O retorno de Riddle



        Tom escutava atentamente ao relatório que Belatriz lhe dava sobre os fatos que ocorreram em sua ausência, em nenhum momento o homem interrompeu a mulher e sua expressão era inalterável. Ao fim ele apenas deu um sorriso sarcástico, Bela sentiu um grande arrepio com tal movimento dos lábios.


- Então Dumbledore está organizando encontros entre os Potter e os Weasley? – a voz fria amedrontou Bella que apenas confirmou com a cabeça – Vejo que os ratos fizeram a festa em minha ausência. Algum resultado nesses encontros?


- Negativo Meu Senhor, Molly buscou manter os filhos o mais longe possível de qualquer um dos Potter. – Bela sorriu ao ver a satisfação de seu amo, mas sabia que Molly não foi feliz em seu objetivo e achou melhor contar a Tom, mesmo que isso significasse o desconforto de seu senhor – Só que nesse último encontro a jovem Gina se perdeu na floresta e foi resgatada pelo filho dos Potter.


        A rigidez assumiu os traços de Tom, ele se ajeitou na poltrona e Bella teve que esperar alguns instantes para a conclusão do amo.


- Gina não mencionou esse fato. – Tom massageou as têmporas e fechou os olhos – Alguma coisa fora do comum depois disso?


- Nada que mereça sua preocupação Meu Lorde, apesar de tudo Molly não permitiu que esse acontecimento mudasse o que pensa sobre os Potter, na verdade ela até coloca a culpa no jovem Potter, disse que o menino provavelmente contribuiu para que Gina se perdesse, afinal como foi que o rapaz desapareceu junto com a menina e depois retorna do nada sendo que havia guardas a procura dela e ninguém a encontrou? – Tom desatou a rir, era uma gargalhada diferente daquelas que se dão quando está feliz, parecia mais o riso de uma pessoa com perturbações psicológicas.


- O ódio é realmente um sentimento interessante, a velha odeia tanto aquela família que não consegue encarar a ajuda do rival como generosidade. – mais gargalhadas vieram – É muito fácil controlar pessoas assim.


- Invejo sua inteligência meu senhor e espero que minha vigilância tenha lhe agradado. – a moça o reverenciou.


- Não sei se a responsabilidade seja sua Bella, mas não me sinto satisfeito. Há alguma coisa faltando, eu sinto que não está tudo como eu deixei. – os olhos marejados de Bela se quer despertaram alguma piedade de Tom.


- Mas Lorde eu não presenciei nada fora do comum, exceto o fato dessas reuniões que Dumbledore faz questão da presença de ambas as famílias, só que isso o senhor já estava ciente antes mesmo de viajar. – Bela tremia.


- Não me convenço Bella, e pare com o choro que eu não atribui a você a culpa. – Bela enxugou as lágrimas rapidamente – Acho que Gina está me escondendo algo. – o homem falou mais para si – Preciso que mande um recado para Lilá, aquela fedelha me deve a parte dela no acordo, se Gina tem algum segredo, ela terá que saber, eu não a fiz ficarem tão amigas para nada.


- O senhor tem razão Meu Lorde, só que devo adverti-lo de que Lilá não está fazendo o trabalho conforme ordenou, a menina se distanciou de Gina e quase não aparece mais aqui. – Bela ficou contente em ver que seu amo se enraivecia com outra pessoa.


- Pois então eu desejo falar com ela urgentemente. Arranje um encontro discreto e diga a ela que eu trouxe um presente, assim aquela idiota não inventará desculpas.


 


 


 


        Como combinado Lilá deveria esperar por Tom em um lugar afastado da população, assim evitariam qualquer comentário.


        A menina aguardava sentada em uma pedra pelo homem, estava com medo e curiosidade do encontro, sabia que ele cobraria suas novidades sobre a vida de Gina, acontece que Lilá não tinha nenhuma, não por falta de esforço, é que a espionada vinha se mantendo muito reservada ultimamente e quando agia assim dificilmente era possível arrancar alguma coisa dela.


        Lilá mais uma vez havia exagerado no visual, para um encontro desse tipo não era necessário tanto detalhe na roupa, mas a moça queria ser impecável para Tom, o homem arrancava suspiros de qualquer donzela e mesmo que ela não tivesse nenhuma chance com o tal, ela não perderia a oportunidade de despertar pelo menos um mísero desejo. O som de trotes surgiu e ao longe ela conseguiu enxergar Tom em seu cavalo, o homem foi se aproximando e quando chegou próximo da menina desceu do animal e a fitou seriamente.


- Creio que saiba o motivo de meu chamado senhorita. – o pânico invadiu Lilá, aquele tom de voz lhe causava tremores. Vagarosamente ela assentiu com a cabeça – Então?


- As coisas vão muito bem, Gina não tem feito nada de diferente. – a menina mentiu e torceu para que convencesse o homem.


- Conte-me sobre a aventura de Gina na floresta. – Tom se aproximou com seus olhos assassinos, se a moça estivesse em pé com certeza correria o risco de cair.


- Bom pelo que a Gina me contou ela se perdeu na floresta quando foi procurar pelo noivo, por causa de uma brincadeira do Fred e do Jorge. O filho dos Potter a encontrou, só que estava chovendo demais para retornarem, então eles foram para um lugar escondido da chuva e assim que ela acabou rumaram para a saída. – nisso a jovem não mentiu, Gina não havia lhe contado em detalhes o que realmente aconteceu.


- Isso é tudo? – a menina confirmou – Estranho. – tom desviou sua atenção para a paisagem. Todas as pessoas contaram basicamente essa mesma versão, só que algo em Tom dizia que tinha algo errado.


- Perdão senhor Riddle, mas não vejo nada de suspeito. – a voz da menina o retirou de seus pensamentos.


- Quero saber de uma coisa e juro que se ousar mentir para mim vai se arrepender amargamente. – mais uma vez aquele olhar assustou Lilá – Você andou mesmo vigiando Gina como combinamos? – Lilá não conseguia responder, o medo se apossou da jovem – Não teste minha paciência senhorita Brown.


- Eu faço o que pede senhor Riddle, mas a Gina anda tão reservada de uns tempos para cá, ela não me conta muita coisa. – Lilá caiu de joelhos e implorou o perdão de Tom.


        Tom assistiu contente a cena, esse tipo de coisa o agradava bastante, ver que era superior e que causava medo nos pobres subordinados. Ele deixou que Lilá falasse tudo que conseguia para perdoá-la de sua inutilidade. Em seu interior ria da humilhação, mas não queria demonstrar isso, ainda precisava de Lilá.


- Vamos menina levante-se, também não é para tanto. – ele a ajudou a se levantar e secou suas lágrimas – Não gosto de ver um ser tão encantador se desmanchando em lágrimas, nem tudo está perdido e estou certo de que remediará seu erro.


- Farei sim, eu quero consertar o que baguncei. – Lilá sorriu – É só me dizer o que tenho que fazer.


        Tom sabia os meios de conseguir o que queria, aquela figura fraca faria tudo o que ele pedisse. Do bolso ele retirou brincos, objetos tão lindos e elegantes que deixaram os olhos azuis de Lilá brilhando de excitação.


 - Trouxe esse presente para você. – ele entregou os brincos para a moça gananciosa.


- Oh! Senhor Riddle é tão bom para mim. Eles são lindos. – a menina pôs os brincos nas orelhas – Como ficou?


- Caíram maravilhosamente bem. – Tom deu um sorriso vitorioso, adorava manipular as pessoas – Então bela dama? Esforçar-se-á mais dessa vez?


- Qualquer coisa que peça eu faria com orgulho. – Lilá passava a mão em seus brincos no intuito de saber se esse “sonho” era real.


- Muito bem, já sabe o que tem que fazer, faça Gina se abrir para você e recolha toda a informação que ela te disser. – a jovem o fitou desanimada, era certo que ela não tinha a mínima idéia de como prosseguir. Tom revirou os olhos – A chantagem e a lábia são forças poderosas quando juntas, cave fundo e se Gina continuar escorregadia então use o fato de vocês serem amigas e que ela “deve” lhe contar seus segredos.


- Eu não deixarem mais a Gina sossegada, arrancarei qualquer segredo que ela esconde. – Lilá sorriu orgulhosa.


- É esse o espírito, mas lembre-se: seja discreta. – a menina assentiu – Agora vá que tenho outros assuntos a tratar. – antes de Lilá se retirar, Tom chamou-lhe a atenção – Não vacile mais senhorita, não são só seus presentes que tomarei se falhar.


        Tom observou a patética figura partir, tomou a cela do cavalo e resolveu retornar para casa.


 


 


 


        O Homem ordenou que Belatriz fosse aos seus aposentos, adentrou o local e esperou pela mulher. Não demorou muito para que Bella chegasse, ao entrar Tom pediu para que ela se acomodasse em uma poltrona.


- Meu Lorde conversou com Lilá? – como Tom não falou nada, Bela resolveu começar o diálogo.


- Garotinha mesquinha e estúpida. – Tom comentou e Bella sorriu.


- Se Meu Lorde me permite eu gostaria de dar minha opinião. – Tom fez um gesto com a mão para que Bella prosseguisse – É perda de tempo esperar que aquela tola cumpra com suas obrigações.


- Ela anda me decepcionando, mas para o bem dela eu espero que dessa vez faça direito. – Nagini se enroscou na poltrona de Tom e ali ficou recebendo o carinho do dono.


- O senhor manipula a pessoa errada, a ama da Gina sabe mais coisas do que Meu Lorde imagina, ela sim é uma fonte preciosa. – disse Bela.


- Que é uma fonte importante isso tem razão, mas não é fácil convencer a velha a trabalhar para mim, ela ama essa família como se fosse sua, principalmente Gina, Agnes não faria tal coisa com a patroa. – Bela abaixou a cabeça infeliz por ter dado um palpite inútil.


- Meu Lorde poderia usar um de seus métodos persuasivos. – insistiu Bela.


- Se eu falhar botaria meus planos em risco, a bruxa abriria a boca e todo que arquitetei até hoje estaria perdido.


- Se Meu Lorde falhar, o que acho difícil, pois é perfeito em tudo o que faz, então é só matar Agnes. – o desejo estava nítido nos olhos de Bela.


- Mais uma morte envolvendo os Weasley não me interessa, deixe que a velha sobreviva se Lilá for bem sucedida eu não precisarei dela. - Tom afanou a cabeça de Nagini e pediu para que ela se retirasse, se não estivesse acostumada Bela estranharia o fato de que a cobra o obedeceu.


- Tem outra coisa que quero falar meu Lorde, é sobre Gina. – Tom se alertou – Não acho prudente para os seus negócios que se atenha tanto a essa menina, ela só atrapalha.


- Quantas vezes já disse que não permito que me critiquem? – seus olhos frios acertaram em cheio Bela.


- Peço desculpas pelo meu atrevimento Lorde poderoso. – disse Bela, embora ainda pensasse o contrário – É que não entendo toda essa atenção na garota, o senhor não é assim com os outros embora mande que os vigie também.


- Não me importo com os outros Weasley, por mim aquela matraca patética e toda a sua corja de filhos queimem no inferno, só me importo com Gina. – os pensamentos de Tom foram até a jovem e tudo que queria fazer com ela.


- A menina não sabe como tratar meu senhor, ela nem consegue perceber o quanto é especial. É só uma garotinha e jamais dará o prazer que uma mulher de verdade pode oferecer-te. – Bela só percebeu o que disse depois que as palavras saíram de sua boca.


- Já basta Bela, você fala demais. – Tom fitou severamente Belatriz, a mulher se encolheu e calou-se – Agora tire a roupa e deite-se em minha cama.


        A ordem foi obedecida com muita felicidade, Bela amava aquele homem mais do que tudo e se ele a queria, mesmo que não fosse de modo igual, seria dele. Estar nos braços daquela mulher não acalmaria o desejo de Tom, a única forma de isso acontecer era se Gina cedesse, só que o homem estava confiante de que isso aconteceria, estava perto de seus planos se concretizarem e ele assumir seu verdadeiro lugar.


 


 


* Carol bom saber q vc gosta tanto da fic.... Pois é o Tom apareceu e as coisas podem ficar complicadas, principalmente se a Lilá fizer sua tarefa direito....


* Isa das emoções a flor da pele, rsrsrsrsrs... Sim o Tom vai aprontar, mas pelo menos o Harry e a Gina se entenderam....


* Bjusss


* Bye

Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.