O Pedido



Capítulo 1 – O Pedido



Lilly estava animada. Na noite anterior recebera a carta de aprovação para a Escola Medibruxa de Londres - EML.



Finalmente uma boa notícia no meio de tantas tragédias.



A morte de seus pais ainda reverberava em sua mente. “Eles morreram antes do carro cair no rio. O veículo não apresentou falhas. E tudo indica que quando o automóvel perdeu o curso, o casal já estava morto. O que ou quem os matou não podemos dizer. Não há pistas, indícios ou hematomas. A autópsia também não conseguiu apontar a causa da morte, muito menos por afogamento. Eles estavam perfeitamente saudáveis e sóbrios antes de morrerem.”, dissera o inspetor de polícia. Mas Lilly bem sabia que aquilo não tinha nada a ver com o carro. Estava claro que aquilo fora mais um crime de comensais da morte. Uma espécie de punição por uma “sangue-ruim” estar no caminho deles.



Claro que tal fato não ajudou nem um pouco na relação com sua irmã, Petúnia. Agora, além de tudo, sua irmã a acusava de assassinato. Mas Petúnia era outra história. Muito longa.



Sua aprovação não poderia ter vindo em melhor hora. A oportunidade de ajudar as pessoas no meio de uma guerra não declarada.



Além disso, era uma alegria para Lilly poder se concentrar nos estudos bruxos uma vez mais.



Antes de dormir, falou por flú com seu namorado, James Potter, para contar a boa nova. Ele também estava eufórico por receber a aprovação para a Academia de Aurores do Reino Unido.



Além disso, James parecia estar guardando algum tipo de segredo. O que deixava Lilly um pouco apreensiva. Mas apesar das interrogativas da jovem bruxa, James não quis dizer nada. Apenas insistiu que ela não se atrasasse para o jantar do dia seguinte.



E era justamente para esse jantar que Lilly estava se arrumando em seu pequenino apartamento no centro de Londres. O qual era perfeitamente organizado e limpo. Lilly se orgulhava de poder se sustentar apenas com o que ganhava como funcionária da Livraria Floreios e Borrões no Beco Diagonal. Não queria mexer na pequena quantia que herdara de seus pais, aquilo era iria poupar para outras coisas. Também James se oferecera muitas vezes para ajudá-la financeiramente, uma vez que era consideravelmente rico, mas Lilly negava veementemente tal idéia.



Vestiu um belo vestido vermelho e delicadas sandálias. Penteou os longos cabelos ruivos, se maquiou e pronto.



Sorriu para o espelho. Se sentia muito bonita, e gostava de estar à altura de James, que era sempre tão elegante e vaidoso.



Ficou no centro da salinha de estar e aparatou em frente ao apartamento de James. É claro que em seu próprio prédio ela não poderia fazer isso, já que era um prédio trouxa. Mas no de James não havia problemas, já que seu prédio era inteiramente bruxo.



Além do mais, não se sentia a vontade aparatando diretamente dentro do apartamento de James, já que este era dividido com Sirius.



Tocou a campainha e aguardou. Quem atendeu à porta foi Sirius, mas antes que a ruiva entrasse, Sirius fechou a porta atrás de si.



-Lilly! – o moreno deu um beijo estalado em seu rosto – Tudo bom?



-Hey Sirius! To bem e você? De saída?



-Ah, sim e sim. Vou me encontrar com uma garota, aí. – disse ele sorrindo tipo “você me conhece” – O James falou que você recebeu a carta da Escola Medibruxa. Parabéns!



-Obrigada! – agradeceu a ruiva sorridente



-Eu recebi a aprovação da Academia de Aurores ontem. Finalmente! – Sirius falou aliviado – O James te contou que ele também recebeu, né?



-Contou sim. Fiquei super feliz por ele! – exclamou ela



-Ele te contou sobre a outra carta que ele recebeu? – ele perguntou, falando em um tom mais baixo



-Não. Que carta, Sirius? – perguntou Lilly, estranhando.



-Era o que eu temia. – disse Sirius mais para si mesmo do que para Lilly – James recebeu uma proposta do Chuddley Cannons para ser o apanhador titular deles. Titular, Lilly! Do Chuddley Cannons! É praticamente o sonho dele desde que ele entrou em Hogwarts.



-Uau!



-É. Mas ele disse que não vai aceitar. – falou Sirius desanimado



-Não? Como assim? Por que, Sirius? – Lilly perguntou sem imaginar por que James negaria uma proposta brilhante



-Ele disse que não pode ficar num campo de quadribol o dia todo enquanto todos nós estamos lutando contra Voldemort e seus comensais malditos. Disse que se sentiria um fraco procurando um pomo enquanto seus amigos estavam arriscando suas vidas. – contou Sirius em voz baixa – Lils, estou te contando, mas não deixa ele saber, hein? Ele me mataria se soubesse que eu abri a boca.



-Claro, Sirius. – concordou ela – O James está realmente mudado. Mas vou dar um jeitinho de tirar essa história a limpo com ele, pode deixar.



-Valeu, Lilly. Se ele não quiser aceitar a proposta, ok. Mas desistir de um sonho por causa de uma guerra é trágico.



-É. Só temo pelo que vem a seguir. – disse ela encarando a porta do apartamento



-Relaxa. A gente vai dar um jeito. Você vai ver. – disse ele encorajando-a – Agora, eu vou embora, se não vou me atrasar para o meu encontro. E o James deve estar acabando de se arrumar. Pode entrar.



-Okay. Obrigada, Almofadinhas. – ela agradeceu, ao que ele sorriu por conta do apelido



-Não foi nada, Sra Pontas. – ele respondeu com uma piscadela e saiu avoado do prédio.



Lilly entrou devagar no apartamento. Um perfume delicioso de flores tomava conta do ambiente, misturado a um aroma de algum prato que Lilly não reconheceu.



-James? – Lilly chamou, procurando o moreno



-To indo! – respondeu ele



A ruiva seguiu o aroma de comida, e chegou à uma mesa charmosamente arrumada para dois. James vinha trazendo uma fôrma enorme e a colocou sobre a mesa.



-Olá amor! – cumprimentou o rapaz, beijando Lilly



-Oi Jimmy. O que deu em você pra fazer um jantar desses? – questionou ela, curiosa



-Tudo ao seu tempo, querida! – disse ele com um sorriso maroto – Sente-se. – ele puxou a cadeira para a moça, que se acomodou ansiosa



O jantar correu tranquilamente, Lilly preferiu deixar pra falar da carta do Chuddley Cannons depois. Quando Lilly já apreciava a sobremesa, o moreno segurou sua mão e disse:



-Lilly, eu tenho uma coisa muito importante pra te dizer. – a ruiva arqueou a sobrancelha, e ele continuou – Essa é uma época difícil. Todo dia vemos milhares de motivos para nos desanimar, nos colocar pra baixo. Motivos para não acreditarmos no lado bom da vida. Mas por uma grande benção do destino, eu tenho um motivo para continuar que anula todos os outros ruins. Eu tenho você. – Lilly sorriu, os olhos cheios de lágrimas. James então levou a mão ao bolso, e puxou uma caixinha de jóias no formato de um pomo de ouro – Lilly Marie Evans, você me daria a alegria de ser minha esposa?



O rapaz abriu a caixinha, dentro dela estava uma linda aliança com um diamante solitário.



Lilly ficou boquiaberta.


-E então? - James sorriu, ansioso pela resposta da ruiva



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N/A: Finalmente postado!


Bom, projeto antigo mas só rolou agora!


Espero que curtam!


Continuo em breve!


Beijos

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