Operação transferência



Harry conferiu o malão, abarrotado de coisas, deu uma olhada pelo quarto conferindo para ver se não tinha esquecido nada. Dentro do guarda-roupas estavam os livros que ele usara em Hogwarts e não precisaria mais. Uma pilha de jornais velhos no canto; um saco de lixo cheio de penas e tinteiros velhos. Edwiges piou atrás dele e ele se dirigiu até a escrivania onde ela estava.


 - Consegue saber para onde vou garota? – Edwiges piou confirmando. – Consegue ir sem ser interceptada? – Ela piou mais uma vez.


 - Então vai com cuidado! – Disse Harry abrindo a gaiola.


  Edwiges voou pelo quarto esticando as asas, pousou no ombro de Harry dando uma bicada na haste do óculos e saiu pela janela sumindo entre as nuvens. Nesse momento a campanhia tocou e Harry desceu correndo para atender, mas sua tia já havia feito isso.


 - Olá Senhora Figg. – Disse tia Petúnia surpresa. – O que faz aqui?


 - Hum, Harry está?


Tio Valter parou à porta dizendo:


 - Está! Estava pensando em sair, mas se quiser a ajuda dele com alguma coisa pode levá-lo; quem sabe ele não dorme por lá!? – Disse ele imaginando que a senhora Figg quisesse que Harry a ajudasse com algum gato ou coisa parecida; e esperançoso de que talvez o sobrinho ficasse por lá e esquecesse essa história de Lorde sei lá das quantas.


 - Na verdade Sr. Dursley – Respondeu a Sra. Figg entrando e fechando a porta, sob o olhar atento dos outros. – Vim trazer um recado para Harry. – E começou a colocar a mão no bolso quando Harry terminou de descer a escada.


 - Parada! Nem mais um movimento! – Disse ele apontando a varinha para a Sra. Figg.


 - O que é isso garoto, vai bater nela com um pedaço de pau? – Disse tio Valter temendo que Harry fizesse algo e Sra. Figg descobrisse seu segredo.


 - Acalme-se Harry, sou eu mesma. Não tenho uma varinha no bolso é apenas uma carta; um bilhete na verdade.


  Tio Valter olhou de tia petúnia para a Sra. Figg. Então ela também era uma de sua laia?!


  A Sra. Figg tirou do bolso um bilhete e disse:


 - O plano mudou. Parece que há alguém de você-sabe-quem infiltrado no ministério e descobriu de alguma forma o plano, então vocês não irão amanhã como previsto, e sim hoje. Daqui a pouco na verdade. Dédalo Diggle virá buscá-los com a ajuda de Artur Weasley; eles pegarão seus tios de carro e os levarão em segurança. Quanto a você, pegará uma chave de portal na minha casa, escoltado por Tonks, Lupin e Moody, até um local seguro.


 - Para onde vou Sra. Figg?


 - Não foi revelado, é claro. Imagine se interceptassem a coruja! Píchi é pequena mas não é invisível!


 - Píchi? A coruja de Rony?


 - Isso, o bilhete chegou pó ela agora a pouco. Muito festiva ela!


  Tio Valter fazia uma cara de fúria na mesma proporção que tentava entender o que estava acontecendo ali. Chave de portal, coruja, você-sabe-quem, Ministério da Magia, Artur Weasley; algo fazia tio Valter olhar para a lareira com uma vaga lembrança.


 - O que está acontecendo aqui afinal? A Sra. É uma dessas... dessas...


 - Bruxa?! – Interrompeu a Sra. Figg. – Sim, e sou membro da Ordem da Fênix, isso faz diferença? Dois bruxos virão buscá-los daqui a pouco num carro que o Sr. Weasley adaptou. Molly está furiosa. – Acrescentou olhando para Harry. – Bem, é melhor se apressarem. Estarão aqui em 20 minutos. Depois disso você espera Tonks e Lupin, Harry, eles virão te buscar. Adeus Dursley. E saiu fechando a porta.


 - Quer dizer que quando ia para a casa dela ficavam fofocando sobre o mundo de aberrações a que vocês pertencem! – Vociferou tio Valter.


 - Na verdade, não! Soube que ela é uma bruxa há dois anos quando, DEMENTADORES ATACARAM A MIM E AO DUDA E EU SALVEI A VIDA DELE, caso não se lembrem! – Terminou Harry nervoso.


  Duda gemeu no canto – Não existe mais daqueles, existe?


 - Mais?! Milhares! Eles estão se multiplicando, as pessoas estão com medo, e o medo é a força deles! O medo e as lembranças ruins os alimentam, e eles estão por todos os lados.


  Duda parecia ficar cada vez com mais medo. Harry tinha certeza, nunca tinha visto Duda tão aterrorizado.


 - Não quero ficar aqui. Não quero estar aqui quando eles chegarem!


  A campanhia tocou antes que tio Valter pudesse dizer alguma coisa e Harry se adiantou em abrir a porta.


 - Olá Harry! Que prazer em revê-lo! – Disse o Sr. Weasley abraçando Harry.


 - Olá Sr. Weasley.


 - Harry Potter que prazer revê-lo! – Disse Dédalo Diggle fazendo um reverencia.


 - Você! – Brandiu tio Valter. – Você não é bem vindo em minha casa! – Disse ele olhando para o Sr. Weasley.


 - Ah! Olá Sr. Dursley, creio que se lembra de mim. Vim buscá-lo para levar o Sr. E sua família em segurança.


 - Segurança!


 - Sim e peço-lhe mais uma vez desculpas pela lareira. Agora se pudermos nos apressar, temos um longo caminho, meu carro está esperando para voarmos até nosso destino.


 - Voar!? – Disseram os Dursley ao mesmo tempo.


 - Exato. Fiz um ajuste em um novo carro, precisa ver depois Harry, ficou incrível! Não se preocupem, ninguém nos verá, sairemos dos limites ou das vistas dos trouxas antes de voarmos. – Concluiu o Sr. Weasley, picando para Harry. – Agora vamos, estamos quase atrasados! São só essas as malas?


 - Harry assentiu com a cabeça.


 - Ótimo. Se quiserem se despedir...


 - Não precisa! Vamos andando. – Respondeu tio Valter.


 - Vamos nos rever? – Harry olhou surpreso para Duda.


 - Não sei.


 - Bom. Foi bom ter salvado a minha vida! Sabe... quero dizer...bem


 - Não há de quer Duda! – Disse Harry surpreso e chocado com a atitude de Duda. – Nos vemos um dia, quem sabe.


  Duda sacudiu a cabeça, pegou sua mala e saiu. Tio Valter olhou para Harry e murmurou um “adeus moleque” e saiu atrás de Duda. Faltava apenas tia Petúnia, Dédalo estava lá fora ajudando a arrumar a bagagem dos Dursley e Artur disse que iria ligar o carro.


 - Bem, nos vemos um dia, eu espero!


 - Espero que sim! – Disse Harry.


  Tia Petúnia enfiou a mão no bolso e entregou uma foto a Harry.


 - É a única que sobrou. Mandei fazer uma cópia pra você. Cuide bem dela! – Disse tia Petúnia e saiu pela porta pouco depois de dizer: - Cuide-se.


  Harry ficou olhando até o carro do Sr. Weasley virar a esquina e sumir, e ao olhar para o outro lado da rua viu Tonks e Lupin atravessando – a até ele.


 - Olá Harry!


 - Como vai Harry?


 - Bem. Já vamos?


 - Já. Quer dar uma ultima olhada na casa? – Perguntou Tonks.


 - Quero.


 - Seja breve.


  Harry subiu até seu quarto e pode ver através da janela o sol sumindo no horizonte. Passou rápido por cada um dos cômodos, se detendo um pouco no armário debaixo da escada, pegou sua mochila, Lupin se encarregou do malão e Tonks da gaiola vazia de Edwiges e rumaram para a casa da Sra. Figg, onde Moody os esperava para de lá aparatarem (Harry guiado por Tonks) para um lugar que só ela, Lupin e Moody sabiam onde seria!

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