta à minha casa. E a sensação é uma mistura de sentimentos. Será que Dorothy e Alice* se sentiram assim quando finalmente conseguiram voltar? Sinceramente? Eu estou divagando...


Estou de frente para o mesmo espelho ao qual me olhei há meses atrás, no dia da minha coroação. E hoje estou aqui de novo.


Talvez eu pudesse fazer de conta que o período entre esses dias não aconteceu, mas não posso fazer isso. É só olhar para os meus olhos e é possível ver o quanto mudei. Como tudo mudou. Antes eu era uma futura rainha nervosa e sonhadora. E agora havia uma futura rainha decidida e conformada. Não em um sentido totalmente ruim, mas como uma aceitação de que posso e farei tudo que puder pelo meu país, e que isto é o que me cabe. Pode parecer um destino cruel, mas não é. Não verei a minha vida em Londres como um castigo. Não verei como se tivesse ganho uma vida normal e depois tivesse que deixá-la  de lado, mas verei tudo como uma lembrança que vai me acompanhar. Como um aprendizado que nenhum professor poderia me dar.


 


Após me despedir de Harry, embarquei com destino a Willborn. A minha chegada aconteceu em segredo. Além da presença da guarda, estavam alguns membros do Parlamento, entre eles meu querido Henry Blessing, que com seus quase 80 anos pode ver a calma reinar novamente. E não poderia faltar a minha mãe. Ah como eu sentia a falta dela. Ela parecia mais magra e até mesmo mais velha, mas o abraço dela era o mesmo. E tinha o mesmo efeito sobre mim. E só havia restado nós duas. Nós e o meu primo Max.


Após a tomada do poder, meu primo foi preso até julgamento. Antes disso, fui vê-lo. Eu jamais pensei em um dia ver Max assim. Ele estava em uma cela, encostado na parede. Ele tinha a pose de alguém derrotado. É claro que isso durou até ele me perceber ali.


--- Princesa Anabella. --- Ele sentenciou. Havia desprezo nas palavras e em seus olhos.


--- Max.


--- Veio até aqui para mostrar que venceu? Eu não me surpreendo, faria o mesmo.


--- Me conhece o suficiente pra saber que não faria isso. Como disse: isso é algo que você faria. --- Eu falei séria.


--- É verdade... --- Ele deu um sorriso irônico. --- Você sempre foi a linda e encantadora princesinha Anabella.


--- Não precisava ter feito o que fez Max. Mas do que a realeza, éramos uma família.


--- Família? Não me faça rir! --- Ele se levantou. --- Nunca fomos uma família! É claro que existiam os Ravensford, que eram vocês. Agora eu? O meu pai? Só porque não éramos a linhagem herdeira do trono sempre fomos minimizados. Como se uma simples ordem de nascimentos pudesse definir quem realmente merecia ter o controle!


--- Agora você quer ir contra uma regra secular?


--- Por que não? Olhe pra você! Uma garota de 18 anos dona de um país!


--- Como costumam dizer, idade não é documento. Pessoas mais jovens já assumiram a coroa. E o Rob? Vai me dizer que ele não tinha idade ou maturidade suficiente?


--- O Robert era um fraco. --- Max se encostou na grade e sussurrou. --- Tão fraco que foi só receber uma ligação anônima colocando em xeque a vida da irmãzinha e ele decidiu pegar o carro e correr atrás.


--- Como assim?


--- Vai me dizer que você nunca desconfiou do acidente? Das mãos do destino? Que pouco antes da coroação, o nosso querido Rob morre em um acidente de carro. Freios! E nem se quer suspeitaram...


--- Você não... --- Eu não podia acreditar no que ouvia. --- Um coisa é você...mas não isso. --- Max deu um sorriso cruel. --- Oh meu Deus! Vocês cresceram juntos!  Como pode?!?!


--- Fiz o que tinha que fazer. --- Ele respondeu.


Maximillian Ravensford, Duque de Brisbin foi condenado a 15 anos de prisão, seguido de exílio perpetuo de Willborn.


 


Foi difícil lidar com o que ele me disse. Meu irmão foi assassinado. É ruim pensar que é uma força maior que controla as nossas vidas, mas é ainda pior saber que outras pessoas podem tomar decisões tão importantes sobre você. Como a morte.


Fui visitar o mausoléu da família. O grande e imponente local de descanso da família real. Lá estavam o meu irmão e o meu pai. Coloquei as flores sobre os túmulos. Passei os dedos pela foto do meu pai com lágrimas nos olhos e depois me sentei em um banco de pedra que havia lá para pensar. Pode parecer estranho e até assustador ficar sentada dentro de um mausoléu, mas não me senti assim. Mortos não podem nos machucar. São os vivos que o fazem.


 


Quanto aos vivos, nada foi melhor do que ver a minha mãe, Henry e a Lis. Oh, a Lis! Eu tinha ficado tão preocupada com ela. Foi com muita alegria e felicidade que a reencontrei no castelo, quando chegamos do aeroporto. Pude vê-la tentando controlar o choro e se manter afastada. Mas eu não queria saber de protocolos. Aquela mulher me criou! Então fui quase correndo até ela, e a abracei bem forte.


--- Lis!


--- Minha menina Anabella! --- Ela passou as mãos em meu rosto, verificando. --- Como fiquei preocupada com você, em outro país e sozinha!


--- Não se preocupe, deu tudo certo. --- Contei sorrindo. --- É tão bom ver você! --- A abracei novamente.


Quando fomos para o meu quarto, que agora parecia muito maior do que me lembrava, pedi para ela me contar como tinha estado as coisas em minha ausência. Max tinha governado em total confusão.


Estávamos as duas sentadas na minha cama quando Lis me perguntou:


--- E com você? Não teve problemas na Inglaterra, teve?


--- Londres foi...Uma experiência única. É uma cidade linda, mas ao mesmo tempo um pouco sombria. E a família do Harry, eles foram ótimos comigo.


--- Por que vejo tristeza em seus olhos?


--- Eu...Vou sentir saudade deles, é isso. Eu me acostumei a tê-los por perto.


 


Tudo estava uma grande correria. Os preparativos para a cerimônia estavam sendo feitos. Seria realizado em poucos dias e exibidos pela televisão para todo o país. Enquanto isso, fiz uma serie de visitas a algumas cidades para aparição pública. Era uma forma de mostrar ao povo que eu realmente estava ali. Para eu ainda estar até a coroação, foi colocado um rígido sistema de segurança. E isso quase me deixou maluca.


Se antes eu não gostava disso, imagina depois de ter experimentado meses de total liberdade. Mas é claro que eu entendia o motivo pelo qual sempre estava acompanhada de pelo menos dois guardas, ou por que o carro aonde eu ia sempre era revistado. Não podíamos perder mais ninguém.


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Agora aqui estou eu.


Estou usando um longo vestido rodado em um leve tom esverdeado, um verdadeiro vestido de princesa. Meu cabelo está preso em um trabalhado penteado no alto. O colar e os brincos de diamante completavam o visual. Mesmo com as jóias, o medalhão de Santa Bernadette estava escondido comigo. E o colar de Brighton também.


Me pergunto o que os Potter diriam se me vissem agora. Sei que a Lily iria dar pulos de encantamento e perguntaria se poderia arranjar um pra ela. E o Alvo? Posso vê-lo sorrir e dizer que estou perfeita, mas também posso imaginá-lo me olhando sério e dizendo “Eu não quero que você vá”.


Volto a sentir aquele aperto no peito que sempre sinto quando penso nele. Nos últimos dias evitei fazer isso, me concentrando nas aparições públicas e discursos. Mas agora...


--- Anabella? --- Chamou a minha mãe, entrando no quarto e se colocando ao meu lado.


--- Como estão as coisas lá fora? --- Perguntei.


--- Está tudo pronto. --- Nos olhamos através do espelho. Ela fez carinho em meu rosto, e fechei os olhos. --- Bella? --- Abri os olhos. --- Como posso tirar essa dor de você?


--- Eu estou bem mãe. --- Falei tentando convencê-la. --- Não há nada de errado.


--- Pensa que eu não a conheço... --- Ela deu um sorriso triste. --- Você quer ser rainha Anabella? --- Ela perguntou de repente.


--- Claro! --- Me virei pra ela surpresa. --- Como pode pensar que eu desistiria de...


--- Não estou falando de desistir Bella. Eu só quero saber, e quero que me diga do fundo do seu coração, que está aqui porque quer, não porque tem que estar. Eu a vejo triste querida. Eu sei que você não é a mesma que saiu daqui correndo da última vez, nenhum de nós somos os mesmos, mas eu sinto como se algo em você estivesse morrendo. E eu já perdi um filho, não posso perder você também.


--- Oh mamãe! --- A abracei apertado. --- Eu te amo tanto. --- Me afastei para olhá-la.--- Eu quero ser rainha. Sei que nasci pra isso. --- Suspirei. --- Eu sei o que quero pra minha vida, e também sei que ninguém pode ter tudo que quer. Temos que abrir mão de certas coisas...


--- Podia ter pedido para ele vir.


--- Como saber que..? --- Perguntei surpresa.


--- Encontrei umas fotos suas com os Potter na mala. Foi fácil perceber.


--- Eu não pedi porque sabia que ele viria. --- Falei tentando não chorar. --- O Alvo é do tipo apaixonado. Que faz tudo que tem que fazer pra ser feliz. E ele pensa que vir comigo seria o melhor, mas não é. Não poderia vê-lo afastado de tudo que o define. Eu fiz o certo.


--- Nem sempre o certo é o melhor. --- A minha mãe sorriu e me beijou no rosto. --- Lis vem te buscar em poucos minutos. --- Ela então saiu.


Será que ela estava certa? Eu devia ter sido egoísta e ter chamado ele para vir comigo? Politicamente falando, ninguém seria contra. E o Alvo como príncipe...Acho que ele sempre foi um.


A porta abriu novamente e Lis apareceu. Me olhei uma última vez no espelho e fui até ela.


Os corredores por onde íamos estavam vazios com exceção dos guardas que se inclinavam quando eu passava. Finalmente chegamos às portas do grande salão onde seria realizada a cerimônia.


--- Vai dar tudo certo princesa. --- Lis me disse. Esta seria a última vez que ela me chamaria assim. Sorri confiante e me voltei para a porta. Lis se afastou e as portas foram abertas.


Com o som das trombetas ao fundo deslizei pelo salão. Formando um corredor ao meu redor, estavam os membros do Parlamento e toda a corte real. Eles faziam uma reverência enquanto eu passava. No final, em um altar criado, estava o cardeal que realizaria a cerimônia e a minha mãe. Nós sorrimos uma para a outra. Ao chegar lá, inclinei-me ligeiramente ao cardeal.


--- Estamos entrando em um novo período para esta nação. Depois das últimas tempestades a calmaria finalmente reina em Willborn, e com ela a nossa futura rainha.


Anabella Elethia Ravensford, filha de Philip Alexander Ravensford, rei de Willborn. Possui plena consciência de seu papel nesta corte?


--- Sim.


--- Promete honrar e proteger este país com sua própria vida se necessário? 


--- Sim.


--- Pois então que assim seja. Majestade? --- Ele chamou por minha mãe. Ela se colocou em minha frente e colocou em minha cabeça a coroa. --- Em nome de Deus e dos homens lhe entrego este cetro lhe dando plenos poderes. --- Ele me entregou o cetro de ouro.  --- Apresento-lhes Anabella Ravensford, Rainha de Willborn.


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--- Estou muito feliz de estar aqui hoje. --- Me disse Henry. Eu estava recebendo os cumprimentos da corte. --- Philip e Robert estão muito orgulhosos de você.


--- Obrigada Henry. --- Ele se retirou e continuou os cumprimentos.


--- Majestade. --- Reverenciou Cadena.


--- Capitão. Estou feliz com sua presença entre nós.


--- Na verdade eu não pretendia vir. Não me acho digno de tal honra Majestade.


--- Por isso renunciou ao seu posto na guarda real? Mesmo quando disse que poderia ficar com ele?


--- Sim. Me sinto melhor assim. E estou muito grato por me considerar merecedor de sua presença.


--- Nós sabemos que tomou decisões erradas, mesmo que tenham sido com boas intenções. Mas como o senhor foi de grande ajuda ao reino...


--- Obrigada majestade. Com sua licença. --- Cadena se retirou.


--- Anabella? --- Me chamou minha mãe. --- Está na hora da dança real.


--- Certo. --- Este era o momento em que meu pai me pegaria pela mão e dançaríamos pelo salão. Mas como ele estava morto, convidamos ao Henry, que era quase como meu pai, para a honra. Depois dele, quem quisesse poderia tomar seu lugar.


Seguimos para o meio do salão e pude ouvir Gymnopedie nº 1 de Satie tocar.


--- Feliz Majestade? --- Ele me perguntou sorridente.


--- Sim, estou.


--- Sabe que tudo que queremos é vê-la feliz. --- Sentenciou Henry.


--- Eu sei Henry, e sou muito grata por isso.


--- Posso ter a honra da dança? --- Eu simplesmente travei na pista. Aquela voz era do...


--- Sir Potter. --- Cumprimentou Henry. Sir Potter? Como assim? E como eles tinham se conhecido? --- Fique à vontade. --- Henry saiu e me vi de frente para ele.


Era o Alvo. Vestido da forma mais elegante que eu já vi. Ele tinha ficado ainda mais bonito do que eu imaginava em uma roupa de gala.


--- Majestade? --- Ele estendeu a mão para mim e me puxou para seus braços.


--- Alvo? --- Sussurrei.


--- Você está perfeita. --- Ele me disse sério e depois sorriu. --- Posso ser preso por ter dito isso?


--- Não. Mas se tivesse dito que eu estava horrorosa, aí sim o prenderia. --- Ele riu. --- O que está fazendo aqui Alvo?


--- Eu fiquei em choque quando você me disse que ia embora e pior, me mandou não ir me despedir. --- Ele me contou, sem desviar dos meus olhos. --- Mas é claro que eu não ia te obedecer. Tentei chegar a tempo, mas você já tinha ido. Foi a pior coisa que já senti na minha vida, e no começo eu tentei levar tudo normal. Mas então percebi que você não me deu opção de escolha.


--- Alvo eu...


--- Espera. --- Ele pediu. --- Se você tivesse me dito que eu fui apenas um romance de verão, que você não me queria por perto, eu teria entendido. Eu teria aceitado. Mas você me ama Bella. Eu posso ver isso em você, e pude ouvir isso no telefone naquele dia. No final das contas você me afastou por mim, não por você. E você não tem direito sobre isso. Eu que decido. E eu escolho ficar aqui com você, pra sempre.


--- E a faculdade e... --- Tentei “colocar juízo” nele. E em mim.


--- Não existem faculdades de medicina por aqui? E quanto à minha família, eles ainda vão estar em Londres. Posso visitá-los quando quiser. Afinal eu vou ser apenas o príncipe regente, quem vai realmente trabalhar é você.


--- Oh Al... --- Sorri de felicidade. Eu nem me importava com o que todos estariam pensando. Eu estava tão feliz.


Felizmente todos pareciam perceber a situação, já que ninguém pediu a dança. Logo vários pares rodavam pelo salão e fiquei surpresa em ver a minha mãe ao lado dos Potter. De todos eles.


--- Bella! Quer dizer Majestade. --- Lily fez uma reverência rápida.


--- Lily. --- Segurei suas mãos, feliz. --- Que bom que está aqui! Gina! Harry!


--- Está encantadora. --- Me disse Gina.


--- Vocês também estão todos incríveis.


--- Eles tinham que estar. Afinal são da corte e este é um momento único. --- Disse minha mãe.


--- Por falar nisso, como assim da corte? Henry chamou Alvo de Sir Potter.


--- Eu não te contei? Como uma das minhas últimas decisões de rainha, nomeei os senhores Potter como lordes. Afinal eles protegeram a princesa. --- Ela me disse sorrindo.


--- Imagina, agora sou Lady Potter. --- Disse Gina.


--- Será que arranjo um jovem duque para namorar? --- Perguntou Lily vasculhando o salão.


--- Lilian! --- Exclamou o pai. Todos riram.


--- Talvez eu conheça um ou dois que sirvam. --- Sussurrei a ela.


--- Querida? Você tem que falar com os outros. --- Disse a minha mãe.


--- É  verdade. --- Lembrei. --- Obrigações da realeza. Vocês vão continuar aqui, certo?


Perguntei a eles, me virando para Alvo, que me sorriu.


--- A pedido da sua mãe, ficaremos aqui por duas semanas. --- Contou Harry.


--- Vocês vão ficar aqui, até o casamento. Considerem um pedido de rainha. --- Lhes disse sorrindo. --- Afinal são a família do noivo.


--- Vai ser demais! Quer dizer: vai ser uma honra, Majestade. --- Disse Lily.


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Alguma palavra pode expressar como me senti o resto da festa? Eu era rainha, tinha o Alvo. Estavam todos felizes, e eu também.


Não posso dizer que a vida vai ser sempre perfeita. Nunca é. Haverá crises, e as coisas podem ficar difíceis. Mas é assim mesmo. É nesses momentos que vemos o que realmente importa. E terei pessoas por perto. A minha família. 


Posso imaginar o meu pai e o Rob nas nuvens, sentados em poltronas e batendo palmas, rindo e felizes. Por que agora está tudo bem. E eles sempre estarão comigo, me guiando.


 


Horas mais tarde, quando eu e Alvo estivéssemos sozinhos no jardim. Ele me diria:


--- Engraçado, eu não sou mais um plebeu.


Mas ele deveria saber que nunca realmente o foi. Ele já era um príncipe. Meu príncipe.


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N.B: Aaaaaaaaahhhhhhhhhhhhhh!!!!!! Acabou... Ai, que pena! Mas ainda tem o epílogo, o que ainda é um consolozinho. Estava adorável, adorável. Mas agora eu tenho que correr, depois deixo um comentário bem legal. Por falar nisso, leitores que não nos deram a honra de sua presença, por favor, sintam-se livres para deixar o seu recado.


N/A: E então? O que acharam? Comentem por favor!

Alice e Dorothy: O Magico de Oz e Alice no País das Maravilhas.

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