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-Anda logo, Claire. – Disse Jane Scrig à irmã. – Temos que chegar lá o mais rápido possível.


Jane saiu de casa glamorosa como sempre. Com seus cabelos loiros e lisos, rosto perfeitamente modelado, e lindos olhos azuis. Usava uma saia preta e curta que chagava apenas há um pouco antes da metade da coxa, com uma bota longa que ia até um pouco acima do joelho, deixando uma bela parte da coxa descoberta. Também estava com uma blusa preta colada que destacava perfeitamente seus seios e as curvas de seu corpo, e estava com uma longa capa preta com capuz, que ela não usava no momento.


-E se eles estiverem lá? –Perguntou Claire.


Claire estava usando uma calça jeans preta colada, botas curtas, blusa preta, e uma longa capa com capuz, igual a irmã. A roupa combinava perfeitamente com seus cabelos castanhos encaracolados e seus olhos pretos.


-Melhor ainda. –Respondeu a irmã.


As duas chegaram do outro lado da rua de sua casa, fora dos feitiços de proteção, e desaparataram.


Um segundo depois, estavam em uma rua do outro lado do país.


-Vem- Disse Jane.


As duas começaram a andar pela longa avenida completamente deserta e com todas as lojas fechadas.


-São uma e dezessete da tarde. –Disse Claire- Porque essa avenida está deserta e com todas as lojas fechadas em pleno sábado?


-Porque esses trouxas burros e idiotas acham que aquelas “fumaças pretas voadoras’’ que atacaram Birmingham eram ETs. –Respondeu Jane.- Mas eram apenas os comensais da morte. Estão todos com medo. Mas deviam estar mesmo, porque se eu fosse uma comensal, eu exterminaria todos eles.


As duas irmãs viraram à direita e entraram em outra rua deserta. Andaram em silêncio até virarem à esquerda em uma rua sem saída.


Chegaram ao final da rua onde tinha um grande portão preto.


-É melhor irmos embora. –Disse Claire, encarando o olhar de raiva da irmã. –Com certeza, os comensais lançaram feitiços de proteção. Não vamos conseguir entrar.


-Quando Voldemort morreu, o Ministério conseguiu quebrar os feitiços.


Jane sacou a varinha, apontou-a para o portão e disse: “Alorromora’’.


Houve um estalo vindo do portão. Jane empurrou o portão e o mesmo se abriu revelando  a frente da Mansão Malfoy.


As duas seguiram em silêncio até a porta, para onde Jane apontou a varinha e a porta se abriu com um clique.


Jane não se surpreendeu que a sala estivesse toda empoeirada, suja, e com objetos quebrados por toda a parte. Havia teias de aranha até no chão.


Jane foi mais para o centro da sala e ficou olhando atentamente os quadros da parede, enquanto Claire, que ainda estava na porta, começou a entrar no cômodo lentamente em direção à irmã.


Quando Claire estava quase junto de Jane, ela percebeu porque os quadros estavam chamando a atenção.


Em todos os quadros, havia desenhos de pessoas, com o fundo igual: a lareira daquela mesma sala. Mas o que se destacava no quadro era que em todos os rostos estavam tampados. Alguém havia jogado tinta preta nos rostos de todos os quadros.


Jane apontou a varinha para um dos quadros, para que a varinha pudesse absorver a tinta preta, mas nada aconteceu.


-A tinta está enfeitiçada para não se desgrudar do quadro. –Disse Jane.


-Mas quem, e porque faria isso? –Perguntou Claire.


-Deve ter sido o Ministério, para não revelar quem eram os comensais da morte aos curiosos, pois eles revistaram a mansão após a morte do Lorde Das Trevas.  –Disse Jane- Mas não adiantou. Porque tudo foi revelado pelo...  –Jane fez uma pausa e falou com o nome com desprezo. – Potter.


As duas irmãs continuaram andando pela sala por bastante tempo até que Jane disse:


-Acho que os comensais gostarão de ter pelo menos a sala arrumada quando chegarem.


Então Jane sacou a varinha e começou a apontá-la para todos os cantos da sala. Imediatamente, os objetos começaram a se consertar e a voltar pros seus lugares. A sujeira desapareceu de uma vez, e os estofados, que estavam mofados, empoeirados, sujos e rasgados por ratos, voltaram ao normal.


Claire apontou sua varinha para a lareira e a acendeu, enquanto Jane pegava uma garrafa de Hidromel e colocava-a em cima de uma mesinha, conjurando vários copos ao lado da garrafa. Então, as duas sentaram no sofá.


-E se nos matarem? –Perguntou Claire.


-Porque nos matariam? –Disse Jane.


-Você não leu o jornal de ontem, não?


-Li. –Respondeu Jane.


-Então você sabe que quase todas as gangues que estavam tentando imitar os comensais e Você-Sabe-Quem foram encontradas mortas e com a marca negra em cima do local. –Falou Claire.


-Primeiro - Disse Jane. – Nunca chame o nosso precioso Lorde de Você-Sabe-Quem, Voldemort, Tom ou Aquele-Que-Não-Deve-Ser-Nomeado. Sempre o chame de Lorde Das Trevas. Se você o chamar por um daqueles outros nomes, principalmente na frente dos comensais, você morre.


“E segundo” continuou nela. “Não somos uma gangue inútil e fraca tentando imitar Ele, somos duas futuras Comensais da Morte que podem ser de grande ajuda.


As duas ficaram sentadas durante horas em silêncio. Já estava quase no por do Sol quando ouviram vozes.


Claire olhou para a irmã e viu que ela estava rindo.


-...Eles precisam saber da nossa existência. –Falou uma voz feminina.


-Eu sei. –Respondeu uma masculina. –Mas não pode ser do nada. Temos que planejar... –A maçaneta girou e a porta se abriu. Um homem alto e forte entrou na sala. - ...Ou poderá... –Ele parou de falar quando viu as duas irmãs sentadas no sofá.


-Mas Yaxley, -Disse uma mulher entrando na sala. - Temos de fazer isso o mais rápido possi...


Narcisa também parou de falar quando viu as duas meninas no sofá.


Então, de  uma vez, Narcisa sacou a varinha e apontou para as duas, que nada fizeram.


-Quem são vocês e o que querem? –Perguntou ela com a varinha apontada para as garotas.


-Ser uma de vocês. –Respondeu Jane.


Narcisa soltou um riso.


-Devem ser mais daquelas pessoas que pensam serem comensais da morte. –Disse Yaxley.


-Não. –Respondeu Jane. –Nós não somos burros e idiotas, querendo aparecer iguais aquelas gangues. Podemos ser bem úteis.


Narcisa soltou outra risada.


-Como? –Perguntou ela.


-Somos Jane e Claire Scrig. –Respondeu Jane- Filhas do ministro da magia.


-VOCÊS ESTÃO TRABALHANDO PARA O MINISTÉRIO, NÃO É? –Urrou Narcisa.


-Não somos espiãs. –Falou Jane. –E com eu e minha irmã tendo esse contato com o ministério, podemos ajudar bastante. Sem contar que somos grandes bruxas.


-Prove que não são espiãs. –Ordenou Yaxley.


Jane deu uma risadinha.


-Fui eu que te mandei aquela carta em Azkaban. –Falou Jane.


Yaxley arregalou os olhos.


-Que carta? –Perguntou Narcisa.


-Dê a carta a ela, Yaxley.


Yaxley tirou do bolso um envelope e o entregou à Narcisa.


Narcisa tirou a carta do envelope e viu que, com uma caligrafia perfeita, estava escrito todas as instruções, passo a passo, de como fugir de Azkaban. Tudo o que Yaxley fez e mandou seus amigos fazerem, estava escrito naquela carta.


-Foi você quem escreveu isso? –Perguntou Narcisa olhando para Jane. –Mas como...?


-Meu pai vai a Azkaban direto, e eu vou com ele várias vezes, pois ele é o ministro. –Explicou Jane. – E ele tem um mapa de Azkaban em casa. Aí foi só bolar o plano.


-Mas como você conseguiu entregar essa carta?


-Foi fácil. –Começou Jane. –Foi só oferecer um trouxa repugnante para um dementador e ele entregou a carta em troca.


Narcisa se surpreendeu ainda mais.


-Estão vendo? –Perguntou Jane aos dois. –Eu e minha maninha podemos ser de grande ajuda. E tudo que queremos em troca é a Marca Negra em nosso braço.

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