Aulas e surpresas

Lian subiu as escadas acompanhado por seus primos e amigos.

-Vamos, Lian! Agora o Percy weasley, nosso monitor, vai nos levar até a sala comunal da Grifinória.

-Ah, sim.

Lian estava completamente distraído olhando tudo a sua volta. Os quadros o encantavam.

-Lian, agora Percy vai nos dar a senha para entrar na sala comunal. Preste atenção!

-Muito bem, alunos. Agora irei lhes dar a nossa nova senha que deverão usar para entrar em nossa sala comunal. A senha é: “Garras de dragão”.

O quadro de uma mulher gorda que tagarelava abriu-se e mostrou uma linda visão: a sala comunal da Grifinória, toda pintada em vermelho e dourada. Os alunos entraram suspirando, olhando tudo, mas Lian era o que olhava com mais atenção e admiração.

-É...lindo...eu...

-Não vai chorar né primo?

-Hehe...

Os alunos acomodavam-se nas poltronas e sofás da sala, conversando alegre e animadamente. Lian reconheceu os recentes amigos, mas reparou em alguém em especial: Emily. O uniforme de Emily era totalmente diferente do dos outros. Era mais fashion, mais descolado. Um lindo visual. Soube então de seus primos que a mãe de Emily, Mary Ann Stevenson, era uma famosa estilista do mundo bruxo, e Emily havia herdado o “dom” da mãe. O pai, Tom Stevenson, era do ministério, e por coincidência, amigo de seu pai, Charlie. Fora até jantar em sua casa.

-É realmente bonita... -disse Edgar.

-Para de babar, Edgar!-disse Edward. - Ele gosta dela desde o segundo ano, mas não tem coragem de falar com ela!

-Cala a boca!

-Haha!

A maioria dos alunos estava sem sono e muito animada, e não foram aos dormitórios. Preferiram ficar brincando e conversando na sala comunal. Seus primos, Edward e Edgar, haviam levado milhares de doces: sapos de chocolates, alcaçuz, balas animais, feijõezinhos de todos os sabores e vários outros. Isso lhes deu energia para ficarem acordados.

-Fale mais um pouco de você, Lian. -disse Rouge, em certo ponto da conversa.

-Bem, eu... - Disse Lian. - Eu vim transferido de outra escola, bem mais sem-graça que esta...

A risada foi geral.

-Ai, Lian, você é tão divertido, cara!- disse Rony. - Já gostei dele!

-Valeu... -disse Lian.

A conversa prolongou-se até a madrugada, quando Marie falou:

-Gente, já são 01h00min da manhã! As aulas começam cedo! Vamos dormir!

Reclamando, o grupo retirou-se aos dormitórios, dando desejos de boa-noite uns aos outros.

Edgar e Edward levaram Lian até o dormitório, onde Dino e Neville discutiam sobre a nova cama no dormitório.

-Acho que é sua cara. -disse Dino.

-Ah! Legal!-disse Lian, ao ver que seus pertences estavam ali.

Edgar e Edward foram para suas camas do outro lado do dormitório, dando boa-noite á Lian.

-Até amanhã, Primo!

Lian deitou-se na cama que ficava entre a de Harry e Neville.

O loiro fez uma recapitulação dos últimos acontecimentos: fora para a Grifinória, fizera novos amigos e se encantou com a sala comunal. Tudo estava o máximo! Pensou nos irmãos: Será que estavam bem? Estariam se adaptando? Mas então parou de pensar, pois o sono atingiu-lhe como uma flecha.

 

O sol se pondo. Uma mulher de cabelos loiros se aproximava. Do outro lado, um homem vinha das sombras. Lian sentiu o perigo. Tentou avisar a mulher, mas sua voz não saía. Gritava, berrava, mas nada saía. O homem chegou mais perto e a atacou. A batalha começou. Não terminava. O barulho não cessava, e a dor não cedia. Lian queria sair dali. Fugir. Mas como, se suas pernas não o obedeciam? Teve de ficar ali até a batalha terminar, a mulher cair morta e o homem desaparatar.

- Aahhhhh! Não! -Lian acordou gritando, e o vaso de sua mesa de cabeceira se quebrou numa explosão.

Rapidamente, seus primos vieram correndo.

- O que foi Lian? Machucou-se?

- Se cortou primo?

- Vamos, diga algo!

- Nada, não foi nada, apenas um pesadelo. Mil desculpas. A todos. -disse Lian, ao ver vários rostos virados para ele.

Lian estava suado como se houvesse corrido quilômetros. Seu coração batia acelerado.

- Não foi nada, já estamos acordados há algum tempo. -disse Edgar.

- É!- concordaram alguns colegas.

- ai... Que horas são?

- Oito. -respondeu Rony. - É melhor se apressar, cara, nossa primeira aula é oito e meia!

- É. - disse Harry. - Nossa primeira aula é de feitiços, Lian.                   -Corra Lian! Vá tomar um banho, Primo!- disse Edward.

Lian pegou seu uniforme e saiu correndo como louco até o banheiro, deixando os colegas rindo para trás. Tropeçou e caiu o que fez os colegas rir mais ainda. Até ele próprio riu.

Chegando ao banheiro, Lian despiu-se e começou a tomar banho. A água em sua cabeça lhe fez relaxar e meditar, para esquecer o pesadelo.

Lian tinha dons diferentes. Dons que o faziam diferente. Desde pequeno conseguia mover objetos com a mente. Os pais aceitavam normalmente, mas temiam um pouco e escondiam. Porém a família sabia inclusive seus primos. Lian sabia que a preocupação estampada em seus rostos era pelo vaso que explodiu. Mas seus primos também se preocupavam imensamente com ele. O amavam e Lian os amava. Eles conseguiam compreender Lian de uma forma incrível, e o aconselhavam. Os dons de Lian não os assustavam, pois eles sabiam que muitos bruxos têm esse tipo de dom. Bruxos formidáveis... Lian sentia que aqueles dons faziam parte dele, de sua existência, e se acostumou com eles. Porém, às vezes lhe saiam de controle. Nada de muito grave, nunca havia ferido alguém, e nem o faria, mas pequenos deslizes ocorriam. Mas seus primos, irmãos, pais e toda a família o aceitavam com amor. Lian amava sua família... Queria esconder seus dons em Hogwarts por temer desprezo dos amigos... Em casa treinava sempre seus dons, mas na escola tinha medo de o excluírem. Era disso que seus pais tinham medo: exclusão. Não temiam Lian, mas sim o medo das pessoas.

Estava se vestindo quando os primos entraram.

- Primo, o que foi aquilo?-disse Edgar

- Um pesadelo né? Sabia que ia acontecer... Lian você não deve temer seus dons! Deve ser quem você é!

- Eu sei Edward! Mas tenho medo...

- Não tenha Lian... Ou melhor, tenha sim!-disse Edward ao olhar no relógio. - Oito e vinte oito Lian! Flitwick não gosta de atrasos! Siga pelo corredor e suba as escadas a esquerda! Trouxe seu material!

- Obrigado Edward! Desejem-me sorte!

- Boa sorte!-disseram em coro.

Lian saiu correndo novamente. Seguiu pelo corredor, subiu as escadas e entrou na sala, bem na hora. Estavam se sentando quando entrou.

- O que eu perdi?

- Nada. - disse Rouge - Acabamos de entrar.

Lian reparou que muitos alunos de duas casas estavam ali.

- Ufa, que bom! - disse, sentando-se ao seu lado.

- Correu muito?

- Hehe... Pode-se dizer que sim...

- humm...

- Bem, alunos... Hoje vamos aprender um novo feitiço, para começar bem o ano. É um feitiço de conjuração. O animal a ser conjurado será uma cobra...

O caos instalou-se na turma. Os alunos fofocavam sobre o feitiço, uns com aprovação, outros, reprovação.

Lian viu pelo canto do olho Rouge dar um sorriso.

-Silêncio, turma. O feitiço chama-se "Serpensódia". O tipo e o tamanho da cobra dependerão da concentração e perfeição de cada um de vocês. Como cobras são animais perigosos, será dado a vocês um espaço de alguns metros para conjurá-las. Mesmo assim, tomem cuidado. Não queremos que ninguém vá para a enfermaria, não é? Portanto não passem da linha vermelha pintada ao chão.

Alguns alunos riram.

- Antes de começarmos a praticar, abram o livro na página 37. Aqui há o passo a passo do feitiço. Leiam com atenção.

Lian abriu na pagina 37 e começou a ler.

" Aponte a varinha na direção desejada e pronuncie alto e claro o feitiço. Pode-se sentir uma leve pressão na mão, mas isso se dá pelo fato da cobra estar saindo pela ponta. Tenha um espaço razoável entre a serpente para evitar acidentes."

-Vamos começar!- disse Flitwick.

A primeira aluna a tentar foi Marie Clair. Lian reparou em sua varinha: era diferente. Era totalmente preta mas com desenhos lindos em rosa berrante e brilhante. Parecia ter sido feita sob encomenda. Ela ergueu a varinha e pronunciou o feitiço.

-Serpensódia!

Uma linda cobra coral irrompeu da varinha de Marie. Era totalmente colorida.

-Muito bem, senhorita Tompson! Perfeita execução! Muito bom...pode ir se sentar.

Marie foi sorridente até sua carteira, enquanto Flitwick fazia a cobra desaparecer.

-Senhorita Stevenson!

Emily levantou-se, como sempre com as roupas radiantes. Foi até o local denominado e disse:

-Serpensódia!

Uma cascavel de tamanho médio irrompeu de sua varinha, mexendo o chocalho violentamente.

-Muito bem! Senhorita Scarlet, por favor.

Rouge foi sorrindo até a linha e falou:

-Serpensódia!!

Uma enorme serpente egípcia apareceu.

-Impressionante!! Muito bem,senhorita Scarlet, muito bem mesmo! Senhor...Rony, por favor.

Rony foi tremendo até a linha e disse, com a voz trêmula:

-"serpenteus".

Uma pequena cobra com perninhas irrompeu da varinha de Rony.

A risada foi geral.

-Bem, acho que não estava concentrado o suficiente, senhor Weasley! Além disso o feitiço é "Serpensódia" e não "serpenteus". Hum... Agora... Senhor Lian Boolevard!

Lian levantou-se tremendo. Não de medo e sim por ansiedade. Foi até a linha e disse, com a voz firme:

-Serpensódia!

Três coisas aconteceram ao mesmo tempo: Uma enorme Naja irrompeu da varinha de Lian; Um feitiço depulsante foi lançado ás suas costas e ele foi violentemente lançado á area das cobras; começou uma enorme gritaria na sala.

-Lian!

Lian ouvia gritos de pavor, mas estava congelado pelo olhar da enorme cobra. A cobra levantou-se para dar o bote e Lian fechou os olhos, sem ação. Mas quando os abriu viu Rouge á sua frente.

-Saia! Está louca?! Não se deixe ferir por mim, Rouge!

Mas Rouge não respondeu. Estava com o olhar fixo na cobra e começou a falar uma estranha língua, que era feita com silvos e voz arrastada.

Lian reconheceu aquilo. Era Língua de cobra. Rouge o estava protegendo da cobra.

A cobra recuou ao ouvir Rouge, que continuava com seu olhar fixo nela, até que Flitwick interrompeu, queimando-a com a varinha.

- Muito bem por hoje. Ótimo feitiço, Lian. Quem lançou o feitiço depulsante?

Quase toda a turma disse: "Draco Malfoy".

- Malfoy, está detento. Saia de minha sala e menos cinquenta pontos para a Sonserina!

Ouviu-se muxoxos e reclamações dos sonserinos enquanto Malfoy saía da sala xingando.

- Lian, está ferido?-perguntou Flitwick.- Quer que eu o leve até a enfermaria?

- Não, obrigado senhor Flitwick. Estou bem, graças a Rouge.

- Tem certeza?

- Tenho.

- Que bom. Então, estão dispensados, turma.

A turma saiu da sala e Lian foi atrás de Rouge.

- Muito obrigado, Rouge. Você salvou minha vida!

- Ahh, pare. Não foi nada, Lian.

- Claro que foi! Você se arriscou por mim! Me deixe te recompensar de algum jeito!

- Não precisa, Lian!

- Eu sabia que Malfoy me odiava.

- Haha... ele odeia a todos.

- Bem, de qualquer jeito, muito obrigado!

- De nada.

- Não sabia que você falava língua de cobra!

- É, falo desde meus seis anos. Sou fascinada por elas.

- Legal!

- Isso quase me pôs na Sonserina.

- Hum... Mas você não ficou chateada?

- Por quê?

- Porque ter me salvado te expôs a toda a turma.

- Toda a turma ja sabe, Lian. Além disso, eu não ia te deixar ser morto por aquela cobra. Najas são muito venenosas.

- Eu sei...

- E para que me esconder? É o que eu sou! Não vou esconder meu dom por medo do que os outros vão pensar!

Lian refletiu sobre aquilo.

Foram conversando até a próxima aula, transfiguração, e Lian estava super ansioso com seu primeiro dia de aula.

 -*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-

Chegaram a sala e sentaram-se juntos novamente.

- Bom dia, alunos. - disse McGonagall- sentem-se.

Todos se sentaram.

- Primeiro quero lhes dar as boas-vindas de volta a Hogwarts, pois é nosso primeiro dia. Hoje começaremos com um novo exercício de transfiguração.

Ouviu-se rumores de aprovação.

- Não se animem tanto, pois o feitiço é extremamente difícil. Poucos irão executá-lo com perfeição. Como já vimos e praticamos, é fácil transformar animais em objetos, mas transformar objetos em animais é diferente. É preciso muita concentração para isso e a maioria não irá conseguir de início, mas não desanimem, pois a prática leva a perfeição. Os feitiços chamam-se “Draconifors” e “herbivorus”. Draconifors para dragões e herbivorus para coelhos.

A turma cochichou.

- Não se preocupem com os dragões, pois obviamente são muito pequenos, e nem todos vão transfigurá-los. A aula será dividida em primeira e segunda parte. Quem fizer um coelho com perfeição passará para a segunda parte, na qual se usará os dragões. E para facilitar, os objetos serão estatuetas dos próprios animais. Vamos começar?

Mcgonall agitou as varinhas e estátuas de coelhos foram para as carteiras.

- Não se esqueçam, “Herbivorus”!

Isto era fácil para Lian. Na escola anterior fora aluno exímio em todas as matérias e estudava muito sobre transfiguração. Na verdade adorava, idolatrava. Achava magnífico ver matéria transformar-se, além de achar a animagia maravilhosa. Queria muito ser animago, apesar de nunca ter manifestado nada desse tipo. A não ser uma vez,em que suas mãos viraram cascos, mas isso devia ter sido pelo fato de ele estar brincando com a varinha...

Rouge, ao seu lado, pronunciou o feitiço e um coelho marrom apareceu da estatua.

Lian estava muito animado para fazer seu feitiço, o que fez logo:

- Herbivorus!

Um Lindo coelho branco apareceu, mas o que era aquilo? Suas mãos haviam virado patas de coelho! Teria ele feito o feitiço errado? Ficou envergonhado e escondeu as mãos, mas tinha a impressão de que alguém havia visto.

Lian concentrou-se e ia fazer um feitiço de reversão, mas as patas haviam sumido. O que seria aquilo?

McGonagall passou na mesma hora em sua carteira e lhes disse:

- Srta. Scarlet e Sr. Boolevard, parabéns! Os coelhos estão perfeitos... Estão na próxima fase.

Rouge e Lian comemoraram e ficaram assistindo aos outros.

Emily fez o feitiço, mas nada aconteceu, a não ser a estatueta quebrar.

- Desculpe professora, não estou muito concentrada... – disse Emily.

Marie e Hermione fizeram o feitiço perfeitamente. A única diferença era que o coelho de Marie era totalmente rosa, e o de Hermione branco com traços em vermelho.

Rony fez o coelho de pedra virar uma coruja com patas e rabo de coelho. Toda a turma riu.

No final, quinze alunos haviam conseguido.

- Hum, perfeito! Muito bem mesmo! Não pensava que tantos iriam conseguir... Muito bem, vamos para a próxima fase!

Os quinze alunos se posicionaram em suas áreas, enquanto Minerva punha as estatuas.

- Muito bem, vamos começar!

Os alunos ergueram as varinhas e disseram: “Draconifors”!

Algumas estatuas viraram pó, outras quebraram e uma até explodiu.

Mcgonagall olhou para ver quem havia conseguido: cinco alunos.

Lian havia conseguido, e um dragão vermelho e dourado apareceu em sua mesa. Lembrava uma fênix.

O de Hermione era totalmente dourado.

O de Rouge era vermelho e branco.

Marie também conseguiu, e por novidade, seu dragão era rosa e preto.

E o de Harry era acinzentado.

-Muito bem! Estou pasma, estão perfeitos! Parabéns senhores, e mais dez pontos para a casa de cada um.

Os alunos comemoraram pelos cinquenta pontos para a Grifinória.

- Estão dispensados.

Era hora do almoço, mas Lian lembrou-se de ir ver Blast no corujal.

 

Chegando no corujal, Lian gritou o nome de sua fênix:

- BLAST!

A fênix veio voando ao seu encontro, pousando em seu braço. Junto com ela veio Hooks, a coruja de Lina.

- Ahh, Blast, Hooks, estava com saudades! Estão gostando daqui? Eu também! Bem, só passei para ver se estava bem... Vou almoçar, está bem? Alimentem-se também!

 

Lian lembrou de como foi difícil domesticar a fênix. Quando seu pai a trouxe do Egito, era arredia e teimosa. Desaparecia quando queria e voltava quando bem entendia, pois a fênix tem esse poder, e ela só voltava porque estava selada com um feitiço. Ela detestava todos, especialmente Lian, mas nunca era agressiva com nenhum. Lian trazia as melhores ervas para ela comer e ela rejeitava. Um dia Lian foi acampar com a família num bosque com uma imensa floresta, e levou Blast, que foi a contragosto. Pela manhã, Lian foi passear pela floresta com a fênix, que estava em seu braço, mas parecia querer voar e fugir dele, quando um bando de caranguejos –de - fogo apareceu repentinamente. A fênix não ligou, mas Lian ficou apavorado. Não com ele, mas com Blast. Ele a protegeu com o corpo enquanto os caranguejos avançavam e queimavam seu corpo. A fênix, vendo aquilo, ficou perplexa e saiu do braço de Lian. Seu dono ficou feliz por ela fugir, por não ser ferida, mas a fênix não havia fugido: estava avançando contra os caranguejos. Com sua imensa força, os espantou e tirou de perto de Lian, que gemia de dor. A fênix olhou penalizada e com remorso para seu dono e chorou lágrimas de alegria em sua pele, que imediatamente foi curada. Desde então, Lian e Blast ficaram inseparáveis. A ligação entre eles era incrível, pois podiam sentir o que o outro sentia.

 

Lian ergueu o braço e a fênix sumiu na nuvem de corujas, junto com Hooks

Lian virou-se para sair, e quando abriu a porta, foi de encontro com Hermione.

- Ah! Olá, Hermione! Veio ver sua coruja?

- Não. Vim falar a sós com você, Lian.

- Ah, sim. O que foi?

- Eu vi o que aconteceu com você na aula da McGonagall.

- Ah, aquilo foi apenas uma desconcentração. O feitiço deve ter me atingido...

- Feitiços assim não atingem humanos.

- Não foi nada de mais...

- Claro que foi, Lian! Você não percebe? Deve ser um animago! Isso nunca lhe aconteceu antes?

- Hum, não, apenas uma vez...

- Quando?

- Minhas mãos viraram cascos há algum tempo, mas eu estava brincando com minha varinha.

- Lian, acho que você pode ser mais que um animago...

- O que, então?

- Um metamorfomago! Não há ninguém assim na sua família?

- Hum, não...

- Hum... Bem eu me ofereço para lhe ajudar. Podemos ir a biblioteca e ler sobre o assunto...

- Ah, muito obrigado Hermione, é uma honra! Eu estava mesmo querendo visitar a biblioteca. Quero ler um pouco sobre runas antigas...

- AH! Gosta de runas antigas?

- Sou fascinado!

- Finalmente alguém me entende neste colégio!

- Hehe...

Foram conversando até o salão comunal, para o almoço.

 

*-*-*-*

 

- Ei, Lian!

Eram Lina e Léo.

- Oi Lian! Estávamos com saudades!

- Eu também Lina! Como vão indo na Corvinal?

- Ah, maravilhosamente bem!

- Que bom!

- E você, Lian? - perguntou Léo - Como vai na Grifinória?

- Ah, estou adorando, mano... é muito legal...

- Legal!

- Lina, você já foi ver Hooks no corujal?

- Ainda não...

- Eu fui lá. Parece que ela e Blast estão se adaptando muito bem! Estavam muito felizes!

- Ah, que bom!

- Lina, vamos almoçar! Tchau Lian!- disse Léo.

-Tchau! - disse, abraçando os irmãos.

Lian foi se sentar na mesa da Grifinória, ao lado dos primos.

-Lian! E aí, como está sendo o primeiro dia de aula? - Perguntou Edgar.

- Ótimo! Estou adorando!

- Nós soubemos do "incidente" na aula de feitiços... Quer que a gente dê um jeito no Malfoy? - disse Edward.

- Não, não primo! Esquece...

Lian serviu-se dos pratos ali presentes: frango frito, tortas salgadas, saladas, etc.

- Por que demorou Lian?

- Ah, eu fui ao corujal ver a Blast... O que há com ele?- Perguntou Lian, ao ver Edgar viajando em pensamentos, com cara de bobo.

- Ah... Hehehe... É que ele falou com Emily hoje.

- Cala a boca! – a vos de Edgar subiu um oitavo.

- Ele chegou perto dela, mas só conseguiu dizer: “Eu... g...g... gosto...d...de você...” - então o sinal da aula tocou.

- HAHAHA! Isso explica a estátua que ela explodiu hoje na aula de transfiguração – fala Lian gargalhando.

- HuaHuaHua!

- Você a encantou, primo!

- Ah, cale a boca, Lian...

- Hahaha!

- Gente, vocês não adivinham o que aconteceu comigo na aula de transfiguração! – começa Lian.

- O quê? – perguntam os gêmeos juntos.

- Minhas mãos... Viraram patas de coelho!

- Haha! Sério, Lian?!

- Sim! Eu pensei ter sido um erro no feitiço, mas depois Hermione foi falar comigo e eu percebi que posso ser um metamorfomago!

- Nossa!

- Legal!

- Eu e Hermione vamos estudar na biblioteca sobre isso...

- Peraí, você...

- E Hermione Granger?

- É...

- Huuummmm... - disseram Edward e Edgar maliciosos.

- Ah, calem a boca! Nós só vamos estudar!

- Sei... – continuou Edward malicioso.

- Humpf – bufa Lian revirando os olhos.

Lian estava almoçando quando reparou em Marie a sua frente.

-Ah, oi Marie.

- Oi Lian.

- Puxa, Marie, você gosta mesmo de rosa! Hehe...

-É, é minha cor favorita... hehe... Por isso pedi uma varinha assim -disse, mostrando a varinha.

-Deu pra perceber, você transfigurou o coelho e o dragão rosas!

-É... haha.

Lian almoçou conversando com seus primos e Marie.

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Lian tinha um tempo livre até a próxima aula, de trato das criaturas mágicas, então foi passear nos jardins com Marie.

Andaram até o lago e se sentaram.

- Gostando daqui, Lian?

- Estou adorando! Apesar dos incidentes... hehe...

- Está vendo ali? - disse Marie, ao apontar para certa área. - É onde praticam quadribol.

- Sério? Legal!

- Você gosta de quadribol?

- Muito! Sempre gostei de voar!

Lian sempre praticava quadribol com seus irmãos, mas gostava mesmo de praticar com os primos, pois era mais desafiador. Sua casa tinha um espaço muito grande, por isso voavam sem problemas pelos jardins da mansão.

- Se você quiser participar, fale com Olívio Woods, o capitão do time.

- Vou falar!

- Ok, mas depois, porque nossa aula já vai começar.

 

Foram juntos até a área próxima a cabana de Hagrid.

- Bom dia, crianças! Novo ano! Cheguem mais perto!

Lian aproximou-se muito animado, pois amava animais mágicos.

- Bem, para começar bem o ano, trouxe-lhes um novo animal para estudarmos. O nome é kneazle, ou "amasso".

Hagrid abriu uma caixa de onde saiu um pequeno animal que se parecia com um pequeno felino, e tinha o pelo totalmente pintado. Era muito bonito.

- "O amasso foi originalmente criado na Grã-Betanha, embora seja atualmente exportado para todo o mundo. Um pequeno felinóide com o pêlo pintado ou malhado, grandes orelhas e o rabo igual ao do leão, o amasso é inteligente, independente e por vezes agressivo, embora quando se afeiçoa a um bruxo ou bruxa ele se torne um excelente bichinho de estimação.” Não é, seu bobinho? -Disse Hagrid, fazendo carinho no animal, enquanto este ronronava e fazia festa.

Lian olhava para aquele felino tão fofo, mimoso e amistoso. Parecia impossível ser agressivo.

 -”O amasso tem capacidade excepcional de detectar pessoas suspeitas e indesejáveis, e seu dono pode confiar que o animal o levará a salvo até em casa se ele se perder. O amasso tem até oito filhotes em uma ninhada pode cruzar com gatos”.

- Hehe... Estranho Hagrid trazer um amasso... -Disse Harry a Lian.

- Por quê?

- Digamos que Hagrid prefira animais de grande porte... hehe...

- ”É preciso ter uma licença para se ter um animal desses, porque eles têm uma aparência diferente o bastante para atrair o interesse dos trouxas.” – continua Hagrid.

Ouvindo isso, o amasso fez uma linda pose que mostrava bem suas cores.

- OOOhhhhh...- disseram as meninas em coro.

- Ah, e além de tudo, é vaidoso! Hehe! - Disse Lian, adorando o animal. Era um dos mais bonitos felinos que já tinha visto

- Bem, os que estão habituados a minha aula sabem que dou preferência a animais “maiores”, mas Dumbledore me pediu para começar “pegando leve.” Hehe... Mas esses animaizinhos são muito interessantes, além de dóceis! Alguém se arrisca? - Disse Hagrid, levantando o felino para carícias.

Lian se pôs a frente.

- Ah, oi... hum... Quem é você?

- Lian Boolevard, senhor. Vim transferido.

- Ah, sim! E por favor, me chame de Hagrid! Venha!

Lian se aproximou, devagar, e o felino, assim que o viu, fez a maior algazarra, querendo lambê-lo e brincar com ele.

Ouviu-se outro “Ooohhhh”.

Lian fez carinho no animal, que ronronou.

Outro “Ooohhhh”.

Lian sentiu uma sensação estranha, como cócegas, e suas mãos estavam coloridas e com garras.

“ Por Mérlin! De novo não! ”- pensou Lian.

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N/A ->Comentem e terão mais... Muito mais capítulos.. heheh

*crack*

 

N/B -> oiii sou eu a beta *-* nem acrditouu.... mass... esse capítulos ta sem erros e... o próximo capítulo vai ter muita emoção!.. não percam.. comentem *-*

Bejos vermelhos,

Srta. Rouge.

*crack*

 

 

 

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