Eu preciso de mim mesma

Eu preciso de mim mesma



 Em uma manhã chuvosa com ventos fortes uivando entremeio as árvores, Luna sentada no parapeito da janela olhando os pingos de chuva que escorriam no vidro. Seu olhar atormentado por ter passado muito tempo longe de quem ama, depois de ter discutido com seu marido a questão de sair da Finlândia e voltar para qualquer vilarejo, seria mais fácil já que as crianças estão em Hogwarts, ficaria tudo perfeito.


Continuava olhando para fora não queria magoar ninguém Lorcan e Lysander gostava daqui, principalmente das flores, dos jardins magníficos, das criaturas estranhas, por outro lado meu marido Rolf, queria continuar com nossa vidinha isolada de todos. Confesso que no início gostava de permanecer aqui mas isso era, e faz tempo. As vezes gostaria de ir tomar chá com pudim na casa de Gina mas apartatar lá me enfraquece e muito da ultimas vezes que fiz isso Ro, me xingou pois quase desmaiei.


 


Aporta bate com força devido ao vento, meio assustado Rolf arregalça os olhos para Luna e diz;


-Desculpa amor fui largar o guarda-chuva e a porta foi com o vento;


Ela olhou com os olhos baixos e respondeu;


-Claro que o desculpo, entendo você pelo menos faço esforço.


Ele retirou a capa que estava encharcada, largou ali mesmo no chão e olhou ela profundamente e não a respondeu. Passou por ela sem nenhuma expressão e sentou na poltrona. Passando as mãos nos cabelos molhados olhou para ela, com uma cara de desanimo.


-Se você não entende que quero voltar para o meio das pessoas de que eu amo eu não tenho menor problema em ir com as minhas próprias pernas e deixar você essa sua solidão aqui. Disse Luna desabafando algo entalado á séculos


-Tudo bem, faça o que quiser. Só quero lembrar a você que irá deixar três pessoas que amam você, aqui no nosso lar que eu e você montamos. Falou em um bom tom Rolf.


Ela com os olhos marejados, se vendo em um beco sem saída, olha ao redor da sala e recorda de bons momentos ao rever as fotografias se movimentando nos porta-retratos.


Depois de um vago momento sem conversas ela olha para Rolf e diz;


-Quando me casei com você esperava que fossemos concordar um com o outro, tínhamos os mesmos gostos, as mesmas metas, agora temos opiniões diferentes se não quiser aceitar eu não me importo ficarei bem, como as crianças estão na escola irei levar por enquanto minhas coisas depois volto para pegar as delas.


Luna saiu rapidamente em direção ao quarto, a sua cola vinha seu marido reclamando como ela poderia fazer isso, depois de tantos momentos, tantas vivências. Ela nem dava bola estava interessada em partir, o que ele falava ela já tinha ouvido vários anos, toda essa questão de fazer o que da na telha e o por que ? e eu não pensa em mim? Cansada disso ela sorriu e falou com toda tranqüilidade;


-Meu amor, não é um adeus para sempre, vou estar na casa de meu pai se quiser me encontrar estarei lá.


Sem que ele pudesse dizer algo, Luna já havia desaparecido ali mesmo embaixo de suas fuças.


 


 


 


Depois de três horas .....


 


 


 


Escuta se um barulho estrondoso no porão na casa dos Lovegood, sim era ela com suas malas repletas de objetos e roupas. De tão forte o impacto ela bateu a cabeça e adormeceu ali mesmo em meio a suas coisas.


 


Dentro de uns instantes então Luna abre seus olhos azuis acinzentados e grita ao ver uma criaturinha suja em cima dela. Por mais que amasse animais esquisitos aquela coisa estava ali e fazia um barulho insuportável que a assustou.


Ela sacou a varinha devagar quase imóvel, estava tudo escuro e mal se via os movimentos até.


-Lumus;


Um clarão de luz surge da ponta da varinha da mulher então ela bisbilhota as caixas e entre as próprias malas para encontrar a criatura e de repente em um  barulho em meio as caixas de ferramentas na prateleira do pai de Luna com um feitiço as caixas caem do chão e era um mísero ratinho de porão que ali habitava. Ela sorriu depois do alarde que fez por um simples ratinho. Deixando- o ali  saiu escadas acima para ir ao encontro de seu pai, depois de abrir a porta ela caminha sobre as madeiras do piso fazendo um barulho parecendo que iria rachar ao meio. Seguindo o barulho chegou a cozinha onde encontra seu pai elaborando algo mirabolante sem perceber a presença da filha ela se escora na porta e observa atarefado. Quando houve um segundo de silencio ela diz;


-Pai;


Ele a olha e a vê com tal felicidade que sai correndo encontrando a com um forte abraço por alguns minutos. Ela levantou a cabeça e o olhou;


-vim para ficar se me permitir.


Ele espantado novamente a questiona;


-Pelas barbas de Mérlim, o que houve?


-Longa história, só queria ficar perto de outras pessoas que eu amo também, estava cheia de ficar longe.


Disse ela sentando na mesa enquanto seu pai trazia algumas coisas na mesma para degustar. Acho que eu precisava fazer algo de mais minha vontade.


-Bom minha querida, espero que você faça o que é certo, pense em meus netos, eles precisarão do pai.


-Pai! Disse Luna, tenho um forte pressentimento que preciso estar aqui alguma coisa me quer aqui, é como se fortalessece ainda mais minha estada em sua casa.


Ele a olhou e falou;


-Espero que não fique trancafiada novamente em uma cela esperando ser torturada e sem comida, Luna minha filha, não se esquece que tudo mudou de uns tempos para cá, fique mais esperta do que já é. Vou pegar suas coisas, estão no porão né?


-Sim; disse Luna


 Xenofilio deu um beijo na testa e saiu do recinto deixando sua filha pensando sobre o que ele tinha falado. Ela novamente olhava pela janela agora o que via era escuridão e o brilho das estrelas no céu, já não se sentia mais amargurada e presa a um local sentia se livre como o vento. A única coisa que a perturbou nas palavras de seu pai foram a questão de estar presa como na ultima guerra, era estranho ele tinha convicção no que ele falava, sei que ele tinha vários ótimos em adivinhação mais o que quer que seja não era nada positivo.


   

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