Eu quero a recompensa



E enfim chegou o momento em que não suportavam mais o cansaço, e ao mesmo tempo compreenderam que não precisavam ter mais medo. Poderiam se encontrar quantas vezes quisessem, todas as vezes que quisessem. Nada no mundo os separaria, nem mesmo o espaço maior ou menor que houvesse entre eles. E sentiram-se enfim bem e poder se levantar e seguir para seus dormitórios. Luna passou sorrindo pelo buraco do retrato e se foi para o dormitório de sua casa em Hogwarts. Neville quis ir ao encontro de sua avó, que agora o admirava tão grandemente. Harry e Rony enfim começaram a subir as escadas rumo ao seu próprio dormitório, mas não foram sozinhos. As duas lindas garotas iam com eles, abraçadas, inseparáveis. E eles sabiam que não existia norma ou regra na escola que os condenassem pelo que estava acontecendo naquele momento.


 


Era direito deles começarem desde já gozarem da felicidade a que tinham tanto direito.


 


E os dois casais iam-se juntos para o mesmo dormitório, o dormitório dos garotos. E  chegando Gina deitou-se junto de Harry em sua cama, e Hermione junto de Rony. E quase imediatamente estavam todos dormindo profundamente. Por quantas horas dormiram ininterruptamente? Ninguém jamais saberia. Mesmo porque, muito provavelmente os professores os flagraram dormindo abraçados, e também a família Weasley. Porque quando acordaram, quase ao mesmo tempo, da mesma forma que adormeceram, estavam em outro lugar. No quarto sob o sótão da ‘Toca’. O quarto de Rony. Estavam todos deitados em colchões no chão, os casais ainda juntos e abraçados.


 


Deduziram que se utilizaram de algum feitiço que eles desconheciam para transportá-los até ali.


 


E como se um dispositivo tivesse sido ativado para avisar quando acordassem, alguns segundos depois que despertaram e se olharam, primeiro desconcertados, depois satisfeitos e divertidos, Molly abria gentilmente a porta do quarto carregando uma bandeja quase maior do que ela ou mais pesada do que suportaria, repleta das guloseimas que ela tão bem sabia preparar.


 


Comeram. Estavam realmente faminto, muito mais do que julgariam possível em qualquer outro momento da vida. E comeram com satisfação.


 


E tiveram enfim mais uma vez, e mais definitiva e fortemente, a certeza de que agora eram para sempre, sem volta, sem explicações e sem desculpas, uma única, imensa e feliz família que se amava além dos limites humanos.


 


E agora que cheguei
Eu quero a recompensa
Eu quero a prenda imensa
Dos carinhos teus


 

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