O começo da confusão



Gina PDV


 


-


Era noite, estava no meu quarto. Não conseguia dormir; talvez por amanhã ser o primeiro dia de aula em Hogwarts nesse semestre, ou talvez pelo fato de que Harry esteja a menos de 10 metros de distancia de mim, e eu não possa correr até lá e abraça-lo...tá bom, e beija-lo também.


1) Ele nem imagina que depois de tanto tempo, eu ainda goste dele.


2) Pelo que toda Hogwarts sabe, sou loucamente apaixonada pelo mane do Dino Thomas.


3) Ele está se agarrando com aquela japonesa da Cho Chang.


 


Me revirei na cama em vão, não conseguia pregar o olho. Não parava de pensar em Harry, no namoro falso com Dino, e na falta que estava sentido da minha amiga Luna nessas horas. Decidi então levantar, e ir escrever uma carta terminando tudo com Dino. Tudo bem que amanhã nós íamos nos ver, mas não podia esperar mais.


Desci então as escadas silenciosamente, e fui para a cozinha. Peguei uma pena e um pedaço de pergaminho e comecei a escrever:


 


Dino,


Eu sei que amanhã iremos nos ver, mas precisava te dizer que...é melhor agente terminar, desculpe, mas não gosto mais de você. Espero que sejamos ainda amigos.


Gina.


 


Reli várias vezes a carta. Chamei minha coruja e a entreguei.


 


- Não seja pega e não espere a resposta, apenas entregue ao Dino Thomas. Vá.


 


Então, em um piscar de olhos, ela foi, desaparecendo rapidamente. Suspirei, e de repente uma mão quente me pegou pelo ombro. Me virei para ver quem era, e logo sorri quando percebi que era Harry.


 


- Desculpe, te assustei?


 


- Não – menti e sorri gentilmente – Mas o que está fazendo acordado à esta hora?


 


- Não consigo dormi, e vejo que você também não.


 


- Bom em todo caso, precisamos dormir, a viagem amanhã será cansativa. – Falei enquanto me dirigia para a escada. Não queria conversar com ele agora, de pijama e ainda por cima com o cabelo despentiado, parecendo que não o escovava à semanas.


 


Caminhamos silenciosamente até o 2º andar, onde ele me desejou um “boa noite”, e entrou no quarto de Rony, eu fiz o mesmo e entrei no meu quarto. Quando me deitei, incrivelmente eu estava com sono e dormi.


 


-


 


Abri os olhos e percebi que já era de manha, e isso significava que teria que me arrumar rapidamente, e arrumar o que restava da mala. Tomei um banho rápido, e desci as escadas; logo percebi que mamãe já estava brigando com Jorge – ou Fred – que seja.


 


- Eu já disse que não! – ouvi a voz da minha mãe. E logo entrei na cozinha, e para minha surpresa todos já estavam tomando café.


 


- Finalmente acordou Gina! – reclamou minha mãe. Sentei-me ao lado de Hermione e de frente para Rony e Harry.


 


Logo depois já estávamos na estação King’s Cross, na plataforma nove e meia, aglomerada de pais, mas com poucos alunos, já que o trem estava prestes a sair.


 


- Se cuidem – Disse mamãe e abraçando todos, com aquele abraço de quebrar as costelas. Então entramos no trem e logo nos separamos; Fred e Jorge foram sentar com Lino. Harry, Rony e Hermione foram em uma cabine vazia, e eu, fui procurar Luna ou alguém do quinto ano. Na primeira cabine que fui checar, me deparei com ninguém mais, ninguém menos que Draco Malfoy e  Pansy Parkinson.


 


- Ora, ora, se não é a Weasley, perdida – disse Malfoy com ar superior de sempre.


Eu o fitei, já indo fechar a porta.


 


- Garota, acho melhor você ficar nesta cabine, pois acabaram de avisar que as outras estão lotadas. – Apenas agora tinha notado um garoto ao lado de Malfoy, mas, um pouco mais distante.


 


Fitei-o, e depois fitei o casalzinho idiota ao lado. Parkinson me olhava com cara-de-quem-comeu-e-não-gostou, e Malfoy ria silenciosamente da situação. Eu senti a raiva tomar conta de mim aos poucos. Sentei-me na frente dos três, perto da janela, para poder olha-la em vez de encará-los. Ninguém falava nada, e isso me incomodava. Até que o garoto, que aparentava ser mais velho que o Malfoy, disse:


 


- Bom, já vou indo, tenho que cuidar dos corredores, para que ninguém saía das cabines.- Malfoy acenou com a cabeça, logo após o tal garoto saiu. Houve mais um longo momento de silencio.


 


- Então Weasley, seus amigos traidores de sangue não te querem mais? – Disse ele.


 


- Acho que não lhe interessa. – Falei com mais desprezo que pude.


 


- Onde está sua educação Weasley? – Disse ele, falsamente surpreso.- Ah, esqueci, você não tem nenhuma.


 


 - Me poupe de seus comentários idiotas, Malfoy. – Disse, e me virei para encarar a janela.


 


- Espero que estejamos chegando, não agüento mais respirar o mesmo ar que uma traidora de sangue. – suspirou Parkinson, alto demais para que eu a ouvisse. Eu a encarei longamente, e vi pelo canto do olho, que Malfoy se divertia com isso. Idiotas.


 


De repente a porta se abriu, era a mulher que vendia lanches no trem.


 


- Olá queridos, vão querer algo? – Disse ela, com gentileza.


 


- Não.- Respondeu Malfoy, antes que Parkinson falasse alguma coisa.


 


- E você mocinha? – Ela se virou para mim.


 


- Acho que vou querer uns sapos de chocolate. – Disse, pegando o dinheiro.


 


- Assaltou alguém, Weasley? – Brincou o idiota do Malfoy.


 


- Para a sua informação, eu tenho meu próprio dinheiro. – disse furiosa.


 


Ele gargalhou, e depois desviou os olhos para meu pacote de sapos de chocolate.


 


- O que foi Malfoy, está pondo olho gordo nos meus sapos de chocolate? – disse irônica.


 


- Não seja imbecil Weasley, no dia que terei inveja de uma pobretona como você, pode me internar no St. Mungus. – Disse ele com cara de nojo, (não que ele já não tenha).


 


Logo o trem parou. Finalmente eu estava livre daqueles dois.


Saí correndo da cabine, como se minha vida dependesse disso, e logo fora do trem, avistei Luna, vindo correndo em minha direção.


 


- Luna, graças à Merlin! – exclamei – Onde você se meteu?


 


- Estava na cabine do Harry, pensei que uma hora ou outra você iria lá. – Disse com aquele ar sonhador.


 


Fomos então para uma das carruagens ainda vagas. O pequeno percurso até o castelo foi mais rápido do que imaginei, fiquei falando das minhas férias e Luna me contando sobre o novo chifre de Bufador de Chifre Enrugado, que o pai dela comprou. Bom, ela continua a mesma, para variar.


 


-


 


Harry PDV


 


 


Já era tarde, estava esvaziando meu malão, e Rony estava se preparando para dormir, quando de repente, Neville escancara a porta do dormitório, e corre até sua cama, arfando.


 


- Neville? – Falei, espantado com sua palidez.- O que aconteceu?


Ele não respondeu, estava tão apavorado, que até Rony arregalou os olhos. Nós dois nos aproximamos de sua cama e esperamos até ele se recompor.


 


- E-eu – gaguejou


 


- Você? – Disse Rony, impaciente.


 


- N-NÃO C-C-ONSIGO! – berrou e gaguejou, como se estivéssemos à 20 metros de distancia.


 


- O que você não consegue? – Perguntei, confuso.


 


Neville me fitou por um longo momento, e depois baixou a cabeça. Rony bufou, resmungando alguma coisa, e foi se deitar. Fiz o mesmo, vendo que ele não queria falar sobre o assunto.


 


-


 


 


Neville PDV


 


Calma Neville, calma. Eles são seus amigos. Não vão rir da sua cara...Ou será que vão?


Rolei na cama, sem conseguir dormir, como que eu iria vencer esse medo? E sem nenhuma ajuda? Eu precisa falar com eles.


 


Respirei fundo. Me sentei na cama, e vi que Dino e Simas já estavam dormindo. Agora era a hora. Minha única chance.


 


- Harry, está dormindo? – disse num sussurro.


 


- Não, não. Pode falar Neville – Parece que ele já estava esperando que eu desabafasse.


 


- Bom, é...É uma coisa complicada. – Ele ergueu uma sombrancelha e sentou na ponta da minha cama, e aguardou que eu começasse a falar.- Acho melhor irmos para a sala comunal. – Falei me dirigindo para a porta. Ele me acompanhou, e antes que nós abríssemos a porta, Rony se levantou. Nós nos entreolhamos e depois o fitamos.


 


- Vocês realmente achavam que eu ia perder essa? – Disse Rony. Harry deu de ombros e eu fiquei mais pálido, ainda bem que estava escuro e eles não perceberam. Sentamos cada um em uma poltrona. Eles fizeram questão de sentar de frente para mim.


 


- Tudo bem Neville, já estamos aqui, agora fale. – Disse Harry.


 


- Bom... É uma história longa... – comecei. Eles reviraram os olhos.


 


- Vai direto ao ponto, por favor. – Pediu Rony, impaciente.


 


- Bom é que... – falei num sussurro. – Eu estava saindo do Salão Principal, e esbarrei na Luna e... sabe como é – falei mais baixo que um sussurro. – rolou meio que um clima.- Harry e Rony aproximaram mais de mim, para poderem ouvir, já que a minha voz quase não saia mais.- E...- Respirei fundo.- E SAI CORRENDO.- Falei, desesperado, tampando com as mãos os olhos, para não ver a reação deles. Quando voltei a olhar para cima, Harry estava de pé, checando se ninguém estava ouvindo nossa conversa, e Rony estava com os olhos arregalados, e parado, como se fosse uma estatua.


 


- Então...- Harry começou, meio constrangido.- Hã...você ainda é...Hã...BV? – Rony tapou a boca com as mãos, parecendo que tinha visto Merlin ressuscitar, e eu sacudi a cabeça positivamente, e logo a abaixei.


 


Rony se recompôs, e os dois estavam falando baixo demais para eu escutar.


 


- Por favor, falem alguma coisa, eu...- Disse em desespero.


 


- Ah, Neville, isso é, hã, normal – Disse Harry, tentando me manter calmo.


 


- Neville, você falou com o cara certo! – Exclamou Rony. – Eu vou te ajudar a conquistar a Luna, e perder a BV! – Falou todo orgulho, e Harry o encarou. – Que foi?


 


- Rony, desde quando você tem experiência com mulheres? – Perguntou Harry, se segurando para não rir.


 


- É CLARO QUE EU TENHO EXPERIENCIA COM MULHERES! – Rony gritou.


 


- Shhhhh, quer que todo mundo acorde? – Disse em um sussuro.


 


- Neville está certo, vai acabar acordando todo mundo!- Disse Harry encarando-o, e depois se virou para mim.- Bom, não se preocupe Neville, como Rony já falou, vamos te ajudar.


 


- Mas como? Quando eu vejo a Luna eu saio correndo sempre!


 


Os dois se entreolharam, e ficamos em silencio por um momento.


 


- JÁ SEI! – Gritou Rony. Eu e Harry exclamamos um “shhh”, e ele sussurrou – Já sei! Vamos convidar a Luna e outras garotas para o jogo da garrafa! – Harry o olhou com os olhos arregalados.


 


- Rony, pela primeira vez na vida, você deu uma dentro! – exclamou Harry, também animado com a idéia.


 


- Hahaha, que engraçadinho. – Disse Rony irônico. - Então vocês concordam?Ótimo. Agora só precisamos de mais garotas e um local para jogar.


 


- Bom, podemos chamar a Hermione e a Gina também, e falamos para elas chamarem mais gente. – Sugeriu Harry. – Rony, não me olhe com essa cara!


 


- Não, nem pensar, a Gina não joga!


 


- Mas porque não? – Perguntei.


 


- Porque, porque...- Rony nos olhou procurando uma resposta. – Porque ela é minha irmã e é muito nova para esse tipo de coisa!


 


- Rony, deixa de ser tapado! Gina até está namorando o Dino Thomas! – Harry falou, incrédulo.


 


- Mais um motivo. – Disse Rony o encarando.


 


- Eu fiquei sabendo que eles terminaram. – Eu disse. Eles me fitaram.


 


- Terminaram? – Perguntaram os dois em coro.


 


- Pelo que Simas me falou hoje mais cedo, Gina terminou com Dino e ele estava decepcionado com ela. – Harry encarou Rony.


 


- Ta bom, fazer o que. – Bufou Rony.


 


Começamos então a programar tudo. Depois já estava muito tarde, e amanhã ia ser o primeiro dia de aula do semestre. Então voltamos para o nosso dormitório, e eu já estava mais tranqüilo.


 


-


 


Rony PDV


 


Já era dia. Estava no jardim do castelo, perto do lago, sentado na sombra de uma árvore. De repente Hermione aparece e senta do meu lado. De onde ela surgiu? E ainda pior, porque ela está me abraçando? Olhei espantado para ela, e ela me retribuiu o olhar com um sorriso meigo. Fiquei confuso. Desde quando Hermione me abraça, e ao mesmo tempo sorri para mim? Quando me dei por conta, seu rosto já estava perigosamente próximo do meu. Oh não! Ela quer me beijar! No instante que nossos lábios se tocaram, me senti diferente, parecia que nada mais importava. Mas então, de repente ela desaparece, e de repente tudo desaparece, e eu me vejo deitado na minha cama.


 


- É claro! Como não percebi antes? Era apenas um sonho. – Disse desapontado.


 


- O que você falou? – Perguntou Harry do outro lado do dormitório, se levantando da cama.


 


- Ah, nada não.- Disse, me levantando da cama também, e indo para o banheiro.


 


- Rony, já vou para o Salão Principal, depois agente se vê.- Disse Harry, antes que eu fechasse a porta. Mais tarde, me encontrei com Hermione e Gina no Salão comunal.


 


- Rony, espere! – Disse Hermione antes que eu saísse. Parei, e esperei que elas me alcançassem.- Então...amanhã à noite, certo?


 


- O que vai ter amanhã à noite? – Perguntei confuso. Elas reviraram os olhos.


 


- O jogo da garrafa!- Bufou Gina, impaciente.


 


- Ah...sim, é. Então, como vocês souberam? – Disse mais confuso ainda.


 


- Harry nos contou mais cedo, antes de ir ao Salão Principal. – Respondeu Hermione, animada. Caminhamos juntos até o Salão para tomar café. Lá, Harry já havia guardado nossos lugares.


 


- Até que enfim. – Reclamou ele.


 


O resto do dia foi normal. O dia até passou rápido, - claro, sem contar a 3º aula, que foi de poções -. Já era noite quando eu, Harry e Neville, estávamos na sala comunal, terminando de fazer uma dissertação de 20 rolos de pergaminhos para a aula de História da Magia, quando as meninas entraram eufóricas.


 


- Temos novos participantes para o jogo de amanhã. - Anunciou Hermione. Harry e eu nos encaramos e depois a encaramos.


 


- Então?- Perguntei impaciente.


 


- Anna Abbott e Dino Thomas. – Declarou rapidamente Gina, orgulhosa. 


 


- O QUE? – Perguntamos em coro.


 


- Quem vocês queriam que nos convidássemos? - Bufou Hermione.


 


- Bom, é... Pode ser. – Disse Harry. E logo após, Hermione e Gina foram para o dormitório, e o Salão Comunal, já estava vazio novamente, como na noite anterior.


 


- Tudo bem, Neville, escute. – Começou Harry, sentando em uma poltrona próxima à lareira. Harry estava sussurrando, e eu não estava a fim de ouvir a aula particular para Neville, que Harry estava prestes a dar.


 


- Bom, hã...Vou deixar vocês a sós, para não atrapalhar a aula, e além do mais, tenho que ainda terminar meu trabalho de História da Magia para amanhã. Vejo vocês no dormitório. – Disse me retirando. Só pude ouvir um “tudo bem” de Harry. Me despi e coloquei meu pijama, estava exausto. Tentei passar do 9 rolo de pergaminho, mas não consegui. Lembrei-me que Hermione já havia se adiantado e acabado, e com certeza se eu insistisse, ela ia acabar cedendo o trabalho, para que eu copiasse.


 


Coloquei meu suéter Weasley e uma calça qualquer, e fui em direção ao dormitório feminino. Bati na porta e aguardei um tempo. E de repente a porta se abre e revela Hermione de camisola. Tanto eu quanto ela, ficamos envergonhados com a situação.     Ela esperou que eu falasse, mas as palavras de repente não saíam da minha boca; como se ela não existisse, como se apenas existisse os olhos... Os olhos, que agora estavam admirando o corpo à minha frente.


 


- Er, Rony? – Perguntou Hermione, me fazendo olhar para seu rosto, que antes estava em sua camisola. - Aconteceu alguma coisa?


 


- E-eu – DROGA! VAMOS RONY, FALE ALGUMA COISA DECENTE E SEM GAGUEJAR! PELO AMOR DE MERLIN!


 


- Bom, é... eusóqueriasabersevocêpodemeemprestarseutrabalhodeHistóriadaMagia. – Disse, rápido demais, as palavras saíram todas juntas. Não a encarei, com medo de que meus olhos se desviassem para seu corpo. Depois de um tempo tentei ver sua expressão, mas ela já não estava lá. Vi ela dentro do dormitório revirando seus livros à procura do trabalho. Não demorou muito para que ela voltasse com os rolos de pergaminho em seus braços. Agradeci, sem olha-la diretamente, e me dirigi ao meu dormitório sem olhar para trás.


 


Eu devo estar louco! Desde quando Hermione me atrai?


 


FIM DO PRIMEIRO CAPITULO:*


 


Atenção:


Somente com comentários posto o 2º capitulo. Enfim, depende de vocês (:

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