Cap.19 Natal



Capítulo 19


Natal


 


- Ok, recapitulando. Rose!


- Aqui.


- Alvo.


- Euzinho.


- Scorpius.


- Presente.


- Daniel.


- Eu!


- Paaty.


- Presunto.


- Presunto? – Gina encarou sem entender a menina.


- Ah, eu adoro presunto.


Todos riram de Paaty.


- Anna está aqui – continuou Gina na plataforma -, Lily também, Hugo, James, Rachel, Letícia, Débora, Alexis... Cadê a tal de Alexis?


- Ela não vem – falou Rose triste -, eu tinha esquecido que ela foi passar o Natal com a família.


- Ok, vamos lá... Então, vamos dividir para aparatar na Toca. – Disse Gina – Parece que as famílias Malfoy e Zabine também vão passar o Natal conosco. Ok, Harry?


- Oi?


- Você leva o Scorpius, o Alvo e o Daniel para a Toca.


Os três pegaram o malão e aparataram com Harry.


- Hermione?


- Eu. – Falou Hermione prontamente.


- Leva essas três sonserinas – Paaty, Rose e Anna riram enquanto acompanhavam Hermione.


- Lily, Hugo e Débora vão com Rony – os três foram.


- James, Rachel e Letícia vêm comigo. O resto da família já está na Toca.


Assim todos partiram para o Natal.


Eram mais pessoas do que de costume para passar as noites.


- CHANTILLY! – Gritou Paaty no ouvido de Rose e Anna que pularam de susto.


- O que é isso Paaty? – Perguntou Rose assustada.


- Eu amo Chantilly! *-*


- E por que você berrou isso agora? – Perguntou Anna sem entender. Paaty apontou para algo na mesa da sala. Um bolo com Chantilly se encontrava ali.


- Eu amo Chantillyyyyyyyy – falou a garota indo até o bolo como se estivesse hipnotizada.


- Eu nunca mais faço um doce de boas vindas – falou Fleur enquanto via Paaty cortar uma fatia enorme do bolo.


Todos conversavam animados. A senhora Weasley montara mais camas nos chãos dos quartos e os adultos combinaram alguns de dormirem em casa para darem espaço as crianças, que fora os que já tinham ido com Harry, Gina, Rony e Hermione, ainda haviam os outros primos Weasley que haviam chegado com os pais. Louis, Lucy, Victória, Roxanne e outros. Vários deles estavam ali conversando animados com os recém chegados.


 


A manhã de Natal veio com flocos de neves caindo no jardim.


As crianças já se encontravam em uma guerra de neve quando a senhora Weasley desceu do quarto.


Alvo, Scorpius e Daniel tentavam acertar Rose, Anna e Paaty. Outros guerreiros também haviam marcado os próprios espaços.


James jogava Quadribol no jardim com Hugo, Lílian e Ted.


- Cadê seus pais? – Perguntou a senhora Weasley para os netos.


- Papai saiu apressado do nada para o Ministério – disse Lílian incerta -, mamãe está na cozinha, mas o tio Rony e a tia Hermione foram com papai. Ele parecia nervoso.


A senhora Weasley crispou os lábios de preocupação.


- MUITO BEM – gritou a senhora fazendo todos a olharem -, CAFÉ DA MANHÃ DAQUI A CINCO MINUTOS. E bom... quem vai me desejar Feliz Natal?


Todos correram para a senhora Weasley, mesmo aqueles que não eram da família, e a abraçaram desejando Feliz Natal.


- Os presentes já estão todos na árvore. – Disse a senhora Weasley. Diferente dos outros anos, como a casa estava muito cheia, todos resolveram colocar seus presentes enfeitando a árvore daquela casa. – Mas só abriremos os presentes quando seus pais chegarem.


Todos concordaram e voltaram a aproveitar a neve.


- Feliz Natal Annita – falou Alvo dando um beijo na namorada.


- Você já me desejou um Feliz Natal Al – lembrou Anna sorrindo.


- Estou desejando outro, oras. – Disse Alvo erguendo as sobrancelhas – Não posso?


- Claro que pode seu bobo.


Rose puxou Paaty pelo braço.


- Paaty.


- Fala foguinho – brincou Paaty balançando o cabelo de Rose.


- Foguinho, Paaty?


- É, seu novo apelido – Paaty piscou para Rose -, mas diga o que foi.


- Estou achando estranho. – Disse Rose na dúvida com medo de alguém mais ouvir.


- Achando estranho o que? – Perguntou Paaty sem entender.


- Eu estava olhando os presentes ontem à noite... – admitiu Rose – Enquanto todos dormiam...


- ROSE!


- Shhhhh... E bem, eu não vi o presente do Scorpius para mim na árvore.


- Vai ver ele vai dar em particular. – Disse Paaty sorrindo triunfante.


- É, talvez...


 


O clima estava muito frio, talvez por isso todos estivessem dentro de casa depois de algumas horas, esperando o almoço. As mulheres mais velhas estavam na cozinha fazendo a comida enquanto cada um arranjava algo para fazer na casa.


Anna, Paaty e Rose haviam subido para o quarto que dividiam com Lílian. Rachel, Letícia e Débora dormiam em outro quarto.


- Então, como foi o lance de você e do Daniel no dia do Baile? – Perguntou Rose que havia acabado de tomar banho e enxugava o cabelo.


- Erh... bem... quente. – Admitiu Paaty corando.


- Oh! Conte tudo! – Disse Anna e depois fez uma careta – Não conte! É meu irmão isso é nojento!


Paaty riu da amiga.


- Ok, então eu não conto nada.


- Vocês transaram? – Perguntou Anna assustada.


- Bem, eu chamo mais de “fazer amor”. Transar é uma palavra um tanto vulgar, não acham?


Anna e Rose não pareciam ter ouvido o que Paaty disse, pois começaram a berrar histericamente fazendo Paaty tapar os ouvidos.


- Cara, eu fiquei surda agora. – Disse Paaty cantando para ver se continuava a ouvir – Parece que está tudo certo com meus ouvidos.


- Eu não acredito que você não nos contou isso! – Acusou Rose batendo no ombro da amiga.


- Ei! Minha vida sexual não é fofoca!


- Somos suas melhores amigas – falou Anna batendo no outro ombro de Paaty.


- Aí, eu virei saco de pancada agora?


- Sua vaca malhada! – Disse Rose apontando para Paaty.


- Vaca malhada?! – Perguntou Paaty sem entender.


- Isso mesmo! Pode contando tudo.


- Tudo? Mínimos detalhes? – Perguntou Paaty maliciosamente.


- IIIIIIIRRRGGHHHH! – Exclamou Anna balançando as duas mãos com sinal de nojo evidente no rosto. – É meu irmão! Isso é nojento! Iiiiirgh.


- Não dá pra contar com ela aqui – disse Paaty para Rose enquanto apontava pra Anna.


- Ok, eu vou ficar calada e ouvir. – Falou Anna sentando-se ao lado de Paaty. Rose foi até o outro lado da amiga e sentou-se também.


- Então, começou a esquentar as coisas pra valer na Sala Comunal – falou Paaty maliciosa -, bem, aí eu perguntei se ele não queria ir para outro lugar e ele falou que nós podíamos usar o dormitório.


- Tarado. – Falou Anna fazendo Paaty rir.


- Eu falei que não. – Disse Paaty – E mandei a gente ir até a Sala Precisa.


- Depois o Daniel que é o tarado – Rose disse e Anna concordou.


- Vocês queriam que eu fizesse o que? Eu estava enlouquecendo com os beijos, os carinhos dele, ele beijando meu pescoço e...


- Ok, já chega. Eu já entendi. – Disse Anna calando Paaty.


- Eu ainda nem contei como ele é bom de cama! – Falou Paaty fingindo estar decepcionada.


- Pois é, porque toda irmã quer ouvir isso do seu irmão. – Anna ironizou fazendo Rose e Paaty darem gostosas gargalhadas.


- Pelo visto a Paaty gostou. – Disse Rose cutucando o ombro da amiga.


- É claro que eu gostei! E não me arrependo.


- Vai fazer de novo? – Perguntou Anna.


Paaty olhou como se não acreditasse.


- Dãh! É claro que sim, bem... quando tiver oportunidade.


Rose e Anna riram do constrangimento de Paaty.


- Nossa amiga virou uma ninfomaníaca. – Comentou Rose.


- Uma ninfomaníaca ciumenta e possessiva, eita, não vai dar certo. – Corrigiu Anna fingindo estar com medo.


- Há há. Vocês são tão engraçadas.


- Senti um tom de sarcasmo? – Perguntou Rose se fazendo de desentendida.


- Não imagina! – Paaty bateu na cabeça das duas amigas e levantou da cama.


As três ouviram uma batida na porta.


- Entra. – Disse Paaty e Daniel entrou.


- A senhora Weasley mandou descer para o almoço, parece que o pessoal já chegou e nós vamos comer lá fora. Ela colocou uma tenda e tal.


- Já vamos amor. – Disse Paaty dando um selinho em Daniel e saiu do quarto. Rose sorriu e acompanhou a amiga. Anna foi a última a sair do quarto com o irmão. Os dois desciam as escadas juntos quando Anna olhou para Daniel e piscou o olho.


- Garanhão.


Daniel encarou perplexo a irmã, mas não disse nada.


 


- Você não acha que o clima está meio tenso não? – Perguntou Alvo para Scorpius enquanto todos se sentavam a mesa.


- Você “acha”? – Perguntou Scorpius olhando em volta – Eu tenho certeza.


Os Malfoy e os Zabine já haviam chegado a casa. Blaise parecia se comportar naquele dia e não disse nenhuma ofensa.


- Como foi no Ministério? – Perguntou Arthur Weasley quando todos sentaram para almoçar.


- Um caos. – Disse Rony sem se preocupar como aquela notícia seria absorvida. Hermione bateu no braço do marido.


- Como assim? – Perguntou Alvo interessado na conversa.


- Bom, com a morte do ex-ministro, uma nova eleição irá começar – disse Harry -, lá para junho.


- E qual é o mal nisso? – Perguntou Scorpius encarando o pai.


- Dois candidatos sumiram – disse Harry e fez-se um silêncio na mesa.


- Como assim sumiram? – Perguntou Rose crente que entendera mal.


- Assim? Puft? Sumiram? – Perguntou Hugo comendo um pedaço de frango.


- Sim. Não temos ideia de onde podem estar – disse Percy que acompanhara todos na ida ao Ministério.


- E por que isso tudo? – Perguntou Anna – Não consigo entender.


- Parece que alguém quer ganhar essas eleições – falou Alvo e o pai o olhou orgulhoso –, de qualquer jeito.


- Alvo matou a charada. – Disse Harry, ainda orgulhoso.


- E vocês acham que esse candidato que quer tanto ganhar vai conseguir? – Perguntou James.


- Nós não achamos, nós temos certeza. – Disse Rony. – Só sobrou um candidato.


- Quem? – Perguntou Ted.


- O vice do ex-ministro. – Disse Hermione parecendo tensa.


- O que está como ministro? – Perguntou Alvo e Harry concordou. – Mas... então, vocês têm que prender ele!


- Desculpe? – Falou Percy sem entender.


Todos olhavam para Alvo, que ficou exasperado.


- Bem, está na cara que esse cara aí, o... qual é o nome dele?


- Samuel Mohammad. – Disse Harry.


- Porra, a mãe do cara só podia odiar ele, né não? – Perguntou Alvo assustado – Mas, então, voltando, o cara é o único que sobrou como candidato a ministro, sendo que ele já está no poder. Vai ver ele gostou demais do poder e não quer sair, ou seja, está na cara que foi ele quem matou ou mandou pra outra dimensão os outros candidatos.


Todos se entreolharam em silêncio até Carlinhos resolver falar:


- Alvo, não sei se você entendeu, mas essa é uma acusação séria. Você está acusando um dos candidatos a ministros de ter acabado com os outros ministros, isso não é brincadeira. Além do mais, pode ter sido outra pessoa que está a favor desse cara, nunca podemos ter certeza de nada, Alvo. Não se meta em encrencas por causa disso, não vai falar o que não deve fora dessa casa.


Alvo manteve-se calado e uma tensão tomou conta do ambiente.


- Mais alguma morte anunciada? – Perguntou Scorpius tentando arrancar mais informações.


Os adultos se entreolharam, mas não responderam. A senhora Weasley começava a ficar nervosa com aquilo tudo.


- Gente, vamos aproveitar o Natal, ok? Nada de brigas e chega dessa conversa.


Os adultos rapidamente voltaram a conversar, mas Rose, Alvo e Scorpius permaneceram calados por um tempo.


 


Já eram nove horas. A sala dos Weasley estava repleta de convidados, alguns pais que haviam ido buscar os filhos para passarem uns dias com eles.


Os presentes já haviam sido trocados.


Rose agradecia a Paaty pelo livro que recebera da amiga.


- Sinceramente, não tenho mais esperanças de nada, estou ficando nervosa. – Disse Rose para Paaty.


- Calma Rose, vai ver é uma surpresa.


- São NOVE horas! – Disse a garota quase gritando toda a frase. Scorpius estava do outro lado da sala em uma conversa animada com Alvo.


- Calma, o Natal vai até meia noite – lembrou Paaty com medo da amiga armar um escândalo.


Rose bufou e não disse mais nada.


- Alvo, olha aquilo. – Scorpius apontou para Harry, Rony, Draco e Blaise que saíam furtivamente da sala e caminhavam para o jardim.


- Vem – chamou Alvo e Scorpius o acompanhou. Os dois já estavam na porta quando viram uma mão os impedindo de continuar.


- Preciso falar com você, Scorpius. – Falou Rose nervosa. Scorpius olhou aflito para a namorada e depois olhou pela janela para o quarteto que se distanciava.


- Olha Rose, vem cá. – Scorpius puxou a namorada e abriu a porta fazendo ela e Alvo saírem com ele.


- Se abaixem para ninguém nos ver. – Falou Alvo fazendo Rose e Scorpius se abaixarem.


- O que estamos fazendo? – Perguntou Rose sem entender. Scorpius apenas apontou para o grupo que a agora entrava em uma pequena oficina montada do lado de fora da casa. Fecharam a porta e Rony abriu um pouco a fresta da janela para deixar ar entrar no ambiente.


- Não! Não vamos espionar. – Disse Rose nervosa, mas Scorpius e Alvo não atenderam a amiga e começaram a ir para o depósito. – Ei! Vocês dois, voltem aqui!


Eles não a ouviram e continuaram a caminhada. Rose bufou contrariada e seguiu os amigos.


- Depois dizem que nós, mulheres, somos fofoqueiras.


O trio havia chegado a oficina que servia também de depósito de coisas inutilizadas. Abaixaram-se perto da janela de modo que dava para ouvir o que os adultos diziam.


- De certa maneira o seu filho tem razão. – Disse Draco um pouco inquieto.


- Alvo sempre tem razão, aquele garoto é mais inteligente do que muitos adultos. – Falou Rony – Bem... só não demonstra isso.


Rose e Scorpius prenderam o riso e Alvo apenas sussurrou:


- Eu sempre tenho razão.


- O que faremos? – Perguntou Blaise – Potter, você realmente não pode fazer nada? Você é chefe dos aurores.


- Não tenho poder para fazer nada, o máximo é uma busca atrás dos ministros, mas não posso adiar a votação.


- Alguém tem um plano melhor? – Perguntou Rony nervoso – Eu não vou com a cara daquele sujeito “Samuel”. Nome trágico na minha opinião.


- Não tem nada que possamos fazer – disse Harry perturbado.


- Potter – Draco começara a se irritar -, não finja que as coisas estão boas. Você pode esconder dos seus filhos, mas não tem como esconder do resto da comunidade bruxa! Mortes estão sendo anunciadas, desaparecimentos de nascidos trouxas! Todos os nascidos trouxas correm perigo, vocês já notaram? E eu conheço esse Mohammad, Potter. Ele pode ser mais velho do que a gente, mas eu sei do que ele é capaz, ok? Ele veio da Durmstrange, você não está ciente disso?


- Não – disse Harry impressionado com Draco.


- Pois é, ele veio. Ele dava aulas lá, parece que veio depois para virar vice do ministro.


- Aquela Letícia – começou Rony para Harry -, amiga da Rachel...


- Prima. – Corrigiu Harry.


- Ela não era da Durmstrange?


- Era. – Falou Harry.


- Vai ver ela pode nos ajudar – disse Draco esperançoso -, ela pode conhecer o velho.


- Velho – Blaise riu de Draco. – Draco, você está me saindo um comensal muito bonzinho.


Draco riu com amargura e ergueu o braço esquerdo. Harry e Rony arregalaram os olhos.


- A marca... – começou Rony.


- Isso mesmo. – Disse Draco – Eu não tenho mais a marca.


- Como? – Perguntou Harry vendo o braço de Draco sem a figura da caveira.


- Anos tentando tirá-la, Potter – disse Draco visivelmente satisfeito -, e eu consegui.


- Tentou o que? – Perguntou Rony e depois deu uma risada maldosa – Sabão? Vai ver era só uma tatuagem de rena.


- Nossa Weasley, você é tão engraçado. – Disse Draco chegando mais perto de Rony, que começou a recuar – Dá próxima vez Weasley, eu pego um ferro quente, em brasas já imaginou? Pego seu braço, estendo-o queimando a marca em sua pele até ficar em carne viva, murmuro feitiços e quando você ver seu braço estará pegando fogo enquanto você sente-se totalmente tonto e a mercê do que seria seu mestre.


A boca de Rony entreabriu-se fazendo Blaise dar uma gostosa gargalhada. Harry apenas puxou Rony para longe de Draco.


- Não está na hora de brincadeiras de faz de contas – disse Harry -, passado é passado, Malfoy. A questão é, como você tirou essa marca?


- Bom, quando você derrotou de vez o meu ex lord – disse Draco sem se importar com o olhar assustado de Rony -, a marca sumiu um pouco em minha pele. Foram necessários vários feitiços para eu realmente conseguir achar uma combinação perfeita para tirar aquela coisa que me envergonhava. Você tinha que ver a expressão de desolo da minha mulher toda vez que olhava aquela marca.


- Que lindo, acho que vou chorar. – Disse Rony e Draco não agüentou. Pulou em cima do ruivo que se defendeu. Blaise e Harry apartaram a briga.


- Chega vocês dois! – Falou Harry irritado.


- Como se o Malfoy fosse um ser super do bem. – Disse Rony – Pelo amor de Merlin, Malfoy, você ainda estaria trabalhando para aquele ser sujo que você tanto repugna se ele estivesse vivo.


- Não fala do que não sabe! – Disse Draco visivelmente alterado – Você que sempre foi pau mandado do Potter e da Granger.


As orelhas de Rony ficaram vermelhas enquanto ele tentava sair dos braços de Harry.


- E você não era pau mandado do Lordinho não? – Perguntou Rony.


- Eu era obrigado se não ele matava minha família, seu burro babaca! – Disse Draco se livrando dos braços de Blaise – Você não viveu nem metade do que eu vivi.


- Ah é! Porque fugir de pessoas como você realmente não é nada perigoso.


- Você fugia, Weasley, uma atitude repugnante, eu ao contrário era obrigado a executar.


Rony proferiu vários palavrões e Draco seguiu o exemplo.


- CHEGA! – Berrou Harry assustando os dois – Vocês parecem duas crianças, meu Merlin, parem com isso seus retardados. Nós temos um assunto sério, se você não percebeu Rony, o Draco não tem mais a marca negra e agora está do nosso lado. Se acostume com isso.


Draco e Rony ficaram em silêncio.


- Ótimo, podemos continuar. – Disse Harry e olhou para Blaise.


- Zabine, eu não vou te obrigar a nos seguir – disse Harry -, mas seria de grande importância para nós se você nos acompanhasse.


- Acompanhasse no que? – Perguntou Blaise sem entender.


- A Ordem da Fênix está de volta. – Disse Harry e Rony postou-se ao lado do amigo.


Draco e Blaise trocaram olhares e isso fez Roy bufar.


- Eles não vão nos seguir. – Murmurou Rony para Harry. O homem passou a mão na cicatriz, preocupado com a reação de Draco e Blaise.


- Eu já disse minha decisão para o Blaise. – Falou Draco e virou-se para os outros dois homens. – Eu e Astoria aceitamos fazer parte da Ordem.


- Blaise? – Perguntou Harry olhando para o homem que tinha a expressão indecifrável.


- Claro. – Disse Blaise sorrindo – Mas Potter, eu não quero minha mulher em perigo e isso não é um pedido, é uma ordem.


Harry sorriu de lado agradecido.


- A primeira reunião vai ser na noite em que os meninos já estarão em Hogwarts – avisou Harry -, Ted também faz parte da Ordem, assim como vários membros novos.


- Estou vendo que não vai ser uma reunião – disse Blaise -, se formos contar todos os Weasley vai virar um evento.


- Alguém já tem algum plano? – Perguntou Draco e fez-se um silêncio.


Do lado de fora da oficina os três ouviam tudo calados. Foi quando Alvo não agüentou e ergueu-se assustando Rose e Scorpius.


- Alvo, volte aqui! – Sussurrou Rose em vão. Alvo já abrira a porta da oficina dando um susto nos quatro adultos.


- Por que vocês não começam se candidatando?


Harry, Rony, Draco e Blaise assustaram-se olhando para o garoto.


- Você estava ouvindo nossa conversa? – Perguntou Harry irritado.


- Sim. – Desafiou Alvo.


- Sozinho? – Perguntou Draco mais curioso do que irritado.


- Claro.


Rony bufou enquanto ia até a janela e berrava:


- SCORPIUS E ROSE, PARA DENTRO AGORA!


Scorpius e Rose se encolheram enquanto entravam na oficina. Alvo já estava do lado do pai.


- Eu não acredito que você ouviu nossa conversa! – Falou Harry para Alvo.


- É pai, como se você nunca tivesse ouvido as conversas alheias. – Disse Alvo revirando os olhos.


- Esperem – disse Draco e virou-se para Alvo -, o que você disse quando entrou aqui Alvo?


- Para vocês se candidatarem, as chances do Samuel Merdinha de ganhar diminuem.


Os adultos se entreolharam.


- Bom... o Potter seria o mais adequado a se candidatar. – Disse Blaise virando-se para Harry – Todos amam o “menino que sobreviveu”.


- Eu não. – Disse Harry assustado – Nem pensar.


- Pai! – Alvo exclamou sem acreditar – As chances do tio Draco e do tio Blaise ganharem são minúsculas, eles não têm um histórico muito favorável.


- Valeu pela parte que me toca – disse Draco fingindo estar chateado. Alvo apenas continuou:


- O mais adequado é você ou o tio Rony, mas o tio Rony já trabalha na loja. Você é do ministério, já tem fontes lá, já tem conhecidos, é o mais indicado.


- Eu não vou fazer isso – disse Harry relutante -, não quero Alvo, nunca sonhei em ser ministro.


- Não estamos falando de sonhos ou de objetivos! Estamos falando de não deixar o ministério na mão de um suposto assassino.


Todos olharam para Alvo.


- Cara – começou Scorpius espantado -, desde quando você é tão inteligente?


Alvo riu sem humor.


- Scorpius, eu sou inteligente, o fato de ser brincalhão não significa que eu não seja esperto ou inteligente.


- Ok, estou espantado. – Disse Scorpius sendo sincero – E não só com o fato do Alvo ser inteligente, e sim com tudo. A Ordem da Fênix existe? Realmente? Voltou??


- Sim – disse Harry sério -, achamos melhor voltarmos com a Ordem.


- Se a Ordem vai voltar eu quero entrar – disse Alvo na mesma hora -, quero lutar!


Rony olhou cúmplice para Harry que sorriu de lado ao reconhecer um pouco da frase, mas manteve-se sério.


- Alvo, não. Não é coisa de criança!


- Você mesmo disse que se pudesse teria participado com quinze anos!


- Eu sabia o que eu estava enfrentando! Nós não sabemos o que estamos enfrentando!


- Um maluco como outro qualquer – disse Alvo.


- Alvo, isso é um comportamento de criança, a prova de que você não está pronto para entrar na Ordem. – Disse Blaise – “Maluco”? Estamos falando de bruxos completamente capazes de acabar com você com um estalar de dedos.


- Eles que tentem! Pai, vamos, eu quero entrar.


- Não.


- Deixa – pediu Scorpius e olhou para Draco -, eu também quero entrar.


- Não. – Disse Draco – E nem pense em discutir.


- Já vi que não vai ter jeito de eu entrar – comentou Rose e na hora todos os homens olharam para ela.


- Não. – Gritaram todos ao mesmo tempo e Rose bufou.


- Pelo menos sejam um pouco espertos. – Disse Alvo – Candidatem alguém, qualquer pessoa para que tenhamos chance de não colocar o Sr.M no governo.


- Sr.M? – Perguntou Harry e Alvo sorriu.


- Senhor Merda. – Disse o garoto – Ok, eu paro com minhas palhaçadas, mas eu estou falando sério, não é um plano idiota.


- Bem... – Começou Draco relutante – O Alvo tem razão.


- Não, não tem – disse Harry sem querer discutir -, eu não irei me candidatar, não quero. Isso pode causar até uma segunda guerra como a primeira.


- Bem, já tivemos duas guerras na realidade, essa seria a terceira – comentou Alvo e Harry o olhou irritado. – Qual é? Você realmente não fará nada para impedi-lo de entrar no governo?


- Se “fazer algo” é sinônimo de me candidatar então, não. Eu não farei nada.


- Ótimo, você é um covarde. – Acusou Alvo e Harry ficou furioso. O homem trincou os dentes com raiva.


- Não me chame de covarde, Alvo Severus Potter.


- Chamo sim, porque é o que você está sendo. – Então se virou para Draco – Tio Draco?


- Eu. – Disse Draco sem entender.


- Amanhã eu irei ao Ministério com você. – Disse Alvo fazendo todos o olharem sem entender.


- Fazer o que? – Perguntou Draco.


- Vou me candidatar. – Disse Alvo decidido.


- Você não pode se candidatar, tem quinze anos – disse Harry – não pode nem sair de Hogwarts.


- Eu não vou ficar parado vendo ninguém fazendo nada. Isso é patético. – Disse Alvo e em seguida olhou novamente para Draco – Você me leva?


Draco olhou de Harry para Alvo. Aquilo era uma maluquice só, mas concordou com Alvo fazendo Harry bufar indignado.


- Você vai deixar meu filho se iludir? – Perguntou Harry fazendo com que Draco desse de ombros.


- Ele pelo menos está tentando. – Disse o homem e Harry frustrado caminhou para fora da Oficina. Rony foi atrás do homem.


Blaise e Draco olharam para as crianças e o primeiro comentou:


- Os sonserinos estão me saindo mais corajosos que os grifinórios.


Alvo sorriu satisfeito enquanto saía com o resto que havia ficado para trás na Oficina.


- Alvo, você está maluco? Não pode fazer isso. – Disse Rose cochichando para Alvo.


- Posso e vou – disse Alvo fazendo Scorpius revirar os olhos.


- Você não tem chance de ganhar. – Disse o amigo – Sinto muito cara.


- Eu sei, mas seu pai vai ao ministério comigo e bom... pretendo ver uma coisa.


- O que você vai fazer? – Perguntou Scorpius e Alvo fez um sinal que deixou bem claro que não pretendia falar.


- Onde vocês estavam? – Perguntou Daniel ao ver os amigos chegando. Um alvoroço se formara na sala de estar.


- O que aconteceu aqui? – Perguntou Rose sem entender. Parecia que uma bomba havia explodido.


- Vocês têm um novo casal na família – comentou Anna rindo e chegando perto do grupo.


- Quem? – Perguntou Alvo curioso. Anna apontou mostrando Carlinhos e Débora que tentavam amenizar a situação.


- Oh! Eles contaram – disse Rose espantada. Alvo olhou de boca aberta para a prima.


- Você sabia? – Perguntou fazendo Rose corar.


- Prometi que não contaria. – Disse a garota ainda envergonhada – E como o pessoal aceitou?


- Bem... Seu tio Jorge fez umas piadas hilárias – falou Paaty rindo -, mas a senhora Weasley achou aquilo um desaforo. O Gui ficou do lado deles, mas o senhor Weasley falou que era melhor ninguém se meter. Aí o Ted disse que idade não importa, aí o Gui falou que era porque ele era o “pedófilo teen” da família. E por aí vai.


- Mas a Vicky nem é tão mais nova e eles estão noivos! – Falou Alvo chegando ao meio da bagunça.


- Eu sei, mas fazer o que? Ele queria falar aquilo pro Ted há um bom tempo – falou Rose rindo.


Carlinhos e Débora sorriam, mesmo com as broncas e incentivos.


- E O LITTLE CHARLIE VOLTA A AÇÃO! – Brincou Jorge fazendo Carlinhos corar e todos rirem.


- Menos Jorge, ela tem dezesseis – disse a senhora Weasley contrariada.


- E ele quarenta e seis, por aí! Já está na hora das aventuras. – Disse Jorge levando um tapa de Angelina.


- Então, quando vem bebê? – Perguntou Rachel de sacanagem fazendo Débora engasgar com o suco que bebia.


- Estamos namorando, não casando. – Disse Débora rindo.


- Sabe, eu sempre soube que mulher depois do trinta não casa mais – comentou Jorge -, mas homem pelo visto não está dentro das regras. Ou o Carlinhos além de pedófilo é um desordeiro.


- Vocês tinham que fazer estardalhaço – reclamou Carlinhos.


- Bem, não é pra menos. Os pais dela não devem ter ficado muito satisfeito – comentou Gina.


- Bem... eles não sabem – Débora corou enquanto admitia.


- Oh não, vai começar de novo. – Disse Rose tapando os ouvidos.


E a ruiva tinha razão...


Uma nova discussão começou com a fala de Débora.


Todos falavam juntos, alguns tentando defender no novo casal, outros falando que aquilo não daria certo. Rose olhou para o casal novo e uma onda de ódio formou-se em seu peito.


- CHEGA! – Berrou Rose de repente se sentindo estressada. A garota não berrara para todo mundo, na verdade ela parecia mais falar com uma única pessoa: Scorpius. Paaty duvidava que ela dera aquele berro por causa da bagunça – Scorpius, eu estou puta.


Todos se espantaram com o palavrão da garota.


- Puta? – Repetiu Scorpius sem entender.


- Você pretende me matar de curiosidade ou você simplesmente esqueceu-se de me presentear nesse Natal? – A garota sentiu lágrimas de raiva caírem enquanto falava com Scorpius. Não percebera o silêncio e que todas as pessoas a encaravam.


- Bem... eu ia te presentear, mas você estragou tudo. – Disse Scorpius tentando parecer sério, mas ria por dentro.


- Ia? – Perguntou Rose espantada.


- Ia, na verdade, eu só queria que estivéssemos a sós. – Disse Scorpius pegando algo no bolso. – Mas como as ruivas são sempre apressadas e nervosinhas, estragam tudo.


Rose riu nervosa enquanto via uma caixinha na mão de Scorpius.


Hermione prendeu a respiração junto de Astoria.


- Bem, eu pretendia te pedir em namoro, mas agora você estragou o momento.


Rose arregalou os olhos.


- Acho que o momento já passou – disse Scorpius fingindo estar triste enquanto guardava a caixinha.


- NÃÃÃOOO! – Berrou Rose desesperada fazendo Alvo e Daniel rirem. – Vai! Começa de novo! Finge que eu não falei nada! Estamos só eu e você e bem...


A garota finalmente olhara em volta e viu que todos observavam a cena.


- Bem... não estamos só eu e você, mas dá pro gasto – disse Rose tremendo de nervoso. – Você acabou de entrar na sala aí você diz...


- Rose!


- Não!!!! – Disse a garota nervosa e olhou para Scorpius – Vamos Scorpius.


Scorpius olhou indeciso, mas tirou novamente a caixinha do bolso.


- Rose Weasley, você aceita namorar comigo? – Disse estendendo a caixinha.


Rose sorriu triunfante abraçando o namorado.


- Vou considerar isso um sim – falou Scorpius e ouviu todos batendo palmas para os dois.


Rose riu nervosa enquanto enxugava umas lágrimas do rosto. Pegou a caixinha e abriu vendo um colar com uma serpente como pingente, era pequena e delicada. Tinha pedras verdes no lugar dos olhos.


- É linda. – Disse a garota emocionada. Rony franziu o cenho.


- Eu não concordo não – disse Rony fazendo todos rirem.


- Pois eu amei – falou Rose dando um selinho em Scorpius.


- YEAH BABY! – Gritou Alvo fazendo todos o olharem – Agora somos três casais – disse abraçando Anna e Paaty. Paaty puxou Daniel, que puxou Scorpius que puxou Rose. Agora os seis estavam abraçados juntos rindo.


 


- E é por isso que não contaremos sobre o nosso namoro – pediu Lílian para Hugo. Todos já tinham indo dormir, menos os dois que ficaram conversando na cozinha.


- Bem... acho que podemos demorar um pouco para contar, certo? – Pediu Hugo.


- Certíssimo, acho que o papo “namoro entre primos” pode ficar pra mais tarde.


Hugo suspirou aliviado por Lílian pensar daquele jeito.


- Não precisamos ter presa – disseram os ao mesmo tempo e riram.


- E é por essa razão que eu te amo, por essa razão e outras. – Disse Hugo feliz enquanto dava um beijo em Lílian.


 


- Entrem. – Pediu Daniel ao ouvir umas batidas na porta.


Hugo já fora pra o quarto dos meninos e dormia em sono profundo.


- Hey – Rose apareceu na porta com Anna e Patty. – Vocês podem descer rapidinho? – Perguntou para Alvo, Scorpius e Daniel.


Assim os seis desceram as escadas e foram para a sala. A lareira estava praticamente sem fogo. Alvo colocou mais lenha e Scorpius fez com que as chamas quentes voltassem.


- Sentem aqui – pediu Rose sentando no tapete em frente a lareira. Os outros cinco sentaram-se.


- Eu, Scorpius, e Rose temos algo para contar a vocês – disse Alvo e os outros três o olharam, curiosos.


Paaty, Anna e Daniel ouviram, calados, a história que os outros três ouviram na Oficina.


- A Ordem da Fênix voltou? – Perguntou Daniel espantado. – Então algo muito ruim deve estar acontecendo. E meu pai aceitou participar da Ordem? Uau.


- As pessoas mudam – comentou Anna -, sabe Alvo, eu gostei do seu plano. Eu dou a maior força para você ir até o Ministério. – Disse a garota sentando no colo do namorado.


- Obrigada Anna. – Disse Alvo contente abraçando-a.


- Vocês... vocês... – Paaty não conseguiu terminar, a garota tremeu – Vocês não estão com medo? – Disse por fim. Todos olharam para a garota. Ela era a única nascida trouxa no grupo.


Daniel abraçou Paaty depositando um beijo em seu rosto.


- Não vamos deixar nada acontecer com você. – Garantiu o garoto. Paaty fez uma expressão indignada.


- Não estou preocupada comigo, e sim com os outros. Eu sou o menor dos problemas.


Daniel bufou.


- Menor dos problemas? Você é o meu maior problema nisso tudo, é com você que eu vou ficar preocupado. – Garantiu o garoto, ainda meio carrancudo.


Paaty sorriu e se aconchegou mais nos braços do namorado.


- Amanhã vai ser um longo dia, Al. – Disse Rose temerosa.


 


Draco e Alvo caminhavam lado a lado no Ministério. Estava tudo muito silencioso já que várias pessoas ainda se encontravam com as famílias.


Draco foi até o elevador apertando o botão.


- Alvo – disse Draco olhando para o garoto -, tem certeza disso?


Alvo concordou com a cabeça.


- Tio, eu te trouxe aqui para te pedir um favor. – Disse Alvo um pouco relutante – O senhor não pode se candidatar?


Draco pareceu pensar no assunto.


- Alvo, eu sinto muito – disse enquanto entrava no elevador e apertava um botão -, você sabe que ninguém irá votar em mim.


- Mas... sabe,  esperança e tal.


- Alvo, não vamos nos iludir, eu sou um ex-comensal da morte. Você tem mais chances de ganhar do que eu.


Alvo sentiu um arrepio na espinha devido ao nervosismo.


Os dois saíram em um corredor que estava um pouco mais cheio do que os outros.


Foram até uma sala grande, onde várias pessoas se encontravam. Algum funcionário atrás de uma mesa verificava papéis em suas mãos.


- Aquele é o ministro – disse Draco apontando para um canto. Um homem alto e forte fumava um cigarro enquanto conversava com uma mulher. Ele tinha as feições sérias e rudes. Era moreno e tinha o cabelo preto preso em um mini rabo de cavalo. Vestia roupas formais.


- O tal de Samuel? – Perguntou Alvo olhando temeroso para o homem. Draco fez que sim.


- Vamos – Draco conduziu Alvo até a mesinha em que um homem de aspecto cansado continuava vendo papéis.


- Pois não? – Perguntou o homem.


- Nós viemos inscrever um candidato a ministro. – Disse Draco.


O homem que era intitulado Samuel olhou rapidamente para Draco e virou-se para observar a cena.


- Quem vocês vão inscrever? – Continuou o funcionário de aparência doentia.


- Alvo Severus Potter. – Disse Alvo confiante.


O funcionário olhou para cima com os olhos arregalados e depois avaliou Alvo.


- Você é uma criança.


- Farei dezesseis.


- Ainda está estudando. – Disse o homem sem entender. Draco apenas suspirou cansado.


- Algum problema? – Perguntou Draco tentando se manter calmo.


- Muitos problemas – o homem que estivera conversando com a mulher soltou a frase em uma voz grave que fez muitos presentes se calarem -, ele é uma criança irresponsável, não pode se dar ao luxo de tentar virar ministro.


- Alguma regra contra isso? – Perguntou Alvo cruzando os braços. O ministro o encarou com desprezo.


- Se não tem, eu crio – respondeu mandando um olhar gélido a Alvo. O garoto ergueu as sobrancelhas.


- Como você é um homem diplomático, tem medo de perder para uma criança é? – Muitas pessoas já se viravam para observar a cena, e Draco apenas ficou calado ao lado de Alvo.


- Respeito comigo garoto – disse o homem em alto som -, é melhor você cuidar bem desse moleque, Malfoy.


Draco não respondeu, porém Alvo...


- Por quê? Você pretende acabar comigo como acabou com seus concorrentes?


Todos prenderam a respiração ao mesmo tempo. Samuel olhou de Draco para Alvo.


- Eu posso mandar processar esse moleque por falsas acusações, ou quem sabe o pai dele? Que deve estar colocando coisas na cabeça dele.


- É melhor não meter meu pai nisso – mandou Alvo e o homem riu.


- Protegendo o papai é? Garoto se enxergue! Você não tem chances de ganhar, além do mais é proibido menor de idade se candidatar. Jordan?


- Sim? – O funcionário que mexia na papelada olhou com respeito para o homem.


- Veja as regras, por favor. – Mandou o homem autoritariamente. Jordan concordou e começou a mexer em seus papéis.


- É proibido sim menor de idade se candidatar – disse o tal de Jordan. Alvo bufou contrariado.


- Sinto muito garoto. – Disse Samuel não parecendo sentir.


- Sei como sente – ironizou Alvo.


- Leve o garoto daqui, Malfoy. – Disse Samuel e Draco o olhou com ódio.


- Vamos Alvo – disse Draco o puxando pelo braço. Alvo, porém parou e se virou para o homem.


- Se você pensa – começou o garoto com tom de ameaça -, que vai se safar e fazer o que quiser no ministério, está muito enganado.


- Quem vai me impedir? – Perguntou o homem sussurrando – Você e quantos?


Alvo fechou os punhos enquanto falava:


- É melhor você tomar cuidado – disse o garoto -, nunca se sabe quando a serpente vai dar o bote.


Alvo saiu com Draco em seu encalce.


- Eu deveria ter ouvido o Potter – disse Draco contrariado – Um erro ter te trazido aqui.


- Não, não foi um erro. – Disse Alvo sorrindo malicioso – Eu já sabia que eu não poderia me candidatar.


Draco o olhou incrédulo.


- Então porque você veio?


- Porque eu queria apenas dar uma olhada nesse cara – disse Alvo apertando o botão do elevador -, e mostrar para ele que tem pessoas contra ele. Eu sei que ele fará alguma coisa contra nós agora, e eu quero estar preparado.


Draco abriu a boca em sinal de espanto e entrou no elevador com o garoto.


- Você pensou nisso tudo?


- Nisso e em muito mais. – Disse Alvo enquanto o elevador se fechava e ele tinha o último vislumbre do corredor.


 


***


 


N/A: sim gente, o capítulo acaba aí.


E eu tenho que avisar: esse é o penúltimo. O último é o vinte e ainda deve ter epílogo e depois eu coloco o link da segunda temporada ;DD Okk?


Comentem por favor gente, pra eu saber mesmo se o pessoal vai continuar acompanhando. Alguns já deram sinais de vida!


É só mandar um recado assim:


EU!


Eu vou saber que você vai ler a segunda temporada! UHASHUUHASUHSAHUHUASHUSA


E mais uma coisa, a Fic não tem mais beta, isso porque eu não terei tempo no terceiro ano de mandar capítulo para a beta e ficar esperando. Então eu mesma passarei os olhos no capítulo para ver se estão bons. Sinto muito gente se tiver muitos erros :(


Agradecimentos:


Jully W.Malfoy, Anna.Weasley , Luh_Lovegood, Jujuba Marangon, Larissa, Natáliia Peronico, Quézia, Tah Zabini, M.M Potter , Lara Zabine Pena, Júlia Griebeler, Leeh Malfoy, Mimi Potter, Cindy Nolte, Michelle Asti  e L. Moony.


Continuem comentando pessoal e obrigada pela força!


Beijoooos,


Ciça ;*****

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